Anata no Gawa De escrita por Puella


Capítulo 6
Capítulo 6 - Mudanças


Notas iniciais do capítulo

Olá minna-san.

Vamos ao último capítulo da primeira fase da estória,

Enjoy!



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“O tempo passa e as coisas mudam. E novamente somos surpreendidos.”     

Na semana seguinte se sucederam as provas de fim de semestre, apesar estar me sentindo tão deprimido, eu fiquei surpreso por ter tido um desempenho acima do esperado, eu havia sido o melhor aluno da escola, tanto na média da sala quanto na colocação geral da escola. Até fui citado no noticiário local, acabei ficando conhecido em Sapporo. 

Após os resultados, vários colegas vieram até mim para elogiar e me pedir ajuda por que ficaram em exame, mas recusei da minha “maneira” educada. Não queria e nem estava a fim de ajudar alguém. Bem, e ela? Ela se saiu bem, mas não foi falar comigo, eu apenas vi o seu nome entre os vinte primeiros. Não falei com Sakura durante as férias de primavera, mesmo morando ao lado da casa dela. Mas de vez em quando a via pela janela do meu quarto, ora limpando o jardim ou levando aquele irmãozinho dela para passear.

E nesse período, eu fiquei em casa, parado. Minha mãe ficou preocupada com o meu comportamento, às vezes me perguntava se eu estava bem, eu respondia que sim, embora eu mesmo soubesse que era mentira. Eu não estava bem, me sentia triste. Sentia falta da Sakura, daquela época em que armava travessuras pra ela. Até que um dia, minha mãe me chamou para conversar na sala:

- Gostaria de conversar um pouco com você Syaoran.

- Sim mama, o que deseja?

- Sente-se.

Eu sentei ao lado dela, no sofá, e olhei para ela.

- O que seria?

- Bom – ela começou – tenho notado que você anda um pouco deprimido, está sentindo algo?

- Por que a senhora acha que eu estou triste?

- Eu sou sua mãe Syaoran, eu conheço você e sei que alguma coisa tem te incomodado desde o começo das férias.

Ela tinha razão, eu na tinha como enganá-la.

- Bem, é meio complicado. 

- O que é complicado?

- É que eu levei um fora de uma garota – meu rosto ficou completamente vermelho.

- Por acaso era a Sakura-san?

- Não! Era outra menina... de qualquer forma, não importa mais...   

- O primeiro amor é realmente um assunto muito complicado, costuma ser doloroso, principalmente na sua idade, é normal – ele disse enquanto fazia um carinho no meu cabelo – mas no final fica tudo bem. 

- Valeu por entender mãe, me sinto um pouco melhor – respondi um pouco mais confiante – mas a propósito era só isso?

- Na verdade não – ela me fitou e me mostrou uma carta endereçada a mim – eu queria falar com você sobre essa carta.

Meus olhos brilharam quando eu vi de quem era o remetente, era de Oxford, na Inglaterra. E ainda estava lacrada.

- Queria lê-la junto com você – minha mãe disse.

Sem cerimônias, eu fui logo abrindo o envelope e li em voz alta para minha mãe.

Prezado Li Syaoran

Temos o grande prazer de lhe informar em nome da Escola de Oxford, que você foi aceito no programa de intercambio de alunos.

Essa para mim era a principal parte a ser lida. Finalmente depois de três anos tentando, eu finalmente havia sido escolhido para entrar na Oxford. Era o meu grande sonho.

- Isso é fantástico! Finalmente eu fui aceito mãe! – ela olhou para mim retribuindo o meu sorriso e nos dois nos abraçamos.

- Você merece meu pequeno gênio! Meus parabéns!

Logo depois a noticia foi falada para minhas irmãs que também me congratularam, em poucos dias eu arrumei as minhas coisas, pois iria para a Inglaterra.       

Um dia antes de ir embora, eu estava voltando de um passeio com o Hikari, com certeza ele ira sentir muita falta de mim e eu dele, quando eu e meu cachorro estávamos perto da casa, encontrei-me com Sakura, que vinha na direção oposta. Ela pareceu um tanto assustada ao me ver, eu o mesmo. A gente não se via desde aquele dia em que, bem em que ela feriu os meus sentimentos. É estranho, pois eu sempre imaginei que depois daquele dia, eu nunca mais ia querer olhar na cara dela de novo. Mas, não foi que aconteceu, era diferente, pois eu sabia que ela estava muito enganada a meu respeito. 

E eu queria deixar isso muito claro pra ela, mesmo antes de eu ir embora.

- Olá Sakura – cumprimentei-a pelo primeiro nome sem formalidades, como na primeira vez que nos vimos, e ela sempre soube disso.

- Ah, oi – ela disse meio desconfiada.

- Como tem passado?

- Bem.   

- Que bom – eu respondi e em seguida puxei algum assunto – eu acabei de voltar de um passeio com o Hikari, já que vamos passar uns bons tempos separados – aproveitei para deixar uma deixa.

Ela me olhou curiosa, e pode ver a pequena confusão naqueles olhos claros.

- Como assim separados?

- Bem, eu vou embora. Vou fazer um intercambio na Inglaterra.

Bem, aí ela realmente me olhou surpresa, e depois olhou para o cachorro e depois para mim de novo.

- Sei que é meu repentino, mas espero por isso há mais de um ano. Então não se preocupe, não tem nada a ver com você – eu respondi risonho – se é o que está pensando.

- Você é muito “modesto” hein? – ela disse com uma ponta de ironia – E eu nem pensei isso, ta?

- Ok! – eu levantei as mãos em sinal de paz – Não vamos mais falar sobre isso. Do que importa agora não é mesmo? Eu vou embora amanhã.

- Amanhã! – ela quase gritou um pouco assustada. Isso me deixou surpreso, será que ela sentiria a minha falta? Ah, eu sou mesmo um idiota!

- É, amanhã no vôo das 10:30. É que as aulas já começaram por lá e quanto mais cedo eu ir melhor.

- Hum, entendo – ela falou um pouco mais calma.

Nos dois ficamos por um breve tempo de silêncio, nenhuma palavra saiu dela e nem da minha boca também.

- Sabe Sakura – eu falei de repente – lembra do que eu disse naquele primeiro dia em que conhecemos?

- Não. – ela falou disfarçando indiferença – Foi há quase um ano, já não me lembro direito.

- Pois eu me lembro. E disse que eu sentia muito prazer em conhecê-la.  E de como fiz o Hikari fazer xixi no seu pé.

Para minha surpresa ela pareceu rir pelo canto da boca.

- Agora ele já não faz mais isso – eu continuei – e com certeza não fará mais – e ri um pouco.

- Li-kun?

- Oi?

- Você vai ficar por lá por muito tempo?

- Eu não sei. Por que quer saber? Vai sentir minha falta?

- Eu sentir sua falta? Mas é claro que não!

- Vou entender isso com um “quase sim”. 

- Você realmente é incurável, até quando vai se achar o último biscoito do pacote?

- Eu não sei. Até o dia em que você se apaixonar por mim – eu sorri imaginando tal ideia.

- Hum, então não terá jeito mesmo – ela disse revirando os olhos – de qualquer forma, boa sorte lá na Inglaterra – ela terminou já entrando no portão da casa.

- Boa sorte pra você também – eu falei ao mesmo tempo em que guiava o Hikari pra dentro da minha casa.

E aquela foi a única conversa que nós tivemos antes de eu embarcar para Oxford. Minha mão foi junto comigo para o aeroporto, acho que para ela em particular, fora um pouco difícil me deixar ir embora assim para longe, eu ainda tinha quase quatorze anos. Entretanto nós dois sabíamos que aquilo seria importante para meus estudos, alem de reforçar o meu inglês e tudo mais, já que e alguns anos mais tarde eu assumiria a empresa da família. Dei um abraço bem apertado nela e partir. 

Sapporo, província de Hokkaido. Japão.

2 anos depois.

- Onee-chan! – eu ouvia os gritos de meu irmão caçula pelo corredor, era incrível como aquela voz aguda de criança doía em meus sensíveis tímpanos.

- O que é Yuuto! Dá pra parar com essa gritaria!

Bem essa sou eu, Kinomoto Sakura, tenho 16 anos e curso o segundo ano do ginasial, moro com meus pais e meus irmãos numa casa modesta de um bairro de classe média. Estudo no Tsubasa High School e a minha melhor amiga se chama Tokigawa Mineko. Sou excelente nos cem metros rasos e ganhei nos dois últimos torneios entre escolas. Meu grande sonho é me formar em Educação Física e lecionar como professora. Mas também como qualquer outra garota da minha idade, eu também estou gostando de alguém, Niruwa Daisuke-sempai ou “Daisuke-sempai”, o veterano mais lindo e popular de minha escola, entretanto eu nunca tive coragem de dizer a ele o que eu sinto.

- Eu quero chocoretto*!

- Não! De jeito nenhum! Você já comeu o bastante por hoje – essas crianças inconseqüentes.

Ele soltou um muxoxo e foi reclamar com a minha mãe, ela também não quis lhe dar o chocolate e então ele se emburrou e foi para o quarto brincar.

Bem, eu fui para o quarto fazer a minha lição de casa, depois disso eu dormir e fiquei a sonhar com o meu amado “Daisuki-sempai”.

No dia seguinte eu estava indo para a escola com passos largos, pois havia me atrasado. Não devia ter dormido tanto, mas estou assim desde o momento em que descobri que gostava de alguém, então eu não tenho do que reclamar. Já no meio do caminho eu sorri mais aliviada ao constatar no meu relógio que eu não estava mais atrasada. Foi quando eu vi um rapaz mais a frente, parado ao lado de uma frondosa arvore de cerejeiras. Ele parecia mais alto do que eu, com cabelos em desalinhos e o uniforme idêntico ao dos garotos da minha escola.

- Como vai Sakura-chan?

- Hã? – de onde esse garoto me conhece?  

Ele andou um pouco até mim e deu um sorriso provocativo.

- Vai dizer que não me conhece mais? – pêrai.  Eu conheço esse riso debochado – Eu não imaginava isso de você? – ele disse mais divertido ainda. Seus olhos penetrantes e profundos. Eu sabia quem era. Por Kami-sama, como ele estava diferente.

- Lembrou agora?

- Li-kun? 

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 Fim da primeira parte  - Primeiras Impressões


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Notas finais do capítulo

Em breve....

Parte 2 - Sentimentos

Nós nos vemos no próximo cap. "Apaixonada por um sempai"

Bjs e até lá!

rafha-chan