- Raquel Lirey, mas isso você já sabe, professor! –Raquel deu uma indireta com raiva, sorrindo sarcasticamente.

- Mais uma e ira logo no primeiro dia para a detenção, senhorita Lirey. – retrucou Antony, sorrindo malignamente. – Senhorita Lirey, sente-se no final da sala, ao lado do Sr. Riddle, por favor!

        Raquel olhou para o professor com raiva e indignação, se segurando para não revidar. Pegando sua mochila, Raquel se dirigiu para o fundo da sala e se sentando ao lado de Bernard.

- Eu mereço! – sussurrou a garota, reclamando.

 “Hmmmm... Isso pode ser até que interessante.” Pensou Raquel, olhando para Bernard com um olhar maroto.

‘Raquel´s POV’

          O Professor Melloni começou a falar coisas sobre a sua forma de ensinar e um blá,blá,blá que eu não tava a fim de escutar. Ô, homem chato, viu! Quem ele pensa que é pra falar assim comigo? Ainda por cima me ameaça com uma detenção. Filho de baiacu do case... Bem... Deixa pra lá. Melhor nem dizer o que eu to pensando e desejando nesse momento pra esse ser com problemas de hormônios. Mas até que não foi nada ruim ele me colocar do lado do garoto novo, posso o conhecer e tudo mais. Até que eu fiquei interessada... Não, Raquel, você ta namorando o James... Não pense nessas coisas. Mas bem que podia rolar alguma coisa, né? Pensa bem, o que os olhos não vem o coração não sente... Melhor não, vai acabar em mer... To muito desbocada hoje, to preciso maneirar. Ahhh, mas tem tanta coisa que eu queria perguntar, tipo: de onde você é? O quê os seus pais fazem da vida? Que tipo de música você gosta? Sabe, só perguntinha básica... Quero mesmo saber é o por quê do sobrenome dele me parecer conhecido... Já o ouvi em algum lugar... Mas acho que ele não vai me responder, ta sempre tão sério e pensativo... Além de ser um pouco egocêntrico, né. Parece que tem o mundo em seus pés.

        Lá, lá, lá, lá, lá... Vou parar de pensar nisso, eu vou parar de pensar nisso. Epa, porque ta todo mundo levantando? A aula já acabou? Ui, essa foi rápido, ainda bem, tava morrendo de tédio. Passou rápido...  

         Ei, pêra aí, o que aconteceu? Porque ta todo mundo me olhando estranho? Será que eu pensei alto demais de novo e todo mundo escutou? Por que a Evans ta com essa cara? Parece que ela ganhou na loteria da esquina. Lira, um aviso queridinha, olhos arregalados podem dar rugas.(N/A: Não acreditem. Eu não sei de onde eu tirei isso.) Vick, amor da minha vida, em boca aberta entra mosca. Ai, mas que palhaçada é essa?  SERÁ QUE ALGUÉM PODE ME EXPLICAR O QUE TA ACONTECENDO NESSA MER...???????

- Que foi, gente? Ta todo mundo me olhando assim por quê? – perguntei eu, na maior inocência, observando a Evans sair saltitante.

- Você não escutou o que o professor Antony disse? - retrucou o ser abestalhado atualmente intitulado meu namorado, ou James Potter, o que preferirem.

- Não, eu tava meio que distraída! – eu respondi tentando manter a calma e não pular no pescoço de um desses retardados que estavam me olhando estranho. DIZ LOGO O QUE ACONTECEU, POR...! – O quê foi?

- Nós temos que fazer um trabalho em dupla pra semana que vem... – ta tudo bem, e daí, Sirius? Qual é o problema? – Eu vou fazer com o Remus, a Lira com a Victoria, o James com a Lily e você com o novato. - terminou a criatura e eu notei que todos me olhavam atentos, esperando a explosão que não aconteceu.

- Tudo bem. – eu disse, saindo da sala e indo para a próxima aula. Sendo seguida pelos meus amigos, que estranharam a minha reação.

         Por fora eu estava calma, mas por dentro eu estava mais ou menos assim...

          O QUÊ???????????? Mas o que é que ele ta fazendo???????? Esse professor é louco por acaso?????????? O quê ele tem na cabeça, hein????????

       Tudo bem, é normal um professor passar trabalho em grupo, mas EU VOU TER QUE FAZER O TRABALHO COM O NOVATO!!!!! QUE DROGA É ESSA????? ELE É UM SONSERINO, gato, MAS SONSERINO!!!!!! Ahhhh, mas esse professor só pode tar louco, pirou na batatinha cor de rosa, viajou para a malucolândia... Podia me botar pra fazer o trabalho com a Lira, com a Victoria, até com a Evans... MAS UM SONSERINO????

??? TA DE SACANAGEM COM A MINHA CARA, NÉ?? Ele me manda fazer um trabalho com um sonserino EM PLENA GUERRA????? Eu nem sei de onde esse cara veio!!! Ai, meu santinho anjinho do bode azul do final do arco-íris, eu não sei se você existe, mas qualquer um que estiver me ouvindo serve... Pelo amor de Merlin, faz com que esse ser ao meu lado não seja um dos companheiros com várias funções físicas, intitulados Comensais da Morte, de Voldemort. To entrando em desespero, o ser novato acabou de olhar para mim. Ai, que medo!!!!! E se ele for um serial killer, que estupra e tortura as suas vítimas????? Sou jovem demais pra morrer, Merlinzinho!!!!  Tenho que descobrir que ele é... mas para isso terei que juntar forças com o inimigo. Mais tarde eu falo com a Evans... Agora é pensar num outro plano...

        É, eu to fudi... quer dizer... ferrada!!!!!

Fim ‘Raquel´s POV’ (N/A: Isso foi só pra descontrair, agora vem as ações.)

              O resto do dia passou tranquilamente, sem novas surpresas ou confusões.  Até a hora do jantar, quando Raquel foi falar com Lilian.

- Evans. – chamou a garota, fazendo com que todos a olhassem surpresos. – Nossa, não sabia que existiam tantos Evans assim. - disse a garota irônica, rolando os olhos. – A partir de agora eu vou falar com ela. Então parem de infantilidades e se acostumem.

        Raquel se levantou e puxou Lilian, recebendo protestos e xingamentos irritados vindos da ruiva.

- ... Você podia ter me chamado calmamente, não precisava me puxar, sabia que isso é uma falta de educação? Mais é muito...

- Evans, vê se cala a boca. – Raquel interrompeu as reclamações de Lilian. – Preciso falar com você sobre ma coisa que vai te interessar.

- O quê? – questionou a ruiva, olhando para a inimiga interessada e desconfiada. 

- Eu sei que dês do primeiro dia você também estranhou o sobrenome do novato. – Raquel começou a explicar suas intenções, fazendo Lilian ficar ainda mais interessada no que Raquel tinha pra falar. – Então, eu quero te propor uma coisa.

- Desembucha logo, criatura! – exclamou Lilian, já ficando irritada com demora na fala do ser na sua frente.

- Calma, Evans! Pra quê tanta pressa?  - questionou Raquel sarcástica, recebendo um olhar assassino da ruiva. – Ta bem, vou parar de enrolar. Eu tenho um jeito de entrar na Seção Reservada da Biblioteca, nós entramos lá hoje a noite e pesquisamos sobre o sobrenome do novato.

- Você esqueceu que os livros berram quando são abertos sem autorização? Vão nos descobrir! – retrucou Lilian, nervosa.

- Evans, deixa comigo. Eu já pensei em tudo. – respondeu Raquel, rolando os olhos e cruzando os braços. – Só preciso da sua ajuda pra procurar nos livros. Já o resto deixa por minha conta, ok?

- Ta , tudo bem. – concordou Lilian, ainda olhando para a outra desconfiada.

- Combinado, então. A gente desce hoje às dez horas e vai até a biblioteca. – terminou Raquel, indo embora sem nem esperar resposta.

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                     A lua crescente já estava no alto do céu e o relógio já marcava dez horas da noite. Duas pessoas caminhavam rapidamente e silenciosamente pelas passagens secretas de Hogwarts, tomando cuidado para não serem pegas.

- Não quero ser chata, mas como é que você conhece essas passagens? – questionou Lilian, num tom baixo.

- Praticamente ser criada com os marotos tem suas vantagens. – sussurrou Raquel em resposta, sorrindo malignamente. – E muitas vantagens.

- Como assim? – perguntou Lilian, se amaldiçoando internamente por ser tão curiosa.

- Eles tem certos meios de fugir das detenções, ir para Hogsmead e outras coisas beeem interessantes. – respondeu Raquel, deixando a ruiva mais curiosa ainda.

           Apesar de estar curiosa e querer descobrir mais coisas, a ruiva achou melhor se manter quieta até elas chegarem na frente da biblioteca.

- E agora, Senhorita deixa-tudo-por-minha-conta? Como vamos entrar? – questionou Lilian, sarcasticamente.

- Assim. – respondeu a outra, levantado a varinha e dizendo “Alorromora”, o que fez com que a porta da biblioteca se abrisse.

- Ta de sacanagem, né? Como eu não pensei nisso? – admirou-se Lilian, batendo com a mão na própria testa.

- É tão simples, que ninguém pensaria. – retrucou Raquel, entrando na biblioteca e seguindo para a Seção Reservada.

- E como você pretende abrir... – as palavras de Lilian ficaram no ar, quando Raquel pegou uma chave e abriu a porta da Seção Reservada. – Eu não vou perguntar mais nada.

            Raquel seguiu pela Seção, ignorando os comentários impressionados de Lilian, até chegar numa das estantes mais cheias do local e, então, pegar um livro muito grosso e bem pesado.

- Aqui nós vamos encontrar todos os nomes e sobrenomes de todos os bruxos e bruxas que existiram ou existem. Ele é atualizado magicamente e o melhor, é em ordem alfabética. – comentou Raquel pela primeira vez desde que entraram na biblioteca.

- Se você sabia de tudo isso, por que eu estou aqui? – questionou Lilian, não entendendo a razão da outra a ter chamado.

- O livro só pode ser aberto por alguém que tenha intenções puras, ou seja, a curiosidade, e seja... Bem... Virgem. – respondeu Raquel como se fosse óbvio.

- Sabia que você não era santinha, mas não pensava que você já tivesse chegado a tanto. Mas com um namorado como o Potter eu devia ter desconfiado. – implicou a ruiva, recebendo um olhar assassino de Raquel.

- Pense o que quiser, não lhe devo explicações. E caso queria saber... Ou melhor, já que te interessa, o James ainda é virgem. – retrucou a morena, fazendo Lilian a olhar surpresa.

- Mas como...

- Deixa esse assunto pra depois e abre logo esse livro, não temos a noite toda. – disse Raquel, impacientemente, empurrando o livro para as mãos da ruiva.

          Lilian olhou para o livro brevemente e o apoiou na mesa, o abrindo logo em seguida.

-  Bernard Riddle, Bernard Riddle... – murmurava Lilian, procurando pelas páginas alguém com aquele mesmo sobrenome.

- Para...Volta uma página. – falou Raquel, com os olhos arregalados de ansiedade.

- Ta aqui. Bernard Riddle. – disse Lilian, feliz por encontrarem aquele nome na lista e lendo a descrição logo em seguida. – Nascimento: 30 de abril de 1960. Lugar: Castelo Negro*. Mãe: Marta Lecioner. Pai: Tom Riddle Jr.

- Parece normal... – comentou Raquel. – Espera... Castelo Negro? Onde fica esse troço?

- Sei lá! Só que, pelo nome, é um lugar que eu não quero visitar durante as férias. – respondeu Lilian. – Mas eu já ouvi esse nome... Tom Riddle, em algum lugar.

- Novamente, agora só temos que procurar pela biblioteca toda. – implicou Raquel, sentando-se em uma das cadeiras e olhando decepcionada para o livro. – Ai, mas que livro idiota, não ajudou em... Espera, o livro! É só procurar no livro.

- Descobriu a América, Lirey! – retrucou Lilian sarcasticamente, pegando o livro e procurando por Tom Riddle. – Vamos ver... Aqui.

- Tom Marvolo Riddle Jr. Nascimento: 31 de dezembro de 1926. Lugar: Desconhecido. Mãe: Mérope Gaunt. Pai: Tom Riddle.

- Grandes explicações! Agora não sabemos de nada mesmo. – exclamou Raquel ironicamente, bufando irritada.

- Espera... Tem mais uma coisa escrita aqui. – comentou a ruiva, observando a anotação no final da página. - Obs. Sumiu durante muitos anos e retornou como Voldemort. – leu Lilian, arregalando os olhos e abrindo a boca impressionada.

- Eu...não...acredito. – disse Raquel, tão impressionada quanto Lilian.

- Isso quer dizer que...

- O NOVATO É FILHO DE VOLDEMORT!!!!!!! – berrou Raquel, interrompendo a ruiva.

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- Daqui para frente é pior! – disse Dumbledore decidido, pegando sua varinha e apontando para a bacia. – Figurate iam Temper.

                Dumbledore se encaminhou para a caixa de lembranças e abriu tubo por tubo, despejando todos os líquidos na bacia de uma vez. Em seguida mergulhou a cabeça novamente.

PS. Identificação das memórias. Nome do que acontece + data – pessoa de quem foi tirada a lembrança.

Ministério, abril de 1960 - Dumbledore

          O corredor estava lotado por vários bruxos. Todos já sabiam da notícia e estavam muito preocupados.

          Um homem de cabelos castanhos que aparentava ter seus 40 anos abriu a porta no final do corredor e entrou numa sala enorme. A sala parecia com um tribunal, a não ser pela gigante mesa que ia de uma ponta da sala à outra. A mesa estava por vários bruxos, todos aparentando ter a mesma idade, por volta dos 40 ou 50 anos. Menos um, no final da mesa estava o nosso tão conhecido diretor, Alvo Dumbledore.

       Quando o homem que havia acabado de entrar sentou numa cadeira, Dumbledore levantou-se e começou a falar.

- Bom, acho que todos vocês já sabem, através dos boatos, a razão de estarmos aqui. – Dumbledore dizia, com um tom de voz preocupado. – Voldemort, que esta atacando há cinco anos, sequestrou Marta Lecioner e sua pequena filha, nove meses atrás.

         Dumbledore pegou um papel dobrado no bolso e continuou a falar, com o rosto franzido.

- Ontem, o Ministério da Magia recebeu uma carta anônima. – o diretor abriu o papel e começou a ler em voz alta. – Vocês, caros políticos, devem lembrar-se de uma moça, Marta Lecioner, e de sua filha de um mês. As duas foram sequestradas há nove meses. Vocês provavelmente nunca saberão quem sou eu, já que a essa altura devo estar morto, mas tenho que fazer o que é certo. Tenho o dever de contar-lhes uma péssima notícia, Voldemort não sequestrou Marta por acaso e vocês logo saberão a razão. Marta ficou grávida do Lord das Trevas e deu a luz a um menino, loiro de olhos azuis esverdeados, o garoto foi chamado de Bernard. Não posso dizer tanto quanto eu quero, mas as coisas logo se esclarecerão. PS: Fiquem de olhos bem abertos, as coisa só vão piorar.

         Um silêncio assustador tomou conta da sala, ninguém ousava se mexer ou falar algo, todos estavam esperando que Dumbledore continuasse a falar, e foi o que aconteceu.

- Bem, ninguém descobriu algo significativo sobre a carta, não se sabe o que realmente significa isso. Só nos resta esperar por respostas. – E com isso, Dumbledore se retirou da sala, seguindo seu caminho.        

Hogwarts, setembro de 1960 – Ministro da Magia do mundo trouxa

Continua...