Após ter saído da casa de Tomás fui para casa. Já estava tarde, acabei almoçando em sua casa. Cheguei em casa e minha mãe estava na sala, passando roupa.

- Filha, onde esteve? Demorou.

- Desculpe, estava com um amigo.

- Amigo?

- É, ele é novo no colégio, o nome dele é Tomás. - ela me olhou um pouco desconfiada.

- Não apronte nada entendeu?

- O que mais eu poderia aprontar, fora isso? - apontei pra minha barriga. - Esta tudo bem mãe, ele foi o único que não saiu correndo de mim por eu estar grávida.

- Isso é coisa da sua cabeça filha, ninguém se afastou de você. - isso por que não é com ela.

Subi pro meu quarto, não queria ouvir mais nada, minha mãe não entende. Mesmo que esteja ao meu lado me apoiando, não diz uma palavra de incentivo, não como Tomás fez.

***

Acordei e já era de noite, havia dormido demais. 18:24.

Meu celular vibrou em minha bancada, virei desajeitada na cama, a barriga começava a pesar. O peguei e não reconheci o numero. Atendi:

- Alô?

- Oi.

- Tomás? - me sentei na cama apoiada em meu braço.

- Tudo bem?

- Sim e você?

- To bem, estava dormindo?

- Não - neguei mas acabei bocejando.

- Desculpe se te acordei.

- Já tinha acordado. O que quer?

- Quer sair comigo?

- Quando?

- Agora.

- Agora?

- É, eu passo ai.

- Mas esta tarde Tomás. Amanha temos aula.

- E daí? Vamos, por favor - aquela voz implorando para que eu saísse com ele, fez toda minha barreira ruir.

- Tudo bem.

- Chego ai em 15 minutos.

Desligamos e eu me levantei devagar, fui até o banheiro e fiz meu xixi, eu urinava muito por causa do peso do bebê em minha bexiga. Tomei um banho rápido e pus uma roupa básica e um casaco. Sai do meu quarto e ouvi a televisão da sala ligada, desci as escadas e silenciosamente entrei na sala, vi que minha mãe dormia e sair de casa.

Tomás chegou lá em casa, me deu uma rosa e beijou minha mão. Segurando-a caminhamos até o local que ele me levaria.

- Onde vai me levar dessa vez?

- Você vai ver.

Ventava muito e eu me abracei de frio, Tomás usava um casaco, o tirou e colocou por cima de meus ombros. Ele sorriu e colocou os braços em meus ombros me esquentando. O que eu fiz para ter alguém como ele ao meu lado?

Chegamos então a um restaurante simples, ouvi uma melodia calma ao longe. O restaurante estava cheio, o barulho das pessoas conversando me deixou um pouco nervosa.

- Tudo bem? - perguntou ele ao ver meu nervosismo.

- Estou sim.

Entramos no restaurante e um garçom nos levou até nossa mesa. Ele puxou a cadeira e eu sentei, deu a volta e se sentou de frente para mim. Pedimos água, bom, eu pedi, não gostava de beber nada com gás, isso me deixava ficar arrotando e ele não iria gostar disso, então me acompanhou.

- Quer comer o que? - me perguntou

- Eu... Eu não sei, o que sugere?

- Gosta de massa?

- Gosto.

- Me vê dois risoles ao molho branco, por favor - pediu ele ao garçom.

- Por que me trouxe aqui?

- Por que queria sair com você, achei que um jantar seria um boa, não gostou?

- Sim gostei muito, mas não entendo por que quis sair logo comigo.

- Ué, eu gosto de você, então quero passar mais tempo contigo.

- Mas, eu estou grávida.

- Eu sei - falou e sorriu, por que eu me perco sempre nesse sorriso?

- Você não se importa?

- Não. Não é por que você esta grávida que está incapacitada de sair, ou estar com alguém.

- Mas eu vou ser mãe, e você não quer nem saber onde está o pai.

- Você me conta se quiser, não vai fazer diferença eu saber desse cara, se é com você que eu to, não é? - eu olhei pasma com que falava. A cada momento que passava, ele me conquistava ainda mais.

Sentia seu coraçãozinho bater junto ao meu.