O Verme escrita por Spectral
O verme
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Majestosa criatura que da terra há de surgir;
-Operário da carnificina!
Ser das trevas que da morte se alimenta;
-Vive da ruína.
Engole a carne pútrida e dilacerada,
O fígado e o pulmão suculentos
Aquele intestino tão amargo,
Torna-se doce em teus lábios sedentos.
A gosma fétida que escorre dos olhos
- do cadáver novo, digo:
A rebaixada criatura ei de lamber,
Cada gota podre do maldito.
Esta, a majestosa, a rebaixada,
A criatura a inconformada.
- Não! Não falo da lombriga, lúgubre demente.
Digo, do verme, o hipocondríaco;
Aquele que ei de comer-lhe os olhos
E na morte tornar-se teu amigo.
Vai lamber teu falo,
Vomitar teu umbigo,
Recitar poemas macabros
E levar-te ao infinito.
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Nada a declarar.