The Covicted Prisioner - Paixão, Desejo escrita por Malifysence


Capítulo 6
Capítulo 5 – Fuga Para um Novo Mundo




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/9464/chapter/6

 

            O dia nasceu quando Sy.D acordou Keith para mais um dia de trabalho, porém desta vez ele não tinha acordado ao meio dia como de costume e sim as sete da manhã. Levantou-se e foi em direção ao mercado do centro que ficava a um bairro de distancia de sua casa localizada num bairro mais simples e de classe mais alta apesar de ter poucas casas realmente pomposas.

—“O que será que poderei fazer por Lukas?... Será que mesmo seu eu disser o nome dele ou o de seu algoz eu o terei ajudado? Ou será que o porei numa pior? Será que consigo denunciar o Sunao?...”

            Seus pensamentos voavam, mas não o deixavam esquecer de forma alguma seu colega em cárcere ou o guarda ninfomaníaco. Mesmo assim ele sabia que essa preocupação era estranha. Não era normal um homem se preocupar tanto com outro, todavia nunca tinha ouvido falar de um homem que conheceu outro numa situação dessas ainda mais com tanto empenho quanto o que ele punha para ajudar o amigo.

—Então... Será que eu sinto algo por ele? Será que eu realmente sinto algo forte por ele ou será que é só uma má impressão que tenho de minhas ações? Será que é certo eu sentir isto por ele ou estarei errado em aceitar um sentimento estranho assim?

            Ele se dizia em voz baixa sentado num banco no parque central da cidade capital de Makai, mas sem perceber uma pessoa o estava escutando por acaso sentada na outra ponta do banco em meio àquele inverno artificial de uma véspera de natal.

—Essas perguntas só você pode responder...

—Hã?

            Ele ainda parecia um tanto zonzo com o turbilhão de perguntas e com o fato de alguém estar ouvindo suas perguntas interiores e respondendo sem medo ou descriminação alguma.

—É o que eu disse. — sorriu ele calmamente. — Isso só você pode responder e se você quer saber o que você realmente sente tem que antes sentir pra depois saber... Como você saberia andar se você nunca andou? Como saberia escrever ou ler se nunca o fez antes? Teoria é teoria, mas a experiência é a mãe da ciência e de toda e qualquer resposta para todas as perguntas. Experimente dessa sensação para depois tirar conclusões, mas nunca se arrependa do que fez ou do que faz e sim do que deixou de fazer senão de nada valerá cada instante de sua experiência.

            Ele tinha a mesma idade do doutor, era magro e moreno, tinha cabelos encaracolados castanhos e curtos pintados na ponta de azul escuro que não o embelezavam, porém não o tornavam feio. Seus olhos eram castanho-mel num tom escuro como piche com algo dizendo que fosse furion, principalmente por suas roupas, uma camisa negra com uma nuvem vermelha delineada em branco sugerindo a Akatsuki do anime Naruto, sua jaqueta com o símbolo do Tengen Toppa Guren Lagan no peito e nas costas, suas luvas do Bleach usadas pela Rukia, correntes nos pulsos com figuras trabalhadas em metal de almas do Soul, Maka, Tsubaki, Death The Kid, Black Star e Shinigami-Sama do anime Soul Eater, sua calça jeans surrada e rasgada na parte da frente na altura do meio da coxa e perna em quase as duas pernas e seu All Star de cano alto preto com vários adesivos e bordados sugerindo “Anarquia”, animes, goticismo, metal e rock’n roll.

—Oi!!! To atrasado?!

            O rapaz que apareceu era um tanto mais novo que o homem sentado no banco, mas parecia ser maior de idade com quase as mesmas características mudando apenas a cor dos cabelos para verdes nas pontas lisos, a cor da pele para caucasiana e os olhos para azuis, além de um brinco com brilhante na orelha esquerda e cinco pirceings na direita e um na língua.

—Bem... Tenho que ir... Espero ter ajudado você no fim das contas. Adeus.

            Ele acenava, mas Keith ainda estava espantado não somente com a aparência do homem quanto com seu par ou o fato de andar de mãos dadas e se beijarem em público naquele frio no centro da cidade sem nenhuma vergonha ou medo do que poderiam dizer.

—Realmente... O que eu estava pensando?... Ele está certo!

            Keith olhava para aquela pessoa que ele nunca conheceu com muito orgulho e inveja de sua coragem e por seu sábio conselho que ninguém jamais iria dar em sã consciência sem ter passado pelo mesmo ou semelhante. Ele se aproximou do homem e de seu parceiro com calma e despreocupadamente, mesmo que ainda tímido.

—Oi.

—Olá.

            O rapaz dos pirceings parecia não gostar da proximação do doutor.

—Quem é ele Anzu-kun?

—Digamos que eu sou um estranho que quer agradecer por um ótimo conselho.

            Ele não parecia confiar nas palavras de Keith, mas não deixou de lado seu namorado enquanto Keith e o furion conversavam.

—Então... É que eu queria agradecer a você pelo conselho.

—De nada, mas me diga uma coisa... Você é homo mesmo ou é hetero e está gostando de um cara?

            Ele ainda não se acostumava com o teor da pergunta que quisesse dizer que ele é gay, mas ainda assim, com toda vermelhidão que sua pele caucasiana no frio de inverno lhe dava aumentada pela vergonha, respondeu.

—Na verdade eu nunca gostei de ninguém antes... E... Acho que...

—Acha que?...

            O furion sabia o que ele queria dizer, porém se ele não se acostumasse a dizer nunca seria fácil para Keith se aceitar como ele queria.

—“Tome coragem e diga Keith! Deixa de ser idiota!!!” Acho que realmente estou gostando de um cara.

—Bom... Isso quer dizer que você ultrapassou uma meia barreira.

            O tom brincalhão do furion o encabulou por um instante.

—Mas... Você sabe que se quiser se aceitar como homo e ter uma relação vai ter que primeiro aceitar o outro que você gosta, não é?

            Ele realmente havia se esquecido disso, de Lukas, seu amado em cárcere e nem ao menos tinha se lembrado que ele também tinha opinião em gostar e não gostar do jeito que ele pensava gostar e mesmo assim ele sabia que mesmo que ele e Lukas se gostassem eles nunca poderiam estar juntos por sua prisão.

—Espero que você consiga o cara que gosta como eu consegui o Ai-chan.

            Os dois abraçados se olharam com algo nos olhos que lembrava um casal apaixonado, mas o doutor tentado ser discreto pigarreou.

—Me desculpe... Ah! Sim... Chamo-me Anzui, prazer em conhecê-lo.

—Prazer em conhecê-lo, Kazuhiro Ai.

—O meu é Keith, prazer em conhecê-los. Tenho de ir agora até a próxima e muitíssimo obrigado mesmo pela dica.

            As horas estavam sendo contadas por Lukas assim como os segundos que o distanciavam de Keith e até mesmo os minutos até seu indesejável agressor voltar, mas parecia que nada mudaria que ninguém apareceria até a porta anunciar a um Lukas cabisbaixo e desesperançado que havia um visitante naquela tarde.

—Kei... — Tentou dizer, mas quem estava a sua frente o surpreendeu com sua presença.

—Você achava mesmo que eu fosse o doutor, não é?

            Ele falava baixo assim como mantinha sua face observando um espaço no chão fazendo o prisioneiro pensar se realmente tivera medo daquela criatura que agora aparecera deverá frágil.

—Não se preocupe... Eu vim para fazer um favor a você, não para usar você...

            Ele digitou um código numérico de vinte e cinco caracteres aleatórios para libertar o prisioneiro das algemas magnéticas anti-gravitacionais que o mantinham imóvel.

—Por?... — Interrompido por um beijo simples e calmo ele parou estático com a ação inesperada do guarda.

—Last Kiss, my dear... — Um alarme tocou e luzes avermelhadas cobriam os corredores e a sala do condenado anunciando a fuga na ala Alfa setor C de classe S. — Corra! Eu te dou retaguarda!

            Algo brilhava nos olhos do guarda algo que inspirou Lukas a agradecer com um abraço e condenar com um simples “Cuide-se”. O calor do corpo do condenado trazia conforto e força de vontade ao guarda que auxiliou a fuga do prisioneiro com três pistolas leves e uma metralhadora com munição suficiente para uma invasão a NASA.

—“Está na hora do grand finale” Espero que você viva melhor com ele... Espero que não desperdice a chance que lhe dei de ser feliz...

—É por aqui! Vamos!

            Os guardas da segurança já estavam chegando correndo pelo corredor com armas em punho chamando a atenção de Sunao para sua última ação a Lukas.

—“Se vou fazer isso por ele não posso errar nem mesmo um tiro! Como na academia!”

            Ele atirava contra os guardas mantendo-se escondido de forma a fazê-los pensar que fosse o prisioneiro enquanto se lembrava da tarde que passou.

“—Sy.D...”

“—Sim, Nao-kun.”

“—O que você entende da palavra ‘amor’?”

            “Um breve correr de luzes fugazes como faróis de carros em alta velocidade passou pelos olhos do holograma de um menino branco azulado como um alienígena ou um espírito flutuante.”

“—Amor: Substantivo comum primitivo derivado do latim de mesma pronuncia; Sentimento que predispõe as pessoas a desejarem o bem a outrem, ou de alguma coisa (amor ao próximo, ao semelhante, aos animais, às plantas...); Devoção que se tem por outra pessoa ou divindade, adoração, idolatria (amor a Deus); Interesse, gosto muito vivo manifestado por alguém, por uma categoria de coisas, por uma determinada fonte de prazer ou de satisfação (amor às artes, à natureza, ao esporte...); Afeição ou ternura entre os membros de uma família (amor maternal, paternal, filial...); Inclinação de uma pessoa por outra, de caráter passional e/ou sexual (é amor o que sinto por ela...); Relação amorosa (não estou interessado nos seus amores passados...)...”

“—Como pensei...”

            “O rosto de Sunao refletia sua tristeza e pelo tempo de experiência de Sy.D ele já tinha expressões faciais e corporais que denunciavam este sentimento.”

“—O que houve Nao-kun?... Se quiser me contar eu posso utilizar os dados de meu banco com relação a psicologia e...”

“—Muito obrigado, mas não... Realmente não quero...”

            “Tristeza... Algo havia acontecido e o A.I. sabia que havia apenas três formas de seguir adiante... Deixar de lado e esquecer o que o faz mal, forçá-lo a contar e resolver ou não resolver, mas ajudá-lo a se sentir melhor.”

“—Você teve uma briga com sua namorada?”

            “A pergunta foi ao mesmo tempo que incômoda inesperada para Sunao que apenas chateado jogou um travesseiro que transpassou o corpo etéreo do holograma com quem conversava.”

“—Não é nada disso...”

“—Aumento na disritmia cardíaca, aumento na produção das glândulas lacrimais, vermelhidão constante e disritmia respiratória... Você somente denuncia-se mais quando tenta me evitar... Por que não conta pra mim o que houve?”

“—Vai embora!... Eu não quero falar sobre isso com ninguém...”

“—Não parece o que estou vendo... Você parece quer contar para se sentir melhor, mas por que não esquece essa resistência e aceita minha ajuda?”

            “Por um breve instante ele realmente pensou em continuar com a repulsa, mas preferiu desistir ‘No que mudaria contar a um super computador?’ pensou.”

“—É tudo culpa minha...”

            “Sy.D se mantinha calado como descrito no banco de dados de psicologia enquanto ele contava cada detalhe e chorava de tristeza.”

“—E agora não consigo simplesmente vê-lo todas as noites sem me sentir mal, sem sentir que eu não sou nada nem ninguém...”

“—...”

“—E acho que nem mesmo você pode me ajudar agora... nem nunca... Pra ser sincero seria melhor se eu tivesse simplesmente feito meu trabalho sem me deixar levar... Sem deixar que isso tudo se torna-se parte de mim... Ou de nós...”

“—...”

            “O mesmo correr de luzes fugazes repetiu-se agora um tanto prolongado como se o processamento fosse difícil das informações.”

“—Tenho soluções para você... Mas uma é simples e clara: Deixar o emprego de guarda e buscar outro, esquecer do que fez ou do que viu, esquecer do que sente e de todos que se envolveram nesta história... Outra é matar o doutor e forjar um jeito de o prisioneiro acabar sendo ‘esquecido’ e poder ser liberto para viver contigo.”

            “Ele abaixou a cabeça pensando que não adiantaria simplesmente matar e fugir, isso nunca faria com que o prisioneiro esquecesse o doutor ou o que ele o fez e esquecer tudo e todos os sentimentos era como morrer para si mesmo, também era impossível.”

“—Há mais uma opção... Você pode soltar o prisioneiro e juntá-lo com o doutor para se redimir e depois tentar viver sem ele. Muitas pessoas falam que se a pessoa que amam estiver feliz com outra pessoa eles estão felizes... Você também não pensa assim?”

            “Os pensamentos de Sunao de repente perderam o peso assim como seu corpo e apenas restou o vazio para um reinício.”

“—Sy.D você pode me ajudar a me redimir com Lukas?”

“—Sim, farei tudo o que puder para tornar a missão um sucesso Nao-kun.”

“—Preciso que todas as câmera de vigilância estejam com pontos cegos e mapeados para a sala de Lukas... Além disso preciso de armas, munição e preciso de um favor especial que somente você poderia fazer...”

            Uma bala o acertou de raspão no ombro quando tentou acertar outro dos dez guardas dos quais quatro já tinha matado com tiros certeiros no crânio, plexo solar e estômago, porém quanto mais pensava ganhar tempo mais parecia que este mesmo se esvaia.

—“É, isto é um adeus...” Até o fim!

            Levantando-se de onde estava escondido ele correu atirando matando todos os soldados que estavam lá, mesmo que atingido de raspão na perna direita, braço esquerdo e costela direita.

—Droga... Nem mesmo esses idiotas puderam me matar...

            Em outra ala próxima Keith corria antes do alarme tocar anunciando a fuga com a voz de Sy.D.

—Fuga no setor C ala Alfa classe S! Fuga no setor C ala Alfa classe S! Todos os soldados compareçam para a recaptura do prisioneiro X409Y!

—Lukas!

            Correndo ele seguia em direção ao local da fuga com esperança de encontrá-lo vivo fosse preso ou não.

—“Ai deus! Que ele esteja vivo! Por favor, que esteja vivo por mim!”

            De repente um vulto rápido esbarra contra o doutor caindo por sobre ele.

—Ai! O que?...

—Keith...

            O alivio tomou seu corpo por ver Lukas livre, vivo e ileso.

—O que houve? Como você fugiu?

—O guarda...

—Sunao? Mas...

—Não. Ele me salvou e estava diferente... Estava... Humano...

            Com um sorriso ele assentiu com a cabeça e prosseguiu corrida a frente com o fugitivo pelas instalações da prisão de Makai.

—“Humano é? Ao que parece ele também o amava... Isso pode ser um jeito de pedir desculpas, mas será que ele vai ficar bem?” Lukas...

—Sim?

—Você realmente quer deixá-lo morrer?

—Não...

—Então para onde estamos indo?

            Um banner luminoso em neon azul dizia “Control Room” onde Keith sabia estar a chave da fonte de energia do lugar.

—Será que somente isso será o suficiente?

—Acho que não, mas eu vou lá por via das dúvidas.

—Eu também vou!

—Não, fique aqui e me espere.

—Não! Se você vai salvá-lo eu também vou!

            Por um momento o doutor tentou-se a beijar aquele rosto sério que o fitava de perto como se fosse repreendê-lo, todavia um beijo inesperado com um abraço caloroso e prazeroso o deixou rosado.

—Fique aqui, por favor, Keith.

            Ele assentiu com a cabeça e desligando a chave de energia todas as luzes começaram a se apagar aos poucos como se o fluxo diminuísse com o girar da chave para o off da máquina.

—Estarei te esperando... Volte vivo Lukas...

            Na ala Alfa do setor C alguém ainda tentava se locomover o mais rápido que podia para sair vivo até que as luzes se apagaram e somente ouviu-se um estrondo de um corpo chocando-se ao chão.

—Merda! Isso não estava no script!

            Um holograma formou-se diante de Sunao que agora estava não somente sangrando quanto estava estirado no chão com a metralhadora presa as costas, uma pistola guardada num bolso no peito e outras duas guardadas cada uma em um lado da cintura.

—O que houve Nao-kun? Isso não estava nos planos da missão...

—E você vem falar comigo? Eu acabei de cair no chão por causa deste imprevisto, não cai?

            Passos são ouvidos no corredor e o holograma se dissolve de mesma forma que aparece deixando o guarda sozinho na escuridão com o visitante.

—É você guarda?

—Lukas? Pensei ter dito pra você fugir!

—Não podia te deixar morrer aqui... Seria mais cruel que tudo que passei nas suas mãos...

            Por causa da escuridão o rosto de desaprovação da ajuda de Lukas não foi detectado, mas mesmo assim Sunao não recusou o apoio dele.

—Posso te perguntar uma coisa?

—...

—Qual o seu nome? Eu nunca soube...

—Sunao... Orihime Sunao...

—Prazer em conhecê-lo... Agora me ajude a sair daqui.

            Um aceno de cabeça na escuridão sentido pelo corpo do fugitivo que apoiava o guarda com suas costas e o carregava correndo o quanto podia manteve a firmeza da ajuda. Após alguns corredores e portas automáticas abertas pela emergência da falta de energia eles já estavam junto do doutor.

—Então? É aliado ou inimigo agora?

—Aliado...

A voz do guarda emitia uma tristeza profunda que mesmo que denunciasse o por que com os olhos nem o doutor nem o fugitivo poderiam vê-lo. Ao fim de mais corredores e mais portas apareceram guardas armados com pistolas e óculos de visão noturna.

—Ali! Intrusos!

            Uma chuva de balas os teria atingido senão tivessem se escondido atrás da porta de aço fundido na qual se apoiavam agora.

—O que faremos agora? Eles podem nos ver e são muitos...

—Cala a boca doutor! Você me irrita!

            Depois de ter sido carregado até aqui o guarda havia se levantado um pouco mais recuperado dos ferimentos e começou a atirar de forma aleatória com a metralhadora na direção dos guardas de segurança da Nagareboshi’s Tecnology matando dois deles.

—Viu? Pra que todo esse estardalhaço se temos isso aqui?

            Ele voltou a atirar agora num ângulo diferente e ainda assim próximo de onde tinha atirado antes matando mais três.

—Você é bom ou tem muita sorte... Mas eu não vou discutir... Prefiro você como amigo do que inimigo...

—Não estou muito distante dos dois!

            Pulou rolando para um lado quando as luzes começaram a se reestabelecer matando os outros dois restantes com as pistolas da cintura.

—É... Ele é bom...

—Agora vão, eu dou cobertura!

—Mas os seus ferimentos!

—Esquece essa merda e vai logo! Antes que eu resolva te encher de furos.

            O doutor correu puxado pelo fugitivo até a porta de saída mais a frente sem perceber que um soldado já os estava mirando com o rifle com mira automática. Um tiro é dado e os dois olham para trás, contudo nenhum deles foi atingido... Nenhum dos dois e sim Sunao... Coração... Fatal...

—“Não sem uma revanche” — pensou enquanto parecia que o tempo havia parado.

            Uma rajada de tirou é dada por ele nos guardas que mata o com o rifle e mais um que chegava por trás deste até que ele cai no chão aparentemente em seus últimos suspiros.

—Sunao!

—Vamos Keith!

            Eles somem na escuridão da noite onde uma locomoção não pilotada parecia os esperar.

—Rápido entrem! Vou dirigir até sua casa doutor Keith.

—Sy.D? Você estava junto com o Sunao?

—Sim, mas eu apenas o auxiliei em poucas coisas.

—Espere não é melhor despistá-los antes de ir para minha casa?

—Isto é desnecessário, pois eles não têm mais o registro vital de você e de seu companheiro fugitivo no banco de dados. Você agora é um cidadão sem envolvimento com as corporações Nagareboshi’s Tecnology Ltda assim como seu companheiro.

—Isso foi?...

—Sim, um pedido de Nao-kun a mim.

            A viagem foi tranqüila até a casa de Keith, mas parecia que um luto silencioso havia se instalado entre os dois por causa de seu amigo de curto prazo.

—Keith... Queria te contar uma coisa...

            A vermelhidão no rosto moreno de Lukas o deixava levemente alaranjado enquanto tentava prosseguir.

—Eu...

—Sim, Lukas?

—Eu gosto muito de você desde... A primeira vez que te vi...

            Ele havia corado também agora sorrindo como se satisfeito com o que ouvira de quem amava.

—Eu também Lukas... Não sabia que você sentia isso por mim nem que por tanto tempo, mas eu descobri que sinto o mesmo por você...

            Um beijo ardente os uniu neste instante no apartamento de Keith onde um gato com um pote de ração vazio dependurado na boca os olhava com fome.

—Ah! Este é Lucas o meu gatinho...

—Isto tem o mesmo nome que eu?

—Não é ‘isto’ é ‘ele’! E o nome dele tem ‘c’ e não ‘k’!

            Ele ria gostoso da graça da situação enquanto Keith segurava seu gato no colo com a cara emburrada por causa da ofensa a seu bichano. Logo ele também ria da situação achando melhor deixar o gato comer antes que lhe arrancasse o sorriso com as garras.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The Covicted Prisioner - Paixão, Desejo" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.