Castlecalibur 2: no Castelo escrita por TriceSorel


Capítulo 4
Parte 4: germânica mandona




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Siegfried estava se embalando em um balanço quando ouviu uma voz feminina imperativa.

         - Herr Schtauffen! Finalmente eu encontrei!

         - Ahhh!!! – Siegfried, reconhecendo a voz, escondeu-se atrás do balanço. O que foi inútil, porque o balanço é pequeno e a mulher logo o viu.

         - Não adianta se esconder! Eu, Hildegard von Krone, o procurei por toda a Europa e agora você não vai mais poder fugir!

         Uma moça de longos cabelos ruivos e armadura apontou uma lança para Siegfried.

-         Hilde... Eu… eu não fugi! Eu moro aqui!

-         Você mora nesse castelo?

-         Sim! – respondeu Sieg, feliz.

         - Mas eu que sou uma princesa, eu que deveria morar em um castelo!

         - É, mas você abdicou dos seus títulos para ir pra guerra! Agora é tarde, minha filha! Quem foi ao ar, perdeu o lugar! Quem foi ao vento, perdeu o assento! Quem foi à sacada, perdeu a almofada! Quem foi à ladeira, perdeu a cadeira...

         - Tá, tá, já entendi...

         - Agora que você já entendeu, eu vou entrar! Té mais!

         - Parado aí, Herr Schtauffen! – ordenou ela.

         - Pode me chamar de Sieg, ora! – disse, parando aí.

         - Eu vou ser a nova rainha desse lugar! Afinal, eu tenho sangue real.

         - É, mas esse lugar já tem dono... – revelou Sieg. – E ele é um conde importante.

         - O cargo de princesa é mais alto que um mero conde. Vou procurá-lo para dar-lhe essa notícia.

         - Olha, Hilde, é melhor você não...

         - Calado, Schtauffen!

         E Hilde entrou no castelo.

         - Isso vai mal... – comentou o belo alemão louro e fortinho, entrando no castelo atrás da imperativa moçoila.

         - Hm... esse castelinho tá precisando de umas boas reformas. – disse ela, olhando para as paredes do saguão. – Menos o lustre... tá limpinho e brilhoso!

         - Eu usei água benta da boa! – respondeu Jean-Eugène.

         - Ótimo. Então passe água benta por tudo, lacaio, quero tudo brilhando. – ordenou Hilde.

         - Não posso, o chefe do castelo é um vampiro. – explicou o velho empregado.

         - É... infelizmente só ele. – lamentou Leon, ainda incomodado pelo fato de ser um mortal.

         - Então chame esse tal vampiro aqui! – ordenou Hilde.

         - Tá bom... – e Jean-Eugène encheu os pulmões do mais puro ar. – MATHIAAAS! DESCE AQUI, É URGENTE!!!

         - Se fosse para gritar, eu mesma gritava, serviçal! – disse a moça.

         Minutos depois Mathias apareceu no saguão.

         - O que foi? – perguntou ele, preocupado.

         - Eu, Hildegard von Krone, me aposso nesse momento deste castelo! – disse ela.

         - Hildegard? Que nome feio! – comentou Leon.

         - Silêncio, subalterno! – ordenou ela, apontando a espada pra ele.

         - Já calei. – seguiu Leon, com medo da moça.

         - Olha... eu sinto dizer, me apraz muito sua companhia e adoro receber visitas, mas eu não posso ceder meu humilde castelinho pra...

         - É uma ordem! – afirmou ela.

         - Não dê ordens ao meu papai! – reclamou Alucard, aparecendo no saguão.

         - PAI?! – espantaram-se todos os presentes.

         - Você... é pai desse marmanjo? Você é precoce, hein, rapaz! – afirmou Hilde.

         - Não! Eu não sou pai dele! Ele é só... – tentou explicar Mathias.

         - Eu sou seu filho, papai! Eu até trouxe minha certidão de nascimento... – e ele mostra o documento.

         Mathias pegou a folha e rasgou em dezoito pedaços.

         - Você teve um filho e nunca me contou! – ofendeu-se Leon. – Foi durante aqueles anos que você fez faculdade de Medicina?

         - Faculdade? Não, Leon, ele não é meu filho! Eu não tenho filho, ainda mais desse tamanho! – afirmou Mathias, convicto.

         - Snif... meu próprio papai… BUÁÁÁÁÁ! – e Alucard pôs-se a chorar.

         - Que mau exemplo de pai! – admirou-se Hilde. – Não consegue cuidar de um filho, quanto mais administrar um castelo! Estou tomando posse nesse momento!

         Hilde subiu as escadas para procurar sua suíte real.

         - Você vai deixar a Hilde morar aqui?! – espantou-se Sieg. – Eu odeio ela!! BUÁAÁÁÁÁÁ!!

         - Você mentiu pra mim!! BUÁÁÁÁÁÁ! – chorou Leon.

         - Papai não me ama! BUÁÁÁÁÁÁÁ! – choramingou Alucard.

         - Dai-me forças, Tupã... – pediu Mathias.

 


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