Sacrifício aos Deuses escrita por Jacih, estherly


Capítulo 27
Cumprindo a profecia...


Notas iniciais do capítulo

N/A: penúltimo capítulo! *-*



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POV Scorpius

A professora nos chamou. Não faço a mínima idéia por que. Chamou Alvo, Luke, Lylian, Rose, Belle, eu... Alícia e Erick?

- O que estão fazendo aqui? – perguntei para Alícia e Erick que estavam de mãos dadas.

- Fazemos a mesma pergunta. – retrucou Erick.

- A professora Dóris nos chamou. – respondeu Alícia. – E parece que vocês também.

- Estou com um mau pressentimento. – murmurou Lylian. – Desde ontem. – comentou ela olhando para Luke.

- Eu sinto um desde que vi aquela professora. – murmurou Alvo.

- Péssimo pressentimento virou minha companheiro. – acrescentou Luke.

- Vamos parar de falar disso e entrar. Vai que a professora tem uma boa notícia? – sugeriu Rose não querendo pensar nisso. Ri pelo nariz, ela estava tão apavorada quanto cada um de nós.

Passamos três vezes na frente da Sala Precisa e vimos a porta se materializar. Aproximamo-nos da maçaneta que brilhava convidativa para nós. Isabelle colocou a mão nela, mas não a virou, apenas olhou para nós.

- Independente do que vier, estaremos juntos. – disse ela. Não  era uma pergunta, mas uma afirmação. Engoli em seco, o que ela queria falar com isso? Ela então abriu a porta e eu finalmente senti o que todos sentiam, o mau pressentimento.

- Ora...Não sejam tímidos. Sentem. – convidou a professora que estava no meio da sala, envolta de um monte de cadeiras.

Calmamente entramos. A professora Dóris tinha na mão uma taça, contendo um líquido que não consegui identificar, não fui o único. Os rapazes, pelo menos, não conseguiram identificar também.

- Por que nos chamou professora? – perguntou Rose sentando do meu lado. Olhamos curiosos para Dóris que apertou os olhos para Rose, como se ela fosse uma ameaça. Sem percebermos, nossas mãos estavam entrelaçadas. Dóris pareceu surpresa e nervosa com aquilo.

- Um brinde. – disse ela animada passando uma bandeja com uma bebida.

Lentamente fomos passando a bandeja com oito taças. Estava nervoso com qual bebida seria aquela. Quando olhei e cheirei. Cerveja amanteigada.

- Ora...Não tem nada. – disse ela servindo-se um pouco da garrafa que ela tinha servido nós e bebido, para provar que não tinha nada. Pouco mais aliviados, bebemos.

Rapidamente senti a bebida descer pelo meu corpo, entrar em todos os órgãos possíveis e um formigamento me possuir. Diabos! Não era cerveja amanteigada! Meu coração batia rápido. Olhei para o pessoal, seus estados eram iguais ao meu: nervosos. Olhei para a professora. Ela sorria, diabolicamente e se levantou.

Nossas cadeiras fecharam um círculo, onde a professora estava no centro. Suas mãos esticadas e seu rosto para cima. Como se estivesse falando com algum deus. E era isso que ela fazia. Ela falava com algum deus, ouvia as palavras soltas, mas que me faziam ter noção do que eu fazia. Palavras soltas como “deuses”, “tempo”, e a pior e mais conhecida atualmente entre nós, sacrifício.

Eu queria prestar atenção nas palavras dela, era um ritual o que ela fazia. Por quê? A professora Dóris não estava do nosso lado? O formigamento aumentou. Agora, adormecia todos os músculos e membros. Eu não conseguia me mexer. Queria puxar a varinha e tentar qualquer coisa que terminasse com aquilo, quem sabe um Finite Incantatem não resolvesse. Mas... Eu queria pegar minha varinha, mas meus braços estavam adormecidos, não conseguia me mexer. Meu corpo começou a pesar.

A professora Dóris falava, gritava, mas não ouvia nada. Absolutamente nada. Olhei para os lados desesperado, o pessoal estavam desacordado e não estávamos mais na sala precisa. Nada existia ao nosso redor. Começamos a flutuar, a cadeira embaixo de mim sumiu como areia no vento. A professora ainda estava de pé e girava com os braços esticados. Ela gritava e falava cada vez mais rápido. Começamos a girar. Apenas nós, envolta dela. Cada vez mais rápido. Vi ela passando nos meus olhos rapidamente.

Meu corpo continuou pesado e pesava cada vez mais. Minhas pálpebras pesavam. Não podia dormir ou desmaiar. Tinha que ficar acordado e ver onde iríamos parar. Mas não conseguia. O peso foi subindo e chegando sem dó nos meus olhos. Pisquei uma vez e ergui as pálpebras lentamente. Olhei cansado ao redor. Todos dormindo. Olhei para a professora. Ela me olhou com um sorriso de lado e diabólico e eu pisquei. Mas não abri as pálpebras dessa vez.

Senti um baque. Minhas costelas tremeram e eu imaginei que iria sofrer para o resto da minha vida com essa dor. Abri os olhos. As minhas pálpebras resolveram abrir e fechar facilmente. Assim que eu fiquei com meus olhos abertos, percebi que minha dor nas costas é o menor dos meus problemas. Engoli em seco. Aquela professora traíra nós. Nós...Levantei rapidamente e olhei em volta. Estávamos em círculo, como antes. Fui correndo até Rose. Ajoelhei-me ao seu lado e sacudia seus ombros. Todos estavam vivos, não? Sacudia-a e chamava por ela. Meu coração saltava desesperado. Vi que ela abriu os olhos e me olhou confusa.

- Você está bem? – perguntei nervoso abraçando ela.

- Estou. – disse ela olhando confusa. – Onde estamos?

- Não faço a mínima idéia. – respondi sinceramente.

- Como paramos aqui? – perguntou ela novamente se levantando com a minha ajuda.

- Professora Dóris. – respondeu Erick ajudando Alícia e Belle a se levantarem. Todos olharam ao redor tentando, assim como eu e Rose, descobrir onde estávamos. Ouvimos um barulho de folhas secas no chão, galhos sendo afastados.

- Ora... – murmurou uma pessoa saindo das sombras que as árvores projetavam. Era...A professora Dóris? – Imaginei que fosse mais inteligente para a sua idade. – comentou ela se postando a nossa frente.

Rapidamente ela começou a mudar. Seus cabelos, seu rosto, seu corpo e roupas...Bom, as roupas sumiram. Os cabelos eram ruivos e longos. Tapavam os seios e a feminilidade dela. Engoli em seco.

- Quem é você? – perguntou Alvo.

- Os irmãos me conhecem. – comentou ela olhando para Isabelle e Luke.

- Límni... – murmurou Isabelle e Luke ao mesmo tempo. Ela sorriu e bateu palmas.

- Finalmente trouxe vocês aqui. – disse ela dando costas para as árvores e indo para o mar que estava do outro lado. Olhei em volta. Em um lado as árvores. Do outro o mar e areia. E no fundo, montanhas. – A profecia irá se cumprir.

- Onde estamos? – perguntou Rose. Límni olhou incrédula para nós.

- Para a mais inteligente do bando, até que você está burra. – ironizou ela. Bufei, quem ela pensa que era? – Vocês estão no meu território e no meu tempo.

- E quem é você? – perguntou Lylian.

- Límni, uma das cinqüenta nereidas. – disse Límni molhando os pés na onda que ia e vinha calmamente. – Nos vemos no topo. – disse ela olhando para a montanha onde tinha várias pessoas e pulando no mar.

- Aqui será o sacrifício? – perguntou Lylian.

- Pelo jeito. – disse Rose olhando em volta. – Merlin amado... – murmurou ela se virando e andando de costas temerosa.

Olhamos atrás e vimos três cachorros. Agachados e com os caninos a mostra. Eles eram esbranquiçados, como fantasmas. Mais ao longe, uma mulher apareceu. Olhava séria para nós. Ela se aproximava e se postava ao lado dos cachorros esbranquiçados.

- Hécate... – murmurou Rose erguendo a varinha.

- Isso é bom? – perguntei temeroso.

- Não com os cachorros. – disse Rose.

Olhamos. A mulher ainda olhava fixo para nós. Os cachorros estavam mais agachados. Consegui ver os ossos aparecendo. Eram cachorros zumbis. Sem percebermos a mulher ergueu o braço e apontou para nós. Os cachorros vieram para cima de nós correndo. Viramo-nos e corremos. Eu simplesmente olhava para frente, vi a praia se estender por quilômetros sem fim. Os latidos da matilha fantasma. As patas mortas pisando nas folhas. Nós correndo. Era muita adrenalina para um grupo correndo de cães...Fantasmas.

- HÉCATE! – gritou alguém do mar. Os cães pararam no lugar. Corremos por mais uns metros e nos viramos. Os cachorros latiram e se viraram, voltando para a mulher. Com a respiração ofegante olhamos para a pessoa que nos salvara.

- Dóris... – murmurei. Ela estava no mar. Metade do corpo submerso. Os cabelos escuros tapando seu corpo nu.

- Oi gente. – cumprimentou ela.

- Professora? – perguntou Alicia se aproximando dela. Todos nós nos aproximamos dela. Ela sorria de lado envergonhada.

- Me chamem de Dóris. – pediu ela.

- O que faz aqui? – perguntou Isabelle.

- Eu sou uma oceânides. Uma das três mil. – disse ela rindo do acréscimo. – Pertenço a este mundo.

- Onde estamos? – perguntou Rose novamente.

- Límni já falou. No nosso mundo. No nosso território. – respondeu ela.

- Dóris, você não respondeu muita coisa. – disse Erick.

- E nem vou. – disse ela. – Só podem saber disso e ponto. Entenderão futuramente.

- Sabe quem vai ser sacrificado? – perguntei.

- Sei sim. – disse ela olhando para mim. Meu coração pulou desesperado e eu engoli em seco. – Estamos num mundo mitológico. Terão que lutar com o que souberem. – disse ela preocupada. – Dei aula para vocês para estarem preparados quando o dia chegasse.

- E estamos. – disse Rose.

- Eu sei. – disse Dóris. – Preciso ir. Eu sinto muito pela pessoa sacrificada. – disse ela.

- Dóris, por favor. – pediu Rose. – Onde estamos?

- Muito perto dos Deuses. – disse ela piscando o olho.

- Como assim? – perguntou Rose.

- Você sempre entendeu o que eu queria dizer, entenderá essa. – disse ela afundando calmamente para o mar. – Boa sorte. – desejou ela.

- Dóris! – chamei. Ela me olhou. – Obrigado.

- Eu que agradeço. – disse ela sumindo por completo.

- Olhem! – exclamou Alícia apontando para as árvores que se mexiam. De repente vários centauros com arcos e flechas, e sátiros apareceram e vieram correndo atrás de nós. Lançávamos feitiços neles e corríamos e de repente a ponte no mar era a única salvação.

***

POV Autoras

Eles estavam correndo. Desviavam-se de mãos que puxavam seus pés no mar. Infelizmente só havia aquela ponte naquele mar. Tinha que passar. Scorpius, Rose, Luke, Lylian e Erick iam mais à frente, limpando o caminho, tirando qualquer ser que aparecia na frente deles, enquanto Alícia, Alvo e Isabelle iam mais atrás, impedindo qualquer ser que seguisse eles. A ponte foi ficando mais estreita e então, um canto.

Um canto suave e sedutor invadiu o ar em volta deles. Os cinco que iam a frente já estavam longe e não ouviram. Mas os três últimos...Principalmente Alvo, ouviu. Ele parou no meio da ponte e se virou. A música enchia a mente dele, hipnotizando-o para o lugar de onde vinha. Involuntariamente, Alvo foi seguindo o canto, se aproximando do começo da ponte e caminhando pela beirada do mar.

- ALVO! – exclamou Isabelle esticando a mão, como se ele fosse voltar com aquele ato, quando sentiu a varinha ser puxada de sua mão. – Desgraçado! – exclamou ela esquecendo a varinha e indo atrás de Alvo.

- Belle! Cuidado! – exclamou Alícia fazendo um feitiço e acertando uma harpia que estava com as garrafas afiadas perto da cabeça de Isabelle, pronta para arrancá-la.

- Alvo! – exclamou Isabelle puxando o moreno que estava pronto para se atirar no mar, onde nereidas com dentes afiados o esperavam. – Minha varinha... Desgraçado de ser...

- Aqui. Consegui. – disse Alicia entregando a varinha para Isabelle que respirou mais aliviada. Com um floreio ela fez cera aparecer nos ouvidos de Alvo que parou estático em cima das pedras.

- O que estou fazendo aqui? – perguntou ele olhando para os lados.

Um estouro ao lado deles. Uma harpia acabara de rolar ao lado deles morta. Um estouro na água. Eles olharam e viram Isabelle com a varinha apontada para a água turbulenta. Uma nereida abaixou-se no mar, brava com os dentes afiados.

- Socorro! – exclamou Alvo sentindo seu corpo cair nas pedras.

Uma dor passou por ele inteiro e ele sentiu sangue escorrer do seu rosto. Estava sendo puxado. Tentava se segurar nas pedras, mas elas estavam soltas e rolavam, acompanhando o corpo de Alvo que começou a sentir a água nos pés. Outro estouro na água. Alvo ergueu o rosto e viu Rose se aproximando deles.

- Vão indo! – exclamou Alvo para Rose. – Alcançamos vocês depois. – disse ele vendo ela lançar mais uma vez um feitiço na água tentando acertar a nereida que puxava Alvo, mas foi inútil. A nereida puxou com mais força ainda. – Me... Solta! – exclamou ele finalmente conseguindo pegar a varinha e, por instinto, enfiar no olho azul escuro da nereida.

A nereida urrou de dor e cravou as unhas afiadas nas pernas de Alvo, tentava parar a dor incontrolável que sentia. Alvo gritou de dor e mexia as pernas, acertando uma vez na cabeça da nereida que foi lançada para trás. Com a ajuda de Isabelle e Rose, Alvo subiu e se levantou.

- Você está bem? – perguntou Rose e Isabelle ao mesmo tempo.

- Um pouco. – disse ele olhando para o mar onde uma mancha vermelha que se alastrava rapidamente no mar azul escuro. – Rose, precisa ir. – disse Alvo. – Temos que concluir a profecia. – disse Alvo andando desengonçado para uma pedra com a ajuda de Isabelle. Sem conter, caiu de joelhos, seus tornozelos não agüentavam.

- Mas e vocês? – perguntou Rose vendo onde o outro grupo estava.

- Eu cuido do Al. – disse Isabelle tentando puxar Alvo para uma pedra grande.

- Mas e os... – começou Rose sendo interrompida por outra harpia que apareceu com as garras afiadas perto dos seus olhos, um feitiço e ela rolou, sujando-se de folhas secas, morta. – Animais? – perguntou Rose olhando para a harpia dura mais adiante.

- Eu cuido. – disse Alicia se aproximando. Rose engoliu em seco, estava indecisa.

- Sabe da profecia. – disse Isabelle. Rose assentiu. Se virou para ir ao encontro do outro grupo quando Alicia segurou o braço dela.

- Se algo acontecer comigo, diga ao Erick que eu o amo. – pediu ela vermelha. Rose engoliu em seco.

- Não irá acontecer nada com ninguém. – disse ela querendo ter cem por certeza disso.

- A profecia irá se realizar. – disse Alicia se afastando e acertando um Hecatônquiro. O gigante viu quinze braços seus caírem aos seus pés e com passos grandes foi se aproximando de Alicia. – VÁ! – ordenou Alícia se afastando deles e chamando a atenção do gigante que durante o caminho até Alícia, perdeu mais 20 braços.

Rose se virou e foi correndo até o grupo que estava mais afastado do que antes. Suspirou e continuou andando com a varinha firme na mão. Tinham uma profecia para cumprir.

***

POV Rose

Deixar o Al e a Belle para trás foi como tirar um pedaço do meu coração. Eles eram muito importantes para mim, como se eu dependesse de cada um deles para viver. Olhei para Scorpius, mais a frente, ele estava com a cabeça baixa, pensativo demais. Eu suspirei e fui até ele abraçando-o pela cintura, seus braços me rodearam com força, com medo.

Encarei Erick, o moreno olhava para a direção de onde viemos. Alícia não retornara. Suspirei.

- Ela disse que o ama.

Ele voltou seu olhar na minha direção, ainda estava chocado com as palavras. Mas havia entendido.

- Ela nunca me disse isso. – ele suspirou – Ela realmente disse que me ama?

- Disse. – eu sorri fraquinho

- Acho que é hora de revelações! – Lylian se aproximou de nós, temerosa, eu estranhei

Luke se aproximou dela e a segurou pela cintura. Os olhos dos dois focados em Scorpius e eu.

- Lylian não é mais virgem! – Luke disse de uma vez só, rápido

Eu fiquei em choque. Se fosse em uma situação normal isso não ma afetaria, mas agora...isso só queria dizer que sobrara só eu para o sacrifício. Eu não teria chance nenhuma, nem o poder da dúvida.

- Vocês não podiam ter feito isso! – foi Scorpius quem falara, sua voz contida

Luke e ele se encararam de forma ameaçadora, Erick estava confuso e eu apenas desolada. Mas eu tinha de prosseguir logo.

- Se fosse para salvar a vida da Rose você faria a mesma coisa! – Luke se exasperou e bagunçou os cabelos com as mãos

- Está enganado! – Scorpius me largou e encarou o amigo de forma fria, nunca o vi assim – Para salvar a vida da Rose, eu colocaria a minha vida em risco, jamais a de outra pessoa!

E então ele me puxou pela mão para seguirmos adiante. Eu apenas o segui, mas eu sabia que havia algo de errado com o meu loiro.

***

POV Autoras

- Ora, ora, ora... – murmurou Ágatha aparecendo na frente deles. Rose e Scorpius ergueram as varinhas. – Olha quem aparece por aqui.

- Traidores de uma figa. – murmurou Lylian com os dentes cerrados.

- O sacrificado tem que vir aqui. – disse Louis aparecendo ao lado de Ágatha.

- Saiam da nossa frente. – ordenou Rose.

- E por que faríamos isso? – perguntou Ágatha.

- Ora sua vagabunda. – xingou Lylian fazendo um feitiço acertar o cabelo de Ágatha.

- Sua virgenzinha. – murmurou Ágatha passando entre Rose e Scorpius e travando uma batalha com Lylian.

- Eu luto com ele. – disse Luke erguendo a varinha. Louis ergueu a sobrancelha.

- Acha que é páreo para mim? – perguntou Louis.

- Sou um Zabine. – disse Luke. Louis semicerrou os olhos e se aproximou de Luke.

- Vão! – mandou Erick. – Vocês têm uma profecia para cumprir.

- E vocês? – perguntou Rose nervosa.

- Cumprimos a nossa. – disse Erick. – Só você pode salvá-la Scorpius. – disse Erick. Scorpius engoliu em seco e assentiu. Pegou na mão de Rose e foi andando para longe deles. – Voltem vivos! – pediu Erick.

- Adeus gente. – disse Rose e Scorpius juntos.

***

POV Scorpius

Sobramos apenas Rose e eu. Os outros ficaram para trás tentando cumprir a profecia. Eu sabia que eles me deixariam seguir com ela, sabia que eles pensariam que eu seria o único a poder salvá-la, mas eles é que não sabiam da metade. Suspirei e parei de andar. Rose continuou por alguns passos e então me encarou de volta, seu semblante estava confuso. Ela já desconfiava de alguma coisa.

- O que aconteceu? – ela se aproximou devagar

- Eu amo você! – tentei sorrir, mas tudo que consegui foi engolir em seco

- Eu também amo você! – ela segurou meu rosto com as duas mãos

E então pensei muito. Tudo o que consegui fazer foi beijá-la com força e paixão. Talvez eu nunca mais pudesse fazer isso e eu não queria esquecer o gosto do beijo dela de maneira nenhuma. Empurrei-a contra a parede de pedra e a prendi entre meus braços. Minha boca deixou seus lábios para se aventurar por seu pescoço, logo eu a impulsionei pela cintura e suas pernas rodearam meu corpo, minha boca atingiu seu decote e eu comecei a beijar seus seios.

Foi só quando percebi o quanto eu estava excitado é que eu parei com o rosto em seu pescoço, respirei fundo o seu perfume e lhe beijei calmamente a pele sensível do pescoço. Ouvi seus soluços baixinhos e olhei seu rosto, ela chorava.

- Eu queria poder sentir você uma última vez! – eu sussurrei beijando seus lábios – Queria ouvir você gemer meu nome, sentia sua pele, seu corpo sob o meu, beijá-la inteira! Queria ter mais tempo para te mostrar o quanto te amo!

Ela só me olhava, não conseguia falar nada. Os olhos azuis cheios de lágrimas.

- Você é a minha vida Rose, eu não poderia perdê-la de maneira nenhuma! Consegue entender isso? – segurei minha varinha sem que ela visse – Diga que me entende! Diga que me ama tanto quanto eu a amo!

- Eu amo você meu amor! – ela sussurrou encostando sua testa a minha – Eu amo você!

- Me perdoa! – eu deixei algumas lágrimas caírem pelo meu rosto e me afastei

Rose tentou se mover, mas suas mãos estavam presas a parede por correntes de ferro grossas. Ela me encarou alarmada.

- O que você fez? – ela estava desesperada

- É a mim que eles querem! Você não precisa sofrer! – eu suspirei e dei uma última olhada nela

- Scorpius me largue! Agora! – ela esbravejou, mas eu já havia voltado às costas e saí andando

Seus gritos foram sumindo aos poucos e meu desespero aumentou, ainda mais porque eu não a tinha do meu lado.


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Notas finais do capítulo

N/A: Comentem! XD



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