Blackwhite escrita por carol_teles


Capítulo 23
Sequestro.


Notas iniciais do capítulo

E ai pessoal?? Todo mundo teve um bom carnaval? Espero que sim. Bem, como prometido (um pouco atrasado, mas tudo bem) aqui está o novo capitulo. Acho que esse ficou bem pequeno, mas vai da para saciar a fome de leitura de vocês. kkk
Bem, espero que gostem. ^^
PS: um mistério vai ser resolvido nesse capitulo. (apesar de não ser mais tão mistério assim. kkk)



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…:Amu POV:…

Ow, ow, ow… O que aconteceu? Minha cabeça parece que está se partindo ao meio. Eu tento levar minha mão até ela para massagear para ver se melhora e percebo que não consigo mexer as mãos. Nem os pés. O que é isso?! Tento levantar, mas caio no chão de novo, tonta com o movimento brusco. O que aconteceu? Por que eu estou amarrada? Tudo de que eu me lembro é de estar voltando para casa e ai…

Eu não acredito! Alguém me sequestrou! O que eu faço?! Eu nunca fui sequestrada antes. Nunca nem pensei que algum dia eu fosse! Okay, calma Amu. Respire fundo. Ai, minha garganta está seca. Eu queria um pouco de água. Hinamori Amu! Não é hora de ficar pensando em água! Okay, tudo bem. Primeiro eu tenho que descobrir onde eu estou.

Olho para o teto lááááá em cima. Caramba. O teto é muito grande. Devo estar em algum tipo de garagem ou galpão. Mas normalmente essas coisas assim ficam perto do mar ou do rio. E eu não consigo escutar barulho nenhum de água. Será que eu ainda estou em Tokyo? Olho para o lado, reparando nas várias caixas ao meu redor. É, com certeza devo estar em um galpão. O que será que tem dentro dessas caixas? Olho para o outro lado e suspiro, aliviada. Tem uma janela enorme ali. Provavelmente deve passar um carro por ela. Será que eu consigo quebrar o vidro e fugir?

– Nem adianta. Eu tentei quebrar já e sequer arranhou. – arregalo os olhos e me levanto rapidamente ao escutar uma voz estranha. Olho ao redor, sem ver ninguém e franzo as sobrancelhas. Será que imaginei? – Estou aqui. Oii.

Eu me viro, dando de cara com uma menina, provavelmente da mesma idade que a minha, sentada no chão e encostada em uma das caixas. Ela tem cabelos e olhos castanhos e está usando o uniforme do colégio perto do meu. Mas o que ela está fazendo aqui?

– Você é a Amu, né? Aquela cantora. – ela sorri e percebo que ela está tentando não me assustar mais ainda.

– … Sim. O que… Onde nós estamos?

– Na parte sul da cidade. Quando eu tentei fugir pela janela, eu vi aquele templo super famoso. Desculpa, eu não sei o nome agora. Mas reconheci pelas fotos que tem no meu livro de história.

– Qual o… Oh meu deus! Você está sangrando! – grito ao ver sangue na blusa dela.

– Ah, isso? – ela olha como se não fosse nada – É só um arranhão. Quando eles me pegaram fugindo, me jogaram contra uma dessas caixas e eu me machuquei. Meu nome é Hikari.

– Quem são eles? – pergunto, olhando ao redor, agora atenta a qualquer barulho que indicasse que alguém estava vindo.

– Você não sabe? – ela pergunta, chocada.

– Não. E por que nós estamos aqui? Já que você está aqui, posso eliminar a ideia de que foi algum fã doido que me pegou.

– Fã, hein? Tem uns bem malucos mesmo. – ela ri e de repente fica séria. Eu olho para trás, o mais quieta possível e escuto passos e risadas – Rápido, finge que ainda ta dormindo!

Deito de novo, tentando imitar a posição em que eu estava antes e respiro profundamente, tentando acalmar meu coração que parece prestes a sair pela boca.

– Ta ai! Eu disse que ela ainda estaria dormindo, seus idiotas. – alguém fala. Um, conto mentalmente.

– Mas que diabos. Ela ta dormindo desde que a gente pegou ela ontem.

ONTEM?! Resisto ao impulso de gritar. Eu to desacordada desde ontem? Que horas são? Quem são esses caras? E por que diabos eles me sequestraram?!

– Hey, seus manés. Será que dá pra trazer água? Uma garota precisa se cuidar, mesmo que nessas condições. – Hikari fala e eu sorrio mentalmente.

– Cala a boca, vadia. Nós te damos água quando quisermos. – um deles fala, e eu escuto um barulho de algo caindo no chão e então um gemido.

Dessa vez não da para controlar. Viro meu corpo no chão e usando toda a minha força e taco um chute na perna do que está mais perto de mim, escutando ele gritar e cair no chão de costas. Rapidamente, eu me levanto, ignorando a minha tontura e chuto ele o máximo de vezes que posso, antes do outro me arrancar de perto do amigo e me jogar no chão.

– Mas que merda! Qual o seu problema garota?! – o mais alto fala, ajudando o amigo a se levantar. Ele estava gemendo e com a mão nas costelas. É bem feito se que tiver conseguido quebrar alguma.

Aproveito o momento para olhar bem os dois. Um deles é alto e o outro é bem baixo. Os dois tem olhos e cabelos pretos e parecem ser mais velhos do que eu. Estão usando roupas normais, assim não dá para saber se ainda estão no colégio ou se estão na faculdade. Sorrio para o que chutei quando ele olha para mim e ele resmunga alguma coisa, massageando a coxa e as costelas ao mesmo tempo.

– Quebrou? – pergunto inocentemente – Me desculpe. Minha intenção não era essa. – então sorrio do jeito mais assustador que consigo – Era esmagar o seu osso e deixar que os pedacinhos dele perfurassem seus órgãos e que você sangrasse até a morte.

– Mas o que… - os dois me encaram, escandalizados pelo que acabei de falar – Bem que ele falou que ela era diferente das outras.

– Diferente?! Ela é uma psicopata! Olha o jeito que ela ta olhando pra gente!

– Bem, eu não esperaria diferente da namorada do Tsukiyomi.

– Ikuto? – pergunto, sem entender – O que ele tem a ver com isso?

– Olha para isso! Ela não sabe por que está aqui. – o mais baixo ri, mas geme em dor logo em seguida, arrependendo-se e colocando a mão na barriga ao mesmo tempo que me lança um olhar furioso.

– Claro que eu não sei, seu idiota. Você já viu alguém ser sequestrado e saber o motivo antes dos capangas falarem?

– Ela ta certa. – o mais alto fala – É sempre assim nos filmes.

– Cala a boca, Tamaki! – o mais baixo grita e geme novamente. To vendo que os dois são uns idiotas.

– Isso aqui é uma troca. – o mais alto, Tamaki, fala – Você em troca de rendição. Tsukiyomi não vai deixar a namorada dele assim.

– Hã? Você quer me trocar? Com o Ikuto? – olho incrédula para eles e então começo a rir. Será que ele podem ser mais idiotas do que isso?

– Qual o problema dela?

– Sei la. Ela é louca.

– Eu prefiro ser louca do que ser idiota. – respondo, parando de rir – Noticia da hora para os idiotas: eu não sou namorada do Ikuto.

– Não seja estúpida. Claro que é. Aniki nos disse.

– A quanto tempo atrás? A gente terminou a uns 3 meses. – reviro os olhos.

– … Merda. – o mais alto resmunga – O que nós vamos fazer agora? Aniki vai nos matar!

– Claro que não. Mesmo que ela esteja dizendo a verdade, ela ainda ta envolvida com ele! – o mais baixo me olha, sorrindo maliciosamente – a gente viu você entrando e saindo da sede da gangue dele várias vezes. Não pense que vai nos enganar.

– E dai? Só por que eu entro e saio de lá não significa que eu ainda to namorando ele. Acredite, o Ikuto não vai vir. – então eu me toco do que ele acabou de falar – Eram vocês que estavam me seguindo esse tempo todo?!

– O que? Claro que não garota. Temos coisa melhor para fazer.

– Tipo sequestrar duas garotas inocentes?

– Inocentes? – ele ri – Ela sim, você não. Tsukyiomi já deve ter transado com você de todas as formas possíveis. Ele é bem famoso nessa área. – ele ri de novo e eu o encaro furioso.

– O Ikuto não vai vir. Estão perdendo tempo.

– Isso é o que nós vamos ver. – eles se viram e voltam pelo mesmo canto que vieram. Observo eles indo embora, decorando o caminho que fizeram. Então eu me viro.

– Você está bem, Hikari-chan?

– Estou. Belos chutes. – ela sorri.

– Valeu. – sorrio – então, você é namorada de quem?

– O nome dele é Ryuji. Ele é da gangue do Oeste. Ele é como o braço direito do líder.

– Ahh, então ele é da gangue do Kakeru.

– Você conhece? Ah, pergunta estúpida. Claro que conhece. Você é a namorada de um dos lideres.

– Era. A gente terminou faz um tempo. – sorrio sem graça.

– Bem, parece que o líder deles não é bem atualizado então.

– Yeah. Mas eu ainda não entendi. Eles querem nos trocar por rendição. Rendição de que?

– Você não sabe? – ela me olha surpresa – Parece que esse Akira quer tomar controle da cidade. Ele ta recrutando várias gangues pequenas e até umas das cidades vizinhas. São poucas, já que ninguém que se meter no território daquele cara de máscara, mas mesmo assim, ainda é grande coisa. Parece que vai ter uma grande luta. Lá naquele terreno abandonado perto do rio. Ryuji me disse que a coisa tá bem complicada. Que esse Akira ta usando de drogas para controlar essas outras gangues. Eu só sei que ta a maior confusão.

– Drogas?

– Sim.

Olho ao redor, vendo todas as caixas. Será que…

– Não são drogas. É só um monte de caixa velha com pedra dentro.

– Pedra? – pergunto, sem entender. Para que alguém iria querer guardar pedras?

– Isso ai. Eles são loucos de pedra. – ela ri da própria piada e eu sorrio.

– Nós temos que dar um jeito de sair daqui.

– Não dá. Só tem uma saída e eles estão vigiando ela.

– O que nós fazemos então?

– Esperamos nossos cavaleiros chegarem e nos salvarem. – ela sorri.

– Seu namorado sabe que você está aqui?

– Não.

Suspiro. Estamos perdidas.

…:Normal POV:…

Utau desceu as escadas o mais rápido que podia sem tropeçar e sair rolando escada abaixo. Ela estava oficialmente desesperada. Ela não conseguia encontrar Amu em lugar nenhum. Ela não estava na casa dela, nem na escola, nem na empresa de seu pai e para piorar, ela sequer atendia a droga do celular.

– Amu! – ela entra na sala, olhando ao redor, mas só vendo garotos e mais garotos.

– Utau-chan? O que está fazendo aqui? – Tadase pergunta, surpreso.

– Vocês viram a Amu?

– Não. – Tadase, Kukkai e Nagihiko negam

– Quando foi a última vez que falaram com ela?

– Ontem. De tarde. – Nagihiko responde – Mas por que? Alguma coisa aconteceu?

– Eu não sei. Não consigo achar ela em lugar algum.

– Você já tentou com a Rima-chan?

– Primeira coisa. Ela deve estar vindo para cá, na verdade. Combinamos de nos encontrar aqui. Tomara que ela tenha encontrado a Amu.

– Ela está procurando por ela também?

– Nós duas estávamos. A gente se separou e fomos nos lugares que ela poderia estar. Mas ela não estava em nenhum dos que eu olhei.

– Você tentou o celular dela?

– Não atende.

– Talvez ela esteja trabalhando.

– Eu já liguei pro papai. Ele disse que ela está de folga.

– Bem, tenho certeza de que ela deve estar bem.

– Utau? O que está fazendo aqui? – Ikuto aparece nas escadas, ajeitando os cabelos com uma mão e segurando o capacete da moto com a outra.

– Você viu a Amu?

– Não. Eu não vejo ela desde ontem a noite.

– Ontem a noite? – Utau olha para o irmão, séria.

– É. O que você ta fazendo aqui?

– A Amu sumiu.

– Hã? – ele coloca a garrafa de água que havia acabado de pegar e a encara seriamente – O que você quer dizer com sumiu?

– Você é idiota?! Sumiu significa sumiu! Desapareceu! Ela não atende o celular e não está em lugar nenhum.

– Você tentou com o papai? – Ikuto pergunta, sentindo uma sensação ruim tomando conta de si.

– Já.

– Utau, eu não achei ela em lugar nenhum! – Rima chega, ofegando. Ela vai até Nagihiko, abraçando-o com força e procurando conforto no namorado.

– Você quer um pouco de água, Rima-chan?

– Não. Eu quero achar a Amu. Eu estou com um pressentimento ruim.

– Está tudo bem. Tenho certeza de que ela deve estar bem.

– O que você quer dizer com alguém a sequestrou?! Eu disse a você para tomar conta dela, Haru! – todos se viram ao escutar Ikuto gritando com alguém. Ele estava falando com alguém no telefone e pelo jeito não era coisa boa. – Quantos? Na frente da casa dela? Você está bem? Tudo bem. Se você descobrir onde ela está, me ligue. – ele desliga o celular e joga no sofá com força – Eu vou mata-lo! – o garoto fala, esmurrando a parede furiosamente.

– Ikuto, quem era no telefone? – Nagihiko pergunta, apesar de ter uma ideia sobre o que fora a ligação.

– Haru. Aquele imbecil do Akira pegou a Amu.

– O que?! – todos o encaram, pasmos.

– E como o Haru-kun sabe disso? – Nagihiko levanta uma sobrancelha, curioso.

– …Ele viu.

– Você quer dizer que ele estava lá na hora que aconteceu?

– Sim. – Ikuto se vira, não gostando do rumo daquela conversa.

– E por que ele estava lá?

– Por que você está perguntando essas coisas, Nagihiko? – Kukkai olha para o amigo sem entender – a gente não tem tempo para isso. Temos que ir atrás da Hinamori!

– Vocês não acham estranho?

– O que? – Utau pergunta, sem entender.

– Estranho o Haru-kun estar lá na hora exata que a Amu-chan foi levada? A casa dele não é perto de lá e não há nenhuma razão em que eu possa pensar para ele estar lá.

– Agora que você está falando isso… É mesmo estranho.

– Então, Ikuto? – Nagihiko olha para o mais velho – O que ele estava fazendo la?

– …Eu disse para ele segui-la. – Ikuto responde, depois de encarar os amigos por alguns segundos.

– Você quer dizer que mandou o Haru-kun seguir a Amu-chan?

– Sim.

– Por que diabos você faria isso? – Utau pergunta, chocada.

– Eu precisava ter a certeza de que ela estaria segura.

– E por que você precisava disso? Você terminou com ela da forma mais ridícula que alguém poderia fazer! – Utau grita – Eu sei que vocês meio que são amigos agora, mas ainda assim não é motivo o suficiente para mandar alguém da sua gangue seguir ela!

– Eu não podia estar perto dela. Ela precisava de alguém para protege-la. – Ikuto responde, sem expressão.

– A quanto tempo? – Rima pergunta – A quanto tempo esse amigo de vocês está seguindo ela?

– …Desde que eu terminei com ela.

– O que?! – as duas garotas o encaram, pasmas. Então Amu estava mesmo certa sobre ter alguém seguindo-a!

– Eu ainda não entendi. – Kukkai fala – Se você terminou com ela, para que mandar alguém segui-la? Você mesmo disse que não se importava com o que acontecia com ela. E se era para mandar alguém protege-la, por que você não disse para a gente fazer isso?

Ikuto não respondeu, preferindo ficar em silêncio. Não havia necessidade alguma de eles saberem. Se ele havia feito aquilo, tinha seus motivos. E bons motivos. O que ele precisava fazer agora era encontrar Amu e matar quem havia ousado encostar um dedo nela. Ele teria certeza de fazer com que Akira se arrependesse de mexer com ele e com sua garota.

– Você a ama… - a voz de Nagihiko tirou o garoto de seus pensamentos, fazendo-o virar o rosto para encará-lo – Você ama a Amu-chan! Nunca deixou de amar. Toda essa conversa de não se importar com ela, e de só tê-la namorado por diversão é tudo mentira. Você terminou com ela para protege-la! Não é isso, Ikuto?

Ikuto se amaldiçoou naquele momento por ter um amigo tão inteligente.


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Notas finais do capítulo

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