No capitulo anterior....

Se fosse qualquer vampiro, ele iria simplesmente nos matar. Mas não era qualquer vampiro, ou melhor, vampira. Ela com certeza iria nos fazer implorar pela morte.

- Bella! Estou tão feliz por te ver! – Victoria disse com um sorriso ameaçador.

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Capitulo: 3 Victoria.

Eu tremi.

Como eu não respondi, ela continuou.

- Onde estão os Cullen? – ela olhou atentamente para mim – Ah, não vai me dizer que eles cansaram de você, e te deixaram!  - Ela bufou. – já era de se esperar, afinal, você era só um animalzinho de estimação deles, Não, eu acho que você não chega nem a isso, eles teriam mais amor por um animal de estimação.

Eu mal conseguia respirar. Não eu não poderia suportar ela dizendo essas coisas para mim, e ainda matar a minha família lentamente.

Meu olhar ia constantemente para onde Charlie estava.

O vampiro continuava sugando o sangue de seu pescoço violentamente.

- Por favor, peça para ele parar! Me mate! Mas deixe-o em paz, ele não tem nada haver com isso! – eu gritei para ela desesperadamente, com a visão turva pelas lagrimas que não paravam de descer pelo meu rosto.

- Ahh. Mas isso está tão interessante. Eu confesso que seria mil vezes mais interessante se o seu querido Edward estivesse aqui para ver todo esse seu sofrimento, e principalmente tudo o que eu vou fazer com você. – Ela disse com a voz doce que lembrava a voz de uma criança.

Eu não a olhava mais com medo. E sim com raiva. Com ódio. Por tudo o que ela estava fazendo comigo e principalmente com Charlie, que não tinha nada haver com isso.

 – Para ele sentir as mesmas coisas que eu senti quando ele matou James. Não é uma troca justa a vida de James pela a sua, uma humanazinha nojenta. Vou confessar que estou muito decepcionada. O que vai adiantar te matar dolorosamente, se ele não se importa mais com você? – ela disse com uma voz baixa mais furiosa.

Ela me olhava com nojo, desprezo e ira. E eu retribuía o seu olhar com os mesmos sentimentos.

Ela se agachou perto de mim, pois eu ainda estava sentada no chão com o pé provavelmente torcido pela queda que levei quando me choquei contra ela.

- Mas eu acho que vou aceitar mesmo assim. Talvez ele fique com um pouco de culpa. Mas só pra garantir, acho que depois que eu acabar com você, vou atrás de algum deles, alguém que ele realmente ele ame e não a um verme como você.

De repente todo o ódio que eu sentia por ela deu lugar novamente ao medo. Não, ela não podia machucar eles também!

- Talvez aquela baixinha. Qual é o nome dela mesmo? Ah, claro. Alice! – ela sorriu.

- Não! – eu gritei novamente apavorada. Ela não podia matar Alice! – Por favor, não!

Ela revirou os olhos parecendo estar cansada daquela conversa.

- Chega! Vamos logo á diversão! – ela sorriu largamente se aproximando ainda mais de mim.

Eu tremi novamente.

Eu vi o seu braço direito se movendo rapidamente, como um vulto. E no instante seguinte sua mão estava dentro do meu estomago.

Minha boca se abriu em um ofego, e logo em seguida eu ouvi um grito horripilante. Que por incrível não era o meu!

Victoria tirou rapidamente a sua mão que ainda estava em meu estomago e olhou para trás.

Eu ofegava sem parar com as mãos sobre o buraco que estava no meu estomago. Tentando respirar e ao mesmo tempo não desmaiar, por causa do cheiro de sangue.

Ouvi outro ofegar mais esse também não tinha vindo de mim. E sim de Victoria, que olhava chocada para trás.

Levantei o meu rosto e olhei na direção que vinha os gritos.

Renee estava em frente ao vampiro, que estava caído aos seus pés. E em meio aos gritos frenéticos ele implorava para que ela parasse.

Observei aquilo de olhos arregalados ainda ofegando por causa do meu ferimento que começava a doer muito.

O vampiro parecia... corado? Não corado não, essa não era a palavra certa, ele estava vermelho, muito vermelho, cada parte de seu corpo que eu podia ver estava avermelhada, como um humano que fica o dia inteiro sob um sol muito quente sem protetor solar. Mas isso não foi o mais surpreendente. Como se já não fosse incrível o suficiente um vampiro ficar vermelho, de repente apareceu algumas chamas de fogo em seus braços e pernas, que logo viraram cinzas conforme o fogo saia daquele lugar e passava a outro.

Quando eu subi o meu olhar para Renee fiquei chocada! Seus olhos estavam de um tom de vermelho vivo e brilhante. O tom de vermelho mais chocante que eu já tinha visto.

Os olhos dos vampiros eram escarlate bem forte mais aquele tom de vermelho ia muito além da cor dos olhos dos vampiros. Era muito mais intenso e ameaçador.

Senti uma leve brisa. E quando olhei para onde Victoria estava, não tinha mais nada ali.

No mesmo segundo, voltei o meu olhar para minha mãe. E o que eu vi a seguir, jamais, nem que eu viva mil anos eu vou esquecer.

Victoria apareceu por trás de Renee e enfiou a sua mão em suas costas na altura do estomago assim como ela fez comigo só que por trás para que Renee não a pudesse ver.

Renee ofegou e seus olhos voltaram á cor normal. Logo depois Victoria tirou sua mão rapidamente do estomago dela e Renee caiu de quatro no chão tossindo sangue.

- Desgraçada – Victoria rosnou para ela depois de ver o outro vampiro que tinha virado cinzas.

Ela estava voltando, andando devagar em minha direção.

Eu não estava mais conseguindo ficar consciente. Já havia perdido muito sangue, mesmo pressionando o lugar onde Victoria enfiou sua mão. Mas mesmo assim me forçava a continuar olhando para minha mãe, nos nossos últimos minutos de vida.

Renee levantou a cabeça rapidamente, e quando focalizou Victoria, seus olhos voltaram a ficar no mesmo tom daquele vermelho intenso e vivo.

E em menos de um segundo depois Victoria estava no chão se contorcendo e gritando.

Rapidamente o corpo todo de Victoria ficou vermelho. Então eu finalmente entendi, era como se minha mãe fizesse Victoria queimar de dentro para fora, como se ela conseguisse fazer surgir fogo dentro da vampira, e assim o fogo ia se espalhando por todo o corpo fazendo-o virar cinzas.

Em segundos, Victoria também tinha virado pó.

A casa ficou em silencio, a não ser pelo ofegar constante meu e de Renee.

 Olhei em direção a Charlie e as lagrimas que tinham cessado, de choque por eu ver Victoria sendo queimada viva, voltaram com toda a força. Ele estava morto, eu não tinha duvidas.

Senti meu corpo indo novamente de encontro ao chão e eu cai deitada, já que estava sentada enquanto assisti a aquele show de horror. 

Finalmente eu estava morrendo. Era como se toda a dor que eu tinha sentido por Edward ir embora tivesse se multiplicado, agora os meus pais estavam morrendo assim como eu. E tudo isso por minha culpa.

Alguns segundos depois senti a escuridão tomar lentamente os meus olhos. E quase ao mesmo tempo senti braços apoiando a minha cabeça.

- Meu amor... eu... sinto muito. – Era Renee. Ela falava em meio aos soluços de seu choro. Sentia sua mão úmida passar pelo meu rosto, que provavelmente era sangue, ela estava ensangüentada assim como eu.  

– Mas... tudo vai... ficar bem. Lembra do que eu te prometi? Você nunca vai ficar sozinha ou desamparada. Nunca!

Eu tentava forçar os meus olhos a abrir eu queria olhar para o rosto da minha mãe uma ultima vez, mas eu não conseguia, eles estavam muito pesados.

Então eu senti Renee pegar o meu pulso e morde-lo.

Mas ao contrario do que aconteceu quando James me mordeu, eu não senti dor nenhuma, muito pelo contrario parecia que estava aliviando as outras dores que eu já estava sentindo, era como se ela tivesse me aplicado algum tipo de morfina ao invés de veneno.

A escuridão ficou bem mais forte, e eu já não sentia mais nada.

- Eu te amo meu amor... nunca se esqueça disso. Eu prometo que você vai ficar bem. – ouvi a voz entrecortada de Renee, como se ela tivesse muito longe.

Eu não ouvia mais, não sentia, não via. Nada, só a escuridão.

Eu também te amo... Renee, Charlie,.... Edward. – foi o meu ultimo pensamento, antes de perder a consciência.