Castlecalibur 2: no Castelo escrita por TriceSorel


Capítulo 8
Parte 8: imortalidade (final + epílogo)




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Ainda durante a festa, Rafael distribuía autógrafos e dedicatória a todos enquanto Leon se afastou e sentou-se na escada. De repente, a figura do Robin Hood Vingador se aproximou dele.

         - Não está feliz, Leo? Quer estourar o balão-surpresa? Apagar as velinhas? Brincar da dança da cadeira?

         - Não... só quero ficar sozinho.

         - Você tá triste porque é seu aniversário e ninguém prestou atenção em você?

         - Na verdade, eu nunca gostei de ser o centro das atenções, Mat... você sabe disso. Na verdade, eu só queria que...

         - Que eu lhe desse isso? – e Mathias entregou o frasquinho da imortalidade para Leon.

         Leon levantou e pegou o frasco.

         - Você... você conseguiu a formula da imortalidade! – surpreendeu-se Leon, incrédulo.

         - Sim! Especialmente pra você! Feliz aniversário!

         - Quer dizer que você se importa comigo?

         - Mas é claro! Desde que me tornei um vampiro que não penso em outra coisa...

         - Ah, Mathias!!! Você é o melhor amigo do mundo!! – falou ele, pulando no pescoço do vampiro e abraçando-o amigavelmente. – Ops!

         Na empolgação, Leon deixou o frasco cair no chão e se espatifar.

         CRAC!

         - NÃO! A poção!!! – e Mathias se ajoelhou ao lado do líquido derramado. – Não, não, não!! Era o único ungüento mágico que eu tinha!!

         - Ahn... Mat?

         - Não se desespere, Leon! Eu vou dar um jeito de fazer de novo!! – e Mathias tentava juntar o resto do líquido.

         - Mat... eu…

         - Eu sei que você sente muito! Mas eu acho que consigo, só preciso encontrar o ingrediente para deixar o ungüento...

         - Mathias! Me escuta! Eu tenho outro…

         - Outro o quê? Outro plano?

         - Não... outro frasco… - e o rapaz se abaixa e alcança o frasquinho a Mathias.

         - Outro frasco?

         - Sim. Quando comprei minha fantasia pelo E-bay, aproveitei e comprei também uma poção da imortalidade! – contou Leon, feliz.

         - Você conseguiu a poção! E o que está esperando para tomar?

         - É que eu não queria me tornar imortal... sem saber se você ia aceitar a minha companhia por toda a eternidade...

         - É claro! Eu, você e o Alucard seremos felizes até o fim dos tempos! – falou ele, puxando Alucard para perto dos dois. – Afinal, você tem sangue imortal, não tem, meu filho?

         - Tenho sim, pai... mas... não vou poder viver até o fim dos tempos com vocês.

         - Ué, por que não? Você foi o único que votou em mim... e ainda por cima me ajudou com a fórmula da imortalidade!

         - É, mas... quando o relógio der doze badaladas, eu vou voltar para minha época original.

         - Mas filho, agora que você me encontrou, por que não fica conosco?

         - Não se preocupe, papai... daqui uns trezentos anos você vai me conhecer outra vez!

         - Não quero esperar todo esse tempo!

         O relógio começou a soar a primeira badalada da meia-noite.

         - Adeus, papai! Não pude impedir que virasse vampiro, mas vejo que você não é um homem mau.

         - Não filho, não vá! Fique aqui com seu pai! – pediu Mathias.

         O relógio seguiu badalando.

         - Hilde, faça alguma coisa! Ordene-o que fique!! – disse Mathias.

         - Eu ordeno que você fique! – ordenou a mulher ruiva.

         - Eu gostaria muito, mas devo partir! Adeus a todos! – disse Alucard.

         O relógio deu a última badalada. Mathias abraçou-se em Alucard, mas em dois segundos o rapaz desapareceu, deixando muita fumaça no seu lugar.

         - Nãããão!! Filho!! Alucard! Volte! – chamou Mathias.

         Leon colocou a mão no ombro de Mathias.

         - Trezentos anos passam rápido... – consolou ele. – E agora eu vou estar ao seu lado.

         - Snif snif... obrigado, Leo… - choramingou Mathias.

         - Vamos parar com o chororô e cortar logo o bolo? – perguntou Hilde. – Ainda temos que contar o parabéns.

         - Leon, você tem que fazer um pedido antes de soprar a velinha! – lembrou Amy.

         - Por que colocaram um três e um zero? Posso trocar por um dois e um oito? – questionou Leon.

         - Você ainda tá implicado com a idade? – indagou Siegfried.

         - Deseje ficar alguns anos mais jovens, então. – comentou Jean-Eugène.

         - Mas lembre-se que a sabedoria só vem com a idade e a experiência. – lembrou Rinaldo.

         - É, olha só pro Rafael! – disse Siegfried.

         - Olha pra mim por quê? Eu sou muito jovem, okay? – ofendeu-se o rapaz francês.

         - Jovem? Com uma filha marmanja desse tamanho? – perguntou Hilde.

         - Depois dos dois senhores idosos ali do lado, você é o mais velho, Rafael. – brincou Mathias.

         - Velho, eu?! Você só não tem a minha idade porque é imortal, seu vampiro metido a Mel Gibson!

         - O que tem o Mel a ver? – quis saber Amy.

         - Ué, ele não fez o filme Eternamente Jovem? – seguiu Rafael.

         - Ele tá lindo em Coração Valente! – suspirou Hilde.

         - Sabe, Leo... a gente podia adotar um bebê. Fiquei com vontade de ter um filho... – comentou Mathias.

         - Adotar é algo lindo! Eu apoio a sua decisão! – disse Rafael.

         - Silêncio, eu quero fazer meu desejo de aniversário!

         - É, só não vai cuspir no bolo!

         - Dá licença, que o bolo é meu?

         - Eu ordeno que você apague logo essas velas!

         - Você pode desejar um livro do Príncipe Rafael autografado pelo autor.

         - Quem é que desejaria essa merda?!

         - Eu ordeno que não fale palavrão!

         - Eu acho um presente digno, okay?

         - Pode desejar um pôster do Tilo Wolff.

         - Claro que não, eu detesto Lacrimosa.    

         - Ordeno que retire o que disse!

         - Pare de ordenar tudo, Hilde!

         - Eu sou a nova chefa dessa bodega! Não reclame!

         - Mas a eleição foi fraudulenta, você fez a cabeça dos eleitores.

         - É você que é pouco expressivo!

         - Inexpressivo? Eu sou o Conde Drácula!

         - Não perguntei se você é Drag Queen!

         - Eu não sou Drag Queen!

         - Mas está vestido de elfa da floresta!

         - É Robin Hood Vingador!!

         - Ei, eu quero soprar as minhas velinhas, dá licença?

         - Não soprou até agora? Que mané!

         - Mané é o seu passado, sua lolita gótica!

         - Antes uma lolita que um protagonista fracassado!

         - Fracassado é o Hector do Curse of Darkness!

         - Ou o próprio Siegfried, que morre no final do Soul Calibur 4!

         - Eu não morro no final!

         - Eu ordeno que parem de discutir!

         - A propósito, Hilde, se você vai mesmo ser a chefe de Castlevania no meu lugar, ordeno que não envolva nada com água benta, alho, cruzes ou estaca de madeira!

         - Por quê? O poderoso vampiro é cheio de pontos-fracos?

         - Não fale assim do meu amigo Mat!

         - Eu falo como eu quero!

         E assim eles seguiram discutindo toda a festa de aniversário do Leon e viveram felizes para sempre.

EPÍLOGO:

         Rafael tomou seu banho esperto e foi para seu quarto dormir. Estava cansado. Essa vida de Best Seller não era fácil e sua fantasia de mosqueteiro apertava as partes. Entrou no seu quarto rococó e deitou-se na cama, só então percebendo que ela já estava sendo habitada por alguém.

         - Siegfried, você aqui de novo?!

         - É que eu não quero dormir sozinho no meu quarto...

         - Mas hoje não tá chovendo, nem trovejando, nem tem lobo uivando, nem nada!

         - É, mas a Hilde tá dormindo no quarto ao lado e eu tenho medo dela.

         - O que ela pode fazer com você?

         - Ontem mesmo ela me deu uma surra no bumbum! Eu nem consigo sentar ainda, tá até roxo, quer ver?

          - Não, não quero ver! Agora volte para o seu quarto.

         - Mas Rafa...

         - Vai, vai, xô!

         Siegfried, então, olhou para Rafael com a sua melhor cara de gato-de-botas-do-Shrek. Rafael, com seu espírito paterno à flor de sua sedosa pele francesa, não resistiu ao olhar.

         - Mas é o cão chupando manga!

         - Posso ficar?

         - Tá, fica, criatura! Mas eu não vou dividir o meu travesseiro.

         - Não tem problema, eu trouxe o meu! – e Siegfried mostra seu travesseiro com a fronha do Buzz Lightyear.

         - Tá bom! E vê se fica quieto, e nada de soltar pum durante a noite!

         - Certo!

         Rafael apagou a luz e se acomodou na cama. Segundos depois, Siegfried se manifestou.

         - Rafa?

         - Quê?

         - Conta uma história pra mim?

         - Qual?

         - A do Príncipe Rafael!

         - Por que você não lê no livro?

         - Porque no livro você omitiu a cena em que ele engana o mestre dos disfarces!

         - Ah, é! Nem lembrava dessa parte!

         - Conta pra mim?

         - Tá bom!! Então, quando ele achava que já havia se livrado da hidra de sete cabeças, surge o Mestre dos Disfarces! E ele tinha um enigma que ninguém conseguia desvendar... Mas nenhum enigma é indesvendável para o nosso querido príncipe Rafael!

         E novamente esse fabuloso conto-de-fadas acalentou a noite do nosso querido alemão, que dormiu como um anjinho. Hilde governou Castlevania como uma prudente ditadora e foi com Amy no show do Lacrimosa em Valáquia. 

FIM


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Notas finais do capítulo

Obrigada a todos que leram!!!



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