*mês seguinte*

Sete meses! Já!

A minha vida e de Shika andava cada vez melhor. Mesmo com crises que ele tinha quando eu ficava com falta de ar... Ele entrava em desespero... Apesar de ele ser bem preocupado comigo, era engraçado ver ele todo desesperado.

Nossa vida ia muito bem... Algumas semanas depois de eu completar 7 meses.

Era sábado de manhã. Eu e Shika tínhamos acordado tarde. Com a campainha, por sinal... Era mais ou menos 11h30min, quase meio dia... Shika levantou e foi ver quem era. Meio estranho alguém tocar a campainha da casa de outra pessoa sem avisar. Coloquei meu penhoar (Comentário da autora Baka: Penhoar é aquele roupão de seda ou de cetim que mulher usa por cima da camisola, tipo roupão, mas de um tecido mais delicado.) e desci as escadas. Ele estava abrindo a porta. Meu coração acelerou quando eu vi quem era na porta. O que Shikaku iria querer aqui?

-Pai?

-Sua mãe sente sua falta...

-O que você quer aqui?

-Já disse... Sua mãe sente sua falta...

-Falta pouco para meu filho nascer. Diga a ela que venha até aqui...

-Você me decepciona!

-Se você veio até a MINHA casa, me incomodar, pode voltar...

-Trocando a família por uma garota... Hum...

-SUMA DAQUI! - Isso vai dar m*rd*.

-Shika... Acalme-se - Corri até ele e agarrei seu braço... Eu estava muito nervosa...

-Aí está a destruidora de famílias...

-PAI! EU NÃO ADMITO QUE VOCE FALE ASSIM DA TEMARI!

Começaram a discutir. Aquilo estava me fazendo muito mal... Comecei a ficar tonta, isso é ruim... Tudo ficou branco. Apaguei

{A partir de agora, até certo ponto, a fic será narrada por Shikamaru}

Temari havia soltado meu braço olhei para ela. Estava caída no chão. Meu pai continuava gritando. Peguei Temari no colo eu não ia perder de novo a minha única razão de viver.

-AONDE VOCÊ VAI?

-Salvar as duas únicas razões de eu continuar vivendo!

Levei Temari até o hospital torcendo para que Tsunade estivesse de plantão.

Entrei pela porta dos fundos, e cheguei à recepção.

-Cadê Tsunade?

-Está em seu consultório.

-Atendendo?

-Não, senhor – A lerdeza daquela recepcionista estava me irritando profundamente... Sinceramente, não podia ficar pior... Ou, era o que eu pensava... Enquanto andava com Temari no colo, olhei para seu corpo, meu filho dormindo em seu ventre. Até que algo me chamou a atenção. Entre suas pernas... Tudo vermelho! Não podia acreditar que ela estava sangrando! Por um fio de perder meu filho... Ou pior, perder Temari!

Cheguei à sala de Tsunade. Entrei sem bater.

-Tsunade-sama! A senhora já me salvou uma vez... Preciso da sua ajuda de novo.

-O que aconteceu? O que... Por que a Temari está sangrando? SHIKAMARU! Coloque a na maca.

-Meu pai apareceu lá em casa gritando e xingando. Temari cometeu o pior erro... Apareceu na frente dele... Ele começou a gritar com ela, ela ficou nervosa e desmaiou. Trouxe ela até aqui... Quando estava chegando ela começou a sangrar... – Eu já estava chorando...

-Acalme - se Shikamaru! Eu vou fazer o possível... Saia daqui...

-Mas... Eu...

-Shikamaru! Suma!

Saí da sala. Sentei na cadeira e fiquei lá esperando... Meu rosto estava todo molhado... Acho que eu nunca tinha chorado tanto na minha vida... Vi a Sakura vindo em minha direção.

-Sakura! – Ela entrou no consultório. Tinha vários aparelhos nas mãos.

-Aff...

Vira e mexe a Sakura saia da sala e voltava. Não sei bem quanto tempo passou, mas pra mim pareciam anos! Tsunade saiu da sala com a Temari numa maca, soro na veia e oxigênio no nariz... Parecia cena de filme. De terror, por sinal...

-Tsunade! – Ela saiu andando, fingiu que eu não estava lá... O que estava acontecendo? Por Kamisama! Alguém pode me dizer?Levou Temari ao leito do CTI. Voltou.

-Alguém pode me explicar o que acontece aqui?

-Quer vê-la?

-Tsunade... Ela está bem?

-Está.

-Quanto?

-Não corre risco de vida nem nada...

-Otimo... Temari está viva... Bem... E o bebê? – Apesar de ter certeza de que meu filho não sobrevivera, ainda tinha esperança que Tsunade dissesse que ele está bem...

-Bem... Ele está... Como posso dizer... Vivo... Mas o mínimo de nervoso que Temari passar, vocês o perderão...

 -V... Vi... Vo? – Não podia acreditar! Minha mulher fora de perigo e meu filho vivo? É felicidade demais pra um cara só!

-Mas... Como? Eu a vi sangrar!

-Só porque sangrou, não significa que ele se fora... – Ia dizer aleluia, mas ela me interrompeu – MAS...  Ela está fraca... Não pode passar um nervoso sequer... E ela vai demorar um pouco pra sair, porque com o sangramento, ela ficou com uma anemia um pouco preocupante...

-OK! Posso vê-la?

-Pode... Está acordada... Ainda não disse a ela que o neném está bem... Diga você. Ah! Tem outra coisa... Eu já seio sexo.

-NÃO! Não diga!Queremos surpresa!

-Ok... Mas vocês precisam saber se forem comprar o enxoval...

-Já compramos... Tudo branco.

-Pensam em tudo!

-Sim!

Andei pelo corredor e entrei na sala com vários leitos. Ela estava deitada olhando para a janela. Já de banho tomado e roupa limpa

-Oi, meu amor... – Beijei sua testa.

-Oi... –Seu semblante era triste. Vi uma lágrima teimosa pular de seu olho.

-O que foi, querida?

-Nosso bebê... – Ela começou a chorar. Eu a abracei.

-Voltou a mexer?

-*Cara de dúvida* Eu o perdi... Vi minha camisola ensopada de sangue. – Ela chorava rios de lágrimas.

-Nós não o perdemos... Ele ainda está aqui... Conosco. – Encostei a cabeça em sua barriga.

-JURA?

-De pé junto... – Agora ela chorava de felicidade. – Acalme – se... Tsunade disse que você não pode passar nervoso! – Passei a Mao em seus cabelos.

-Nosso bebê está bem! Mal posso acreditar!

-Está bem, sim, querida... Forte e saudável... Mas o perderemos se você passar nervoso... – Tsunade entrou na sala.

-Shikamaru, Temari está em recuperação ainda... Você tem que ir.

-Ok... – Me virei para Temari – Eu volto querida... Todos os dias até você ter alta...

-Eu te amo.

-Eu também... – Dei um beijo em sua testa e depois em sua barriga.

Saí da sala me sentindo... Bem... Como se eu estivesse brilhando... Radiante! Eu estava mesmo muito feliz, que Temari tenha ficado bem... Mas uma sombra cobria essa felicidade: A ira...

Eu não estava apenas bravo. Estava possesso! MUITO bravo. Eu poderia matar meu pai agora sem ressentimento nenhum... Talvez chorasse um pouco pela minha mãe, mas... AHHHH! É brincadeira! Eu saio e encontro aquele... Animal, pra não dizer outra coisa... Plantado na porta do Hospital. É hoje! É hoje que eu vou pra cadeia!