Os Opostos também se Atraem Vol. Iii escrita por estherly


Capítulo 6
Capítulo 6




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24 de abril de 2026 – sexta-feira

 Rodoviária Gestokia

 

            As árvores e casas no meio do nada passavam na sua janela como borrões. Ficou pensando nele. Mandara uma carta para Scorpius dizendo que por segurança foi proibido a aparatação na universidade. Os alunos teriam que ir de ônibus. Obviamente é um bruxo, que ia numa velocidade incrível. Será que ele estaria esperando-a na rodoviária? O celular começou a tocar.

- Sim? – atendeu ela ainda olhando para a janela. As coisas passavam em uma velocidade tão rápida que ela não tinha tempo de pensar o que passou segundos atrás na janela dela.

- Rose?

- Lílian! Oi. Como vai todos?

- Vão bem. Onde você está? Está tudo bem?

- Sim. Eu estou perfeitamente bem. Estou no ônibus indo para casa.

- Ônibus?! Mas você não iria aparatar?

- Uns alunos andaram fugindo da universidade. Proibiram as aparatações. Até mesmo no fim de semana.

- Que chatice. Que horas você chega?

- Daqui a uma hora e meia.

- Tudo bem.

- Hum... Sabe se... Bem, se ele vai... – ela não sabia como falar. A prima sabia que ela amava ele, mas ela se sentia incomodada.

- Sim. Scorpius ele está louco para ir ti buscar. – Rose quase suspirou aliviada. Rose ouviu que tinha alguém conversando. “Posso falar com ela?”. Era Scorpius que falava do outro lado do telefone. – Rose, seu querido quer falar com você. Beijos e até mais.

- Tudo bem. – disse Rose rindo. – Lílian!

- Sim?

- Eu sinto muito pelo bebe!

- Não sinta. Conversaremos quando você chegar.

- Tudo bem.

- Beijos e até mais.

- Beijos. Até.

- Oi. – disse Scorpius. Naturalmente ela sorriu. Como gostava daquela voz.

- Oi. Tudo bem com você?

- Não. Não está tudo bem. – disse ele.

- Por que? O que aconteceu? – perguntou Rose preocupada.

- Você não está aqui. – respondeu ele. Rose sorriu.

- Eu chego daqui a pouco aí. – disse ela.

- Que horas?

- Um hora.

- Tudo isso?

- Mas eu vou ficar até quarta feira.

- E na minha casa!

- Scorpius! – ralhou ela. Ele ria dela. Sem se conter, ela riu também. – Por que iria ficar na sua casa até quarta feira?

- Por que você é minha noiva.

- Eu não sou sua noiva.

- Eu ti pedi em casamento. – lembrou ele. Ela olhou para o anel em seu dedo.

- Mas eu não aceitei.

- Ainda não. Vou fazer você aceitar. – disse ele. Ela identificou intenções em sua fala.

- Scorpius! – ralhou ela novamente. Ele riu da cara dela. – Olhe, bem... Eu queria saber se... Não quero abusar de você mas... Se você poderia... Você sabe... Poderia ir...

- Ti buscar?- adivinhou ele

- Sim. – ela corou. Ele riu levemente.

- Não core. – pediu ele. – Eu estarei lá. Não ti preocupa.

- Não me preocuparei. – afirmou ela

- Perfeito. – disse ele.

- Então, o que vai ter de almoço? – perguntou ela mudando de assunto.

- Lasanha. A sua, eu fiz ela agora só que queimou toda. A cozinha está com um cheiro horrível. Deixei os elfos cuidando disso e vim pra cá.

- Já que vou almoçar na sua casa, posso ti ajudar. O que acha? – sugeriu ela imaginando a cozinha num estado horrível.

- Perfeito. Bom, Lílian está com aqueles desejos. Ai meu deus! – Scorpius afastou o telefone da face. – JAKE! SEGURA ELA! – Scorpius voltou a falar apressado. – Lílian, está com vontade de comer terra.

- Terra?

- Sim, você me liga quando estiver chegando à rodoviária?

- Sim.

- Tudo bem, eu tenho que desligar pois Lílian ainda está com fome de terra. Beijos. Te amo muito!

- Também te amo! – disse ela. Segundos depois ela ouviu a ligação cair. Suspirou e voltou a olhar a janela. O telefone tocou novamente. – Sim?

- Oi Rosa. – disse Marcelo.

- Oi! – disse ela feliz. – Como você está?

- Com saudades! – disse ele.

- Eu também.

- Você vem hoje né?

- Eu já estou indo. Estou indo...

- De ônibus, eu vi numa visão. – interrompeu ele.

- Você e essas visões. – disse ela. Ele riu pelo nariz.

- Eu só queria ti avisar que eu não vou poder jantar com vocês nessa semana.

- Por que? – perguntou ela chateada. Queria ver o amigo.

- Por que é semana de lua cheia. – lembrou ele. Ela bufou.

- Mas, eu vou na quarta. Até lá, você vai estar... Humano, sim? – perguntou ela.

- Eu sempre fui humano e você sabe disso. – ele disse maliciosamente, rapidamente Rose corou pela segunda vez. Ele ria do outro lado do telefone com uma alegria única. Ela começou a girar o anel azul de diamantes e viu uma rosa branca em seu dedo.

- Sabia que eu ainda uso o seu anel? – comentou ela mudando de assunto.

- A rosa?

- Sim.

- Eu sei. Em todas as visões que eu tenho em que você aparece, você aparece com o anel.

- É bom saber que você tem visões sobre mim.

- Isso quer dizer que eu nunca vou te esquecer. – murmurou ele.

- Eu também não vou. Sabe disso.

- Sei.

- Ainda bem que sabe.

- Bom, eu tenho que ir. Beijos. Até segunda.

- Até. – disse ela meio chateada desligando o telefone.

            Começou a analisar os anéis. Cada anel do homem que ela amou. Só faltava Jake. Mesmo sabendo que amava-o como irmão. Lembrou do dia que Marcelo lhe deu o anel.

“- Seja minha namorada. – disse ele diretamente no assunto. Ela ficou estática. Ela o olhava. Então, de repente ela se joga sobre ele e o beija. Quando se separaram perguntou. – Isso é um sim?

- Em todas as línguas. Sim, Yes, Si, Oui. – disse ela sorrindo, ele puxei ela pela nuca para um beijo. Segurava sua cintura e ela puxava-o contra ela pela nuca. Quando resolveram se separar, ele pegou a rosa e entregou para ela.

- Para você – ele disse. Ela analisava a rosa laranja com um sorriso quando sua respiração parou. Ela viu o anel. Ela segurou o anel e deu para ele.

- Acredito que isso seja seu.

- Não. – ele disse pegando o anel e a mão dela. – É seu. – colocou o anel no dedo dela.”

            Ela lembrou com um sorriso. Como era tola. Acreditava que amava Marcelo, mas o amava como irmão. No fundo, ela sabia que seu coração sempre pertenceu a um loiro de olhos extremamente azuis.

            Viu os borrões começarem a ganharem forma. Ela havia chegado. Pegou o celular que ela havia guardado minutos atrás e discou o numero nas ultimas ligações.

- Sim?

- Oi. Bom, eu avisei que eu já cheguei.

- Estou indo. Beijos. – se despediu Scorpius.

- Beijos. – despediu Rose antes de desligar o telefone e colocar-lo novamente na bolsa.

 

Se levantou e foi para a porta. Desceu as escadas e pegou a sua mala. Avistou um banco e foi se sentar. Minutos se passavam e ela resolveu pegar as coisas e caminhar um pouco. Fazer o sangue circular melhor. Os minutos se aglomeraram e formaram meia hora. Ela começou a ficar emburrada com um pensamento na cabeça. Aparatar ali mesmo. E seria no seu apartamento. Não na casa dele. Mas, os seus planos foram interrompidos por uma rosa vermelha colocada na sua frente. Alguém se aproximou dela e falou no seu ouvido.

- Uma rosa para uma rosa. – disse ele antes de encostar seus lábios no pescoço dela. Ela sorriu e se virou. Como sentiu saudades daqueles olhos que expressavam liberdade. Sem pensar duas vezes. Sem pensar que teria algo de quebrar na bolsa, ela a solta para poder pular em Scorpius que retribuiu com um grande entusiasmo. Ela afastou o rosto para poder olhar nos olhos dele, mas a única coisa que pode ver foi o rosto pálido dele se aproximando do seu. Sentiu uma energia passar por ela quando os lábios firmes dele arrebataram os dela.

            A sensação de paz invadiu-a. Parecia que fazia séculos que não era beijada assim. Dessa maneira e por ele. Quando o oxigênio havia acabado, ela viu como ela sentia saudades dele. Puxou ele para um abraço.

- Não se solte de mim. Eu adoro ficar abraçado em ti. – disse ele. Ela sorriu e apertou mais ainda o abraço. – Vamos para casa?

- Vamos. – concordou ela pegando sua bolsa e ele a mala dela. Ele pegou na mão dela e aparatou.

 

            Ao chegarem na mansão, Scorpius chamou dois elfos.

- Luc! – chamou Scorpius.

- Sim senhor Malfoy? – apareceu o elfo fazendo uma referencia ao mestre.

- Leve as coisas da Srta. Weasley para o meu quarto. – pediu Scorpius. Rose olhou abismada para ele.

- Não! Luc. - chamou Rose, o elfo se virou para ela.

- Sim senhorita Weasley?

- Eu gostaria que você deixasse a mala aqui na sala, pois eu não vou dormir aqui. Eu vou para a minha casa.

- Como a senhorita desejar.

- Pode ir Luc. – disse Rose. O elfo olhou para o mestre que fuzilava Rose com o olhar. Com medo dele receber aquele olhar, o elfo aparata.

- Luzz, você e os elfos da cozinha estão dispensados. Hoje, eu e a Srta. Weasley faremos o almoço. – disse Scorpius. Luzz concordou com a cabeça e saiu. – Vamos, vou lhe mostrar o nosso quarto.

- O seu. Eu vou dormir no meu quarto, no meu apartamento, bem longe daqui. – disse ela. Ele se aproximou dela e segurou sua cintura.

- Por favor. – disse ele se aproximando dela. – Durma comigo hoje. Hoje e sempre. – acrescentou ele.

- Isso é uma das tentativas de fazer eu aceitar o seu pedido? – perguntou ela erguendo a sobrancelha.

- Se estiver dando certo... – disse ele. Ela sorriu e puxou ele para um beijo.

- Vamos fazer a lasanha? – perguntou ela.

- Não. Eu quero ficar com você. – murmurou ele.

- Temos um bom tempo. – disse ela. Ela sorriu e pegou na mão dele o puxando para a cozinha.

 

Casa de Scorpius Malfoy – 2 horas da tarde

 

- Sabia que eu adoro ficar abraçado. Assim, juntinho? – perguntou Scorpius abraçando Rose no sofá. Rose sorriu. Se sentia em casa.

Dim dom... Rose e Scorpius levantaram a cabeça para ver Luc abrir a porta. Lílian e Jake. Rose se levantou e foi correndo abraçar a prima.

- Ai, que saudades! – disse Rose soltando a prima e abraçando Jake. Ela se aproximou do ouvido de Jake e sussurrou. – Obrigada por não deixar ela comer terra.

- Não foi nada. Sabíamos que teria sido um estrago.

- Vocês querem parar de cochicharem? É a minha noiva. – disse Scorpius enciumado. Rose se separou de Jake e olhou para ele com os braços cruzados.

- Eu não sou sua noiva! – reclamou ela.

- Mas está usando o anel. – disse ele. Ela ficou emburrada, olhou para o anel, segurou ele em seus dedos e tocou ele na direção do loiro que tateava atrás do anel azul.

- Pronto. Eu já falei que não sou sua noiva. Com ou sem anel! Com licença. Eu vou para casa. – disse ela indo pegar a mala. Ele olhou para os Stone que apenas deram os ombros se retirando dali e indo para a cozinha.

            Ainda pasmado com a situação, ele foi até Rose. Abraçou ela por trás, repousando suas mãos na barriga dela. Sentiu ela estremecer.

- Não vá. – sussurrou ele no ouvido dela. Ela estremeceu novamente. – Eu preciso de você aqui. Comigo. – ele mordiscou o lóbulo da orelha dela provocando-a e virou ela pela cintura. – Durma comigo.

- Eu fico. Eu durmo contigo, hoje. Mas prometa que vai parar de me chamar de sua noiva. – pediu ela. Ela viu como era difícil prometer isso para ela.

- Eu não prometo, mas irei tentar. – disse ele. Ela viu que não tinha saída. Olhou para ele e se sentiu livre. Puxou-o para um beijo que foi correspondido.

- Que bom que fizeram as pazes. – disse Jake saindo da cozinha. – Que tal se sairmos hoje?

- Eu topo. – concordou Scorpius.

- Eu não. Eu quero ir pra casa antes. – disse Rose.

- Tio e Tia? – perguntou Lílian. Rose assentiu.

- Eu vou junto. – disse Scorpius. Rose olhou boquiaberta para ele.

- Ficou maluco? Eu não quero confusão em casa.

- Não vai dar confusão. Eu prometo. E um Malfoy...

- Sempre cumpre a sua palavra, eu sei. – disse Rose interrompendo ele. Ele sorriu.

- Senhores, se nos derem licença e sair, iremos visitar os pais de Rose. – disse Scorpius colocando a mão na cintura dela.

- Estamos indo se é isso que quer dizer. – disse Jake puxando Lílian. Rose olhou pedindo socorro a prima. Lilian não pode fazer nada. – Até mais.

- Jake! – Rose se desvencilhou das mãos possessivas de Scorpius e correu até o casal. Mas fora tarde demais. Eles aparataram. Ela fechou a porta e se virou para ele. Com a mão na cintura, ralhou com o loiro. – Scorpius!

- Quê?

- Precisava ter falado assim com ele? – perguntou ele. – Custava ter falado com calma?

- Eu falei normal com ele. – defendeu Scorpius.

- Foi rude. Precisava? – perguntou ela ainda com as mãos na cintura. Ele se aproximou dela.

- Não fique brava comigo. – pediu ele. – Eu me desculpo com ele.

- Promete?

- O que você quiser. – disse ele dando um selinho nela. – Ainda quer visitar seus pais?

- Tem outra sugestão?

- Ficar aqui por exemplo. Ou melhor, lá em cima. – disse ele olhando de discretamente para a escada insinuando algo. Ela revirou os olhos e aparatou.

 

 

- Mãe, tem certeza que alguém não morreu lá dentro? – perguntou Rose preocupada olhando para o corredor que dava para a cozinha. Hermione riu da filha.

- Claro que sim querida. Eles se dão bem.

- Desde quando? – perguntou Rose com a sobrancelha erguida.

- Scorpius veio aqui um dia. Na véspera de você partir. Não. Você foi no domingo, foi na sexta. Mais a noite. – acrescentou Hermione. – Ele veio aqui e ficou horas conversando com o seu pai.

- Mas, sabe o motivo? Scorpius não viria aqui bater um papo com papai. – deduziu Rose. Hermione abriu um sorriso enorme.

- Ele veio pedir a sua mão querida.

- Como? – perguntou Rose sem acreditar.

- Ele pediu a permissão do seu pai para ti pedir em casamento. Depois, fiquei sabendo que você não aceitou o pedido. Coitado, Scorpius ficou arrasado. Veio aqui e falou que você negou e queria perguntar para nós se não tinha problema ele pedir mais vezes.

- É. Hoje, eu briguei com ele. Aparatamos na casa dele, então ele pediu para um elfo levar as minhas coisas para o quarto dele, por que eu iria dormir lá. Com ele. Perguntei o motivo e ele disse que era por que eu era noiva dele. Então, eu falei que não era noiva dele e etc. E ele me disse que ia me convencer.

- Mas, querida, como foi o pedido? – perguntou Hermione curiosa.

- Foi lindo! E meio confuso.

- Como assim? – perguntou Hermione. Rose resolveu contar tudo. – Mas, por que você acha que não deve aceitar o pedido dele? Cá entre nós, ele é perfeito!

- Mãe! É que eu estou estudando longe, tenho várias coisas também. Não sei se o noivado seria uma boa idéia.

- Querida, pare de pensar com a cabeça e pense com o coração. Você o ama?

- Muito mãe.

- Quer se casar com ele? – perguntou Hermione.

- Mais do que tudo.

- Então aceite. – disse a Hermione como se aquilo fosse óbvio.

- Eu não sei se estou pronta para um casamento.

- Nunca saberá se não tentar.

- Eu te amo mãe.

- Eu também querida. Apenas quero que seja feliz entendeu?

- Sim.

- Então, ficarão para o jantar.

- Por mim não tem problema. – disse Rose levantando com Hermione e indo para a cozinha. – Eu vou ver com Scorpius.

- Vamos. – disse Hermione indo para a cozinha.

            Passaram pelos corredores e chegaram na cozinha. Viram uma cena cômica que nunca mais esqueceriam. Ron travara uma batalha com Scorpius no xadrez bruxo. Obviamente, Ron estava ganhando de lavada.

- Eu desisto. – rendeu Scorpius se jogando contra o encosto da cadeira da cozinha. Rose revirou os olhos e foi até eles.

- Uma ova. - ela falou. Pegou uma cadeira, sentou ao lado de Scorpius e começou a analisar o jogo. – Eu ti ajudo.

- Não vale! – murmurou Ron.

- Claro que vale. Scorpius mova essa para aqui. – ele moveu, Ron moveu outra e então o jogo começou a andar. Rose estava cercando-o. Moveu mais uma peça, olhou vitoriosa para o pai e triunfante disse. – Xeque-mate.

- Você roubou. – acusou Ron inconformado com o final do jogo. Hermione ria da cara do marido.

- Ron, lembra que você disse que estava para nascer quem ganhasse de você?

- Lembro Mione. Bom, nasceu né? – disse ele olhando da esposa para a filha. Rose sorriu. – Bom, o que vai ter de janta?

- Lasanha. – respondeu Hermione. Ron e Scorpius abriram o sorriso.

- Scorpius, iremos ficar ne?

- Como você quiser. – disse ele. Ela sorriu e abraçou ele.

- Mãe, eu posso ti ajudar? – perguntou Rose alegre.

- Não. Eu vou ajudar a Mione. Você pode ficar esperando o jantar. – disse Ron se aproximando de Hermione.

- Estamos na sala. – disse Rose saindo com Scorpius.

 

- Eu não acredito que você veio aqui pedir permissão para o meu pai. – disse Rose sem acreditar. Ela e Scorpius estavam encostados no braço do sofá.

- Pois acredite. Eu te amo Rose.

- Eu também. Meu lobinho. – brincou ela beijando Scorpius. Se separaram a tempo de Rose bocejar.

- Cansada?

- Muito. – murmurou ela.

- Por que não dorme um pouco? – perguntou ele fazendo carinho em seus cabelos castanhos.

- Só se for no sofá. – murmurou ela rindo dela mesma. Relaxando ao sentir o efeito que as mãos dele tinham sobre ela. – Dorme comigo?

- Seus pais não vão permitir. – disse ele.

- Meus pais ti deram permissão para se casar comigo, ti consolaram, papai perdeu para você num xadrez bruxo e ainda ti convidam para jantar. Dormir no sofá com você não é nada para eles. 

- Tudo bem, mas não diga que eu não avisei. – disse ele se ajustando conforme ela se ajustava. Colocaram suas cabeças num braço do sofá e os pés no outro. Scorpius ficou espremido entre o corpo de Rose e o encosto do sofá grande. Rose dormiu de costas para ele, puxando o braço dele como travesseiro. – Rose.

- Hun?

- Você me ama?

- Mais do que tudo.

- Quer casar comigo? – perguntou ele. Ela engoliu em seco e não respondeu. Scorpius suspirou, depositou um beijo no pescoço dela e se acomodou no sofá sentindo o sono apoderar do seu corpo.

 

- Querida. – chamou Hermione. – Rose minha filha. Acorde.

- Hun? – resmungou ela abrindo os olhos e esfregando-os. Foi se levantar, mas viu que algo a impedia. A mão possessiva de Scorpius. Não queria sair dali. Apenas abriu os olhos e viu sua mãe com um chambre. Ela sussurrava.

- Querida, está tarde, por que não vão comer algo para não sentirem fome e durmam aqui?

- Não mãe. Não queremos ser incômodo.

- Querida, sabe que não vai ser. Fiquem no quarta de hóspedes. Lá tem uma cama de casal. Está tarde e vocês estão cansados. – terminou Hermione de sussurrar. Rose sorriu e murmurou um obrigado. Hermione sorriu e falou. – Boa noite.

- Boa noite mãe. – murmurou Rose antes de se aconchegar nos braços envolventes de Scorpius. Ela se virou e ficou frente a frente com ele. – Ei, dorminhoco. – murmurou Rose. Scorpius nem se mexeu. – Querido.

- Hun?

- Acorde. Vamos comer algo e iremos dormir numa cama.

- Eu quero ficar com você. – disse ele apertando ela.

- Vamos. Pare de ser preguiçoso. – disse ela se soltando dos braços dele. Ele resmungou algo inaudível e se levantou do sofá.

- Que horas são? – perguntou ele sonolento.

- Onze e meia. Não estou afim de comer lasanha. É muito pesado. – murmurou ela.

- O que sugere?

- Morango? – ofereceu ela. Tirou um pote com morangos. Colocou na mesa da cozinha e começou a comer-los. Acompanhada de Scorpius.

- Rose, antes de nós dormirmos eu perguntei se você queria se casar comigo...

- E eu não respondi nada. – disse ela mordendo a pontinha do morango.

- Por que? – perguntou ele meio chateado. Ela soltou os morangos e o abraçou.

- Eu acho que não estou preparada para um casamento.

- Tudo bem. Vamos dormir? – perguntou ele. Ela colocou o pote na geladeira e subiu com ele.

            Subiram as escadas, Rose tentava fazer Scorpius não cair rolando da escada. Entraram no quarto e Rose viu dois pijamas dobrados nos dois lados da cama.

- Scorpius. – chamou Rose, tentando acordar ele.

- Hun?

- Vá colocar o pijama e depois venha deitar. – mandou Rose. Scorpius sonolento concordou. Pegou o pijama e foi para o banheiro. Ela se despiu e colocou a camisola que sua mãe emprestara. Presenciou um arrepio passar pelo seu corpo ao sentir duas mãos apertarem sua cintura.           Sentiu também o peito dele encostar nas suas costas.

- Eu te amo. Conte comigo para qualquer coisa. Ouviu bem?- perguntou ele. Ela assentiu com a cabeça.

- Eu também amo você. – disse ela. Ele sorriu e beijou-a.

            Com uma energia passeando pelos seus corpos, eles caíram na cama, nunca parando de se beijar. Era um vício.

 

            O sol tentava infiltrar nas cortinas beges do quarto de hóspedes. Um raio de sol conseguiu passar pela cortina fina e foi iluminar o rosto de Rose que dormia passivamente. Se mexeu incomodada com aquilo em seu rosto. Se virou na tentativa de se deixar livre. Sentiu algo. Abriu os olhos. Scorpius. Ele dormia de bruços segurando sua cintura. Observou ele. Como tinha sorte de ter ele por perto. Olhou para o relógio. Pretendia olhar as horas, mas algo chamou sua atenção. Roupas jogadas no chão. Rapidamente, se lembrou da noite anterior. Subiu seu olhar e viu as horas. 9:00. Respirando fundo olhou novamente para ele. A luz realçava a pele branca das costas nuas dele. Respirou fundo admirando aquela bela imagem. Pegou o chambre, suas roupas e foi para o banheiro.

            Deixou o chambre no quarto. Ele ainda dormia, silenciosamente, ela andou até ele, depositou um beijo no pescoço dele e saiu. Desceu as escadas e viu Hermione.

- Bom dia mãe. – desejou Rose feliz.

- Bom dia querida. – disse Hermione voltando a tomar café. – Dormiu bem?

- Sim. E vocês? – perguntou ela indo pegar uma xícara.

- Não muito bem. – confessou Hermione.

- Por que?

- Fiquei ouvindo a cama ranger a noite toda.

- A sua? – perguntou Rose bebericando o café.

- Não. A sua querida. – disse Hermione com um sorrisinho estampado no rosto. Rose se engasgou com o café. Quando se recuperou do afogamento com a gota de café, Hermione pode perceber que as orelhas de Rose estavam vermelhas.

- Desculpe mamãe. Não era a nossa intenção.

- Eu sei querida. Mas, na próxima vez, usem um abaffiato no quarto. Eu vou indo. – disse Hermione dando um beijo na bochecha de Rose.

- Onde vai? – perguntou Rose.

- Fui chamada no Ministério. Parece que um sangue puro torturou um nascido trouxa. Até mais filha. Qualquer coisa ligue. Não se esqueça dos feitiços de proteção.

- Tudo bem. E o papai?

- Foi na loja.

- Tudo bem. Tchau mãe.- disse Rose vendo Hermione aparatar.

            Ouviu um barulho na escada. Sabia que era Scorpius.

- Bom dia. – desejou ele caminhando até ela.

- Bom dia. – disse ela recebendo um selinho dele. – Dormiu bem?

- Muito bem. E você? – perguntou ele bebendo um pouco do café dela.

- Muito bem. Mamãe e papai nem tanto.

- Por quê? – perguntou ele encostando-se à mesa da cozinha.

- Eles ouviram a nossa cama ranger a noite toda. – disse ela ruborizando-se. Ele riu e segurou sua cintura.

- Não vejo problema nisso. – admitiu ele.

- Mas eu vejo. São os meus pais! E estamos na casa deles! – ela disse como se fosse óbvio.

- A culpa não é minha. – disse ele na defensiva. Ela revirou os olhos. – Venha, vamos ir para casa. – disse ele pegando na mão dela. Estavam prontos para aparatarem.

- Não. Tenho que colocar uns feitiços de proteção na casa. – murmurou ela.

- Tudo bem. Vamos. – disse ele puxando ela pela mão.

            Saíram da casa e Rose começou a colocar feitiços na casa. Scorpius observava ela. Como foi que achara aquela mulher mesmo? Por um acaso. Riu de si mesmo.

- Do que você está rindo? –perguntou ela se aproximando dele.

- Nada.

- Me conta. – pediu ela.

- Deixe. Vamos. – disse ele. Ela encostou nele e aparataram.

 

            As horas passaram rapidamente, mais do que eles queriam. Começou a escurecer.

- Vamos para casa. – disse ele se levantando e ajudando-a.

- Eu quero ir para a sua pegar minhas coisas. Depois quero ir para a minha.

- Mas...

- Eu ti falei que eu ia dormir apenas uma noite contigo.

- Mas, nós dormimos na casa dos seus pais. – disse ele inconformado.

- Mas, eu dormi com você. – disse ela.  Ele suspirou e aparataram na sua casa.


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Notas finais do capítulo

Gente, só quero avisar a todos que por hoje eu não posto mais. Comentem! Adoro os coments de vocês. Bjs