Sol e Lua - Reescrita escrita por AlliceFranco


Capítulo 2
Capítulo 2 - Reescrito




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POV Ártemis

O dia que começou super normal, só ficou mais estranho depois disso. Como eu realmente não confiava nos deuses que limpavam o aquário daquele animal marinho, resolvi tomar um banho, que além de limpar sempre me acalmava.

Estava sentada no chão frio do banheiro e deixando a água morna cair sobre minha cabeça, o que provocava um choque térmico, mas era uma sensação gostosa ainda assim. Perdi a noção do tempo nisso, tanto que poderia ter se passado cinco ou cinqüenta minutos que estou aqui dentro que, para mim, pareceria a mesma coisa.

Estava tudo bem, até que ouvi passos do lado de fora do banheiro, e resolvi investigar. Não sei o que me deu na cabeça, mas eu me enrolei na toalha e saí do banheiro. Um grande erro que admito, pois, mesmo que não fosse quem era, uma deusa casta não deveria receber ninguém só de toalha, disso eu tinha certeza. Assim que abri a porta, dei de cara com um par de olhos dourados e entrei em pânico total. Apolo.

“Apolo? O que... Bem, o que você está fazendo aqui?” Eu perguntei ruborizada.

“Eu queria saber se deixei minha camisa aqui” ele disse “Sabe... Eu a perdi mesmo” E sim, para minha completa felicidade, ele estava mesmo sem camisa.

“Ah, deixou” eu disse com um sorriso esganiçado no rosto “Em cima da escrivaninha” tentei apontar, mas quando a toalha quase caiu, desisti.

“Ah, obrigada irmã” ele disse me abraçando “De verdade”. O abraço era uma coisa da qual eu nunca abriria mão, quero dizer, o abraço dele. E sim, eu negaria isso até a morte se alguém me perguntasse. Mas o problema era que eu estava de toalha. Quando lembrei disso, não pude evitar ficar super ruborizada. Ele também notou.

“Bem... Acho que, é melhor você ir então” eu disse, com rispidez.

“Sim, certo” ele disse um pouco cabisbaixo “Até logo irmã”

 “Até logo Apolo” eu disse assentindo.

Assim que ele saiu, eu me joguei na cama e comecei a chorar. Sim, isso é escroto demais, mas tem que ser assim. Ele era meu irmão, jamais poderia saber da verdade. Era errado, vergonhoso... Eu era uma deusa casta,e  além disso tudo, sua irmã gêmea! Isso era quase imoral!

Mas quem disse que o coração liga para essas coisas?!

Depois de algum tempo chorando em silêncio, resolvi que era a hora de levantar a cabeça e deixar que a vida se encarregue de fazer o que tiver que ser feito. Se fosse para eu ficar com meu irmão, isso iria acontecer e pronto. Se não fosse, a mesma coisa.

Coloquei a roupa mais bonita que tinha, arrumei meu cabelo de um modo diferente, coloquei minha coroa prata favorita, meu colar de lua minguante e meus brincos que combinam e fui me encontrar com os outros deuses na frente da sala dos tronos (já que essa estava inundada).

Depois de todos nos acomodarmos todos no carro sol, pois afinal, se Athena pretendia nos arrastar para um lugar como um museu ou algo assim, e ela concerteza pretendia, não se poderia fazer isso á pé. Provavelmente iríamos voando, pois assim é mais legal e tal, sem falar que evitava congestionamento. Chegando ao Starbugs, chegara também a hora de infernizar a garçonete com nossos muitos pedidos.

“Quero um cappuccino com chantili e um cupcake” Disse Hera

“O mesmo para mim” Disse Athena

“Quero um cappuccino descafeinado” Disse Afrodite

“Quero um café e um sanduíche de atum” Disse Zeus, já irritado, pois a garçonete estava, de acordo com ele, sendo muito molenga.

“Quero o mesmo” Falou Hefesto

“Quero dois cafés e dois sanduíches de atum” Falou Ares, tentando sempre ser melhor que o irmão Hefesto.

“Eu também” Disse Poseidon.

“Idem” murmurou Hades sem interesse.

“Quero um cappuccino com chantili e um sanduíche de atum” Falou Apolo, tirando um dos fones de ouvido e sorrindo para a mulher, e confesso que senti ódio.

“Quero um Cappuccino com chantili e um cookie de chocolate” Eu falei, a fuzilando com os olhos.

 “Então, são: 4 cappuccino com chantili, 1 cappuccino descafeinado, 8 cafés, 2 cupcakes, 9 sanduíches de atum, 1 cookie. Está tudo certo?”

“Sim, tudo certinho” Disse Hera.

“Ok, trago logo seus pedidos, senhores” Disse ela, bufando e correndo para a cozinha.

De fato, ela nos atendeu bastante rápido para a quantidade estrondosa de comida que pedimos. Sim, acredite se quiser, fez tudo em aproximadamente 25 cinco minutos, o que fez Hera lhe dar uma gorjeta de 123$ (o que, eu imagino, seja uma boa gorjeta, pois a garçonete ficou boquiaberta quando viu). A comida estava boa, mas enfim, já comi melhores. Depois que todos terminamos de tomar o café, voltamos para o carro sol e Athena logo disse “Vamos visitar o museu de New York!” e eu sabia que ninguém tiraria essa idéia da cabeça daquela deusa.

Apolo foi dirigindo, claro, e eu sentei-me banco do carona. Enquanto estávamos os dois num silêncio digno de velório, tentando ao mínimo encarar um ao outro, lá atrás estava uma barulheira digna de carnaval (não que eu já tenha ido á um). Eu resolvi ligar o rádio, para quebrar o gelo. E, o que começo a tocar era nada mais nada menos do que Here comes the Sun, dos Beatles.

Eu amo essa música.

Na mesma hora comecei a cantarolar, sem nem ligar pra quem estaria vendo ou ouvindo. Foi meio que irracional e automático. E essa letra sobre o sol, eu garanto, não estava me ajudando muito.  E então, quando eu meio que olhei para o lado, vi o olhos curioso que Apolo direcionava para mim e fiquei curiosa para saber o motivo.

“O que foi?” eu perguntei surpresa

“O que foi o que?” Ele disse saindo de um transe

“Por que você estava me olhando assim?” Eu perguntei rindo

“Só estava vendo como você fica bonita assim” ele comentou

“Assim como?” Eu perguntei, arqueando as sobrancelhas

“Assim” Disse ele, logo depois completando, ao ver que eu não tinha entendido “Sorrindo”

“Eu não sou feliz normalmente? Eu não sorrio com freqüência, normalmente?” Eu perguntei sorrindo, e ao perceber minha proximidade com ele, o sorriso automaticamente se alargou. Estávamos próximos demais e eu não estava fazendo nada contra isso.

“Não sei se é feliz, já que se esconde nesta sua concha de grosseria eterna” ele disse, enrolando um dedo em um fio de meu cabelo cacheado “E não costuma sorrir, pois é uma artista nata. E artistas jamais saem de seus papéis. E você interpreta bem demais, jamais faria algo para quebrar essa concha”

“Não saio?” eu perguntei, chegando mais perto

“Não costuma” ele disse sorrindo

“Bem, acho que posso abrir uma exceção” eu disse, selando nossos lábios em um beijo quente e macio. Santo Zeus, eu nunca senti algo igual em toda minha existência! Ele correspondeu o beijo de uma maneira feroz que sequer acontecera em meus sonhos, quanto mais poderia passar por minha mente. O melhor beijo em minha vida, sem dúvidas, mas que acabou rapidamente, da mesma maneira que começou. No momento em que música mudou, nós nos separamos rapidamente, os dois bastante vermelhos e sem graça. Não era certo, e nem legal, isso que fizemos. Incesto, e isso sem comentar no meu terrível voto de castidade...

“Foi irracional” Apolo tentou se desculpar “Desculpa”

“Está tudo bem, Apolo” eu disse “Foi bom, mas...”

“Desculpa mesmo” ele repetiu

“Calma Apolo, está tudo bem” Eu disse, já preocupada com Afrodite, que já nos observava com curiosidade á certo tempo “Não tem nada demais, e também foi culpa minha, afinal, ninguém beija sozinho... Só faça silencio, ok? Afrodite está vigiando-nos...”

“Entendo” ele disse, e a partir daí Apolo, infelizmente, não tirou mais os olhos da estrada

[...]

O Passeio no museu foi tedioso além do que eu poderia imaginar. Athena nos arrastou para ver cada escultura, cada boneco de cera, cada fóssil, cada animal empalhado, cada quadro... Entenderam? Ela nos arrastou para ver todas as peças do museu! Exemplo foi naquela exposição de bonecos em miniatura, aqueles de Roma. Bem, ela nos contou a história de todos os personagens... E com todos, eu quero dizer todos mesmo! Ela começou com o tal do Julio Cézar e terminou com o João, o padeiro da esquina!

Depois de ver cada peça do tal museu, nós fomos almoçar no restaurante do Plaza Hotel. Almoçamos normal, até que o celular estranho de Hades toca.

POV Hades

“Alô?” falou uma voz rouca do outro lado da linha.

“O que foi, Alecto?” eu falei, com raiva. O que dá o direito dessa insignificante fúria me ligar?

“Err... Chefe, minhas irmãs estão brigando” Ela disse, com medo da minha reação.

“Grande novidade! Como se Tissifone e Megera se dessem bem...” Eu disse com desdém

“Sim, mas chefe... Elas estão passando dos limites!” Ela disse, com medo novamente.

“O que elas estão fazendo?”

“Elas invadiram o castelo de Hécate e quebraram não sei quantos vidros de poções. Invadiram o campo de Elíseos e estão atormentando as almas em seu descanso eterno. Ah, e elas libertaram um javali do tártaro” Ela mencionou

“O que? Elas ficaram loucas?!” Eu berrei, a fúria consumindo-me

“Não sei, mas chefe, se o senhor não vier dar um jeito nisso... Isso vai virar um caos!” Ela falou desesperada, e depois gritou para sua irmã “Megera, pare de atirar garrafas nos cães infernais!”

“Estou indo” Eu falei irritando, desligando a droga do telefone

 “O que foi?” Perguntou Perséfone preocupada

“Megera e Tissifone ficaram doidas, estão brigando e atirando coisas, perturbando almas e libertando javalis do Tártaro. Temos que voltar...” Eu disse chateado

“Mas e a comemoração?” Perséfone perguntou “Afrodite nos mataria se saíssemos á esta altura...”

“Mas e se...” disse Athena, e eu sabia que essa sabichona tinha um plano em mente.

POV Artemis

“... Fossemos jantar em Los Angeles? É colado em Hollywood, e ainda é legal” Athena terminou de contar seu plano brilhante

“Mas aonde?” Perguntou Afrodite, unindo as sobrancelhas, e juro que eu ouvi faíscas e senti cheiro de queimado quando essa loira começou a pensar “QUE TAL AQUELE RESTALRANTE FRANCES?”

“Boa idéia, sei qual é” disse Hera

“Boa escolha” ajudou Demeter

 “Ok então, está resolvido” Disse Athena, botando fim á esse problema “Vamos pro aeroporto?”

[...]


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Notas finais do capítulo

pf, pf, pf... Reviews :D