Escolhas escrita por naathy


Capítulo 5
4. Me iludindo.


Notas iniciais do capítulo

Oi, flores!
Bom feriado!
Espero que gostem do capítulo.
Beijo e boa leitura ;*
P.S.: Pra quem gosta de romance, aventura, grandes emoções, reviravolta dos personagens... Indico a minha outra estória: Pequena Flor de Lótus.
Ela é bem o oposto dessa. Bom, fica a dica. hihi



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Duas semanas haviam se passado desde aquela horrível noite do meu aniversário. Eu mal comia, não tinha vontade de ir para o colégio, ou simplesmente de sair do meu quarto. Porém, após muita insistência de meus pais, eu o fazia.

Eduardo tentou me ligar umas duas ou três vezes, no entando, não quis atendê-lo. E eu deveria ter permanecido assim: Dura, decidida e com meu orgulho. Mas, eu fui burra, muito burra...


Certo dia, depois do horário normal da escola, Mariana, minha melhor amiga, me convidou para passearmos no shopping e fazer compras. Mesmo desanimada acabei aceitando o convite dela. Afinal, ela sempre foi uma excelente amiga e estava fazendo o possível e o impossível para me animar.


Almoçamos no shopping, conversamos, fizemos algumas compras. A tarde estava perfeita, até que, ao sair de uma das lojas, me deparo com Eduardo sentado no banco de frente para a loja. Assim que o vi, olhei para a Mari e ela estava tão surpresa quanto eu. Tentei passar reto, ignorá-lo, mas ele foi atrás de mim e segurou meu braço. Mariana o fuzilou com os olhos e eu tentei soltar o meu braço.

– O que você quer?

– Ora, o que eu quero... Quero conversar, você não atende mais minhas ligações. Até parece que eu não sou o seu namorado. - disse com a expressão mais inocente do mundo.

– Namorado? Eu escutei bem? Você disse namorado, mesmo? - ele assentiu se fazendo de ofendido. - Acho que você deixou de ser quando me bateu na minha festa de aniversário! - foi inevitável não começar a gritar e aos poucos lágrimas começavam a correr pelo meu rosto.

– Vamos, Gabi! - Disse Mari, puxando suavemente o meu outro braço. Eduardo olhou-a com uma expressão mortífera, gelei quando vi a frieza com que ele a olhava.

– Amiga, vai na frente, vou conversar com ele e eu já te encontro.

– Tem certeza? - Não, eu não tinha.

– Tenho! - menti e esbocei um sorriso. - Eu já vou. - Ela olhou para ele e depois para mim e saiu.

– Até que enfim! Que amiga mais mala você tem, hein? - disse ele subindo no banco e sentando-se no encosto dele. - Chega de doce, princesa! Vem aqui! - pegou em uma das minha mãos, puxando-me. Sacudi ela, fazendo com que ele a soltasse.

– Não!

– Como assim, não?

– Não, eu não vou chegar mais perto. Não, eu não quero falar com você. NÃO! - ele sorriu torto.

– Olha, sobre aquela noite... Eu acabei usando uma coisa nova que me deixou fora de mim. - ficou sério. - Eu nem sabia o que tinha dito ou feito, até que um dos meus brothers me falou. Me desculpa, princesa! Eu não te acho uma vadia, e nunca te bateria. - disse tentando acariciar o meu rosto, eu me afastei.

– Você estava fora de si? Não nem havia percebido isso. Não me interessa! Olha o que você fez... Me humilhou na frente de todos no meu aniversário. Você tem noção do que é isso? Não, claro que não, não é? - disse me virando e já estava saindo, mas ele segurou a minha mão novamente.

– Eu estou sentindo a sua falta, ok? - Levantou-se e me puxou para mais perto de si. Minha cabeça estava baixa, ele ergueu-a com a mão. - Da sua boca... - aproximou seus lábios nos meus apenas roçando-os, extremeci apenas com aquele contato. - Do seu toque... - levou minha mão que estava junto a dele e encostou-a em seu peito. Mordi o lábio inferior em reflexo. - Do seu cheiro... - Aproximou seu rosto do meu pescoço, inspirando o meu perfume. - Do seu gosto... - Seus lábios foram para a minha orelha, e aquele gesto tão característico dele, de morder o meu lóbulo, se repetiu. - De você. - e tomou a minha boca contra a sua, beijando-me. Deixei-me levar. Naquele momento, eu também sentia saudades dele e das mesmas coisas que ele sentia saudades em mim. - Eu te amo! - ele sussurrou. Essa foi a primeira vez que eu ouvi ele dizer tais palavras. Com isso, meu coração se encheu de esperanças e quando ele encerrou o beijo, foi a minha vez de beijá-lo.

– Eu também te amo! - Ele sorriu.

– Vamos matar um pouco dessa nossa saudade, princesa. Vamos para o meu apartamento. - Olhei para ele, ele estava tão lindo e fofo.

– Eu não posso!

– Por que não?

– Meus pais... Eles não querem que eu chegue perto de você, imagina se pedir para eles para ir dormir no seu apartamento.

– Hum, entendo. - pensou por alguns secundos e sorriu. - Minta. Diga que vai dormir na casa de uma amiga... Sei lá, pode ser dessa que estava aqui com você.

– Não dá!

– Você não quer que nós façamos as pazes? - ele perguntou triste, fazendo biquinho. Não resisti e acabei cedendo.

Conversei com a Mariana, e não foi fácil convencê-la, mas usei o argumento que ele me fazia feliz e que estava super arrependido do que havia feito. Ela acabou por fim aceitando, liguei para os meus pais avisando-os.

Durante muitos finais de semana eu repeti isso. Mentia que ia posar na casa de alguma amiga e ia para o Eduardo. Ele estava mudado, mais romântico e eu estava realmente feliz. Meu namorado havia começado a usar drogas um pouco mais pesadas, como cocaína. Ele chegou a me oferecer uma ou outra vez, mas eu não quis experimentar. Não me atraia, pois a maconha ainda me trazia um efeito satisfatório.

Durante quatro meses consegui esconder a volta do meu namoro com ele, porém, certa noite meu pai, desconfiado das minhas saídas nos finais de semana, acabou me seguindo e viu que eu havia ido encontrar o Edu. Foi um escandá-lo. Os dois chegaram até a brigar, meu pai levou um soco no nariz, enquanto o meu namorado havia ficado com um olho roxo.

Fiquei de castigo, fui proibida de sair de casa sozinha, ou na companhia de amigas. Ia do colégio para casa, da casa para o colégio, sempre sendo levada ou pelo meu pai ou pelo motorista. Na volta era a mesma coisa. Meu celular e notebook haviam sido confiscados. Mas depois de um mês consegui escapar da minha "prisão" e consegui me encontrar com Edu. E fiz isso duas vezes mais, até que aconteceu o mesmo que da outra vez, meu pai me seguiu e me levou a força para casa, mas naquela mesma noite dei um jeito de fugir. E foi aí que minha vida mudou de vez. Peguei um táxi e fui para o apartamento de Eduardo.

– Conseguiu fugir da prisão, minha princesa?

– Sim e pra sempre! - disse abraçando-o, deixando cair minha mala.

– Como assim? Eles te libertaram do castigo?

– Não, eu vim morar com você, amor! - Eu disse sorridente, porém o sorriso dele se desfez no mesmo instante. - O que foi? Você não gostou?

– Aham, claro... Só que, vou ter que me mudar... Ou melhor, vamos! - Eu sorri, cheia de esperanças e sonhos.

E assim abandonei minha casa, meus pais e uma vida extremamente confortável para viver o meu "paraíso", que na verdade, se tornou um verdadeiro inferno.




Continua...



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Notas finais do capítulo

Gostaram? Não?Muito obrigada pelos reviews lindos! Eles me motivam tanto. Muito obrigada de verdade.Não revisei o capítulos, se encontrarem erros me avisem, por favor!Beijo ;*Naathy



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