Santa Vaquinha, Me Apaixonei! escrita por Yusagi


Capítulo 4
Kimonos, Ramen e sake


Notas iniciais do capítulo

Antes de tudo, já peço desculpas pela demora já que eu havia dito, "bye-bye bloqueio"... é que parece que meus professores realmente não têm dó de mim. Cruéis! e.e
Ah, outra coisa... se o cap estiver curto e/ou com erros de gramática etc, peço mais desculpas, por que escrevi esse cap no WordPad /o/ Voltando à época das cavernas.
Bom, pra finalizar, só quero dizer que cumpri minha promessa: esse cap ficou bem kawaii, pelo menos pra mim!
Agora sim, pode ler!



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Ponto de Vista de Sasuke

Quando não queria me matar, Naruto provava ser uma companhia mais que agradável. A cada segundo que eu passava ao lado dele, parecia que eu gostava mais. Isso sem contar que ele ficava especialmente bonito de kimono.

Era um kimono simples - ele não devia ter muito dinheiro pra gastar com um, mas nesse caso a simplicidade fez maravilhas. Fiz uma nota mental pra comprar dezenas de kimonos pra ele quando nos casássemos, o que eu esperava que fosse em breve, e continuei admirando.

O cor era laranja, como esperado, mas era um tom diferente do que ele costumava usar - era quase dourado, o que fazia seu cabelo parecer ainda mais brilhante. O tecido caía como uma luva nos ombros dele e sobre o peito, pendendo de leve sobre os braços, e o obi amarelo-mostarda acentuava a silhueta definida que ele possuía.

- Sasuke... Sasuke! Hei, você não me escuta mais, não? - , disse o loiro, com as bochechas infladas. Sorri de leve, coisa rara, e empurrei um pouco do meu cabelo para trás. - Ah... desculpa. Me distraí um pouco.

- E anda distraindo bastante gente também, com essa sua roupinha chique... - , disse ele, sarcástico. Corei um pouco e abaixei a cabeça pra olhar de novo meu kimono, rezando pra que fosse apenas um pesadelo.

A verdade é que o kimono que eu havia separado pra hoje acabou sendo devorado por cupins, ou alguma outra bactéria mutante comedora de tecido, e tive que sair em busca de outra coisa pra vestir.

Meus dois outros kimonos não estavam em lugar algum da casa, e nem os kimonos velhos do Itachi ou do meu pai me serviam, então... acabei pegando um dos kimonos da minha mãe que, infelizmente, era cor-de-rosa.

- Disseram que combina com os meus olhos. - Naruto riu. - Claro, claro.

Não pude deixar de sorrir com a risada dele. Ela fora tão espontânea, tão sincera que quase tive vontade de agarrá-lo.

Me surpreendi quando algum brutamontes esbarrou em Naruto, e ele quase voou sobre mim. Segurei a cintura dele antes que nós dois caíssemos, mas isso fez com que ficássemos perto demais pro gosto dele, claro, que ainda me odiava com toda sua alma, por algum motivo que eu desconhecia.

Mas, ele demorou um pouco pra se separar de mim, talvez por causa do susto. Abaixou a cabeça, com as bochechas infladas e vermelhas como uma criança. Aproveitei que não havia sido assassinado até a morte (1) e segurei sua mão antes de começarmos a andar de novo.

O toque foi bem de leve, pra ele não se assustar mais ainda, e por sorte funcionou. Não sei se ele não percebeu, ou se fingiu não ter percebido, mas não soltou minha mão.

Continuamos andando devagar, olhando tudo envolta, quando Naruto parou de repente. - Ramen! Eu quero ramen! - Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, estávamos em frente à loja do Ichiraku no festival.

O velho nos olhou com uma cara um pouco estranha, ao nos ver de mãos dadas, mas depois abriu um sorriso gigante. - Ah! Isso sim é coisa rara. Que vai querer hoje, Naruto?

- O de sempre! E você, Sasuke?

- Ah... o mesmo que você.

- Muito bem! É pra já! - , disse Ichiraku, todo energético.

Nos sentamos ali pra esperar a comida. Pra ser sincero, eu não estava com muita fome, e tinha até medo de ver a quantidade de ramen que teria que comer - pedi o mesmo que Naruto, afinal, e ele é conhecido por devorar essas coisas.

Não demorou muito, e meu medo se tornou realidade - Ichiraku colocou bem na minha frente uma tigela gigante de miso ramen. Estremeci na base quando vi aquilo.

Enquanto eu me esforçava pra degustar a especiaria, Naruto descia macarrão quase como se bebesse água.

De repente, parou de comer. Já tinha passado da metade da tigela quando me olhou por um segundo, e abaixou o olhar. - Sasuke...

- Hum?

- Sabe... eu queria te perguntar... - Porém, antes que ele pudesse terminar a frase, Kakashi-sensei apareceu e se enrolou todo no pescoço do loiro. - Narutoooo! Que bom que eu te achei, né não? - , disse o mais velho, todo alegrinho. Devia estar bêbado ou coisa do tipo.

- K-Kakashi-sensei? Você tá bem?

- Tô! Eu tô óoootimo... escuta, não quer ir ali beber alguma coisa, não? - Naruto parecia querer dizer não, mas antes que qualquer de nós dois pudesse fazer alguma coisa, o maldito Kakashi sumiu com ele no meio das pessoas.

Me desesperei. Tirei dinheiro e deixei ao lado do ramen; nem sei se paguei a quantia certa; só sei que saí de lá feito louco procurando por Naruto. Parecia que Kakashi ficava ainda mais rápido, quando bêbado.

E justo quando Naruto queria me perguntar algo importante! Amaldiçôo até a sétima geração da maldita família daquele desgraçado!

Parecia que as maldições tinham algo contra mim por que, logo que pensei nisso, fui acertado por um cotovelo nas costas da cabeça.

Ignorando a dor, continuei minha procura.

Por mais que eu procurasse, não achava o loiro, e a cada segundo que passava eu ficava mais preocupado. Não seria nada legal se Naruto ficasse bêbado, com Neji, Hinata e Kakashi à solta. Na verdade, eu tinha medo até de mim, se encontrasse ele nesse estado.

Andei até chegar à beira do lago. Continuei olhando em volta, mas não havia sinal do loiro. - Procurando por alguém? - Reconheci a voz imediatamente. Era Sai, que estava sentado ali, olhando as estrelas. - Ah... é. Você viu o Naruto?

- Não... mas é verdade que você e o Naruto estão juntos? - Congelei na hora. - O quê? Quem... Quem te falou isso?! - , perguntei, desesperado, e de certa forma torcendo pra que Naruto tivesse dito isso. - Não precisa ficar assim, foi só uma pergunta.

- Ah... claro, claro, eu sabia. - Enxuguei uma gota de suor da minha testa, e suspirei, olhando mais uma vez em volta.

Por um segundo, olhei pro céu, e vi uma estrela cadente. No começo, achei idiota, mas... o desespero faz o homem.

Eu só queria ter o Naruto de volta.

...

Ah! Que coisa mais ridícula! Pedidos pra estrelas cadentes... HÁ! De cadente aqui, só a minha família!

- Sabe, se eu fosse você, corria. Eu vi o Kakashi-sensei levando Naruto pra um bar. - , disse Sai de repente. - Seu-! Você acabou de dizer que não viu ele!

- Eu sei. - , disse ele com um sorriso. Suspirei; seria inútil brigar com ele a essa altura. Isso por que se eu tivesse mesmo sorte, isso era coisa da estrela, por mais gay que fosse.

Saí de lá e fui passando de bar em bar, procurando por Naruto, até que ouvi uma voz familiar vindo de perto. - Não... sai pra lá, vai! Não tô no clima. - , disse Naruto, parecendo completamente bêbado.

A voz vinha de uma vala escura, e pensei no pior. Cheguei lá e os 'três mosqueteiros' estavam feito sanguessugas em cima do loiro, que tentava fazê-los ir embora. Neji foi o primeiro a perceber minha presença, e parecia ser o único sóbrio de lá. - Ah... pode ir embora, Sasuke, ninguém aqui quer saber de você.

- Zasuke? É o Zasuke? Minha puta, vem cá! - Me enganei. Naruto não estava bêbado, estava trêbado. - Não, Naru-chan, fica aqui com a gente! - , disse Hinata com a voz mais "emputeada" que já ouvi sair da boca dela.

- Sua-! - Assim que me movi pra separá-los do meu futuro marido, Neji pulou na minha frente. - Nem pensar. Hoje não, Uchiha!

- Sai do meu caminho! - Tentei driblá-lo, mas ele se mostrou uma verdadeira muralha. Enquanto isso, Hinata e Kakashi tentavam molestar Naruto.

Caramba, só eu tenho esse direito!

Quando fui tentar ultrapassar novamente, Neji me socou o estômago. - Maldito!

A briga pode ter parecido séria, mas não passou de um puxando o cabelo do outro, dando tapas e arranhões feito duas mulherzinhas. Pelo menos eu venci - com alguns fios de cabelo a menos, alguns arranhões no rosto e meus músculos todos doloridos, mas venci.

Chutei os dois restantes pra longe, já que estavam bêbados demais pra lutar, e segurei Naruto antes que ele caísse no chão. - Zasuke, eu tô com sono! - , disse ele enrolando os braços envolta do meu pescoço. Suspirei aliviado e o tirei de lá.

Em pouco tempo, estávamos na minha casa. Deixei Naruto sentado à mesa e preparei um café, que foi um sacrifício fazê-lo beber. No fim, ele continuou reclamando de sono e resolvi mandá-lo dormir. Ele foi até meu quarto enquanto eu arrumava a bagunça que fizemos na cozinha.

Assim que entrei no quarto, me deparei com a imagem mais adorável do mundo - Naruto havia arrancado quase todas as roupas e dormia numa posição um tanto engraçada, com uma carinha de anjo. Sorri e o cobri com um lençol fino, já que fazia calor.

Me troquei, colocando meu pijama, e me sentei na beira da cama, olhando o chão.

Apesar de ter dado tudo certo, eu estava triste por que a noite que eu queria que fosse perfeita acabou se resumindo em kimonos, ramen e sake. Claro que eu devia estar contente que pelo menos dormiria com Naruto por perto, mas mesmo assim eu não podia deixar de imaginar como teria sido se tivéssemos nos envolvido um pouco mais.

Acho que aquela paixonite infantil realmente evoluiu pra alguma outra coisa. Isso até que é bom, o único problema é que Naruto não gosta de mim como eu gosto dele e eu nunca vou tê-lo pra mim.

Suspirei cortado; senti meus olhos lacrimejando e levantei minhas mãos até meu rosto, irritado. Odiava chorar.

Quando consegui parar, olhei o loiro dormindo logo ali e me acalmei um pouco. Infelizmente, algum gato filho da puta fez barulho lá fora e o acordou. Depois de praguejar em umas cinco línguas, Naruto me viu. - Sasuke?

Parecia que o álcool tinha perdido um pouco do efeito, mas Naruto com certeza ainda não estava sóbrio. - Eu mesmo. - , respondi. Naruto fez uma carinha de cachorro molhado e puxou a manga da minha blusa. - Vem cá comigo. - , disse baixinho.

Senti tudo estranho no meu corpo naquela hora. Fiquei mais quente; meu coração começou a bater mais rápido, junto com a minha respiração, e tenho certeza que comecei a tremer. Mesmo ele estando bêbado, e não tendo a mínima idéia do que estava falando, eu quis acreditar que ele realmente queria aquilo.

Hesitei. Me movi devagar até ficar do lado dele, que estava sentado me esperando, e de repente fui abraçado. Nos deitamos e ele descansou a cabeça no meu peito, enquanto eu acariciava os fios loiros.

Nunca me senti tão calmo em toda a minha vida. O calor que saía do corpo dele era delicioso, e o toque da pele dele, e o aroma - tudo. Eu estava em estado de êxtase.

Dei um pequeno sorriso - era melhor eu aproveitar issopor enquanto, por que amanhã a ressaca dele seria terrível, e eu, claro, seria a válvula de escape.

Até considerei me aproveitar dele enquanto estava bêbado, mas de repente me pareceu errado. Apenas o segurei forte contra mim, e tentei dormir.

-

Nota:

(1) - "Assassinado até a morte"... que é que o amor não faz com as pessoas! LoL.


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Notas finais do capítulo

Nossa, esse cap simplesmente fluiu! Só espero que não tenha fluído como uma descarga! (Me diga você ;D)
Ah, antes que me esqueça DE NOVO, esse aqui foi o penúltimo capítulo... ou seja...
A HISTÓRIA TÁ ACABANDO!! X.X
Isso só vai mudar se me der a louca de mexer os pauzinhos do plot, o que eu acho muito difícil já que eu estou cheia de projetos .-.
Enfim, espero que tenha gostado, e até o próximo cap!