As Caçadoras escrita por PillySword, Bellaplayhot


Capítulo 33
Capítulo 24 - A verdade dói e te deixa perneta


Notas iniciais do capítulo

Heeeeeeeeeeeeeeeey peopleeee
espero que tenha alguém aí ainda...
beem, eu vou me explicar la em baixo tah? Não quero atrasar mais a leitura de vocês.
Mas antes de mais nada, eu gostaria de agradecer às leitoras Breeh e LarissaBruunks, que não pararam de me enxer para excrever logo e que não me deixaram desistir
Garotas, esse cap é dedicado a vocês duas!
Beeem, boa leitura



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Niny POV

***

Eu estava no laboratório fazendo os últimos ajustes na minha mais nova invenção, não inventei um nome decente ainda, mas são super fones... além de ouvirmos a uma distancia de 3 kilometros em ar livre, da para ouvir através de objetos sólidos, paredes por exemplo... servem de comunicadores também, e há alguns outros detalhes que eu deixo pra depois.

Mas enfim, voltando... eu estava finalizando-os quando ouvi a Bella conversando com alguém na sala, pensei que fosse com a Ness então nem liguei, mas quando o assunto começou a ir pro meu lado... Ela teve a coragem de falar sobre os W..., os Winc..., sobre ELES!

- ISABELLA MARIE!!! – gritei o mais forte que pude para que ela pudesse me ouvir e para soltar a raiva mesmo– QUANDO EU CHEGAR AÍ EM CIMA CONSEIDERE-SE UMA QUASE DEFUNTA!!

E é claro que depois disso ela saiu correndo desesperadamente com a pessoa com quem estava falando. Eu até pensei em ir la em cima e pegá-la, mas tinha coisas mais importantes no momento.

Uns cinco minutos depois a Ginx apareceu trazendo uma bandeija com chocolate quente e biscoitos.

- Ginx preparou isto para senhorita Bella, mas senhorita Bella fugiu com o vampiro Edward e não terminou... A senhorita Niny quer uma caneca?

- Aceito sim obrigada – eu disse pegando a caneca, até que caiu a ficha – epaaaaaa, volta a fita e para! Você disse que a Bella tava com o sangue-suga?! Aqui? Na nossa casa?

- Sim senhorita, foi isso que a Ginx disse... e antes de virem pra dentro, os dois estavam na piscina...

- ESTAVAM ONDE?!? – eu estava bebendo enquanto ela falava aquilo, não sei como fiz isso mas eu consegui engasgar e guspir ao mesmo tempo, o mais legal é que me queimei porque o chocolate estava bem quente.

- Na piscina senhorita Niny. Ginx viu a senhorita Bella caindo, o vampiro rir, a senhorita Bella sair da água e ir assustar o vampiro, então Ginx foi levar uma
toalha e os dois entraram – ela me contou enumerando os fatos nos dedinhos
longos e finos dela, e ao terminar ela me encarou abrindo um grande sorriso.

- Ok... e a Ness?

- Da senhorita Nessie Ginx não sabe, mas Ginx acha que senhorita Nessie saiu.

- Tudo bem então, ela nem me avisou... Mas enfim, eu só vou terminar umas coisinhas aqui e já subo esta bem? Quando elas chegarem você me avisa Ginx?

- Mas é claro senhorita Niny, Ginx já vai então – e ela sai correndo para o elevador
com a bandeija com a caneca vazia nas mãozinhas dela.

Um tempo depois eu subi pra cozinha e fui pegar um pouco de suco que eu vi na bancada, mas a Ness apareceu do nada, passando pelo teto e caindo a poucos  metros de mim, no que ela virou na direção da porta da cozinha eu já estava na frente dela, com os braços crusados e uma expressão não muito amigável.

- Vai pra algum lugar maninha? – perguntei levantando uma sombrancelha.

- Niny! – ela sufocou um gritinho, pelo visto se assustou – não não, eu só estava...

- Você estava no quarto da Bella? – eu perguntei a cortando, olhando pra cima e me lembrando que o cômodo que fica acima da cozinha é o quarto da nerd – ela já chegou?

- Não! Quer dizer, sim... quer dizer, eu acabei de chegar e não sei se ela... – a Ness começou a engasgar, gaguejar, aparentemente nervosa, ela esta tentando me esconder alguma coisa.

- Nessie... a Bella já chegou ou não?

- S-sabe que eu não sei!? Mas eu acabei de voltar lá de La Push, fui me resolver com o Jake sabe...

- Você o que?!? – ta, eu realmente não gostei dessa parte.

- Ué! Fui resolver as coisas, fazer as pazes, escolha o termo que você gostar mais. O Billy é praticamente nosso padrinho e não queria ficar longe dele só por causa do cabeça de jaca do Jake...

- Sei... e como foi?

- Ah, tudo bem... Fui na casa dele, agente foi dar uma volta, me desculpei e...

-OOOOOOOOOPAA, minutinho.... – não consegui me segurar, minha reação foi tão inesperada que a Ness se assutou, deu um pulo tão grande que chegou a cair de bunda no chão e me encarrou com os olhos meio arregalados – você se desculpou?? Você pediu desculpa pro Jacob!?!?!?

- É Niny, pedi... eu pedi desculpa, ta feliz!? – ela disse num tom irônico se levantando e sacudindo a poeira.

- Alguem filmou? Eu não estou conseguindo imaginar essa cena.... – eu disse olhando para o vazio realmente tentando imaginar, mas não consegui.

- Aaaaah que gracinha enn mana! Pois bem, pedi desculpa ele aceitou com um pouco de relutância e depois voltei pra casa, dei uma passadinha la em cima e...

Um som muito estranho e normalmente incomum veio do cômodo de cima, do quarto da Bella, mas nãããoo.. não podia ser isso não.

- A Bella esta lá em cima não está? – eu perguntei mais uma vez olhando da cara pálida da Ness para o teto.

- N-não...– o som outra vez – quer dizer, sim – e de novo... – qual é a pergunta?

- Ness,que ela esta la em cima eu já sei, mas por favor me diz que ela esta sozinha...

- Lógico que está – e de novo, dessa vez mais alto.

- Claaaro –eu disse irônica e pondo a mão na ponte do nariz – então me diz que ela esta dando uma de criança feliz pulando na cama, porque esse barulho não ta legal – e novamente o som da cama sendo prensada, o som característico que o colchão faz quando tem alguem fazendo força em cima dele.

- Aaan... – a boca da Nessie abriu mas só saiu esse som, seu olho direito deu uma leve tremida e ela desviou o olhar para a escada que estava a vista pela porta da sala.

Não preciso ser paranormal, ler mentes e nem ter ligação de gêmeas para saber o que se passava na cabeça da Ness, a Bella estava acompanhada ((e muuito bem acompanhada)), e a Ness em segundos ia sair correndo para avisá-la de que eu estava prestes a subir para fuzilá-la junto com o espertinho/vampiro que estivesse com ela. Poooooooooooois ééh, meu super sexto sentido esta apitando, e ele me diz que é um certo mega-topete com caninos venenosos que esta lá. E eu não vou deixar a Ness me impedir de ir la em cima!!

Assim que eu terminei esse meu raciocínio, a Nessie, num impulso só, deu uma super corrida até a sala para chegar nas escadas. Instantâneamente eu peguei uma faca que estava sobre o balcão e joguei-a. Ele acertou bem onde eu queria, pegou no cadarço solto dela, isso a fez dar uma pequena parada o que me deu chance de alcançá-la. Ela se soltou e chegou ao pé da escada, mas eu saltei em cima dela e pela força nós duas caímos para o lado e rolamos um pouco. A Nessie abriu a boca e tomou fôlego para gritar, mas eu consegui tapar a boca dela antes disso. Ela se debateu um pouco e começou a passar por mim, e nisso eu a suguei um pouco, só o bastante para ela não ter forças de usar seu dom.

Ela tentou se soltar novamente e com isso rolamos para o outro lado, chegando mais parto da escada. Um braço seu se soltou do meu aperto e levei uma cotovelada nas costelas. Esse rápido choque me fez afrouxar um pouco meus braços e ela conseguiu, com um esforço aparente, se arrastar para longe de mim, me obrigando a segurá-la só pelas pernas. Ela conseguiu chegar até o pé da escada novamente, cravou as suas unhas do primeiro degrau mas não gritou pela Bella, acho que estava guardando forças pra se soltar primeiro. Assim que ela conseguiu se arrastar mais pra longe de mim e chegou e se debruçar sobre o degrau, ela usou o restinho de energia que tinha e fez as suas pernas passarem pelos meus braços e finalmente se viu livre de mim.

Eu ainda estava com falta de ar pela cotovelada que eu levei, juro que acho que fraturei uma costela com aquela... A Nessie conseguiu se levantar e se apoiou no corrimão para poder subir a escada, ela já estava indo para o segundo degrau
quando eu, ainda caida no chão, consegui alcançá-la. Com um só fôlego me
impulsionei pra frente e segurei sua canela. Ela tentou puxá-la mas eu não a
soltei, então ela se virou pra mim e sua expressão mudou instantaneamente assim
que viu meus olhos brilhando num azul fantasmagórico.

- Bons sonhos maninha – eu disse entre um sorriso sinistro e senti sua energia, força vital ((escolha o termo que quiser...)) fluindo pra mim pela minha mão.

Vi os olhos dela perdendo o foco e seu corpo começou a amolecer até que finalmente ruiu. Ela caiu pra trás, isto é, na minha direção, mas enquanto ela caia, três elfos me puxaram e a Ginx conseguiu colocar um almofadão, aqueles estilo puff, bem onde ela ia cair.

- Eu não sei como vocês conseguem fazer isso, mas eu adoro! – eu disse abrindo um sorriso para eles, enquanto os quatro me ajudavam a levantar – obrigado gente...

- A senhorita Niny não precisa agradecer – a Ginx disse com um sorriso maior do que o meu – Ginx e os outros elfos só fazem o trabalho deles. É um prazer Ginx poder ajudar.

- Já que é assim, você pode levar a Nessie pro meu laboratório la em baixo? Deixe-a na ala médica, a gêmea protetora vai ficar um tempo fora de ar mesmo. E será que você pode preparar o equipamento de raio-x? Acho que essa louca me quebrou uma costela – eu disse pondo a mão em cima do lugar machucado, aposto que nem roxo esta, já deve estar preto!

- Mas é claro senhorita Niny! E a senhorita quer que a Ginx traga um pouco do soro? Aquele que acelera regeneração das células, para a costela da senhorita Niny se cure mais rápido?

- Claro, por que não? E trás também um sonífero tah... se eu tomar aquilo consiente a dor vai ser pior do que a da costela.

Dizendo isso os elfos acenaram concordando e juntos pegaram a Nessie e levaram ela para a cozinha, onde fica o elevador para o subsolo. Então eu subi as escadas tendo que me apoiar no corrimão e finalmente consegui chegar ao quarto da Bella. Com a confusão eu nem percebi, mas o som da cama aumentou, tanto o volume quanto a freqüência, e agora ainda tinha alguns sons grutais e a minha experiência me diz que isso são gemidos e pelo jeito são dos dois!

Como eu não estava preparada psicológicamente para ver a cena que estava rolando ali bati bem forte na porta três vezes e o som parou, aí eu abri, e a cena que eu vi foi a Bella toda descabelada, suada, com o lábio inchado e bem vermelho tentando se cobrir com o edredon e esconder o cabaço que estava totalmente escondido sobre o mesmo.

- Aparece ô morto-vivo! – eu disse e a cabeça do Edward apareceu pela ponta do edredon, quase no mesmo estado que o da Bella.

- Maninha, eu posso explicar... – a Bella começou.

- Ah.. você pode e VAI! Quero os dois lá em baixo em três minutos! – eu disse dando uma última olhada nos dois e fechei a porta antes que algum deles falasse mais alguma coisa.

Voltei para a escada e desci com a mesma dificuldade com que subi, me sentei numa poltrona na sala que ficava de frente a um sofá de dois lugares, na mesinha ao lado já estava uma bolsa com o soro, dois soníferos e até meu celular prontinho para tocar a minha seleção de musica preferida, é sério, sem a Ginx eu não sei o que seria da gente.

Em dois minutos ou menos os dois já estavam descendo, e a Bella teve a coragem de vir com a camisa do morcego! Ela desceu descalça, vestindo aparentemente SÓ a camisa dele, só deu um jeito na cara e no cabelo mas isso não a impediu de estar completamente corada, mancando e com alguns ematomas nos braços e pescoço.O safado veio só com a calça, completamente despendeado e já que nãopodia corar, mostrava o nervosismo passando a mão no cabelo o tempo todo e ordendo o lábio com muita frequência. Eu já estava até imaginando a cara de culpados que eles iriam mostrar, as desculpinhas esfarrapadas e o medo de eu fazer alguma coisa, eu já tinha pensado em cada detalhe, em cada frase que eu ia dizer e a ordem dos membros que eu ia arrancar mas aí...

Só então que eu percebi, que eles estavam vindo de mãos dadas, com os dedos entrelaçados e mesmo com a cabeça um pouco baixa, dava para ver o brilho incomum nos olhos, e o sorriso que não conseguia ser tirado. Parecia até que tinha um imã nelez, porque em ações involuntárias um seguia o outro, um apoiava o outro.

Eles finalmente olharam diretamente pra mim, os dois juntos, e eu só dei uma boa olhada para o sofá e eles entenderam o recado, se sentaram de frente pra mim sem desfazer o laço que seus dedos tinham feito.

- Então... como vai Edward? A ultima vez que eu te vi você estava fugindo aqui de casa com a Bella por causa da bonequinha aí ter falado coisa que não devia, e agora te pego com ela, no quarto...

- Maninha, eu posso explicar! – a Bella me cortou meia desesperada.

- Sua vez vai chegar Isabella, pode esperar? – eu a respondi.

Ela se encolheu um pouco abaixando a cabeça novamente e a reação do vampiro foi instantânea, ele chegou mais perto dela e com a mão livre levantou sua cabeça e lhe deu um beijo terno na testa.

- Bella, precisamos conversar a sós – eu disse olhando dela para o Edward.

O vampiro se aproximou mais dela somente alguns milímetros, mas mesmo assim eu percebi. Ele a olhou nos fundo dos olhos e depois desviou pra mim numa expressão que eu conhecia bem: receio, medo, e tinha até um pouco de ameaça contida.

- Relaxa Edward, pode ir... ela não vai fazer nada comigo não – a Bella disse com um risinho sem humor e dando uma batidinha no ombro dele.

- Na verdade Bella, é pra você nos dar licença – eu a cortei – eu quero falar
com ele.

- Aí a conversa muda... – ela disse arregalando um pouco mais os olhos – não sou nem louca de deixar vocês dois sozinhos! Vão acabar se matando...

- Bella...  – eu tentei falar, mas ela não parou.

- Se tem alguma coisa pra falar pra ele pode falar pra mim! Quem começou fui eu, ele não tem culpa nenhuma!

- Bellinha...

- Eu sei que você quer nos proteger, que nós não deveríamos ter relações intimas com pessoas que possam interferir no trabalho ou pior, que pode SER o trabalho, mas eu realmente posso lidar com isso e não posso deixar que você fale algo que se arrependa depois e...

- Bons sonhos Bellinha – eu disse perdendo a paciência e pondo a mão na boca dela para faze-la calar a boca e a suguei fazendo com que seu corpo inerte caísse para frente, mas não chegou a cair porque é lógico que o vampiro amante a pegou.

- Isso não era necessário sabe... – ele comentou a ajeitando do seu lado, fazendo com quem sua cabeça se apoiasse no ombro dele.

- Acredite em mim, era sim... essa maníaca não ia parar nunca mais – eu disse voltando a me sentar direito – e não precisa surtar não tah, ela acorda daqui a pouco e eu não vou fazer nada de mais com você.

- Eu sei disso, você pensa meio alto sabia? – ele disse cutucando a própria cabeça – só não consegui saber sobre o que você quer falar, mas acho que não preciso te ouvir pensando para saber o assunto.

- Edward... eu sei o que você e a Bella estavam fazendo e pra falar a verdade... estou muito bem com isso.

- Espera aí... BEM? – só com a cara de que-tipo-de-droga-você-usou que ele estava me fez ganhar o dia.

- Éh... como eu posso explicar? - bem... já que ela contou algo bem pessoal meu, minha consiencia estava tranquila em falar algo dela: olho por olho, trauma por trauma – você se lembra que, à algum tempo atrás você invadiu o quarto dela,
vocês chegaram a fazer alguma coisa, e quando ela descobriu entrou em choque?

Flash back on

- É né Ed, como em você
com a Bella nessa noite néh – a Alice disse olhando pro céu e fazendo cara de
inocente.

[...] 

Gelei, fechei os olhos
com muita força e fui virando devagar, quando dei a volta, abri um pouco e vi
uma coisa que não queria.

A Bella tava com o queixo na calçada, de olhos esbugalhados e me fitando com cara de quem apanhou, e muito.

[...]

- Que história é essa
Bella!? –eu disse já dentro da escola, segurando-a pelo braço.

 - Se eu soubesse
já tinha te falado – ela disse meio que tremendo.

 Opa, pera aí! Ela
ta tremendo!?!?!?!? PUTS! Se ela começar a gaguejar tamo perdidos.

 - Bells, você ta
bem? – a Niny perguntou calminha levantando o rosto da Bella.

 - C-claro q-que
ta! Que p-pergunta... – ela disse gaguejando e tremendo.

 - Eu mato aquele desgraçado!
– eu e a Niny gritamos juntas com o ódio subindo e tenho certeza que meus olhos
estavam clareando, porque os da Niny estavam.

 - Gente PARA!
Estamos no meio da escola, querem se mostrar mesmo?? – a Bells deu um puxão na gente e voltamos ao normal.

 - Ah! Desculpa
Bells, é que o retardado me lembrou do... hããnn, você sabe néh! – eu disse de
cabeça baixa.

 - Éh Ness, sei, o
acidente que me traumatizou, mas se eu estou bem, por que vocês não podem
ficar?

Flash back off

- Mas é claro que eu lembro! – ele respondeu – Foi também o dia que você
me deu um tapa na cara no meio do estacionamento, foi tão forte que ficou
marcado o dia todo, até inchou!

- Pois éh... ann, como eu começo? – eu perguntei pra mim mesma, joguei a
cabeça pra trás e fitei o teto por 5 segundos até tomar fôlego e começar a
contar – três meses depois que fomos adotadas, nossos dons ainda não estavam
muito bem treinados, não sabíamos nos controlar direito... Um dia nossos pais
nos levaram para dar uma volta num shopping sabe, como uma família normal...
Agente passou um dia perfeito. Como estava lotado, o papai deixou o carro num
estacionamento a duas quadras do shopping. Quando estávamos indo embora a Bella acabou se distraindo com alguma coisa e entrou num beco sozinha, ela tinha
ficado pra trás então agente nem percebeu, ela gostava de andar atrás da gente,
mania besta que ela conseguiu largar... numa hora estava tudo bem, então
derrepente a Nessie cai no chão com tudo e começa a ter um tipo de ataque epilético, nós ficamos desesperados! Ela não parava de se contorcer, fazia movimentos bruscos como se quisesse bater ou afastar alguma coisa, até que ouvimos um grito fino e altíssimo vindo de algum lugar mais pra trás de nós, nisso a Nessie parou e se sentou com a mesma velocidade com que tinha caído. Seus olhos estavam completamente arregalados e com a expressão mais horrorizada que eu já vi ela fazendo, sua boca só se abriu o suficiente para sair uma única palavra que nos fez ficar pior ainda...

- E o que ela disse? – ele perguntou quase desesperado.

- Bella...  – eu respondi com uma risada sem humor – Ela só disse “Bella”. Depois se levantou as presas e saiu correndo de volta pela rua o mais humanamente rápido possível, eu e os meus pais corremos atrás lógico. Vimos ela entrando num beco estreito e afastado e quando chegamos lá... – eu parei, não consegui continuar, a Ginx aparece do nada trazendo um copo d’água que eu tinha certeza que tinha açúcar, me entregou com um sorriso e saiu novamente. Eu virei o copo de uma vez só e depois de um tempo continuei – Tinha um homem de uns 40 anos em cima dela, tinha acabado de rasgar a camisetinha dela e estava com a calça abaixada. Um outro homem estava com um filmadora e insentivando o amigo, praticamente tendo orgasmos só de ver aquela cena grotesca, fazia umas caras que eu nunca mais vou conseguir esquecer – os olhos do Edward já estavam vermelhos, seus dentes estavam quase trincando pela força que fazia – nem tive tempo de piscar e a Nessie já tinha voado em cima do cara que estava atacando a Bella. Crusou os braços em volta do pescoço dele e começou a puxar, a Bells deu um soco no queixo dele e o outro cara assim que viu a  encrenca saiu correndo, e meus pais foram atrás já com as armas destravadas e a postos. O que ficou deveria saber lutar alguma coisa, porque conseguiu pegar a Nessie e com uma virada de corpo jogou-a longe, nisso eu entrei na briga, pulei nas costas dele e fiquei segurando o rosto dele com as minhas duas mãos, mas não consegui sugar nada, eu não sabia fazer isso direto ainda. O homem me jogou também e me segurou na parede de um jeito que eu não alcançava o chão e começou a tocar em mim.

- Selline, mas isso é... – o Edward começou.

- Horrivel? Revoltante? Nojento? Eu sei disso, mas já me recuperei. A Nessie apareceu do nada com um pedaço de cano que deve ter achado por lá e quebrou o negócio nas costas dele, ele me deixou cair, eu torci o pé nessa, e se virou com tudo dando um puta tapa na cara da Nessie, depois dessa ela saiu voando e bateu a cabeça na parede do outro lado, caiu no chão inconsiente. Foi aí que aconteceu... O cara colocou as mãos na cabeça e começou a gritar feito um louco, foi um dos sons mais terríveis que eu já ouvi, até uns tempos atrás eu ainda tinha pesadelos com aquele grito. Olhei em volta e vi a Bella de pé ao lado da Nessie, seus olhos estavam num azul tão claro, mas tão claro que juro que
estavam quase brancos, na verdade, eles até pareciam um pouco diferentes,
estavam puxados pro lilás ou pro violeta... mas deve ter sido só impressão
minha, seu cabelo voava pra todo lado, um sorriso frio e cruel se abria
enquanto ela esticava o braço na direção dele, até que num só movimento, lento
e bruto, ela fechou a mão. O grito aumentou ao maximo por um segundo, ouve um
som de estouro sabe.. “Tuuum!”, e o homem cai no chão, com os ouvidos
sangrando, os olhos esbugalhados numa expressão de puro terror, ele estava
morto, a Bella tinha explodido o cérebro dele. Depois disso eu só me lembro dos
meus pais aparecendo desesperados, despois de que já estávamos no carro e
chegamos em casa. Eu acordei umas cinco horas depois, estava com o pé engessado com uma das piores enxaquecas que já vi! A Ness acordou na manhã seguinte, toda dolorida e com a cabeça enfaixada. E a Bella só acordou duas semanas depois, muito assustada, não deixava agente chegar perto direto, não comia, e não se lembrava de ter feito aquilo com ele, só se lembrava que foi atacada, agente foi ajudá-la e depois que eu e a Ness nos machucamos ela apagou.

- Mas, mas ela sabe disso?

- Sabe, um tempo depois contamos pra ela, só que... – eu comecei a soluçar, um choro sem lagrimas, um aperto no peito – ela só tinha... ela só tinha 4 anos! Ela e a Ness tinham quatro anos, eu tinha sete! Ela passou semanas encolhida no quarto, com a luz desligada no meio das cobertas, com tudo trancado. Só a Ness entrava porque passava pela porta, mas não conseguia levar ninguem junto, não tinha aprendido a fazer isso ainda. Quando a Bella finalmente saiu, pela surpresa de todos, ela estava ótima! Com um sorriso gigantesco, uma vontade tremenda de treinar, queria sair, brincar, não parava de nos beijar e abraçar e dizer que nos amava. Então nunca mais tocamos nesse assunto, até uns anos depois... Ela nos perguntou.

- Mas então... – o morcego ficou com uma expressão confusa, olhou para o rosto sereno e inocente de Bella, “dormindo” ao seu lado – aquela vez que eu entrei no quarto dela e vocês nos ouviram falando disso no estacionamento da escola e ela surtou, foi por isso... eu a fiz lembrar de quando ela... ah caralho... – ele terminou abaixando a cabeça e a apoiando com as duas mãos.

- Nossa, o senhor certinho falando palavras de baixo calão? É... mesmo vampiros se arrependem – eu disse o olhando com os olhos semi-cerrados e um sorriso sarcástico no rosto – enfim, o que eu ia lhe dizer era... Obrigado. Obrigado
por fazê-la feliz, fazê-la voltar a nossa categoria de ‘normal’, por fazê-la ter uma vida fora do trabalho e estudo. Era tudo que nossa mãe queria pra ela...

- Caramba Selline, eu nem sei o que dizer... – ele olhava pra baixo e não parava de coçar a parte de trás da cabeça – Eu... eu realmente gosto da Bella, gosto muito e... e vou fazer o impossível para fazê-la feliz.

- Isso você já fez – eu disse com um sorriso sincero olhando dele para a Bella, então pigarreei, me ajeitei na cadeira e fechei a cara de novo – mas não pense que isso muda muita coisa sangue suga, eu ainda não gosto de você e você ainda esta na minha lista...

- Desde que eu esteja no topo... – ele disse com um sorriso sarcástico – eu não iria querer diferente.

- Bom saber que os dois se acertaram – eu levei um puta susto ao ver a Nessie de pé, encostada na porta da cozinha com a ajuda do Tayco, ela estava com o labio cortado e um olho roxo, e pela posição que estava acho que seu tornozelo também não estava muito bom – depois de quase me espancar, me fazer cair de cara na escada, sair rolando comigo pela sala toda, quase me sufocar tapando a minha boquinha e me deixar em coma, você apaga a Bella só pra poder contar do problema dela pro sangue suga que é quase nosso cunhado? Ta amolecendo enn maninha... Achei que teríamos um defunto aqui quando voltasse, bem, tecnicamente já temos, mas achei que ele estaria realmente morto.

- Nessie você... – eu fiquei realmente besta com essa – ainda era pra você estar em coma, pelo menos por mais uma hora!

- Sério? Huumm... sou eu que estou ficando boa em acordar ou é você que não fez direito? Ou quem sabe foi o alarme soando feito um louco la em baixo que fez o Tayco ficar pulando em cima de mim e a Ginx me injetar umas TRÊS doses de adrenalina, tem noção de como isso dói!?

- Alarme? Eu não ouvi alarme nenhum... – o Edward disse super confuso e olhando para a Ness como se ela fosse louca.

- O subsolo é completamente protegido, incluindo placas de titâneo, aço, chumbo, é a prova de som e ‘encantado’ na medida do possível, tem barreira mágica e tudo que possa imaginar, pode rolar a Terceira Guerra Mundial lá em baixo que ninguem vai perceber – eu expliquei.

- Pois é, e pelo escândalo que está boa coisa não é, mas como aquele computar central só responde a você, quer me fazer o favor de correr lá e ver o que está acontecendo!? – a Ness disse bem estressada.

Não pensei duas vezes, acho que a costela se concertou sozinha porque
não duia mais, me levantei e fui correndo para o elevador na cozinha, assim que
as portas se abriram o som quase me insurdeceu, as luzes vermelhas fortes
estavam fazendo minha cabeça rodar. Corri até o laboratório e fui direto para
os fundos checar o computador. Assim que coloquei a senha e fiz o reconhecimente de voz o alarme parou e as informações dos sensores espalhados pela região começaram a pipocar na tela feito loucos.

- Porra... – eu sussurrei com os olhos arregalados – esse bicho aqui
não...

Voltei pra sala correndo o mais rápido que pude... se realmente tiver
um desses aqui vai dar um trabalhão! Mas como foi aparecer uma coisa dessas bem aqui!? Esse lugar atrai monstros, não é possível!! Quando cheguei na sala a
Nessie estava recitando um encantamento para tentar fazer a Bella acordar, o
Blade paraguaio olhava a cena com um profundo interesse, a Ginx e outros elfos
corriam para buscar nossos equipamentos, e o Tayco estava de pé ao lado da
Nessie ainda a apoiando caso ela caísse.

- Ness acelera aí, tem um espírito da floresta bem faminto andando por
aí... – eu disse já pegando minhas armas em cima da mesa, onde a Ginx as
deixou, carregando-as e pondo-as nos suportes nas minha coxas – se agente não
chegar a tempo você sabe o que acontece não éh? – eu terminei guardando a faca de caça (uma faca bem longa, larga e dura) e a espada nas costas.

- Mas que merda!! – a Ness gritou e começou a recitar o encantamento
mais rápido e mais alto, e uns 5 segundos depois...

- Wendigo!! – a Bella acorda gritando e se sentando muito rápido, no
impulso para frente, ela acabou passando pela Ness e ia cair no chão, mas o
Tayco e o Cullen foram mais rápidos, a seguraram e truxeram de volta para o
sofa – Por favor, me diz que não tem um Wendigo a solta por aqui!!

- Pior que tem maninha, se apressa! – a Ness disse meio desesperada,
guardando suas facas curtas e pondo as luvas de combate (sabe aquelas luvas sem dedos usadas no box e afins? é por aí, mas as dela tem um toque pessoal meu...) – e será que você pederia dar um jeito nisso aqui pra mim? – a Ness disse pra Bella, mostrando-a o tornozelo torcido.

- Alguem pode me explicar o porque da urgência!? – o Edward perguntou
super perdido – vocês estão pensando em tantas coisas ao mesmo tempo que fica
difícil de entender.

- Deixa comigo... – a Bella disse respondendo a pergunta da Ness e do
Ed, ela se agaixou e colocou as mãos por cima do tornozelo da Nessie, mas virou
o rosto para o Ed e começou a explicar – tem um tipo de espírito da floresta
andando por aí, também chamado de Wendigo, essa coisa é uma mistura de
fantasma, homem e fera e pratica o canibalismo/magia. Ele é o caçador perfeito!
Tem os sentidos super aguçados, maior velocidade, maior força e mais poder. Não tem restrinções, tabus e nem medo de nada. Ele vive pra comer, e come pra
viver...

- Ok, pelo visto é bem ruim – ele comentou – mas ainda não entendi o
desespero.

- Ele tem uma fome eterna, ela nunca passa!! – dessa vez foi a Ness que
disse, dando pulinhos para se certificar que o trabalho da Bella estava bom – e
a melhor parte: só come carne humana, fresca...

- Fresca tipo... – ele começou.

- A pessoa esta viva quando ele começa a comê-la – eu disse – agora entendeu o desespero?

- Só me dêem um minuto que eu chamo os meus irmãos e vamos ajudar vocês... – ele disse já com o telefone na mão.

- NÃÃOO – nós três falamos juntas, então eu continuei – isso é coisa nossa, é nosso trabalho, e não é pra nenhum vampirinho e nem ninguem dar uma de ajudante, entendeu??

- Claro, entendi...  – ele disse com a expressão
de derrotado, mas alguma coisa me diz que ele não desistira tão fácil.

- Bells, Nessie, vocês estão bem mesmo? – eu perguntei – acabaram de acordar, e eu não quero que...

- Caray Niny, cadê a pressa de um minuto atrás? – a Ness perguntou um pouco irônica.

- É cadê? Já pensou se o Wendigo já tiver pego alguém? A culpa vai ser nossa... – a Bella completou – e Edward, é sério, não venha trás de nós! Volta pra sua casa ou pode até ficar aqui se quiser, mas não tente dar uma de herói ok?

- Já que você pediu com tanto jeitinho – ele disse com um sorriso torto e deu um leve selinho na minha caçula, eu e a Ness fizemos cara de nojo e assim que a Bella voltou a si, corremos para a floresta.

 Corremos sem parar por alguns minutos, até que a nossa melhor  astreadora, a Ness, encontrou os rastros do monstro na parte norte da floresta, a alguns kilometros das montanhas.

- Ele ficou aqui por um tempo... – ela dizia enquanto analizava as marcas deixadas pelo Wendigo – provavelmente esperando a vítima, mas provavelmente ele já sabia que tinha alguém vindo... eles não costumam ficar parados simplismente esperando alguém aparecer...

- E pra que lado foi? – a Bella perguntou.

- Aparentemente seguiu ao norte por mais alguns poucos kilomentros, e depois mudou de curso... foi para o leste – ela disse pensativa – desgraçado... ele
entrou mais ainda na floresta, onde ela esta mais fechada.

- E qual o problema? – a Bella perguntou.

- Numa floresta muito fechada não tem plantas menores crescendo, e o chão é bem duro, então não da pra rastrear pelos rastros... no caso só pelo cheiro, e nós não temos capacidade suficiente pra isso...

- Alguma sugestão? – eu perguntei.

- É melhor nos separarmos, assim cobrimos uma área maior... – a Ness levantou e começou a olhar em volta – plano de sempre... distancia moderada e comunicadores ligados, assim podemos chegar até a outra mais rápido se alguma coisa acontecer.

- Tudo bem – eu a Bella falamos juntas.

Nós três nos entreolhamos e cada uma correu por uma trilha diferente, mas ainda assim todas fomos para o leste.

Com a arma em punho, eu corri o maximo que conseguia sem quebrar a concentração. Meus olhos passavam por tudo no caminho, um ganho quebrado, uma pedra rolando, folhas voando com o vento, uma sombra atrás da árvore, mas nenhum sinal de vida, principalmente do Wendigo. Eu fiquei nessa corrida contra o relógio não sei por quanto tempo, só sei que cheguei a andar em círculos.

- Niny, alguma coisa por aí? – a Ness me chamou pelo comunicador, nossos fones de ouvido.

- Nada Ness, nem uma trilha sequer... e você? Teve sorte? – perguntei.

- Nenhuma mana, aqui não achei nada... e eu não estou conseguindo falar com a Bella! A desgramenta desligou o fone e eu to muito cansada, não consegui contatar por magia... ia me drenar.

- Acho que eu também não conseguiria, mas então ela vai ter que dar algum sinal de vida, se não não vamos conseguir achá-la...

Uns dois segundos depois que eu falei, um grito alto, frio e angustiante cortou a floresta densa e chegou aos meus ouvidos como o pedido de uma alma desesperada, poderia comparar aquele som como o de unhas riscando o quadro negro, só durou poucos segundos, mas um calafrio me subiu a espinha e senti um arrepio na nuca, onde a marca do septagrama queimava por trás dos meus cabelos presos.

- Você ouviu isso também? – a Ness me perguntou.

- Ouvi sim.

- Então corre maninha, porque acabamos de achar a Bella...

Aquilo foi a Bella!?!?! Nem precisei de um segundo pensamento, dei meia volta e comecei a correr na direção daquele som de pesadelos. Soube que cheguei quando me deparei com uma área pouco aberta, com sinais de luta em todos os lugares: galhos quebrados, arranhões nas árvores, várias pegadas no chão, e um pouco de sangue espirrado numa moita.

- Com certeza a Bella esteve aqui... – ouvi a voz da Ness atrás de mim, me virei e a vi agaixada olhando para as pegadas – tem rastros do Wendigo por toda parte, e essas aqui... – ela disse tocando algumas pegadas – são da Bella com toda certeza. Mas... – ela começou se aproximando de um amontoado de terra junto à base do tronco de uma árvore – tinha mais alguém aqui. Foi posto sentado bem aqui, provavelmente desacordado.

- Espera! – eu a cortei – você está dizendo que o Wendigo ja tinha pego alguém quando a Bella o encontrou, eles brigaram, o Wendigo ganhou, e o monstrengo levou ela e a outra pessoa?

- Exatamente – ela respondeu séria, se levantando e olhando nos meus olhos.

- Acha logo esse rastro Nessie, temos que encontrá-la... bem rápido.

Bella POV

***

Nós três nos separamos, cada uma por uma trilha diferente, e não demorou muito para eu perceber que peguei a certa. Sabem, as vezes eu me sinto como o Salsicha e o Scooby-doo, quando a gente se separa sou sempre eu que acho o mostro!

Pensei em chamar as meninas pelo comunicador, pensei mesmo, mas então eu cheguei ao final da trilha e meu septagrama me avisou antes dos meus olhos, me deparei com uma imagem bizarra, completamentre grotesca: um ser humanóide, aparentemente macho, encurvado, com a pele amarelada, longas garras manchadas de sangue, só usava uma calça jeans bem gasta, cheia de furos, rasgos e manchas de todos os tipos. Pequenos tufos de cabelo saltavam de sua cabeça cheia de calombos, dentes grandes e afiados, ainda mais sujos do que o resto dele, grandes olhos brilhantes que só passavam uma mensagem: fome.

Um Wendigo realmente é algo deplorável e agoniante, mas sabem o que é pior do que isso? É ver que essa criatura sombria carregava um corpo desacordado sobre o ombro. Uma menina, jovem, loira e com roupa de trilha. Não tive tempo de pensar, nem cogitei a ideia de chamar as minhas irmãs, eu simplismente tinha que fazer alguma coisa!

- Hey coisa feia, por que não mexe com alguém que saiba lidar com você!?!? – eu gritei para chamar sua atenção.

Quando o Wendigo se virou, uma onda de choque passou pela minha coluna e quase explodiu minha nuca! Aqueles olhos vermelhos e famintos estavam olhando pra mim, diretamente pra mim... A menina no seu ombro se mexeu levemente, como se forçasse para respirar. Não me surpreendi, já que os Wendigos gostam da comida fresca, ele iria comê-la viva.

Eu sei que para matar um bicho feio desse, tenho que explodir seu coração... Algumas lendas dizem que o coração deles é de gelo, e só é preciso derretê-lo, MENTIRA! Aquela coisa, porque não pode ser chamado de órgão, é feita de carne e músculos assim como o nosso, a única diferença é que está putrificado e atrofiado, traduzindo: tem que ser explodido! Agora que eu percebi o tamanho da burrice que eu fiz, eu preciso que a Ness tire o coração de dentro do peito dele.. eu não consigo explodir aquela coisa dentro dele, e nem por pra fora! Num humano, feiticeiro ou até num vampiro eu consigo, mas não em um Wendigo!!

O monstrengo jogou o corpo semi-inconciente perto de uma árvore e correu pra cima de mim. Recitei um encantamento e uma bola de fogo começou a se formar na minha mão e, lembrando dos meus tempos de Dragon Ball, joguei-a nele com uma vontade absurda de gritar kame-kame-rah...

O bicho feio saiu voando e caiu em uns arbustos a alguns metros de mim, ao sair, sua expressão mostrava um puro ódio, sua boca aberta mostrando os dentes pontiagudos e amarelos, sua baba viscoza escorria até o queixo – se eu não soubesse, diria que era veneno – eu nunca gostei de Wendigos, mas esse ganha o premio. Ele correu na minha direção novamente e eu tentei usar meus dons para jogá-lo longe novamente, mas tem um pequeno detalhe nas entrelinhas... EU NÃO FUNCIONO DIREITO COM ESPÍRITOS NATURAIS! Se ele fosse um homem transformado por magia, um lobisomen, um vampiro, um demônio, até mesmo um fantasma ou uma sereia ((vocês não fazem ideia das coisas que vivem por aí)) eu conseguiria facínho, mas tinha que ser um espírito da floresta!! Simplismente existe um bloqueio em mim quando o assunto é espírito natural, e esse desgraçado filho de uma chocadeira está nessa categoria!

Bem, já que eu não consegui usar o dom no Wendigo, vou usar em outra coisa... O monstrengo já estava bem perto, com os braços esticados pronto pra me pegar, quando um galho bem grosso o acerta como se fosse um taco de baseball. Ele cambaleou um pouco e olhou para o lado para ver o que o tinha acertado, até deu pra ver seus olhos saltarem um pouco ao ver um galho levitando. Fiz o galho bater nele de novo e de novo, o mais forte que pude e onde o bicho era acertado, ficava uns vincos bem fundos e feios com manchas roxas everdeadas na hora, ele até chegou a sangrar um pouco.

Então pela minha visão periférica, a minha direita, bem distante do meu ponto de visão, notei algo se mexer. Ao me virar mais um pouco, vi que era a menina que o Wendigo tinha pego, ela estava começando a acordar: se remexia um pouco indo de um lado para o outro, resmungava palavras que não pude entender e começou a levantar a cabeça. Assim que ela fez isso, eu entrei em completo choque, não pude acreditar no que eu estava vendo!

- Bella? – com uma voz bem fraca e falha, Jéssica perguntou ao abrir os olhos e me ver.

Eu fiquei paralizada por dois segundos. A qual éh! Não me julguem ok? Como vocês ficariam ao perceber que a proxima refeição de um Wendigo é a menina mais nojenta da sua escola E que a mesma conseguiu te reconhecer!? Gritaria e pularia de felicidade e até faria uma festa depois não é? Não posso negar que isso passou pela minha cabeça, mas antes de qualquer pensamento desse tipo eu simplismente travei.  Foram os dois segundos mais longos da minha vida, não pelo o que você esta pensando, mas porque eu fui desperta do meu momento PC antigo ((trava e num volta mais)) por um calafrio na nuca seguida de uma dor lascinante no ombro esquerdo.

Quando eu não estava olhando, o Wendigo conseguiu se livrar do galho possuído e me alcançou, afundando seus longos, pontiagudos e amarelos dentes num bom pedaço do meu ombro, pegando o começo do pescoço e um pedaço do braço. Foi uma dor tão horrenda, que senti todo o meu corpo queimar e não pude fazer mais nada se não gritar. Gritei o mais alto que pude, la no fundo, uma vozinha me dizia que isso chamaria a atenção das meninas e eu rezava por isso. Então tudo começou a ficar escuro, não senti mais as minhas pernas e caí.

Nessie POV

Depois de pegar a trilha que o Wendigo deixou foi fácil chegar até seu esconderijo, e fala sério, vocês não imaginam o tamanaho da trilha que um Wengido adulto faz carregando DUAS pessoas junto, nem um aviso luminoso de Las Vegas chamaria tanta atenção.

Chegamos na toca do bicho e nos escondemos atrás de umas pedras grandes na entrada de uma caverna profunda na encosta das monstanhas, ela era fria, úmida, escura e tinha um forte cheiro de carne apodrecendo, junte tudo isso e o que teremos? O lar doce lar de um monstro canibal pscopata! E falando no demo... No fundo da caverna vimos o Wendigo, uma criaturinha que podia passar muito bem sem atormentar a minha vida calma e tranqüila de caçadora sobrenatural. Pelo visto chegamos na hora do almoço, o coiso estava agaixado em cima de uma menina loira, ela estava com a cabeça abaixada então não reconheci de imediato, mas então ela se contorceu quando o Wendigo deu outra dentada na sua perna e mesmo desacordada a cabeça foi para trás num movimento involuntário. Agora eu sei porque a Bella foi pega, teve ter ficado tão em choque quanto eu ao ver que a recém refeição do Wendigo era a nossa queridíssima colega Jéssica.

- Nessie olha ali... – a Niny sussurrou me cutucando e apontando para o lado oposto da caverna.

A Bella estava desacordada, com uma profunda ferida – com certeza feita com dentes – no ombro, ela sangrava muito mas graças ao nosso metabolismo acelerado dava para ver a cicatrização acontecendo. O ponto mais divertido: ela estava amarrada. Mas não só amarrada, ela estava acorrentada! Não faço a menor idea de como, mas o Wendigo conseguiu arrumar uma corrente grossa e a amarrou em volta da Bella, prendendo desde os braços até as pernas.

- Você pega o fominha, eu vou atrás da Bella – eu sussurrei para ela.

Me levantei e fiquei colada naquela parede fria e úmida e comecei a ir para onde a Bella estava, já estava na metade do caminho quando eu ouvi a Niny começando a trabalhar.

- Hey coisa feia! – ela gritou e o Wengido levantou a cabeça encaroçada toda suja de sangue e a encarou – come isso... – ela disse num meio sorriso, com a arma levantada e apontada.

Então ela atirou, e o tranco da arma foi tão forte que seu braço foi empurrado para trás. Uma das balas especiais dela – um cartucho alongado, cheio de inscrisões antigas, com ponta de ferro e interior de pólvora com casca de carvalho – foi em linha reta produzindo um zunido agudo e acertou em cheio a boca deformada do monstrengo, que pela força do impacto foi lançado para trás e caiu de costas no chão.

Voltei minha atenção para a Bella, mas comecei a sentir um cheiro muito forte: sangue, e era muito sangue... aquele cheiro de ferrugem me acertou como um soco. Olhei um pouco mais a frente e vi o desastre. Chegamos tarde, o Wendigo já tinha comido um bom pedaço da perna esquerda da Jéssica, até um pouco acima do joelho. Ela sanguava muito e começou a sofrer pequenas convulsões. Como a Bella estava aparentemente bem, atravessei a caverna e fui até a Jéssica.

Enquanto eu tirava o blusão dela e amarrava em volta do cotoco da sua perna para estacar o sangue, eu recitava alguns encantamentos para tentar repor o sangue perdido, mas eu sempre fui a pior nisso! Eu estava tão concentrada naquilo que não vi o Wendigo se levantando a poucos metros e correu pra cima de mim até babando de ansiedade. Ele já estava quase me pegando, mas ouvi o som de outro tiro e levantei a cabeça, dessa vez foi no ombro, mas diferente da outra, ele não caiu... continuou correndo até mim.

Por reflexo eu me virei e o segurei pelos ombros, mas pela força que ele fazia eu acabei caindo para trás. Ao bater as costas no chão, ainda segurando-o, dei uma cambalhota pra trás e o joguei para o alto com um chute na barriga.

- Niny! Cuida dela que eu pego ele – eu gritei já me levantando e ajeitando as luvas de combate – fica esperta e quando eu tirar o coração você já explode aquela coisa!

 Ela só confirmou com a cabeça e correu para terminar o serviço na Jéssica, enquanto eu corri para o Wendigo que já estava em pé e me esperando. Ele saltou na minha direção com as mão como garras, mas passou por dentro de mim com ose tivesse atravessado uma nuvem de fumaça. Ele me olhou com a expressão um pouco assustada.

- Pois é feioso, tenta de novo – eu disse num sorriso torto.

Girei 360º dando-lhe um chute alto, no meio da cara, fazendo o canibal cair, mas assim que ele foi ao chão, segurou meu tornozelo e puxou-o me fazendo cair também. Quando eu caí ele já estava de pé e tentou acertar meu rosto com aquelas unhas como garras, mas eu rolei para o lado e no lugar onde estive a um segundo atrás, agora tinha um buraco bem fundo.

Ainda caída, entrelacei minhas pernas na canela dele e dei um puxão, o
coisa feia caiu de cara no chão novamente e eu joguei meu pé em cima dele,
acertando meu tornozelo na sua garganta. Ele começou a se contorcer um pouco
pela falta de ar e eu forçava meu pé ainda mais para baixo. Depois de um tempo,
ele parou; arregalou os olhos e a boca ficou debilmente aberta comum pouco de
baba escorrendo.

Ele finalmente apagou! Agora tirar o coração vai ser fácil. Eu me
levantei e olhei para a figura grotesca caída do chão, e pensar que isso deu
tanto trabalho... Olhei para o outro lado da caverna e vi a Bella ainda
desacordada, mas com a marca da mordida quase completamente cicatrizada. A Niny estava terminando o serviço na perna decepada/devorada dela.

Eu ainda a estava observando quando ela olhou pra mim, primeiro com um
sorriso que iluminava todo seu rosto, mas então uma sombra começou a cobri-la,
o sorriso foi murchando e um toque de pânico surgiu nos seus olhos enquanto a
boca se abria devagar e ela mudava a direção do olhar para um ponto atrás de
mim.

Nisso eu já senti o familiar arrepio na nuca... eu nem precisei do
aviso do septagrama para entender o porque da mudança de expressão da Niny. Me virei já com o braço levantado e acumulando energia no mesmo para potencializar o golpe no Wendigo, mas aquele desgraçado já estava de pé e pronto para isso. Segurou meu braço com a menor dificuldade e tentou segurar a minha cabeça com a outra mão, mas ela passou direto por mim. Deixei a minha mãe livre em forma de garra e passei pelo peito do canibal raivoso até encontrar seu coração, eu tinha que tirar essa coisa e tinha que ser agora!

Na minha lista de criaturas-que-gostaria-de-evitar, COM TODA CERTEZA esses malditos espíritos naturais estão entre os cinco primeiros! A que mais sofre com eles é a Bella, mas eu e a Niny também temos nossas complicações. Eu por exemplo, tenho que usar ainda mais energia do que usaria num vampiro, e se ficar assim por muito tempo eu posso ser drenada, daí eu apago e só acordo uma semana depois... vai por mim, dar um PT ((Perda Total – tipo quando você bebe de mais e já era)) no meio de uma luta é mortal! Então eu não me dei ao trabalho de tentar soltar a mão que o Wendigo ainda segurava, me concentrava ao maximo de tirar o maldito coração putrificado de dentro daquele peito.

Foi aí que o desastre começou. Eu senti minha nuca formigando e isso só
acontecia quando aqueles vampiros problemáticos estavam por perto. Olhei para a entrada da caverna e só pude ver um vulto recuando para trás das rochas, os
desgraçados vieram mesmo depois de tudo o que falamos! Nesses poucos segundos de distração não vi que o Wendigo resolvel me pegar antes que eu pegase ele. O desgraçado levou até a boca o meu braço que ele segurava, e sem pensar duas vezes, me deu uma dentada tão forte que senti no osso. Num reflexo eu me afastei dele num pulo, só não perdi um pedaço do meu braço pois o fiz passar pela boca dele, junto com a minha mão vazia que estava no seu peito. Mesmo sem ter ficado sem um naco do meu braço, aquela mordida queimava e fez todos os músculos daquela área travarem, minha mão paralizou numa posição estranha e desconfortável e eu não parava de sangrar.

Quando olhei para cima de novo o Wendigo já estava na minha frente, ele
levantou a mão e antes de eu conceguir reagir, levei um soco na cara tão forte
que eu literalmente aprendi a voar. Eu bati na parede da canerna e cai com um
baque surdo no chão. Fiquei deitada lá por alguns segundos, com os olhos
fechados e sentindo a dor do meu braço subir e começou a chegar no ombro. Então veio o primeito tiro. A Niny com certeza entrou na briga, e o segundo, e o
terceiro, comecei a ouvir uma sere  sem fim, ela deve ter descarregado todas as armas que trazia, até que reinou uns 3 segundos de silêncio, mas só foi para dar a vez para as espadas dela. Abri minimamente os olhos e vi a minha irmã mais velha com uma espada em cada mão, fazendo movimentos tão rápidos e precisos que as vezes eu nem conseguia ver a lâmina, só via os cortes grotescos feitos no Wendigo.

Ele estava sem as mãos, com vários cortes e furos espalhados pelo corpo
todo, seu rosto estava roxo e inchado e um hematoma horrendo pegava todo seu
pescoço ((esse fui eu que fiz...)), mas mesmo assim ele estava de pé, e com a
pior expressão de fúria que eu já vi. A única coisa que se que identificava
nele era FOME, misturada a um ódio puro e profundo.

Não faço a menor ideia de como, mas mesmo naquele estado catatônico, o
Wendigo conseguiu dar uma cabeçada na boca do estômago da Niny e quando ela se dobrou para frente com a dor, ele se levantou com tudo e acertou a parte de
trás da cabeça no queixo da Niny. Mais desnorteada do que já estava, ela foi um
alvo fácil para ele, que rapidamente, percebendo a sua chance, deu uma mordida
violenta no ombro dela.

Eu ainda estava imersa numa confusão sem fim, uma névoa cobria tudo ao
meu redor, minha cabeça parecia que ia explodir – literalmente – todo o meu
corpo duia e não conseguia mexer um músculo sequer; mas então quando eu vi
aquilo, quando eu ouvi aquele grito, minha irmã mais velha, concelheira, melhor
amiga e em certo ponto, uma mãe pra mim, um tipo de choque se espalhou por todo o meu corpo e fez meus músculos reagirem, um vendaval surgiu do fundo do meu subconciente e clareou tudo ao meu redor, meus olhos se abriram de uma vez e eu podia sentir a intensidade do azul elétrico que irradiava meus olhos e antes de penceber, eu já estava de pé, correndo na direção daquela criatura monstruosa a toda velocidade, e as duas facas longas que eu guardava nos suportes das costas já estavam apontadas e prontas para arrancar a cabeça e abrir o peito dele ao mesmo tempo.

Assim que eu cheguei perto ele largou a minha irmã e se virou na minha
direção.

- Eu não faria isso se fosse você... – uma voz muito familiar e que me
fez gelar a espinha soou atrás de mim.

Na mesma hora, tanto eu quanto o Wendigo congelamos – literalmente
– fiquei imobilizada na posição que estava e com um esforço mais do que eu
imaginava ser necessário, consegui virar a cabeça até ver a Bella se levantando
bem devagar, com a cabeça abaixada e os cabelos na frente do rosto – juro que
isso mais o fundo de caverna estava mais horripilante do que um filme de
terror. Então, quando ela já estava em pé, sua cabeça se levantou lentamente e
finalmente pude ver seu rosto... Se eu já não estivesse paralizada, com certeza
estaria agora.

Vi seus olhos no tom mais ofuscante do mais brilhoso azul ser tingindo
aos poucos, ele foi ficando lilás, violeta e continuou escurecendo, foi para um
roxo, depois púrpura até que não sobrou mais nenhum vestígio de azul. Seus
olhos irradiavam o mais puro e sinistro vermelho sangue. Para completar a cena
de horror, um sorriso sádico e perturbador foi surgindo. Tudo isso somado com
sua posição levemente inclinada para frente, com a cabeça minimamente virada
para o lado e uns poucos fio de cabelo no rosto fizeram minhas pernas começarem a tremer e uma gota de suor frio escorrer pela minha face. Então eu finalmente entendi o significado da palavra “terror”.

- Então foi você que fez isso comigo? – ela perguntou para o Wendigo,
com a voz rouca e baixo, olhando para a feia cicatriz no seu ombro.

- Bella! – eu falei com os lábios tremendo, eu sabia o que estava acontecendo, mas simplismente não podia acreditar – Bella!! Me responde Bella! – gritei a ultima parte.

- Cala a boca Renesmee, eu não estou falando com você – ela disse seca
e firme, mas ainda com aquela voz levemente rouca.

Com um simples movimento com a cabeça, ela me fez levitar. Eu sai do
chão em completo pânico porque no fundo eu sabia o que ela iria fazer a seguir.
Um sorriso de lado deixou seu rosto ainda mais sinistro e eu fui arremeçada
pelo ar com uma força tremenda, bati novamente na parede e caí, mas dessa vez
deitada, virada para baixo. A primeira coisa que senti foram as dores das
costelas fraturadas e o meu rosto caindo contra o chão pedregoso.

Uma risada fria e sombria chegou aos meus ouvidos. Eu consegui chegar
até a parede, me apoiar numas formações rochosas e sentar. Dessa vez foi a
minha vez de rir, dei uma risada sem humor e limpei o sangue que escorria pela
minha boca com as costas da minha mão. Olhei bem para aquela pessoa que estava  minha frente, o cabelo levemente esvoaçante, postura de animal selvagem
pronto para atacar, e olhos vermelhos tão profundos que abriam um buraco na
minha alma.

- A quanto tempo enn... – eu disse com outra risada – já faz um tempo
que você não consegue sair não é? A julgar pelos olhos, você andou treinando.

- Mais tempo do que eu esperava, maninha – ela disse a ultima
parte com uma repulsa notável – será que podemos adiar um pouco nossa conversa? Tenho um assunto para resolver.

E com isso, ela novamente se virou para o Wendigo, que ainda
estava paralizado.

- Aonde estávamos? Ah siiiiim... foi você que me deu essa mordida não
foi? – ela disse abrindo mais o sorriso – pois bem, minha vez de te dar uma
coisa.

Ela apontou a mão aberta para o canibal e a levantou. Automaticamente o
espítiro da floresta seguiu seu movimento, e foi impulsionado para cima, bateu
no teto e caiu no chão. Mas isso não foi o suficiente, não pra ela. O Wendigo foi ao teto mais uma vez, e mais uma, e outra... depois começou a ser jogado para todos os lado da pequena caverna, batendo nas paredes, no teto, no chão, em tudo.

Olhei esperançosamente para a Niny para me certificar que ela estava
vendo a exibição de horrores, mas a minha irmã mais velha estava desacordada,
caída no lugar que sofreu o ataque do monstro. Olhei para a abertura da caverna,
resando para que os Cullen estivessem ali para serem minhas testemunhas, mas
também não estavam ali, e eu não sentia a presença de nenhum deles. Só sentia
os tremores na minha nuca provocados pela aproximação com o Wendigo, mas
tirando isso, nada.

“Ótimo, to sozinha nessa...” pensei comigo mesma, pondo a mão sobre as
costelas fraturadas e recitando um encantamento as preces para fazer um tipo de
primeiros socorros.

E a outra continuava a brincar, jogava o Wendigo para todo lado como se
fosse um boneco de pano. Não demonstrava cansaço algum, nem se mexia direito, só movimentava as mãos ou as vezes apaenas a cabeça, mas aquele olhar sádico e aquele maldito sorriso não saíram do seu rosto em momento algum. Eu detesto Wendigos, esse acima de qualquer outro, mas não agüentava mais ver aquilo.

- Acaba logo com isso vai! – eu disse – não cansou de brincar ainda?

- Quer saber? Tem razão – ela disse pra mim – não quero mais brincar
com ele.

Então ela trouxe a mão para perto de si e o Wendigo parou, em pleno ar,
a alguns metros de distancia dela. Então, lentamente, ela foi fechando a mão; o
Wendigo começou a se contorcer, gritar, espumar... seus olhos reviravam e ele
tinha espasmos a cada 3 segundos. Depois dessa cena deplorável, ela fechou a mão de uma vez, num movimento rápido e forte, ouviu-se um estalido e o Wendigo se mexeu pela última vez.

O corpo inerte do espírito da floresta caiu com um baque no chão, seus
olhos arregalados e sangue saindo pela boca e orelhas me diziam o que tinha
acontecido: ela explodira seu coração ainda dentro do peito.

- Pelo visto você continua com esse jeitinho sádico e doentio... – eu
comentei – posso saber como conseguir estourar o coração de um espírito
natural?

- Ah, que bom que notou maninha – ela ironizou – e é bem simples... eu sou bem melhor do que vocês, minhas habilidades estão além da capacidade de vocês, sua, da Selline, e da Isabella...

- Então você acha mesmo que é melhor do que a Bellinha? – eu disse
rindo – que eu saiba, ela consegue te manter presa sem dificuldades.

- Isso não passa de uma questão de tempo, Renesmee – ela disse com uma sombra nos olhos – eu me fortaleço mais a cada dia, a cada surto que a doce e gentil Bellinha tem. A cada onda de ódio, a cada momento de dificuldade e
loucura, fico mais forte. Vai chegar o dia em que sua boa irmãzinha não vai
mais conseguir me segurar... eu vou finalmente tomar o controle e ninguem
poderá me deter.

- Olha só, mas que original... – eu disse me levantando – a dupla
personalidade do mal quer tomar o controle, a única coisa pior do que esse
planinho é o nome...

- Algo de errado com o meu nome, Renesmee? – ela perguntou comum tom de ameaça na voz – Acho que Fênix é bem apropriado, além disso me caí muito
bem não acha?

- Na verdade, isso me lembra desenho animado... Fênix, a personalidade
do mal adormecida, quer tomar conta do corpo. Realmente, muito original.

- Posso não ser original nesse ponto, mas quem sabe depois que eu fizer
isso você me da um pouco mais de crédito? – a Fênix disse com um sorriso
macabro.

Ela apontou a mão para a Niny­– ainda caída e inconciênte - e me deu um
sorriso.

- Tomara que tenha aproveitado o tempo com a sua irmã mais velha,
Renesmee...

- Com a minha irmã não sua cretina! – eu disse conjurando uma adaga e a
jogando na direção do peito da Fênix.

Ela pulou para o lado para evitar ser atingida, e quando olhou para
mim, eu já estava na sua frente com o punho a postos. Dei-lhe um soco no meio
da cara, o que a fez ter uma breve lição de vôo. Assim que ela caiu, eu corri
para ela, a peguei pela camisa, joguei na parede e fiquei a presando lá com
outra adaga, mas dessa vez contra seu pescoço.

- O que é isso? Me ferindo você acerta a Isabella também! – ela disse
um tanto surpresa.

- Devolva o controle para a Bella agora! – eu gritei.

- Ou o que maninha? – ela perguntou, com certa dificuldade – vai
me matar? Vai arriscar o pescoço da doce Bellinha só para poder me pegar?

- Essa é a diferença entre mim e os desenhos, Fênix – eu disse
apertando um pouco mais a adaga – quando isso costuma acontecer, os mocinhos não fazem nada com medo de machucar o lado bonzinho. Lamento desapontá-la, mas você não terá essa sorte... sei que a Bella vai me desculpar por qualquer coisa que eu te fizer, sabendo que foi para tirar você de dentro dela.

- Se é assim... – ela disse bem devagar, de um jeito até meigo e assustador.

Ela soltou uma onda psíquica e eu fui lançada pelo ar, mas eu já esperava
por essa. Me posicionei e quando acertei a parede, foi com os pés. Tomei impulso
e depois de um mortal, caí de pé no chão. Então eu me lembrei das duas espadas
curtas que eu guardava no suporte das minhas costas – a Niny que as fez com uma mistura de matérias que as fizeram ficar mais leves, mais resistentes e de
certa forma, mais confortáveis, por isso eu não tinha me lembrado delas antes,
eu não as estava sentindo nas minhas costas – eu as tirei do suporte, as rodei
nas minhas mãos e corri na direção da Fênix raspando-as no chão. Assim que eu
estava a poucos metros dela, uma rocha gigantesca saiu não sei da onde e veio
com tudo para cima de mim. Ri internamente com aquilo... eu passei pela rocha
sem dificuldades e continuei indo para cima dela.

Vi seus olhos se estreitarem e ela apontou a mão para mim, no mesmo
instante eu me afundei no chão, sumindo por completo do seu campo de visão.
Depois de tantos anos de convivência e assistência no treinamento da Bellinha,
eu descobri uma forma de enfraquecer seu dom – e é claro que nunca falei isso
para ninguém, nem para a própria Bella – a visão é seu ponto fraco. Se a Bella,
ou a Fênix não verem o alvo, não podem fazer nada. Como a Fênix vai me
paralizar, se ela não sabe onde eu estou?

Mas essa minha estratégia também tem seus pontos fracos, como o fato de
não ter oxigênio no meio de pedra sólida, ou em baixo da terra. Tudo bem que eu
agüento ficar um bom tempo sem respirar, mas eu já estou esgotada depois da
batalha com o Wendigo, e ainda estou usando o dom. Se eu ficar um pouco mais de tempo sem oxigênio, posso desmaiar, e isso não seria nada agradável
considerando o fato de que eu estou de baixo da terra.

Tomei impulso para cima, pelos meus cálculos, eu iria sair bem na
frente da Fênix. Assim que minha cabeça passou pelo chão e eu pude respirar bem fundo, subi mais rápido, jogando terra para cima e acertando os olhos da minha gemia do mal. Ela se inclinou para frente com o susto e tentou limpas os olhos, e nisso eu a peguei pelos ombros e afundei até a cintura no chão de rocha maciça.

- Sabe Fênix, nunca gostei de você, desde a primeira vez que nos
vimos... Você se lembra?

- Como é que eu poderia esquecer... – ela resmungou – foi a primeria
vez que consegui sair... quando a inocente Bellinha, de apenas quatro anos,
sofre o primeiro grande trauma da vidinha dela, no meio de um beco escuro. Só
uma coisa vai ser melhor do que ter explodido o cérebro daquele homem que teve
coragem de encostar no corpo que um dia será realmente meu... Te  matar Renesmee, lenta e dolorosamente.

- E como eu disse antes, você está sem sorte... – eu disse.

E então, a Fênix paralizou, mas de um modo muito estranho... ela parecia um estátua, com a boca ligeiramente aberta e os olhos, os olhos... Seus olhos não estavam mais vermelhos, eles pareciam aquelas lâmpadas de lava, sua cor mudava frenéticamente, de vermelho para roxo, depois para lilás, deu uma
rápida parada no azul e depois, de uma só vez, voltou a ser vermelho; e nesse
momento ela fechou os olhos e franziu a testa, fazendo com que todo o chão a
sua volta explodisse, me obrigando a recuar para não ser atingida.

Olhei para a cratera onde a um segundo a Fênix estava presa, mas não
havia sinal dela. Olhei para os lados e a vi, com uma das espadas que a Niny tinha usado contra o Wendigo na mão, e correndo para a Niny.

- Se eu não posso me resolver com você, Renesmee – ela gritou enquanto
corria – vou ter que me contentar com a Selline!

Eu nunca agradeci tanto por ser a mais rápida das três. Corri para cima
dela o mais rápido que eu pude, tanto que sentia meus músculos se enrigecerem e gritarem de protesto, mas eu não podia parar – literalmente – eu a alcancei a poucos metros antes de chegarmos à Niny, e não consegui frear, então me joguei em cima dela a pegando pela cintura e empurrando para longe da minha irmã desacordada. Caímos no chão dando uma cambalhota e eu consegui a pegar pelo pescoço, eu meu levantei a arrastando junto, ainda a segurando pelo pescoço – agora com as duas mãos – e a tirei do chão e a prensei na parede.

Vizualizando a cena: eu estava de pé na sua frente, a segurando fora do
chão por meio metro, apertando seu pescoço e com um ódio tão intenso que
chegava a queimar.

- Você nunca mais vai ameaçar as minhas irmãs! – eu gritei aumentando a
força do aperto – Nunca mais vou deixar você fazer isso!

- NESSIE! SOLTA A BELLA! – ouvi alguém gritando atrás de mim, junto com a sensação desagradável de formigamento na nuca. Esses malditos Cullen! Só chegaram na parte em que eu aparentemente estou matando a minha irmã.

- E... c-como pret-tende fazer... isso? – ela quase não conseguia falar
devido ao bloqueio da garganta – v-vai me matar... maninha? O-ou... vaai
esperar... eu c-conseguir o-o c-controle... primeiro? – e houve um breve lampejo de azul no meio daquele vermelho agora não tão intenso.

- Ness, o que você esta fazendo!? – dessa vez foi a Niny, óóóóóótimo,
todo mundo resolve aparecer /acordar só agora!

- Nessie, larga a Bella! – agora foi o Edward ¬¬’

- Cala a boca! – eu berrei respondendo aos três e aumentando ainda mais
a força.

- A-a gente se vê... – ela mal conseguiu dizer, mas terminou com uma
piscada de olho e um sorrisinho sínico.

Então ela fechou os olhos, e um segundo depois eles se abriram, no mais
perfeito azul da Bella. Sua expressão mudou, agora era medo/espanto/incredibilidade. Suas mãos arranhavam as minhas desesperadamente tentando se soltar e uma lagrima rolou.

- Ness... m-me solta... – dessa vez era a minha Bella.

Eu a fiz passar pelas minhas mãos, e ela caiu de bunda no chão,
respirando muitas vezes e o mais fundo que podia. Uma mão segurou meu ombro e eu fui jogada para trás, caindo de costas no chão. O Edward, Jasper, Emmett,
Rosalie e a Niny foram ajudar a Bella, e então eu vi que a Alice veio para junto de mim, me ofereceu a mão e me ajudou a levantar com um sorriso simpático no rosto.

- Obrigado – eu disse baixo, e ela só me deu uma piscada.

Depois que ajudaram a Bella a se levantar e se certificaram que ela
estavam relativamente bem, todos se voltaram contra mim, gritando, berrando e
falando coisas que eu não poderia repitir.

- O que você estava pensando!? – o Edward berrava quase guspindo o
pâncreas junto com as palavras.

- Você é louca!? – dessa vês foi o Jasper – atacando sua própria irmã?!

- Você poderia tê-la matado desse jeito!! – e lá vem a Rosalie.

- Nessie, o que estava acontecendo? – pelo menos a Niny não berrou na
minha cara me chamando de quase assassina.

- Vocês não acreditariam em mim... – eu disse baixo olhando para baixo.

- Acreditar no que? Que você estava tentando me matar!?!? – o surto da
Bella ainda foi o melhor – Parabéns Renesmee, você finalmente enlouqueceu!!

- A Niny tava desacordada e você estava tendo outro surto maninha – eu tentei explicar – você quase atingiu ela, eu tentei de tudo mas você não parava, só
consegui pensar nisso.

- Surto? – a Bella perguntou irônica – Eu? Estava tendo outro surto?

- Alguma outra explicação para tudo isso? – eu perguntei mostrando o
ambiente ao nosso redor.

Foi aí que ela reparou a nossa volta. As paredes degastadas, quebradas,
com pedaços faltando em todo lugar e o teto não estava em melhores condições,
manchas de sangue para todo lado, armas e espadas espalhadas, e o corpo inerte
do Wendigo caído no canto.

- V-você matou o Wendigo? – ela perguntou .

- Na verdade, foi você – eu disse um pouco triste – explodiu o coração
dentro do peito dele... pelo visto não precisa mais de mim para tirá-lo– eu terminei
dando uma fungada e limpando um alagrima que nunca existiu.

- Mas eu não consigo fazer isso... – ela disse meio sonhadora, talves
tentando se lembrar de ter feito isso, mas como foi a Fênix, ela nunca se lembraria.

- Exatamente, ta aí a confirmação de que você estava tendo outra surto.

- Espera só um instante... – a Niny nos cortou – o Wendigo não tinha pego a...

- Jéssica! – nós três gritamos juntas e a Niny saiu correndo na frente, para o lugar onde a Jéssica estava, e todos fomos atrás.

- Eu não acredito! – o Emmett gritou – ela ta perneta!!

A Rosalie e a Alice se entreolharam e ambas deram um tapa na cabeça do
grandão quase o fazendo beijar o chão.

Ela estava sentada apoiada numa rocha, com uma das pernas debilitadas,
só ia até o joelho.

- O que aconteceu com ela? – O Jasper perguntou.

- Digamos que nós atrapalhamos o almoço do Wendigo... – a Niny explicou.

- Caraaamba... – a Bella suspirou – e agora? – ela perguntou olhando
para mim e para a Niny.

- Bem... não é óbviu? – a Rosalie já correu para dizer – a esperta aí
estava andando de moto e sofreu um acidente... um caminhão passou por cima da
moto.

- Mas Rose, a Jéssica não anda de moto – a Alice interveio.

- Exatamente – a Rose disse com um sorriso – já que ela não sabe
pilotar, veio até um ponto mais isolado, não conseguiu desviar a tempo do
caminhão, e teve a divina sorte de só ter perdido uma perna.

- Bem, já temos a história – a Niny disse aliviada – mas agora precisamos tirá-la daqui. Vamos levá-la para nossa casa e...

- Não, é melhor ir para o hospital – o Edward a cortou – nosso pai pode
confirmar a nossa história e fica menos suspeito, além disso a família vai poder chorar a vontade.

- Tudo bem, é melhor assim... – a Niny falou.

- Podem deixar, eu levo – o Emmett já se prontificou a levar a Jéssica.
Ele a pegou no colo no estilo lua-de-mel para posicioná-la na melhor forma no
seus braços.

- Mas e o Wendigo? – a Alice perguntou, apontando para o corpo do
monstro do outro lado da caverna.

- Deixa ele aí – a Bella disse – daqui a umas três horas o corpo acaba
de se deteriorar e vai acabar sumindo.

Então, dando de ombro, todos começamos a andar para a entrada da
caverna para sair de lá.

“Não pense que eu caí nessa Nessie” a Bella me enviou “depois vamos
terminar essa conversa...”.

Eu já estava pensando nas longas horas que eu iria ter de conversa com
ela e a Niny, tentando me explicar, quando eu senti. Como o calor da batalha e
o nível de adrenalida tinham abaixado, todas as dores, fraturas, contusões,
cortes e tudo mais que eu ganhei vieram de uma vez. Senti a cabeça rodar,
minhas pernas amoleceram e eu caí, só tive tempo de ver a Alice e a Niny me segurando, e a vista se apagou junto com a consiência.


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Notas finais do capítulo

ÉÉÉÉÉ ISSO AII, agora vem o pedido de desculpas...
GEEEEEEEEEEEEEEENTEEEEEEEEEEE, MIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIL PERDÕES PELA DEMORAA!! DESCULPA DESCULPA DESCULPA DESCULPA!
meeesmo, eu to me sentindo muito mal! Mas eu posso me explciar??
Seguinte, eu tava tendo uma crise séria de criatividade, não saia uma linha sequer!! mas daí eu comecei a escrever de novo, viva... só que começou o período de prova na minha escola, daí veio a época das apresentações ((eu tinha duas provas, um trabalho e uma paresentação por dia, as vezes até mais)). Aíí o meu professor de literatura passa livro pra gente faze prova, daí veio o enem, os simulados, os vestibulares, eu atav indo durmi todo dia mais de meia noite pra acorda as 5, pega o bus as 6 pra ta na escola as 7! E sóó pra melhora a situação, faz um mês ou mais que o meu avô ta internado na UTI, em estado grave de pneuminia e anemia... era todo dia a familia se revisando para alguém ficar com ele e quando era a vez dos meus pais eles me levavam, e na época meu note tava com problema na bateria, ela não aguentava nem 20 minutos fora da tomada, e eu num ia fika levando o note com o carregador pro hospital néh!!
Mas enfiim, a história é essa, eu só esperao k vocês entendam e que a raiva de vocês tenha diminuido. Mas só pelo tamanho e pela história desse cap eu acho k to perdoada néh?? Vocês tem ideia do trabalho k deu pra fazer isso?? Pensar em todos esses traumas, descrever tanta cena de luta.. isso cansa meu!
EEEEENTÃO, espero k ainda tenha leitoras aí e que POR FAVOOOR, eu sei k demorei mas comenteem!! vcs num tem ideia da depressão k eu fiko se eu posto e ngm comenta! aí é k eu não escrevo mesmo!
O proximo capítulo vai demora, NÃO TANTO QUANTO ESSE, mas vai demora...
Eu prometi pra Lari e pra Breeh que hoje ((sexta feira)) eu não sairia do pc até ter terminado e postado. PROMEÇA CUMPRIDA! Ja são mais de 4 horas e eu ainda to akii! o/
Enfiim, qualquer erro de gramatica me desculpem, é só fala k eu corrijo.
Espero k tenham gostado gente ^^
Bejoos Girls*