Changes Of Feeling escrita por ladiday


Capítulo 10
Flagra e despedida


Notas iniciais do capítulo

O título do cap dispensa explicações.

Agradecimentos: SupernaturalFan, Bia Carriel, flavinhagpk muito obrigada meninas pelos reviews do cap anterior.

Boa leitura!



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Soneto de despedida

 

De repente, do sol fez-se tempestade

A serenidade do dia ensolarado tornou-se vento violento

E da mesma forma a felicidade se converteu em sofrimento,

Como a segurança de ter-se um amor ao lado, saudade.

 

De repente, a bondade transformou-se em maldade,

E toda história de amor, não passou de um romance de cinema

E tudo isto virou saudade,

E a saudade virou verso, rima e poema.

 

E de repente o verdadeiro amor acaba num dilema

Os dois amantes separam-se como a clara da gema

E transforma-se em poema.

 

Fez-se da proximidade, a distância

Fez-se de um romance, um amor sem importância

De repente, tudo de acaba como a infância.

 

(interpretação de "Soneto de separação", de Vinícius de Moraes)

 

 

 

 

 

- Pai eu posso explicar.

Eu falei meia, quer dizer, totalmente desesperada.

- Ah então você pode explicar porque a minha filha está dormindo nua na cama do irmão dela? Oh mas, eu estou muito curioso, vamos lá Bella explique!

É ele tinha razão não havia o que explicar, simplesmente fomos pegos em flagrante. Olhei pro Edward como que pedindo ajuda, ele me olhou e sibilou um vai dar tudo certo.

-Eu quero os dois, no meu escritório, AGORA.

Falou Carlisle com uma frieza de dar medo, dando bastante ênfase no agora. É claro que eu estava morrendo de medo, logo agora que Edward e eu nos acertamos, eu tinha medo de que nossos pais separessem a gente, eu não poderia permitir isso.

Nós nos vestimos e descemos de mãos dadas, Edward apertava a minha mão me passando uma força, que ele claramente não tinha, mas, estamos juntos nessa.

A porta do escritório estava entre-aberta e nós podíamos ouvir Carlisle falando com a Esme.

 

Nós entramos e os olhos de Esme foram direto para nossas mãos unidas, assim como os olhos de Carlisle também. Ele deu um suspiro alto e virou-de de costas pra gente, talvez tentando se acalmar, já Esme estava com uma expressão de pesar no rosto, ela se sentou na cadeira que ficava ao lado de Carlisle. Nós nos sentamos de frente pra eles.

- Há quanto tempo isso vem acontecendo?

Perguntou Carlisle ainda frio, já sentado em sua cadeira frente a mesa.

Foi Edward que começou a falar.

- Cerca de um mês.

-Um mês? Essa pouca vergonha vem acontecendo todo esse tempo todo debaixo do meu nariz?

- Isso não é pouca veronha pai, eu e Bella nos amamos.

- Se amam? E vocês sabem alguma coisa sobre amor? São só duas crianças!

- Não pai, eu a amo...

- Pelo amor de Deus vocês são irmãos Edward, irmãos!

- Você sabe que isso não é verdade!

- Chega ou vocês param com isso  já, ou...

- Carlisle por favor não!

Esme estava desesperada.

- Ou o quê pai?

Agora foi minha vez de perguntar.

- Ou serei obrigado a mandar Edward pra Inglaterra morar com a sua tia Renné.

- NÃO! Você não pode fazer isso!

- Eu posso e vou mocinha, já falei com ela, é claro que não contei o verdadeiro motivo, pois seria uma vergonha. E ela aceitou te acolher lá Edward.

-Não eu não vou, você não pode me obrigar.

Tanto eu quanto Edward estávamos abraçados, Edward tentava ser forte, mas, eu podia sentir a sua voz trêmula, e gotas d’água caindo no meu cabelo.

- Carlisle, eu não vou conseguir ficar sem meu filho.

-E o que você quer Esme? Já imaginou o escândalo que vai ser se nossos vizinhos verem os dois irmãos namorando na rua? É isso que você quer? Não ter respeito, ser excluída de tudo, e ver o nosso nome, o nome da nossa família jogado na lama?

- Não.

-Então deixe-me fazer o que é correto.

Ele disse issso de forma carinhosa, e Esme assentiu.

- Então é disso que se trata? De preconceito? Vocês estão destruindo a vida de duas pessoas que se amam por puro egoísmo? Eu tenho nojo de vocês.

- Olha como fala comigo moleque!

-Mãe não, por favor, não deixe ele fazer isso.

-Eu sinto muito minha filha.

Esme simplesmente se virou e saiu do escritório.

-Então é isso, amanhã mesmo você embarca pra Inglaterra Edward. Sua tranferência será efetuada em no máximo três dias. Aproveitem seus últimos momentos juntos.

Ele falou isso e saiu, nos deixando a sós com a nossa dor. Assim que ele saiu, eu desabei ao chão sentindo uma dor tão forte que me sufocava, eu não conseguia respirar. Edward estava abraçado comigo e também chorava, só que um pouco mais contido.

- Shhhh vai ficar tudo bem meu amor, eles não vão conseguir nos separar.

- Eu estou com tanto medo Edward.

- Eu sei amor, mas, não precisa se preocupar.

Então ele levantou o meu rosto,  segurando-o com as duas mãos e olhou-me nos olhos.

- Eu te amo Bella, entende isso? Eu não vou deixar eles acabarem assim com a gente. Você confia em mim?

-Eu confio Edward.

Então ele beijou os meus lábios ternamente e nos tirou daquele escritório.

 

(...)

Edward arrumava as malas sem vontade nenhuma, eu já não tinha mais lágrimas pra chorar.

-Bella me escuta, Eles concerteza não deixarão que nos falemos, então eu escreverei uma carta por dia pra você. Todo dia de manhã, você vai na caixinha do correio e pega a carta ok?! Não deixa eles verem, ficarei esperando as suas resposta às minhas cartas. Daqui a um ano quando eu me formar, eu volto pra te buscar. Você me espera amor?

- Sim Edward, você promete?

- Eu prometo.

Ele falou isso e me beijou mais uma vez.

Dormimos juntos em sua cama, mas, não fizemos nada, nem tínhamos forças pra isso, tudo o que queríamos era ficar o mais próximo possível um do outro.

Naquela noite eu não consegui dormir, passei a noite em claro pensando em tudo o que tinha acontecido até agora. Em que momento o meu conto de fadas tornou-se um pesadelo cheio de mágoa, dor e angústia. O que mais me deixava apreensiva era a incerteza do nosso futuro. Um ano, um ano eu teria que ficar sem ver Edward, sei que esse não é o momento pra pensar isso mas, ele é homem, tem as suas necessidades  físicas, sei que não é justo pedir a ele que se mantenha fiel a algo que só existe em nossos pensamentos, mas, também não tenho forças de pedir o contrário, nesse momento as nossas vidas estava nas mãos do destino.

O dia amanheceu e com ele veio todos os nossos medos e inseguranças, daqui a pouco eu estaria sozinha, sem Edward aqui comigo. Eu não sei o que será da minha vida sem ele aqui.

No dia anterior, já tínhamos avisado aos nossos amigos, que acharam um absurdo tudo o que estavam fazendo com a gente. Combinamos de nos encontrar no aeroporto.

Eu não quis tomar café da manhã, não tinha estômago pra isso. Aparentemente Edward também não.

- Amor, eu não quero te ver assim. Você tem que comer alguma coisa.

- Eu não consigo Edward, não tenho fome. Eu só quero ficar assim abraçadinha com você.

Ele me apertou mais nos seus braços e beijou o alto da minha cabeça. Da sala onde estávamos podíamos ver claramente nosos pais tomando café  na cozinha, tranqüilamente, como se nada tivesse acontecido, isso me magoava ainda mais. Toda essa frieza, toda essa indiferença, como se tivéssemos cometido um crime terrível.

Encontramos nossos amigos, no aeroporto que nos abraçaram e ofereceram apoio, eles agora eram tudo o que eu tinha.

Chegou a hora de Edward embarcar rumo a sua nova vida, vida essa que eu não fazia mais parte, pelo menos não pessoalmente.

Ele me abraçou apertado, e ambos chorávamos muito.

-Bella, promete pra mim que vai ficar bem. Que vai se cuidar.

- Eu prometo meu amor.

- Eu te amo tá, nunca na sua vida se esqueça disso, eu te proíbo.

Eu ri sem humor nenhum.

- Eu te amo Edward.

Ele sorriu por entre as lágrimas e me beijou, esse beijo foi diferente de todos os outros, não era sensual, era carinhoso, transmitia paixão ternura, saudade e acima de tudo amor.

- Agora chega, adeus Edward, espero que ponha essa cabeça no lugar pra que possa voltar o mais rápido possível.

Disse Carlisle me puxando pelo braço e me tirando dos braços do meu amor. Edward me olhou pesaroso, olhou pros nossos amigos deu um breve sorriso forçado e embarcou no avião.

Eu caí de joelhos ali mesmo na frente de todo mundo. Rose e Alice vieram e me abraçaram enquanto eu só chorava. Todos os outros nos deixaram a sós, acho que entenderam que aquele momento era só nosso. Minhas amigas também sofriam, na verdade todos estavam sofrendo, e pra quê? Por quê? Não é justo trazer tanto sofrimento assim por pura ignorância, egoísmo, preconceito, capricho.

Chorei, chorei por todos os sonhos que não realizamos, por todas as promessas que não cumprimos, por todos os beijos que não chegamos a dar e pelos momentos de felicidade que não chegamos a compartilhar. Tudo o que me restava agora era me apegar aos meus amigos e torcer para que esse ano passe logo.

 


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Notas finais do capítulo

Bom espero que tenham gostado. Mandem reviews contando o que acharam ok!?

Logo, logo Bella terá uma grande surpresa :$
Bjssssss.



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