Sorria Mais escrita por Yori Suzuki


Capítulo 1
Único


Notas iniciais do capítulo

Bom, eu amo esse casal de paixão, por isso assim que a inspiração me veio, eu tive de escrever, e espero que gostem da fic:*



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Ele estava completamente desanimado, não parava de pensar no passado, não podia ter feito as coisas que fez, isso era inaceitável, não poderia ter sido o causador de tantos problemas, estava arrependido de ter sido como foi. Pois essa era a causa de sua maior dor.

         Amar aquela que o odiava e jamais nele confiaria.

         Sim, ele a amava, porém sabia que jamais poderia tê-la, afinal ele era um traidor de seu próprio povo, por que não a trairia?

         Ele olhou para a lua, que naquela noite estava fina como um fio de cabelo, por isso a mata estava escura, porém quente, a única luz que se podia ver era de longe a fogueira do acampamento onde estavam, onde ela estava, ele conseguia ver a sombra da garota ao longe perto do fogo, seus lindos cabelos castanhos voavam com o vento e seu corpo se destacava, pois pelo calor usava somente um fino vestido, como sempre azul. Porém em sua mente via muito mais que isso, podia ver os olhos azuis profundos dela, seus lindos e provavelmente tão macios lábios, que sempre tivera vontade de tocar, seu corpo, que tantas vezes tivera de se controlar para não chegar muito perto, principalmente nas noites em que não conseguia dormir e a ficava observando, e é claro podia sempre ver em sua mente as vezes em que ambos ficavam a sós, sem Aang ou Soka para lhes atrapalhar.

         O silêncio reinava como se só ele estivesse ali, porém o mesmo foi quebrado por um som que vinha dos arbustos, ele reconheceu então o vulto de corpo escultural de Katara, como ele adorava observá-la de perto.

         Ela sorriu e se sentou ao lado dele. De modo à quase tocar seu corpo com o do famoso príncipe Zuko, herdeiro da Nação do Fogo e é claro maior traidor de todos os tempos, para seu próprio povo.

         - Você não vai jantar? – Ela perguntou em tom casual olhando para a lua.

         Ele percebendo que a menina estava realmente próxima estremeceu um pouco, nunca haviam estado tão próximos.

         - Não, abrigada. Estou sem fome. – Ele disse reparando que o céu agora começava a se encher de nuvens.

         O silencio reinou por algum tempo, que aos dois pareceu uma eternidade, afinal não sabiam o que dizer, porém nenhum queria sair de onde estava.

         - Bom... No que está pensando? – Ela perguntou meio sem saber se era o certo a perguntar. – Deve ser algo sério, afinal, perdeu a fome.

         - Não é nada.

         - Então vamos comer... Isso vai te fazer sorrir. Pois com fome agente nunca está feliz. – Ele estranhou as palavras da garota, pois a mesma, nunca havia sido tão afetuosa, na verdade sempre tentava evitar, até mesmo, de seus olhares se cruzarem.

         E quando isso acontecia ela sustentava seu olhar por poucos segundos e logo em seguida virava o rosto, como se reprovasse o ato de encará-lo nos olhos.

         - Por que diz isso?

         - É que você raramente está sorrindo, quase nunca conversa muito... Parece estar sempre com arrependimento nos olhos.

         - Acho que você também estaria assim se fosse acusado por todos do seu povo de traidora... – Ele nesse momento sentiu toda sua mágoa. – Se seu pai lhe odiasse, se tivesse sido banida e – Ele agora sentia seus olhos um pouco marejados, mas não poderia mostrar sua fraqueza na frente dela, ainda mais com o que pretendia dizer em seguida. – ainda por cima amasse alguém que jamais lhe amará. – Uma única lágrima escorreu pelos olhos dele, agora que ela, seu grande amor estava na sua frente com uma expressão completamente perplexa.

         - Sobre ser banida, acusada de traidora e odiada por minha família, eu realmente não sei... Mas amar alguém que nunca irá me amar eu sei exatamente como é. – Ela se aproximou dele um pouco mais, agora quase tocando o rosto dele com a mão.

         - Como alguém poderia não amar você? – Ele perguntou, agora sentindo a chuva cair lentamente do céu, misturando suas gotas as lágrimas que escorriam de seus olhos. – Você é linda... Poderosa... Inteligente... Boa... Divertida... Sempre está pronta para ajudar os outros... E capáz de perdoar... E é por isso e muitos outros motivos que eu amo você. – Ele por fim disse, agora olhando profundamente nos olhos dela, nunca imaginou que diria isso assim, de maneira tão surpreendente. – Mas como você poderia amar alguém como eu?

         A cada palavra dele o coração da menina acelerava mais, nunca imaginou que ele pudesse amá-la, do mesmo jeito que ela o amava.

         - Mas, você é isso tudo que disse de mim... E ainda tem mais a qualidade de ser capáz de se arrepender de seus erros. E por isso eu te amo também. – Ele não acreditou estar ouvindo aquilo, não era racional o fato dela amá-lo, era algo impossível, ele não passava de um imprestável. – E é por isso que quero que você sorria mais. – Ao fim desta frase ela se jogou sobre ele e lhe beijou, ficando sobre ele, que lentamente se deitou no chão correspondendo o beijo romântico e muito desejoso e sentindo com prazer o gosto, daqueles antes tão distantes, lábios.

         Por fim se separaram, ele sorriu, deitou-se agora sobre ela, que disse em seu ouvido.

         - Consegui te fazer sorrir.

Fim


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Notas finais do capítulo

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