POV Alex

- Senhor já passou 1 semana, como está as buscas?

- Estamos fazendo o possível Alex, mas ele não aparece. Ele está bem escondido, estamos...

- Quero que façam o impossível senhor, eu preciso dela de volta - afirmei com veemência.

O delegado apenas assenti, me olhando com pena nos olhos. Sai de lá mais acabado que antes, Gabriela estava desaparecida há 1 semana, e eu estava cada vez mais louco por isso.

Meus dias no colégio já não são os mesmos, eu não presto atenção na aula, Cristina as vezes fala comigo, mas espero que desista, eu não respondo. Tenho mais coisas importantes em que pensar. Gabriela.

Cheguei hoje do colégio e minha mãe falava com uma mulher no portão, ela não tem ido pro trabalho o dia inteiro, talvez por medo deu sumir, indo procurar a Gabriela, como eu fiz há 3 dias.

Passei praticamente 1 dia e meio vagando pela cidade a procura de Roberto, se ao menos eu o visse, eu o seguiria e encontraria Gabriela, mas minha mãe não relaxa em nenhum momento.

'Numero Desconhecido'

- Alex? - ouvi a voz que mais precisava. Gabriela

- Gabi?! Onde você ta!? Você está bem?!

- Alex, me escute, eu não tenho muito tempo, Roberto saiu e esqueceu o celular aqui.. Preste atenção.

- Fala

- Eu estou numa casa antiga, perto de uma colina, ele sempre sai de manha e provavelmente vai a cidade, a noite ele volta.. Alex, eu preciso de você

- Eu vou te achar minha linda...

- Preciso desligar, ele voltou... Eu te amo - falou, desligando

- Também te amo.

Meu coração pareceu voltar a vida, sai correndo de casa com minha mãe berrando meu nome, fui a delegacia.

*********

POV Gabriela

Roberto chegou abrindo a porta com toda a força, escondi o celular debaixo da cama antes que ele visse, por sorte ele não viu.

- Você, sua vadiazinha, cadê meu celular?! - gritou, pegando meus cabelos, que cresciam desregulados, e me jogou no chão. Cai com toda a força, ele saiu do quarto e só ouvi a porta lá debaixo sendo trancada.

Levantei do chão me apoiando na cama, e notei que a porta do quarto estava aberta.

Levantei devagar, ao pisar senti meu pé doer. Droga, aquele puto ...

Caminhei devagar até a porta, parando ao ouvir um barulho, não, não era aqui. Fui andando pela casa, explorando o lugar, procurando uma saída, meu pé doía cada vez que eu o forçava.

Consegui com sacrifício chegar até a porta principal, tentei abri-la, mas não consegui, ele a trancou.

Xinguei até não agüentar mais, meu pé doía tanto, não conseguiria mais forçá-lo, por muito tempo, me arrastei até o sofá que havia ali e me sentei.

Logo ele estaria em casa, eu precisava fugir.