Sacrifício aos Deuses escrita por Jacih, estherly


Capítulo 14
Confusões


Notas iniciais do capítulo

Olá minha gente. Agradecemos a paciencia (desta vez foi menor) de vocês.Boa leitura!



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POV Autoras

- Relatório das coisas lá em Hogwarts. – pediu o homem. A mulher engoliu em seco, seu mestre não gostaria de saber da situação na escola. – RESPONDA-ME! – exigiu ele.

A mulher se assustou e afundou no lago. Deixou apenas a cabeça para fora, qualquer coisa, mergulharia.

- O Malfoy e a Weasley continuam cada vez mais unidos. – disse a mulher abaixando-se um pouco, tinha medo da reação dele. Engoliu em seco e continuou o relatório. – Zabine e Potter também mestre. – disse ela.

A boca quase coberta pela água. O mestre estava sério. Uma veia palpitava no pescoço, sinal de fúria. Muita fúria.

- E aquela coisa que mandamos para o banheiro? – perguntou ele.

- Causou um ferimento, mas isso apenas os uniu mais. Zabine não sai de perto da Potter, quer cuidar dela.

- E o outro Potter e a loirinha? – perguntou ele criando esperanças.

- O Potter foi seduzido por uma aluna como combinado, mas não deu certo. Ele sonhou com o sacrifício e afastou a Becker do Erick. – disse ela.

Um silêncio reinou entre eles e ela sabia que boa coisa não era. O coração a mil esperando algo ruim de seu mestre. Minutos silenciosos se passaram e ela tomou coragem. Ergueu os olhos e viu ele recém abrindo os seus.

– Mestre...

- O QUE ESTÁ ESPERANDO? – gritou ele. Ela afundou mais um pouco, deixando apenas a ponta do nariz para fora. – VOLTE PARA LÁ E PENSE EM ALGO! PRECISAMOS DE ALGUÉM O MAIS RÁPIDO POSSIVEL! – gritou ele.

Ela assentiu e mergulhou totalmente, nadando o mais rápido possível para longe dele. Precisava pensar em algo...

***

POV Autoras II

- Rose Weasley! Venha aqui! – gritou Rony vermelho.

- Merlin amado. – murmurou ela visivelmente nervosa. – Estou frita.

- Estamos aqui. – disse Scorpius e Alvo juntos. Ela sorriu e, sentindo-se mais confiante, foi para próximo do pai.

- Você – disse Ron apontando para Rose – e você! – apontou para Scorpius. – Teremos uma conversa.

- Epa! – exclamou Draco. – Eu vou estar junto Weasley. Acha que sou louco de deixar meu filho com você? – perguntou ele.

- Vai dar burrada. – comentou Harry. Hermione e Astória concordaram. – Vamos também.

Eles caminhavam para uma sala, quando Draco puxou Scorpius. Todos entraram na sala, menos os Malfoy. Draco puxou eles para uma sala abandonada ao lado da sala ocupada pelos Weasley e Potter.

- Me explique essa história mocinho. – exigiu Draco. Scorpius engoliu em seco, olhou para a mãe que assentiu, encorajando-o.

- Eu namoro a Rose, pai. – disse ele. Draco se desequilibrou, mas achou apoio numa parede.

- Querido... – chamou Astória indo ajudá-lo.

- Não amor. – negou Draco, impedindo-a com a palma da mão. – Eu quero sentir as facas da decepção me perfurando sem dó. – disse ele. Astória revirou os olhos.

- Dramático. – murmurou ela.

- Melhor dramático que furioso. – comentou Scorpius.

- Verdade. – concordou ela. – Mas, diga-me. Quanto tempo faz?

- Foi no baile de pijama que tivemos.

- Meu pequeno já tem namorada! – disse Astória abraçando-o – Não é maravilhoso Draco? – perguntou Astória para Draco que olhava fixamente para Scorpius.

- Não Astória. – disse ele apontando a varinha para Scorpius.

- Draco! – exclamou Astória assustada com a cena.

- Não! – disse ele lançando um feitiço que Scorpius desviou. – É! – outro feitiço desviado. – Maravilhoso! – disse ele.

O último feitiço lançado com mais força, teria acertado Scorpius em cheio se não tivesse sido interrompido por um Protego. O feitiço foi defendido por um Protego que não veio nem de Scorpius, que estava calado desde o inicio, nem de Astória, que estava horrorizada com a cena. Mas sim de Rose Weasley.

- Você é louca? – perguntou Draco se virando para ela e conseqüentemente, apontando a varinha para ela. – Entrar numa briga que ninguém te chamou?

- Você está brigando com meu namorado. – disse ela séria.

- Meu filho. – disse ele.

- Meu namorado.

- Meu filho! – exclamou Draco.

- Meu namorado Sr. Malfoy. – disse ela. - Ora sua...

- Não! – exclamou Scorpius ficando na frente de Rose. – Você é meu pai, ela é minha namorada. Pronto! Pai. Aceite. – pediu Scorpius. Draco abaixou a varinha e Scorpius aproveitou e se aproximou dele. – Pai. Eu te amo muito e não quero te perder. Assim como não quero perder a Rose. Eu a amo e ela me faz muito feliz. Aceite pai. – pediu ele.

Draco olhou do filho para Rose, voltou para o filho e olhou para a esposa. Astória sorria com toda a cena. Assentiu com a cabeça.

- Desculpe filho. – pediu Draco abrindo os braços e abraçando Scorpius. Rose sorriu com a cena. – Você é muito corajosa mocinha. – elogiou Draco. Rose sorriu.

- Obrigada Sr. Malfoy. – agradeceu ela. Draco esboçou um sorriso discreto e foi para a porta.

– Está na hora de encarar a outra fera. – murmurou ela nervosa.

- Estou aqui. – disse Scorpius. Rose sorriu e deu um selinho no namorado.

Rose puxou Scorpius e abriu a porta. Ron se virou furioso. E ficou vermelho quando viu ela de mão dada com o loiro.

- Entre... – murmurou ele. Rose entrou com Scorpius em seu encalço. Rony se virou e fechou a porta.

- Pai... – começou Rose.

- Rose Weasley, como pôde? – perguntou Rony visivelmente chocado com o fato de a sua filha estar amando um inimigo.

Eles estavam numa sala, Rony, Hermione e Rose Weasley, junto com Scorpius e seus pais e Harry e Alvo Potter. Rose não continha as lágrimas que se formavam em seus olhos.

– Você me desobedeceu!

- E daí?! – exclamou ela vermelha. Nunca em sua vida toda se imaginou enfrentando o pai por um “inimigo”. Era bom e ruim ao mesmo tempo. O que era afinal? – E daí que eu te desobedeci? Uma regra estúpida! Uma rixa sem cabimento! Uma idiotice! – exclamou ela.

- Rose Weasley olhe como fala comigo mocinha! – avisou ele.

- Não quero saber! – exclamou ela.

- Rose... – começou Scorpius numa tentativa de acalmar a namorada.

- Não é Rose, Scorpius! – Rose disse, virou o rosto e voltou a encarar o pai. - Ele precisa ouvir verdades! Ele precisa saber como eu me sinto. Ter uma conversa de pai e filha, mesmo que seja numa situação como esta!

- Conversa de pai e filha?! – perguntou Rony bravo e confuso ao mesmo tempo. – Acha que isso é uma conversa de pai e filha?!

- Se não é, passou a ser! – exclamou ela. Lágrimas brotavam em seus olhos. – Você nunca me perguntou como eu estava! Simplesmente foi colocando regras e mais regras! Acha que eu quero morrer com uma briga estúpida entre duas famílias? Acha que eu quero ter inimigos? NÃO! Por que acha que eu vivo grudada na mamãe? Ela, mesmo não gostando, me compreende. Me alerta sobre o que é certo ou errado e faz eu tomar as decisões! Deixa eu fazer minhas próprias regras! DIFERENTE DE VOCÊ! – gritou ela. – Eu quero namorar quem eu quiser! E quero ter o consentimento dos meus pais! – exclamou ela. – Eu amo o Scorpius, papai!

Rose desabafou tudo. Não tinha vergonha de ter falado tudo aquilo na frente do namorado e dos seus familiares. Lágrimas escorriam dos seus olhos, mas ainda focados no pai que processava as idéias lentamente. Sentiu que estava prestes a cair num abismo. Amava o pai mais do que tudo e não se perdoaria se brigassem assim.

Sentiu uma mão segurar a sua e viu quem era. Scorpius. Sorriu e sentiu ser puxada para um abraço. Ainda encarava o pai, esperando por algum sinal. Um sinal que veio.

- Você me desapontou Rose Weasley. – disse ele sério e triste ao mesmo tempo. Aquilo doeu nela mais do que as visões de morte. Ronald deu meia volta, as lágrimas de Rose continuavam a cair.

- Pai... – começou ela numa tentativa em vão dele se virar e abraçá-la. Parte disso foi feita. Rony se virou, mas não para o que ela imaginava.

- Você continua sendo minha filha, esperamos por você nos feriados. – disse ele. – Mas não espere que eu aceite esse namoro de vocês. Fiz as regras para o seu bem Rose, se quiser desobedecê-las, ótimo. – disse ele sem emoção dando de ombros. – Não me importo. Você é grande e sabe o que faz. – disse ele. – Mas não conte comigo.

- Pai... – chamou ela novamente. As palavras dele se transformaram em facas que entravam e saiam do seu peito.

- Mione, te espero em casa. Não tenha pressa. – disse ele saindo dali.         

Um clima tenso e triste se postou ali, todos estavam chocados com a atitude do ruivo. Rose chorava no peito de Scorpius que, numa atitude meio desengonçada, tentava acalmar a namorada.

- Querida... – chamou Hermione, Rose abraçou a mãe e começou a chorar. – Não se preocupe. Ele é cabeça dura, daqui a pouco vocês se acertam. – garantiu Hermione. Rose soluçou no ombro da mãe. – Não se esqueça: você tem uma família que te ama e um namorado maravilhoso. – disse Hermione piscando para a filha.

Tanto Rose quanto Scorpius ficaram vermelhos.

- E por incrível que pareça... – começou Astória se aproximando dela e do filho. – Tem uma tropa que pode contar sempre. – disse Astória abrindo os braços.

Rose sorriu e abraçou a sogra.

- Exatamente. – concordou Draco.

- Querida, preciso ir. – disse Hermione. Rose fungou e assentiu com a cabeça. – Tem um cabeça dura em casa. – disse ela com uma careta. Rose riu da careta da mãe e Hermione sorriu. Queria fazer a filha sorrir. – Se cuida!

- Eu te amo mãe! – disse Rose apertando Hermione num abraço.

- Também te amo querida. – disse Hermione. – Se cuida. – pediu ela saindo dali. Harry já tinha saído. Ficou apenas Os Malfoy e Alvo.

Ainda olhava para a porta esperando que ele aparecesse, mas parece que Merlin ouviu. O coração dela se animou assim que viu o pai se aproximando deles.

- Eu não falo mais nada do namoro de vocês. – disse ele. Estava pronta para pular nos braços dele quando ouviu. – Mas não me apareça nos feriados. – disse ele saindo dali.

A vontade de Rose era de cair no chão. E foi o que fez. Escorregou até o chão e começou a chorar. Alvo e Scorpius se entreolharam e Scorpius começou a cochichar com seus pais. Alvo não agüentou ver a prima assim, sentou ao lado dela e a abraçou.

- Ah Alvo. – murmurou ela escondendo o rosto no peito do primo. – O natal Al!

- Rosa... – chamou Scorpius se ajoelhando e ficando na frente dela. Ela ergueu o rosto marcado pelas lágrimas e sentiu as mãos dele secarem-nas. – Venha passar o feriado conosco. – convidou ele. Ela deu um sorriso. – O natal. Vocês dormem lá em casa, como dormimos no aniversário da Belle. – lembrou ele. Ela sorriu. – Sabe que aquele aniversário foi bem produtivo. – disse ele rindo ao ver ela corar.

- Eu te amo. – disse ela o abraçando.

- Eu também. – ele a apertou no abraço.

***

POV Alvo

Depois de toda aquela briga eu deixei Rose e Scorpius sozinhos e puxei Belle comigo para o lago, por algum motivo denominado Erick, eu não gostava de deixá-la sozinha nenhum momento. Um pouco disso se chamava ciúme, outro tanto era medo. Acho que vocês me entendem não é?

- Alvo você está me ouvindo? – voltei meu rosto para Isabelle saindo de meus pensamentos, ela estava falando até agora? – É não está! – ela abaixou a cabeça contrafeita

- Desculpa! – apertei mais sua mão e a puxei para uma árvore perto do lago – Eu estava pensando em tudo o que aconteceu!

- Em tudo o que aconteceu? – ela sentou entre minhas pernas e se apoiou em meu peito

- Você não acha estranho que todos nós começamos a namorar quando esses sonhos começaram a acontecer? Não parece mera coincidência! – balancei a cabeça suspirando

- Acha que isso tudo pode ser magia? Uma magia que nos fez ficar juntos, para podermos salvar uns aos outros? Por que é isso que os sonhos fazem, nos dizem o que vai acontecer com antecedência para que possamos reverter a situação!

- Talvez! Mas é uma coisa estranha se for assim, porque nós dois éramos amigos e tudo mais, mas não éramos grudados! Eu já gostava de você, mas não tem sentido termos ficado juntos, tão rápido!

- Está dizendo que te algo errado com a gente? – ela pediu receosa

- Com o que sentimos não! Mas acho que todos nós estarmos juntos tem um significado maior! – eu beijei sua bochecha, ela baixou o olhar – Calma Bell! Eu sempre estarei com você!

- Bell? – ela sorriu – Por que Bell?

- Bell significa sino! E eu ouvi sinos a primeira vez que eu te vi! – vermelhei na hora, mas ela sorriu radiante e me beijou

Deitei-a na grama devagar e fiquei com meu corpo meio por cima do dela. Isabelle sorriu enquanto eu beijava seu rosto e passava para seu pescoço. Ter a pele dela sob meus lábios era encantador. Ela estremecia conforme os beijos eram mais ousados ou a cada mordida, mas ela não me parava, ao invés disso, ela me puxava mais contra si pelos cabelos.

Passei minhas mãos por suas coxas até adentrar a saia dela, no mesmo instante a mão dela segurou meu pulso ainda por cima do tecido da saia. Eu tirei minha mão e me sentei na grama.

- Desculpa! – baixei o olhar

- Não é por isso Al, mas estamos no jardim e é em pleno dia! – ela mordeu o lábio sentando também Eu ri e lhe dei um selinho puxando-a comigo para levantar.

- Você me deixa maluco loira! – abracei-a pelos ombros – Eu nem me lembrava que isso era um jardim!

Ela vermelhou e virou o rosto.

- Eu adoro você Bell! – beijei sua bochecha

- Eu também Al! – ela sorriu ainda mais e me puxou para dentro do castelo

***

POV Luke

Depois do que aconteceu com o Scorpius no jogo de quadribol, proibiram as visitas a enfermaria e a Lylian iria passar mais duas noites lá ainda. É claro que eu não a deixaria sozinha, eu visitaria ela de qualquer maneira. Foi pensando nisso que despistei a Rose depois da nossa ronda de monitores e me embrenhei por aqueles corredores escuros para vê-la.

Conhecendo bem a Lylian, ela sabe que eu a visitaria de noite e estaria me esperando. Foi exatamente o que aconteceu. Quando entrei na enfermaria e procurei madame Pomfrey com os olhos e não a encontrei, Lylian sorriu da cama dela e sentou rapidamente. Aproximei-me e sentei na beirada da cama.

- Tudo bem amor? – perguntei sorrindo

- Achei que tinha me esquecido! – ela sorriu e segurou minha mão

- Nunca meu amor! Mas não deixam ninguém entrar aqui depois do que aconteceu ao Scorpius! Por falar nisso, onde ele está? – olhei a volta sem encontrá-lo

- Saiu para ver a Rose! Acha mesmo que ele ficaria aqui? – ela riu

- É, tem razão! Mas meu amor, eu passei rapidinho só para dizer que te amo tudo bem? – eu beijei sua testa

- Tudo bem sim! – ela riu – Eu também amo você!

Eu tentei me afastar, mas ela me puxou pela mão em direção a ela e quando vi eu já a estava beijando de forma profunda. Quando nos afastamos eu colei minha testa na dela e tentei deixar minha respiração compassada e então fui pego.

- Senhor Zabine! – a voz soou da porta Voltei-me rapidamente e vi a professora Oceanus parada na porta.

Ela estava furiosa. Mas algo me veio à cabeça. O que ela fazia aqui na enfermaria? E acho que essa fúria toda é por eu atrapalhar seus planos e não por ter invadido a enfermaria.

- Detenção senhor Zabine! Na minha sala amanhã às nove horas da noite! – ela se aproximou – Agora saia daqui!

- Qualquer coisa grite! – sussurrei para Ly e a beijei de leve nos lábios, então saí de lá

***

POV Erick

Minha boca estava dolorida ainda, mesmo depois de todas aquelas poções que Madame Pomfrey me deu para beber e fazer bochecho. Ah, mas aquele moreno me pagaria um dia, isso ele iria pagar nem que fosse na namoradinha dele. Virei o corredor meio sem jeito, eu não conhecia a escola por inteiro ainda e esbarrei em alguém.

Ouvi o barulho dos livros pesados batendo contra o chão e girei nos calcanhares para ver quem eu derrubara. Mas o que eu vi até que foi excitante. Havia uma morena com o uniforme da escola ajoelhada no chão juntando os livros. Ela era linda e tinha curvas perfeitas, sem contar em seus olhos, extremamente azuis.

Abaixei-me e a ajudei a recolher os livros, quando ela ia levantar estendi a mão e senti a pele quente dela contra a minha.

- Desculpa te derrubar! Estava pensando em muitas coisas ao mesmo tempo! – eu sorri – Meu nome é Erick!

- Alícia! – ela sorriu e apertou minha mão – Não tem problema, todo mundo resolveu me derrubar mesmo! – ela deu de ombros

- Por quê? – franzi as sobrancelhas

- Eu fui enfeitiçada e fiz coisas ruins que não me lembro, mas todos parecem me culpar! – ela voltou às costas andando em direção a biblioteca

- Posso ir com você? – tirei os livros das mãos dela para carregar

- Tudo bem! – ela sorriu – Você é novo aqui?

- Sou sim! – continuei andando com ela – Não conheço ninguém ainda, só você!

- Posso te mostrar a escola se quiser! – chegamos a biblioteca e sentamos em uma mesa – Assim que eu acabar de fazer esses trabalhos!

- Já passei pelo seu ano, posso te ajudar! – puxei um livro

- De que ano é? – ela ergueu os olhos para mim - Sétimo! Você deve ser do quinto, acertei? – mordi meu lábio

- Sou sim! – ela baixou a cabeça – Me ajuda então?

- Claro! – por algum motivo aquela garota me fascinava

***

POV Luke

Eu cheguei as nove em ponto. Ela já estava sentada na mesa dela e me esperava com as mãos cruzadas. Eu a encarei em silêncio e ela me mandou sentar a sua frente. Eu o fiz, mesmo não querendo.

- Quero que alimente os peixes em primeiro lugar e depois ali no canto tem duas caixas com pergaminhos do zelador, ele quer que passe a limpo! Vou conversar com a Minerva McGonagall e volto logo!

Dizendo isso ela levantou e passou por mim chegando à porta. Então a voz dela soou.

- Não lembro tudo que há na minha sala, mas talvez aja algo de interesse! Cuidado! – e então ela saiu, me deixando perdido em pensamentos

O que ela quis dizer com aquilo? O que eu acharia de interessante ali? A não ser que ela tivesse algo a ver com tudo o que acontecera. Será?

Peguei a comida de peixe jogada em um canto e me aproximei do primeiro aquário. Peixes estranhos. Será que são carnívoros? É melhor eu não meter a mão lá dentro. Joguei de longe mesmo e o peixe abocanhou tudo de uma vez só! Talvez se eu desse muita comida, ele morresse. Quem sabe? Joguei novamente e o peixe mais uma vez comeu tudo, mas agora ele quase dobrou de tamanho! Merlin! Ele cresce rápido demais! É melhor parar!

Voltei-me para trás e bati em uma mesinha pequena. Os livros em cima caíram com estardalhaço. Eu me abaixei e ajuntei a maioria delas, quando me abaixei novamente para pegar os últimos foi que vi. Aquele livro negro em capa dura e com detalhes em dourados. Antigo demais para estar inteiro ainda. As páginas abertas estavam amareladas e já estava comido por traças nos cantos e exalava um cheiro forte de decomposição! Fechei o livro com repugnância e então eu vi o nome. Grécia antiga: Um conto de deuses e sacrifícios. O sonho do Alvo. Exatamente igual. Levantei com o livro nas mãos ainda e continuei o observando. Abri-o novamente e passei as páginas rapidamente. Havia uma história sobre isso, sacrifícios famosos que aconteceram. Havia muitas coisas que se encaixavam perfeitamente no que estava acontecendo, como aqueles seres. Foi então que ouvi passos. Passei o livro para baixo da blusa e o escondi. Ela não sentiria falta, sentiria? Se sentisse eu estava ferrado. Mas os outros precisavam ver isso. Era questão de vida ou morte já!

- O que está fazendo? – era a professora novamente

Eu me assustei e bati no aquário. Ele virou e eu tentei segurá-lo, mas era pesado demais. Ele caiu no chão e derramou toda a água, eu escorreguei e caí junto por cima dos cacos de vidros. Senti os pequenos cacos fincando em meus braços, mas então o que senti foi muito mais forte. Acima do cotovelo esquerdo eu senti garras se fincando. Olhei para o lado e aquele peixe laranja e negro me mordia desesperado por água. Eu gritei.

- Merlin! – ouvi a professora exclamar, ela se aproximou e arrancou o peixe pelo rabo, mas as garras já havia fincando ali, o sangue escorria – O que pensou quando cheguei? Não precisava se assustar tanto! Já para a enfermaria! Esse peixe contém veneno!

- Valeu professora! – eu disse irônico

- Não vai matar, mas pode paralisar seu braço! – ela me ajudou a levantar – Corra para lá que eu arrumo aqui e daí vou para lá também!

E foi o que eu fiz, segurei meu braço com uma mão e me dirigi à enfermaria. Entrei calmamente tentando não fazer barulho, mas Lylian ainda estava acordada.

- O que aconteceu? – ela sentou assustada – Luke!

- Estou legal! – eu sentei na cama ao lado e madame Pomfrey correu para mim – Foi um peixe! A professora disse que ele tem um veneno paralisante!

- Ok! Isso é fácil de resolver! – ela entrou em outra salinha e voltou com uma poção roxa, eu a bebi de um só gole, mas ela era até gostosa, adocicada – É um antídoto! Só vou precisar enfaixar seu braço agora!

Esperei ela enfaixar e sair me deixando na cama ao lado da Lylian. O bom é que eu passaria a noite ali com ela.

- Você está legal? – ela perguntou agora, seu rosto estava preocupado

- Estou bem sim Ly! Eu só me assustei e derrubei um aquário dela! – justifiquei – Mas encontrei algo!

- O que encontrou? – ela se sentou na cama

- As respostas para todas as nossas perguntas! – eu respondi sério.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam?!Comentem!Beijos