No dia seguinte, Shikamaru estava se sentindo bem melhor. Conseguia falar sem gemer, e mexer um dos braços com um pouco de dificuldade. Era mesmo um milagre.

-Tema?! É verdade?

-O que?

-Você... Está mesmo grávida? Ou só disse isso pra me dar força?

-Se eu dissesse isso sem um fundo de verdade, seria pior depois...

-Está?

-Sim... Estou...

-Me abraça!

-Para sempre!

Como ele não podia se mexer direito, o abracei com cuidado.

-Temari, eu te amo!

-Eu também te amo meu Shika!

Com o pouco de movimento que tinha no braço, ele levantou a minha blusa, colocou a mão na minha barriga.

-Nosso filho- Disse com os olhos fechados, como quem gostou da idéia.

O mês foi passando e ele melhorava com uma rapidez inacreditável. A própria Tsunade, que já vira de tudo a vida, não podias acreditar. No final do 2º mês, ele já podia andar sozinho.

Fomos até a sala da Tsunade. Ele queria agradecer a ajuda que ela tinha dado.

-Olá, Shikamaru! Vejo que já está bem melhor!

-Sim... Graças a você.

-Não, não...

-Como não?

-Temari o salvou.

-Como?- Hein?

-Enquanto ela chorava em você, algumas lágrimas caíram em sua boca...

-Isso é cientificamente impossível!

-Eu também achava que era... Acho que vocês são o ultimo caso no mundo...

-Mas... Como?

-eu analisei a sua saliva, e achei vestígios de lagrimas... Como você não tinha como se mexer depois de morto, as lagrimas ficaram lá... É a única explicação plausível...

Nos olhávamos maravilhados.

-Nem a morte serve de barreira para o amor verdadeiro...  – Tsunade olhava atentamente para mim.

-O que há?

-Temari, Você está grávida!!

-Sim! Com toda essa confusão, nem deu tempo de contar!-Shika me abraçou por trás e disse:

-Vou ser pai, Tsunade! Estou tão feliz!

-Que coisa! Com a incerteza da vida, vocês foram abençoados com a alegria de um filho!

-Isso prova que o que você disse é verdade...

-Sim