Keys escrita por Charlotte


Capítulo 10
Meu Nome é Christine


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo é narrado pelo Lewis



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/91962/chapter/10

Eu nunca gostei de ficar naquela mansão, parecia uma prisão para mim. Tanto tempo sem sair de lá, sem ter ninguém para brincar apenas livros como compainha que me ensinaram o que havia lá fora. Assim acabei criando uma personalidade quase indestrutível e apenas uma pessoa conseguia quebrar essa minha personalidade forte...

Apenas com sete anos, eu já queria fugir dalí, então um dia eu criei corangem e fugi de lá.Por estar pela primeira vez fora de casa, eu não sabia por onde começar era tudo muito novo, o mundo que havia fora da mansão era enorme. Por causa da minha falta de experiência fiquei perdido, percebi que estava cercado de árvores então eu estava numa floresta, tentei procurar por qualquer coisa mas não conhecia nada. Como eu havia parado alí?

–*talvez ter saido de casa não foi uma boa idéia* - pensei

Eu queria dormir e estava com fome afinal eu estava o dia inteiro fora de casa, queria dormir em algum lugar quente e aconchegante. Aos poucos me encostei em uma árvore e fiquei alí esperando que alguém me encontrasse, algo que parecia impossível, pois alí não havia nenhuma casa por alí. Em pouco tempo eu havia caído no sono, e antes que eu dormisse, vi as pernas de alguém.

Quando acordei, eu estava numa cama, era o que eu queria, olhei para os lados e percebi que estava num quarto, não era tão grande quanto o meu, mas era quente e aconchegante. Desci da cama mas fui parado por alguma coisa, ou melhor alguém.

–Ainda não!

A primeira coisa que pensei foi: “Quem ela pensa que é para mandar em mim?”. Mas por alguma razão eu obedeci.

Ela era alta, tinha cabelos compridos negros e olhos um pouco mais claros, ela era mais velha mas tinha um rosto jovem, ela poderia ser minha mãe.

–Você deve colocar algo nos pés. - ela disse sorrindo docilmente.

–Quem é você?

Ela me olhou enquanto colocava meus sapatos em meus pés.

–Ah... me desculpe eu ainda não disse certo. Meu nome é Christine. - ela me disse - Quase me esqueci...

Ela saiu correndo mas logo voltou com um prato e disse:

–Tome, você deve estar com fome.

Ela nem me conhecia, mas estava me alimentando e acolhendo.Como alguém podia ser tão idiota?

–E você, qual é o seu nome?

–Lewis...- eu disse enquanto comia.

–Seu nome é muito bonito, quem escolheu deve ter bom gosto.

Eu já havia terminado, e quando havia ouvido aquilo eu respondi:

–Não, ele não tem bom gosto...

Ela me olhou confusa, mas logo me entendeu e me abraçou. Aquilo era tão bom...

Eu comecei a dizer onde eu morava, e ela parecia conhecer o lugar, mas quem não notaria a minha mansão? Ela me levou até lá e me deixou em frente a minha mansão me deu um beijo na minha cabeça e se foi. Eu não queria que ela fosse, ela me fazia sentir algo estranho mas que era realmente bom. Dois dias depois eu ainda pensava em Christine, então resolvi fugir de novo e eu lembrava aos poucos de como chegar até a casa dela. E então eu achei, senti um cheiro delicioso e entrei na casa, fui até a cozinha e encontrei os biscoitos. Quando estiquei minha mão para pegar um...

–Ainda não, ainda estão quentes, não quero que se queime.

Ela havia aparecido e afastou os biscoitos de mim, colocando em um lugar alto onde eu não conseguia alcançar.

Provavelmente eu estava com uma cara emburrada o que fez ela dizer:

–É só ter paciência, não faça essa cara.

E assim se passaram cinco anos, na verdade os meus melhores, sempre que podia a visitava e sempre era recebido com carinho, e que me fazia me sentir seguro. Apenas para ela eu demostrava carinho e para os outros, algo bem rude e frio.

Mas algo que eu não esperava estava prestes a acontecer. Em um dos dias que Christine me deixou em casa, um dos servantes me viu e quando Christine voltou para a casa dela ele a seguiu, e quando descobriu onde ela morava voltou e contou para meu pai. Então em um dia que eu fugi de minha casa e estava indo em direção a casa de Christine, alguém havia tapado minha boca.

–Shhh... eles estão perto.

Era Christine, mas algo estava diferente ela estava com uma expressão de medo.

–É melhor você voltar para casa Lewis...- ela dizia baixo.

–Mas, o que está acontecendo?

–Eles estão atrás de m...

Nós nos escondemos atrás da árvore, e então eu vi o uniforme...era dos servantes de meu pai.

–Vá logo Lewis...

–Mas...

Ela me empurrou para a direção de minha casa e saiu correndo. Eu não entendia por que meu pai fazia aquilo. Mas eu resolvi seguir Christine, mas quando cheguei, já era tarde de mais. Eu vi os servantes a empurrando de um penhasco e então eles sairam sem olhar para trás. Eu fui até a ponta do penhasco e pela minha surpresa, Christine segurava em uma das rochas.

–Christine.

–Lewis, que bom, você está bem...- ela sorriu para mim.

–Me dá a sua mão.

–Não, você não vai aguentar o peso e vai acabar caindo junto.

–Mas, isso é tudo culpa minha, aquelas pessoas... eram servos de meu pai...

Eu tinha medo de dizer aquilo e ela acabar ficando com raiva de mim.

–Eu sei.

Como ela podia continuar sorrindo numa hora dessas e depois de saber aquilo?

–Lewis...

–O que?...

Eu queria ficar ali com ela até ela não aguentar mais, até o último momento dela.

–Me prometa que um dia você irá achar alguém, muito doce, gentil e acolhedora, que você vai se apaixonar. Eu quero o melhor para vo...

A mão dela estava escorregando e eu tinha percebido.

–Me dá a sua mão!

–Já disse que não, não quero que você acabe assim co...

A mão dela escorregou e ela caiu do penhasco, eu não estava acreditando naquilo, só podia ser um pesadelo. Minha raiva atingiu o extremo e eu fui para casa cheio de raiva de qualquer um que aparecesse na minha frente e principalmente daqueles servantes.

Quando cheguei em casa eu quebrei o portão, e tinha percebido que eu estava mais forte que o normal. E quando entrei, encontrei os dois que haviam empurrado Christine e simplesmente os matei, depois eu andava em direção a sala de meu pai, ele seria o próximo. A sala ficava no último andar da mansão, e enquanto eu andava até lá muitas pessoas perderam a vida. Até eu chegar no meu objetivo e...

–Filho!

–Você matou a Christine.

–Vejo que você já conseguiu libertar seus poderes como Key.

–Eu não vou te perdoar!

–Você estava fugindo de seus compromissos e quando um dos servos descobriu a causa...

–Cala a boca!

Ele ficou em silêncio por alguns segundos.

–Mas você não acha melhor trabalharmos juntos, assim podemos conseguir qualquer coisa.

Eu o matei.... eu matei aquele que me criou e me deu um nome, mas mesmo assim me senti um pouco mais feliz, como se aquilo pudesse me manter vivo... matar pessoas...

–Além de matar Christine você ainda ousa tentar me chantagear...

Senti lágrimas em meu rosto, mas eu havia feito tudo o que eu podia por Christine, algo que eu deveria ter feito há um tempo atrás, assim Christine não teria perdido a vida....

E assim um garoto de doze anos matou mais de vinte pessoas em uma só noite...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Repetindo: esse capítulo é narrado pelo Lewis



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Keys" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.