Ultraviolet escrita por annylopez


Capítulo 34
Capitulo 33: Livre das Aparências


Notas iniciais do capítulo

Como voces tem sido muito fofas comigo , vou postar o cap antes do prometido e se sei lá de repente eu ganhar uma recomendação ou uns 6 comentarios eu posso ate postar outro cap ainda essa semana...mas nao prometo nada../ semanas de provas é tensa ,quem ai quer estudar saude publica comigo ? meninas dos cursos da saúde , alguem ?,JehFonti sei que vc cursa medicina neh...amigaaaa preciso super de auxilio em patologia ...,
inclusive meninas me falem um pouco sobre vcs nos coments ...eu sou uma pssoa curiosa , a Lari que o diga kkk
ate mais..



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Capitulo 33: Livre das Aparências

PDV RENESMEE

Acordei ao ouvir os passos do Alex pelo corredor. Rolei na cama tentando me desviar da fresta de sol que entrava pela janela, suspirei fundo ao sentir que os passos se aproximavam e encolhi na cama ao ouvir as batidas na porta.

- Renesmee? Nessie..

- Hummm – murmurei vendo-o abrir a porta.

- Anne vinha trazer o seu café, mas eu tomei dela. Assim, se você inventar que não vai comer eu posso fazer aviãozinho. – entrou com uma bandeja enorme.

- Até parece que vai precisar, eu acho que você pensa que eu tenho 5 anos neh – Falei encostando na cabeceira da cama.

- Bom, na verdade pra mim você tem 3 anos, é mais o seu tipo. – disse fazendo aviãozinho com o mamão.

- Ah! Chato – Fiz careta enquanto comia meu café.

As coisas aqui na clínica eram bem diferentes do que eu pensava, lembro como se fosse hoje quando cheguei morrendo de medo por estar indo á uma clinica de reabilitação. A clinica ficava situada em uma fazenda, ao entrar pude ver vários jovens da mesma faixa etária que eu conversando na sala de estar. Havia refeitório, quartos com 2 jovens em cada e várias oficinas de artes como musica e dança, além de um grande projeto de jardim e horta de legumes. Havia aulas de equitação e natação, e ás vezes eu até me esquecia do porque que eu tinha vindo pra cá. Também tinha sessões individuais com Esme e sessões em grupo.

Mas, mesmo assim ás vezes me batia as crises novamente, e nessas horas não havia nada que me detivesse. Embora eu não pudesse comer tudo e vomitar depois, eu tinha crises de choro e em uma dessas crises eu conheci o Alex. Estava na varanda e já passava das vinte e três horas. Todos estavam na beira do rio onde estava havendo um luau, no entanto eu não quis ir, não queria me enturmar com ninguém daqui e ao mesmo tempo me sentia muito abandonada. Eu não conseguia parar de pensar que meus pais haviam me mandado pra cá porque não me queriam por perto, eu chorava de saudades do Jacob e pensava que ele já estava com outra, apesar de saber que era algo ridículo.

Me sentei na varanda em meio ás lagrimas, queria sumir, eu estava extremamente triste e nem sabia o motivo da minha tristeza.

- Que noite linda, não é! Realmente um motivo pra se emocionar – disse um rapaz sentando-se ao meu lado, sem nem ao menos ser convidado. Enxuguei as lágrimas tentando esconder minha tristeza.

- Não adianta esconder suas lagrimas de mim, eu vejo como você esta – disse me analisando.

- Não to afim de conversar, ta legal! – disse me esquivando.

- Ah ta, nem eu – fingiu indiferença olhando pra noite estrelada – Na verdade eu gosto mesmo de sentar ao lado de estranhos e ficar analisando a noite.

Dei de ombros tentando ignorar sua presença.

- É difícil saber quando começar. E imprecisa a hora de tudo acabar muito mais ainda humm humm – cantarolou animado.

Olhei indignada pra indiferença dele.

- Oôh da licença? – falei na intenção dele se tocar.

- Pode passar...

- Hei qual a sua? Eu tava aqui primeiro!

- E daí, não pode compartilhar? – me perguntou inocente.

Bufei sem acreditar – Se eu quisesse compartilhar companhia eu teria ido pra aquele bendito luau. Será que é difícil pra você perceber que eu quero ficar sozinha..

- Olha, sozinha você já esta independente se tem alguém do seu lado ou não. Tenho te reparado desde que chegou não deixa que ninguém se aproxime de você, veio pra cá, mas a verdade é que não quer realmente se tratar.

- O que você sabe da minha vida pra dizer isso? Você não pode nem imaginar tudo que eu tenho passado.

- Tenho certeza que não é nada pior do que as demais meninas daqui, mas se você não quiser ficar boa não ficará, não importa o tempo que passe aqui.

- Tudo bem, já entendi – suspirei.

- Não quero bancar o chato, quero te ver bem.

Arquiei a sobrancelha estranhado sua preocupação por mim, eu mal o conhecia.

- Mas...

- Eu já passei por coisas terríveis e vi pessoas se reerguerem de situações inacreditáveis, a vida é uma grande encruzilhada, ta ligado. Você escolhe o caminho que vai seguir.

- Só que falar é fácil – Resmunguei.

- A melhor terapia é com certeza o sorriso.

- Como sorrir quando só existe vontade de chorar. – Suspirei melancólica.

- Ás vezes a gente tem que fazer um esforcinho neh – se virou pra mim sorrindo abertamente. seu sorriso era tão convidativo, na verdade, era como o nascer do sol na colina. – No final das contas não dá pra seguir sem vontade de viver, sem sorrir das coisas bobas da vida, afinal são elas que nos fazem felizes.

- Já pra você, parece algo natural.

- Mas pode ser pra você também – levantou-se estendendo a mão para mim. – Deixe-me ajuda-la á ver a beleza da vida.

- Eu não sei – o olhei temerosa.

- Larga de ser morgada garota – insistiu com seu largo sorriso – Você não tem nada a perder.

- Tudo bem! Eu quero mesmo ser livre de tudo isso – aceitei sua mão me pondo de pé ao seu lado.

- Então faremos aqui um acordo, a partir de hoje você não vai esconder seus sentimentos. Vai chorar quando sentir vontade de chorar, vai gritar quando estiver irritada, mas principalmente vai sorrir, gargalhar sempre que der vontade, mesmo que a situação não tenha graça, mesmo que haja pessoas pra te criticar por isso, combinado assim?

Olhei em seus olhos confiante – Combinado.

- Então temos um acordo, á propósito, sou Alex Freitas – disse puxando minha mão em um comprimento.

- Renesmee Cullen, mas espera ai, Freitas? Você por acaso é parente da Dr. Esme?

- Ela é minha tia.

- Ah! Ela não mencionou que tinha parentes aqui, vocês moram aqui na clinica ou..

- Muitas perguntas – assobiou enquanto me puxava em direção á floresta.

- Hei espera, pra onde esta me levando...

- Nós vamos ao luau – falou tranquilamente.

- O que?! – estacionei nervosa – De jeito nenhum, eu..

- Você não tem escolha – falou pondo-se á minha frente – Temos um acordo e uma dessas cláusulas é que você vai se socializar com o pessoal.

- Eu não me lembro de ter lido nenhum contrato.

- Pois devia, agora é tarde pra reclamar – anunciou enquanto me arrastava pra beira do rio, onde havia a festa.

Depois daquele dia nos tornamos inseparáveis e com ele por perto tudo era mais fácil. Já tinha varias amigas que passavam por coisas semelhantes á minhas. E já fazia um mês que estava na clínica e conseguia ver a melhora que havia em mim.

- Então você vai me ajudar entendeu, Nessieeeeeeeeeh! – cantarolou chamando minha atenção.

- Hã? Que? – Me sobressaltei ao ouvi-lo gritar.

- Ta viajando ai rapaz, presta atenção no que digo. Temos uma missão hoje.

- Ah não quero – me enrolei no cobertor, preguiçosa.

- Mas... – ele levantou retirando a bandeja da cama e colocando sobre a cômoda, antes que eu desse conta ele estava arrastando minha coberta, me desembrulhando.

- Ah nãooooo, pára Alex! – pedi sendo totalmente ignorada, ele jogou o cobertor no chão e eu fechei os olhos ainda deitada.

- Renesmee Cullen, vai levantar por bem ou por mal. – advertiu divertido.

- Não quero levantar, ainda são 8 horas e hoje é domingo – deitei de lado na cama me aconchegando.

- Nessie , a Lisa e a Harley já estão na aula de dança e você aqui chocando.

- Aaah! – abri a boca em falso espanto – Chocando? Ta me chamando de galinha é?

- Humm não – sentou-se na beira da cama – Mas que você ta bem morgada isso tá.

- Pra falar a verdade eu nunca entendi o que você quer dizer com morgada..

Suspirou impaciente.

- Levanta logo e não muda de assunto!

- Ah Alex, me deixa vai – pedi voltando a fechar os olhos.

- Tá bom, foi você que pediu – antes que eu entendesse o que queria dizer, ele se jogou sobre mim me enchendo de cócegas.

- Hahahahah pára, ai...hahahaha páraaa..

- Aqui pra você aprender a me obedecer quando eu mandar – continuou enquanto eu me contorcia de tanto rir.

- Páraaaaah Aaalex ai hahahaha pára..

- Vai fazer o que eu mando?

- Hahahaha vou hahah páraaaa por favorrr

- Então diz Alex lindo do meu core eu vou fazer o que você quer.

- Aaaaaih hahahhaha páraaaah – meus olhos lacrimejavam e minha barriga já doía e o infeliz não parava de fazer cocegas em mim.

- Diiiiiz?

- Ta, ta bom hahaha eu faço, eu façooooo.

Ele parou sorrindo de esguelha – Faltou o Alex lindo do meu core.

Me ergui respirando fundo.

- Isso é jogo sujo! – falei ainda arfando.

Piscou pra mim, sorrindo maliciosamente.

- Tanto faz!

Filhodamae#

Me levantei á contra gosto indo até o banheiro, fiz minha higiene e vesti uma regata e um short.

- Entãao Nessie se for demorar eu espero ta – gritou irônico.

Bufei me apressando, assim que abri a porta do banheiro, o vi em pé na soleira da porta impaciente.

- Por que tanta pressa? Afinal, qual é a grande missão?

- Ah, nada demais – falou com cara de inocente, isso não era bom sinal.

- Aaalex?!

- Ah..é só pintar os estábulos – disse rápido enquanto me puxava do quarto.

- Quê?!

- Para de reclamar Nessie...

- Mas eu não sou pintora..

- Agora é. – falou determinado.

Filho da ...eu já disse neh!

PDV JACOB

Sai da gravadora com a mente á mil. Estávamos no projeto pro segundo cd e as pressões estavam me matando, na verdade, eu andava mesmo muito estressado.

- Jacob? Jacob Black? – virei-me ao ouvir uma morena sorridente vindo em minha direção.

- Sim?

- Esqueceu seu celular – disse me entregando o aparelho.

- Ah obrigado, bondade sua vim me devolver – falei aéreo enquanto o guardava no bolso.

- Por que diz isso, acha por acaso que eu sou alguma maníaca que iria roubar o seu super celular de pop star, é?!

- Não, eu...eu não

- Olha só eu já tenho um – falou apontando pra um smartphone Pink.

- Legal, de qualquer forma, obrigado – ia me retirar quando ela me detém segurando em meu braço.

- E minha recompensa?

- Quê?

- Oras eu encontrei seu celular, já pensou se ele cai em mãos erradas, tantos contatos  e se tivesse fotos comprometedoras a imprensa iria adorar, não? Ou um fã maluco poderia leiloar e ganhar milhões.

- Tudo bem – suspirei pegando minha carteira – Quanto você quer?

- Humpf! Fala serio, eu não quero o seu dinheiro.

- O que é então? – falei confuso.

- Isso é obvio, quero que me pague um jantar!

***

PDV ISABELA

Havia pouco mais de um mês que Renesmee estava internada na clinica, mas não conseguia deixar de ficar preocupada. No entanto, nas nossas longas conversas por telefone eu percebia a melhora. Eu voltara a ouvir minha filha sorrir e pra mim não tinha nada melhor.

Suspirei ajeitando alguns papeis em meu consultório, quando o telefone toca avisando que tinha alguém que desejava me ver, mesmo sem perguntar de quem se tratava autorizei sua entrada.

Antes que eu pudesse voltar atrás Edward entra na sala, me deixando atordoada.

Meu Deus como ele era lindo. Suspirei me recriminando logo em seguida por tamanho pensamento.

- Be.. – o olhei feio e ele se retraiu – Isabela! Como esta?

- Muito bem e confusa, porque esta aqui? – perguntei na lata, vendo-o ignorar minha pergunta e sentar-se na cadeira á minha frente.

- Queria saber como você esta?

- Eu estou ótima Edward, mas deveria querer saber como sua filha esta e não á meu respeito.

- Mas eu sei da Nessie, falei com ela ontem á noite, ela vai muito bem. Questionei de você porque me preocupo, agora que se separou e a Nessie esta nessa clínica, você fica naquela casa praticamente sozinha.

- Eu não fico sozinha.

- Porque? Você...bem..você esta namorando ou sei lá saindo com alguém?

Suspirei o encarando.

- Não que isso seja da sua conta, não eu não estou com ninguém, digo que não fico sozinha naquela casa porque tenho a Marta comigo.

- Sei – murmurou me encarando, seus orbes verdes pareciam ler cada pensamento meu.

Desviei meus olhos dos seus encarando as pastas sobre minha mesa.

- Se era só isso que você queria Edward – indiquei a porta em um convite.

- Está me expulsando Isabela?

- Bom, eu tenho muito o que fazer, por favor entenda! – falei firme.

- Por que insiste em me expulsar da sua vida dessa maneira?

Engoli em seco vendo-o se levantar vindo em minha direção.

Me pus de pé ainda nervosa.

- Porque você não faz parte dela já há um bom tempo.

- De verdade Bella? – seus olhos prendiam os meus, minha respiração ficou retida – Você não guarda nada de mim?

Puxei o ar me afastando, e antes que eu pudesse fugir sinto seus braços me puxando em sua direção, sua boca grudou-se na minha e não pude resistir.  Meu coração batia descompassado no peito, a adrenalina pulsava em minhas veias. Eu não me lembrava de quem eu era ou as circunstancias que me trouxeram aqui..apenas que eu por um minuto estava completa e tudo fazia sentido de novo.

PDV RENESMEE

- Ai – suspirei me sentando no bloco de feno que havia ao lado dos estábulos – Tô cansada já, isso é exploração.

- Ih! Tava demorando pra reclamona voltar – disse Alex me analisando.

- Claro! Você me escraviza – fingi indignação.

- Tudo bem, uma pequena pausa minha escrava branca – falou irônico sentando-se ao meu lado e depositando o balde de tintas no chão.

- Que mané pausa, eu quero a minha carta de alforria.

- Aah voce quer... – falou me encarando ameaçador.

- Eu...

- Aqui sua carta – passou o pincel pingando de tinta por meu braço.

- Ah seu...agora você vai ver só – gritei pegando o balde de tinta.

- Nãaao me pega, não me pega – gritou correndo pelo campo.

- Volta aqui seu sinhozinho de uma figa – sorri correndo em sua busca.

- AAah Nessie reclamona não é de nadaaaahhh!!

- Haahahah larga de ser criança Alex – ri enquanto ele dava voltas no campo.

- O melhor da vida é ser Criança, vem me pegar Renesmeeeee....

- Eu vou! – exclamei me sentando no chão, não aguentava mais correr – Assim que minhas forças voltarem.

Deitei-me na grama totalmente esbaforida. Cara eu estava mesmo fora de forma.

- Larga de ser... – gritou ao longe.

Se aproximou de onde eu estava.

- Morgada!!!

- Seja lá o que seja isso, eu...eu ...ah! Deixa pra lá – desisti, me aconchegando na grama.

Ele sentou-se ao meu lado.

- Temos que repetir isso.

- O que? Pintar o estabulo de outra cor ou me pintar de outra cor?

- Na verdade eu estava pensando na corrida mesmo.

- Aah não! – falei me sentando – Eu prefiro mil vezes ser pintada de novo.

- Você esta muito sedentária garota.

­- Não senhor, eu já estou fazendo tudo que a nutricionista instruiu, exercícios não.

- Exercícios sim, fazem bem pra saúde e liberam endorfina.

- Cara, você é um mala! – Resmunguei.

- Certo, mas a questão é, eu sou um mala que você adora ou..

- Ou nada, você é um mala que eu adoro! – falei dando um beijo estralado em sua bochecha.

ps: Imaginei esse gatinho aki como Alex 

http://juhcentrismo.files.wordpress.com/2010/04/seth1.jpg


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