Quando acordei reparei que estava em minha cama, minha mãe dormia na poltrona que tinha no canto do quarto. 

- Mãe - chamei, ela acordou e sentou-se ao meu lado.

- Como você está? - perguntou ela acariciando meu rosto.

- Bem, o que aconteceu?

- Você desmaiou.

- Mãe, eu... - antes que eu terminasse de falar, sai correndo da minha cama e fui direto pro banheiro, vomitei novamente.

- Ai deus! - exclamou minha mãe, quando voltei pra cama. 

- O que foi mamãe?

- Filha, você e o Gabriel... Vocês transaram? - perguntou-me segurando minhas mãos. 

Minha mãe havia conhecido o Gabriel pouco depois que eu fui em sua casa pela primeira vez. Eu contava tudo para ela, nossas brigas, nossos amassos, não era de esconder nada dela, a não ser... Que já havíamos transado.  

- Do que você está falando mãe?

- Chamei o medico para examiná-la, você estava desmaiada, e pelo que ele pôde notar, você pode estar grávida. - falou calma até demais. Fiquei branca, toda a cor do meu rosto sumiu, senti um espasmo percorrer meu corpo, pareceu que meu coração havia parado de bater. Como assim, grávida? 

Então, lembrei-me que não havia usado camisinha na primeira vez que transei com o Gabriel, e com tantas coisas em minha cabeça, não reparei que minha mestruação estava atrasada há... 2 meses!  

- Não, mãe, eu... Não posso estar grávida! - exclamei, levantando-me na cama e andando de um lado para o outro.

- Filha, me responda, vocês transaram?

- Mãe, nós... Eu... - droga, eu não sabia como contar, dizer que sim, nós transamos, era confirmar minha suposta gravidez.

- Transaram? Filha, responda, não minta pra mim. Sei que está com medo, mas se sim, estarei ao seu lado, te apoiarei sempre. - falou ela, segurando minha mão e me fazendo sentar na cama.

- Sim mãe, nós transamos - admiti.

Ela suspirou e me abraçou, sua expressão de preocupação, decepção, acabou com todo meu conceito de que minha mãe estaria mesmo ao meu lado. 

Percebi que me enganei ao confiar isso pra mim mesma. Afinal, eu estava grávida.