Apostas, Amores e Blábláblá escrita por Nathália


Capítulo 15
Trabalhos e revelações


Notas iniciais do capítulo

Desculpa da demora amoress !
Estou tristinha =(
Vou ter que deixar minha faculdade. Me mudando =(
Meus avós paternos moram na França e meu pai decidiu ir embora pra lá. Acho que nem termino o semestre! Bom, na verdade também descobri que a medicina não é para mim.
Me desculpem pela demora, mas o capítulo está ai !



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Eu estava ali, e ali naquele banco fiquei até o final de todas as aulas.

Fui tirada do transe em que me encontrava desde minha discussão com Lucas por Jacob.

_Ei Anna, meu anjo. - disse ele sentando-se ao meu lado e acariciando minha face- O que houve? É minha culpa? É por causa do que eu fiz mais cedo? Porque se foi...

Eu o interrompi, não podia deixar que ele se culpasse por lágrimas que não haviam sido derramadas por sua causa.

_Não tem nada com você. Não foi por aquele beijo também. Mas, Jake, eu preciso de uma coisa.

_Diz, meu anjo, qualquer coisa.

Eu não consegui segurar novamente, e mais lágrimas escaparam. Jacob me abraçou carinhosamente e me aconchegou em seus braços.

_Me leva para casa, por favor- pedi.

_Claro. Vem comigo. - ele pegou minha mão e a segurou firmemente.

Guiou-me até o estacionamento, onde estava seu carro. Disse a ele onde morava e logo deu partida.

Durante todo o caminho um silêncio preencheu o carro, mas eu sequer me importava com ele. Eu queria mais era ficar quieta, em silêncio, afinal, foram as palavras que eu mesma havia dito que me machucaram assim.

Eu não notei que nós havíamos chegado, e Jacob teve que me chamar.

_Err... Anna. Nós já chegamos.

_Oh! Desculpe-me por estar tão desligada assim, Jake. E obrigada por me trazer.

Dei um beijo em sua bochecha e preparei-me para sair do carro, mas ele me segurou pelo braço.

_Você está bem?- ele me perguntou.

_Não, - respondi prontamente- mas acho que vou ficar. Obrigada mesmo Jake.

_Promete que me liga caso precise de alguma coisa?

_Sim, eu prometo. - menti. Tudo que eu precisaria agora era ficar sozinha.

Eu saí do carro e logo entrei em casa. Escutei o ronco do carro ficando cada vez mais distantes.

Fui até o meu banheiro, despi-me e tomei um banho frio. Na verdade, eu esperava que a água levasse pelo ralo toda minha tristeza, todo meu desespero.

Saí do Box, e me enxuguei. Fiz um coque desuniforme com o cabelo molhado. Aquilo resultaria em um cabelo cheio de ondas e frisado. Fui até meu quarto enrolada na toalha. Vesti um short jeans desfiado, e uma regada branca. Procurei meus chinelos e acabei por encontrá-los debaixo da minha cama.

Estava faminta, então fui até a cozinha e fiz um prato de lasanha que estava na geladeira. Coloquei-o no microondas, e fiquei esperando.

Logo, ouvi o apito do mesmo me avisando de que meu almoço estava pronto.

Peguei meu prato e sentei-me na mesa da sala de jantar. Comi devagar, sem pensar em nada. Tudo o que eu queria agora era me jogar na minha cama e passar o resto do dia assim.

Assim que terminei de comer fui até o banheiro e escovei os dentes. Ainda era cedo, não passava das 13h30min. Peguei meu livro e dirigi-me até meu balanço no jardim. Sentei-me e comecei  a ler, mas tudo o que lia , ou melhor tudo o que via não passavam de borrões. Não eram palavras.

Minha cabeça só conseguia se concentrar em uma coisa. Uma coisa proibida.

Eu queria esquecê-lo, afinal ele só fizera mal para mim. Eu queria que aquilo que eu sentia por ele não passasse de atração física. Eu queria nunca ter o conhecido.

Mas o destino não quis assim. Talvez porque é minha sina. Sofrer por amor é o meu carma.

Eu não poderia ficar me martirizando para sempre. Eu tinha que seguir em frente sem ele. Mas estava difícil pelo menos naquele dia.

Não sei quanto tempo fiquei sentada lá. Só sei que quando ouvi a campainha tocar me assustei. Levantei e passei a mão pelo meu cabelo soltando-o.

Abri a porta e não pude acreditar no que estava vendo. Parado, na minha frente estava ele. De cabelo molhado e bagunçado, vestindo jeans surrado, all star, camiseta branca e camisa xadrez por cima. Mas o que ele fazia ali? Ele queria me deixar totalmente louca. Só pode.

Lucas estava mais lindo do que nunca.

_Mas que diabos você está fazendo aqui?

Ele continuou com a mesma expressão.

_ O trabalho, esqueceu? Não pense que eu queria estar aqui.

Como eu podia ter me esquecido? Era só o que me faltava. Ter que passar tardes ao lado dele também. Mas quanto antes fizéssemos aquele trabalho, seria melhor, pois terminaríamos mais cedo.

_Entra- foi tudo o que eu disse.

Fechei a porta atrás de Lucas. Eu não sabia o que fazer. Sequer sabia o que dizer.

_É ...  sobre o que você quer fazer?- ele me perguntou, passando a mão pelo cabelo, deixando-o ainda mais bagunçado e me fazendo perder os restos de fala que eu tinha.

_Não, não... - parei e respirei- não pensei nisso na verdade. Mas e você? Sobre o que gostaria de fazer?

_Qualquer coisa. Na verdade eu tinha pensado na guerra de Tróia. É um assunto interessante.

Notei que ainda estávamos parados, em pé.

_Bem, vamos logo até minha sala de estudos. Acho que tenho alguns livros sobre esse tema. Acho legal.

Caminhei e subi o primeiro lance de escada com Lucas em minha cola.

Entramos, e fui até a prateleira de livros e comecei a retirar alguns sobre o assunto.

Fiz uma grande pilha, e quando fui levá-los até a mesa, derrubei-os. Lucas apressou-se para me ajudar.

_Eu não preciso da sua ajuda- soltei grosseiramente- não precisa fingir ser um cavalheiro Lucas.

Peguei todos os livros, inclusive um que estava em sua mão. Depositei-os em cima da mesa e puxei uma cadeira para me sentar.

Lucas sequer se mexeu de onde estava.

_Você não vai se sentar?- perguntei séria.

_Claro. - ele me respondeu.

Notei que seus olhos estavam um pouco vermelhos ma não disse nada.

Durante muito tempo nos concentramos em ler aqueles livros e selecionar partes para colocar no trabalho.

Lucas se encarregou de passar tudo para o computador. Haviam se passado aproximadamente 2 horas desde que ele chegara em casa, e eu estava com fome.

Ouvi o telefone tocar e me levantei para atendê-lo

_Alô?

_Anna. Sou eu filha. – disse minha mãe do outro lado da linha- só liguei para te avisar de que teu pai e eu chegaremos por volta das 23h00min esta noite.

_Tudo bem, mãe.

_ Então não nos espere. Fique bem.

Ela desligou.

Ótimo. Meus pais chegariam tarde mais uma vez.

Voltei ao quarto e vi que Lucas ainda estava digitando os trechos.

_ É... Você está com fome? Você quer beber alguma coisa?

_Eu estou bem assim, obrigado.

Ele sequer levantou os olhos para me olhar.

_Tem certeza? Tem bolo, e... Suco. Se você quiser, é claro.

_Tá bem. Eu aceito.

Descemos sem falar-nos mais. Tirei o suco da geladeira, e coloquei-o na mesa, junto com dois copos e pratos. Coloquei também o bolo.

Lucas esperou que eu me sentasse para se sentar. Era impressão minha ou ele queria ser gentil?

 Servi-nos com o suco e com o bolo.

Comemos em silêncio, até que a campainha tocou. Para minha surpresa, era Jacob.

_Jake, que bom te ver! - disse envolvendo seu pescoço com meus braços.

_É bom te ver também. Você está...

Os olhos de Jacob se fixaram num ponto atrás de mim, e eu me virei para ver o que era.

O que havia chamado sua atenção estava em pé, de braços cruzados e expressão nada amigável no rosto.

_É , me desculpe se te atrapalhei, Anna.- disse ele se desvencilhando de mim.

_Não- eu olhei e com os olhos repreendi Lucas- Não você não atrapalhou nada. Nós estávamos fazendo trabalho. Na verdade já havíamos feito o suficiente por hoje. Não é Lucas?

Ele simplesmente balançou a cabeça afirmativamente.

_Mas Jake, entre.

_ Sinto muito meu anjo, mas tenho que ir- ele olhou novamente para Lucas- Eu estava passando por aqui e decidi passar para ver se você estava bem.

_Oh! Obrigada!

_Bom, eu vou indo, minha linda. - Ele saiu, mas não antes de lançar mais um olhar ameaçador a Lucas.

Assim que fechei a porta, Lucas se aproximou de mim.

_Então é isso- começou ele- Então é por causa dele?

_O que? O que é que você está falando?

Ele segurou meu braço fortemente.

_Não minta Anna! Não minta para mim!

Livrei-me de suas mãos.

_O que é que deu em você?

_É por causa dele que você não quer mais ficar comigo? É por causa desse... Desse cara que você não quer sequer falar comigo?

_Não! -eu exaltei o tom da minha voz- Não! O Jake não tem nada a ver com isso.

_Ah, o Jake  não tem nada a ver com isso? – ele disse  em seu melhor tom de ironia_ Então o que  é que fez você mudar tanto comigo, o que fez isso acontecer? Porque eu ainda não entendi...

_Quer mesmo saber? Pois então eu te digo. Foi você.

_O quê?

_Isso mesmo Lucas! Foi você. Eu descobri o quão infantil e patético você é.

_Será que dá para ser mais específica? Não estou entendendo onde você está querendo chegar.

_Eu te explico. - continuei normalmente e sinicamente- Eu ouvi você dizendo sobre a aposta idiota que você fez com Hector. Só me diz uma coisa, Lucas. Qual era o prêmio?


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Notas finais do capítulo

comentários? *-*



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