Blackwhite escrita por carol_teles


Capítulo 12
Primeira briga


Notas iniciais do capítulo

Desculpa pessoal. Gomen. Demorei que só para postar, neh? Sorry, fiquei sem internet por uma semana ou mais. To pulando de alegria por ter conseguido entrar. Mas não sei quando vou poder postar de novo, por isso, não esperem que seja muito rápido.
E minhas aulas começam dia 25. 10 dias. Que saco!!! ¬¬
Bom, vou deixar vocês lerem.
Beijos.



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...:Rima POV:...

- Amu! Você está bem? – depois daquela doidera com o Ikuto ela só ligou uma vez e só falou que o Nagihiko mandou um oi!

- Amu, o que aconteceu?

- Rima, Utau! – a Utau pula em cima dela.

- Você ta bem? Não liga pro idiota do meu irmão. E porque você não me ligou de novo? Você só falou do Kukkai e depois desligou.

- Utau...ar...preci...pirar... – ela ta sem ar!

- Utau, solta ela! Vai matar ela! – puxo a Utau.

- Foi mal. Me empolguei.

- Per...cebi.

- Você está bem Amu?

- To.

- Então desembucha! Onde você estava?

- Rima... Desculpa por preocupar vocês.

- Tudo bem. Mas responde.

- Eu faltei porque fui trabalhar, ai não deu tempo de ligar pra vocês. Sinto muito.

- Isso não importa. Queremos saber de você.

- Eu? To bem.

- Amu, você não precisa se forçar na nossa frente. Sabemos que você ta triste por causa do Ikuto. – acho que sou capaz de matar aquele idiota seu eu ver ele! Como ele ousa brincar assim com a Amu?!

- Não to triste. To bem. – ok, eu sei que a Amu é estranha, mas não tanto. Como ela não ta triste?

- Amu, meu irmão é e sempre será um idiota. Você pode arranjar coisa melhor.

- Coisa melhor do que eu não existe. Certo, Amu? – é só falar que o diabo aparece.

- Kyaa! É o Ikuto-kun! – e lógico. Tem que ter os gritos das garotas. Sinceramente, não entendo o porque delas gostarem tanto dele.

- Oi Rima-chan. – Nagihiko... Não exagere Rima. Ele só disse oi.

- Oi.

- O-oi Ikuto. – hã? A Amu ta corando? E falando com ele?

- Isso Amu. Mostra para ele que você não precisa dele – Utau diz – A Amu já tem namorado Ikuto. Então sai fora.

- É claro que ela tem. Eu sou o namorado dela. – ele coloca a mão na cintura dela e a Amu não faz nada. O que diabos ta acontecendo?!

...:Ikuto POV:...

- Você bebeu? O acordo de vocês já era! – Utau diz e tenta puxar a Amu para longe de mim, mas não deixo.

- Quem falou em acordo? – olho pro monte de gente que está me olhando – Ei galera! Todo mundo presta atenção. Tsukiyomi Ikuto não está mais solteiro!

- O que?! – as garotas gritam.

- Hinamori Amu é minha namorada. Quem mexer com ela vai se ver comigo!

- O q-que v-você ta f-f-azendo, Ikuto? – hahaha, quero ver algum garoto dar em cima dela agora.

- EPA! Para tudo. Que história de namorada é essa?

- Utau, Rima, a gente ta n-n-namorando. – Amu diz com o rosto vermelho.

- Hã?!

- Eu te disse não foi Utau-chan? Seu irmão também tem os sentimentos dele. – Nagihiko diz,

- Mas... Então ele... Hã?

- Ele é como qualquer pessoa. Sente raiva, alegria, dor e também se apaixona.

- Caraca! Alguém pode, por favor, me dizer que eu não to sonhando? O Ikuto gosta da Amu?! – eita, até a baixinha. É proibido eu gostar de alguém?

- Ikuto-nii-san gosta da Amu-chan desde o começo. – Tadase! Você fala demais.

- Eh? D-desde o c-começo? – ótimo. Estragou minha imagem de ‘eu sou o gostoso’ com a Amu.

- Ok, eu perdi. Realmente não consigo te entender, Ikuto. Amu, essa tarefa é sua agora. – Utau diz e senta na cadeira da Amu, começando a folhear uma revista.

- Não! – Amu pega a revista e segura contra o peito. – Você não pode olhar.

- Amu, é só ma revista.

- Ela é diferente. – escuto uma musiquinha vindo do bolso dela.

- Ei, essa música é daquela cantora nova, né? Midnight Girl? – quem?

- Alô? Ah, oi! Não, tudo bem. Espera um pouquinho. – Amu olha para a gente – Eu vou bem ali. – então ela sai da sala. Estranho.

- Ei, por que ela pirou por causa da revista? – isso não importa. A ligação é o problema. Sempre que a Amu recebe essas ligações, ela fica estranha. Sábado, ela recebeu 2 e depois ficou sorrindo o tempo todo.

- Ei, por que anunciou seu namoro? Estragou a reputação de playboy. – Kukkai diz, como sempre, comendo um biscoito.

- Kukkai, é obvio não?

- Na verdade não. – Utau, tenho pena de você. Gostar dele...

- A Amu-chan é muito bonita e tem uma ótima personalidade. Lógico, não podemos nos esquecer do corpo dela, que é bem desenvolvido.

- Nagihiko, quer apanhar? – como ele ousa falar da Amu desse jeito na minha frente?!

- Só estou explicando.

- É, eu sei que a Hinamori é booa. Mas e daí?

- Kukkai, você teria dado em cima dela?

- Ta doido? O Ikuto me mata.

- Se o Ikuto-nii-san não tivesse conhecido ela. – Tadase explica.

- Sim.

- Você tem a sua resposta.

- Não entendi. – Cadê a Amu ein? Por que ela ta demorando tanto?

- Ele anunciou para evitar que os caras dêem em cima dela. – foi tão obvio assim?

- Oh, então ele pode ser um playboy, mas tem medo que a Amu o traia? – Rima ri e eu lanço um olhar pra ela.

- Do que estão falando? – Amu entra com a revista numa mão e o celular na outra.

- Nada. Quem era, Amu-chan?

- Hã... Um amigo. – de novo. Ela ta mentindo.

- Ikuto, tinha uns garotos ali fora te procurando. Eles pareciam desesperados.

- Hum. Vejo você no final da aula, Amu. – dou um beijo na bochecha dela e ela fica vermelha.

- T-tchau. – ela diz baixinho e eu vou embora.

...:Amu POV:...

Eu não to acreditando! Eu to namorando o Ikuto, to conseguindo mais e mais trabalho como modelo, e o Aruto-san acabou de me avisar que hoje vou me apresentar para uma gravadora e talvez consiga um contrato. Eu vou fazer um Cd! Um Cd!

- Amu, por que você ta tão feliz?

- Segredo.

- É por causa do Ikuto, Utau. Ela ta toda alegre por que ta namorando ele.

- Rima! N-n-não é v-v-verdade! – merda! Por que eu to gaguejando?

- Ah, gaguejou.

- E vocês? Com o Kukkai e o Nagihiko?

- Não tem nada! – as duas respondem ao mesmo tempo com o rosto um pouco vermelho.

- E você com o Ikuto? Desde quando tão namorando sério?

- S-sábado foi nosso primeiro encontro.

- E ai? Conta tudo em detalhes. – Utau e Rima viram suas cadeiras em direção a mim. Fazer o que? Melhores amigas são assim. Ai eu conto tudo.

Flash Back

- Amu, que cara é essa? – Ikuto me pergunta.

- Nada. – viro o rosto e tento ignorar as mulheres que lançam olhares assassinos para mim e que flertam com o Ikuto. Eu to com uma vontade de gritar “Ele é meu, caiam fora!”, mas ai só vai constranger o Ikuto e eu não quero ser um incomodo.

- Oh, isso é ciúmes? – ele pergunta com um sorriso no canto da boca.

- N-não!

- Não se preocupe, Amu. Nenhuma delas se compara a você. – há, você já deve ter falado isso pra 100 mulheres.

- Ei, olha ela. É bonita né? – escuto dois homens conversando.

- Ela é igual aquela modelo. – merda. Preciso sair daqui.

- Ei, quem é esse cara?

- Sei lá. Mas ele tem sorte de estar com ela. Deve ser o namorado.

- Uma garota como ela estar sozinha... – sinto a mão do Ikuto apertar a minha.

- Ikuto?

- Vamos comer. – ele me puxa para dentro de uma lanchonete e nos sentamos no fundo dela.

- O que foi? Que cara é essa? – pergunto, mas ele vira o rosto e faz o pedido. - Ohhh, isso seria ciúmes? – Estou sentindo o cheiro de vingança? Ah, sim, estou, estou, estouuu~

- Você parece feliz, considerando que há alguns minutos você estava com ciúmes.

- E-eu não e-estava!

- Então não se importa das mulheres darem em cima de mim? – me importo! Ah, não, não vou cair nessa.

- V-vcoê está mudando de assunto, Sr. Ciumento.

- Você acabou de fazê-lo, não eu.

- Estão estava mesmo com ciúmes.

- Não afirmei isso.

- Mas não negou.

- Amu... – ele suspira e sinto o clima mudar. Em vez de estarmos no clima ‘Quem é ciumento’, estamos no clima ‘ O Ikuto é um pervertido e vai fazer coisas pervertidas com a Amu’. Droga.

Ele coloca uma mão no topo do banco e outra na mesa, se apoiando e aproximando de mim com aquele sorriso de ‘você não pode escapar’. E eu não posso mesmo. Vou me afastando até que sinto minhas costas baterem na parede. Ele se aproxima mais ainda até estar tão perto que eu posso sentir o cheiro de flores de cerejeira vindo dele e ele poder escutar o meu coração que ta batendo feito louco. Isso é mesmo uma droga.

- Amu... – ele sussurra e eu me arrepio todinha – Eu sou capaz de matar quem toca no que é meu – ele diz, e depois sinto a boca dele bem perto da minha orelha – Você é minha. – ai sinto os lábios dele sob os meus e esqueço o resto do mundo. Não da para se concentrar em mais nada quando eu to beijando o Ikuto. Nossos lábios se encaixam de um jeito... tão perfeito. Como se tivessem sido feitos um para o outro.

Escuto uma tossidinha e a voz de alguém.

- Com licença. – vejo uma mulher dizer. Ikuto se afasta de mim e se ajeita, como se nada tivesse acontecido. Que vergonha! – Aqui está seu pedido. Hã, aproveitem.

- Amu, não vai comer? – ele sorri maliciosamente – ou quer fazer algo mais divertido?

- V-v-v-vou c-c-comer!

Fim do Flash Back

- Amu! Alo! A aula acabou! – Utau grita do meu lado.

- Ah, ta. – pego minhas coisas, dou tchau e sai, indo para o meu encontro com o Aruto-san no estúdio. Hoje eu teria 3 ensaios fotográficos, faria uma propaganda daquelas marcas de roupa chique e cantaria de novo na rádio. E o mais importante: talvez eu faça um Cd!

- Vamos ter um dia cheio, Amu-chan. Pronta? – ele me pergunta.

- Com certeza!

Depois de todas as fotos, vamos para a rádio.

- Aruto-san, está tudo bem?

- E-estou.

- Tem certeza? – ele ta parecendo triste.

- Claro. É sua vez. Boa sorte. – entro na sala. Nossa, fico nervosa toda vez.

- E com vocês, mais uma vez, Midnight Girl!

~In My Arms~> Kylie Minogue~

How do you describe a feeling?
I've only ever dreamt of this

DJ's spinning up my favorite song
Hurry up and get a grove on
Light fantastic and it won't be long
Don't let the moment slip away

Cause you and I can find a pleasure
No one else has ever known
Feels like it is now or never
Don't wanna be alone

How do you describe a feeling?

How does it feel in my arms?
How does it feel in my arms?
Do you want it? Do you need it?
Can you feel it? Tell me!
How does it feel in my arms?

I've only ever dreamt of this

Gotta feeling this is something strong
All I wanna do is move on
No more wondering where I belong

So never go away

Cause you and I a guilty pleasure
No one else has ever known
Feels like it is now or never
Don't wanna be alone

How do you describe a feeling?

How does it feel in my arms?
How does it feel in my arms?
Do you want it? Do you need it?
Can you feel it? Tell me!
How does it feel in my arms?

Do-do-do-do-do
Do-do-do-do-do
Do-do-do-do-do
Oh yeah yeah
Do-do-do-do-do
Do-do-do-do-do
Do-do-do-do-do
Oh yeah yeah

I'm listening...

How does it feel in my arms? (How does it feel in my arms?)
How does it feel in my arms? (Yeah, Yeah)
Do you want it? Do you need it?
Can you feel it? Tell me!
How does it feel in my arms?

- Amu-chan, você está cada vez melhor. Daqui a pouco vai poder fazer um show. – ele diz sorrindo, mas não vejo os olhos dele sorrindo.

- Ok, você está muito estranho. Está triste. O que aconteceu? – paro cruzando os braços.

- Você é sensível, mesmo ein?

- É você quem está sendo obvio, aruto-san.

- Eu briguei com meu filho.

- Você tem filhos?

- Um garoto e uma garota. Eles me odeiam, mas com razão. Sou o pior pai do mundo. – depois de ver essa expressão tão triste dele, não da nem para falar nada. Não acho que eu deva interferir.

~Outro dia~

- Utau, Rima! –vou até elas. Tem alguma coisa acontecendo. Ta todo mundo me olhando.

- Amu!

- Ei, vocês sabem por que ta todo mundo me olhando?

- Não. Mas você viu? Anunciaram ontem na rádio que a Midnight Girl vai fazer um Cd. – eu sei! Fiquei super feliz quando me aprovaram!

- Vocês gostam dela?

- Ela é muito boa. E olha que eu não gosto muito de música.

- É, você só gosta de comédia. –Utau diz, enquanto entramos na sala. Então eu vejo. Não tem uma alva viva ali, a não ser nós, o Ikuto, o Nagihiko, o Kukkai e o Tadase-kun. O Ikuto ta sentado na minha cadeira, enquanto os outros estão conversando animados e olhando algumas revistas.

- Ei, o que estão fazendo aqui? Cadê o pessoal?5

- Ah, o Ikuto os expulsou. – Kukkai diz e olha p5ara mim – não sabia que era tão sexy Hinamori.

- Hã?

- Amu – Ikuto se levanta, pega uma das revistas e me mostra. Merda – O que é isso?

- U-uma revista. – digo olhando para a minha imagem na revista.

- Uoowww, Amu. Você ta tão legal. Por que não disse que seu novo trabalho era como modelo? – Utau pergunta, olhando as revistas.

- Isso está rodando o colégio inteiro.

- Na verdade, acho que ta mais para a cidade, ou então o país. É uma marca famosa. – sussurro para mim, mas ele escuta. Ela ta com raiva.

- E por que você está aqui?

- Eu consegui um trabalho como modelo. Eu ia contar para você, eu juro. Só que era pra ser uma surpresa. Estava esperando o momento certo.

- Seria quando você aparecesse nua aqui?! Esse seria o momento certo?!

- Por que está com raiva?

- Por que não me contou?!

- Era pra ser uma surpresa!

- Bem, pode ficar feliz. Eu to surpreso. – ele diz ironicamente.

- Ei Ikuto, não brigue com ela. Pra que tanta raiva?

- Não se mete, Nagihiko.

- Por que ta com raiva? Eu fiz por você! – digo, sentindo os meus olhos encherem de lágrimas.

- Por mim? Não vejo como.

- Você disse que eu era bonita e que só um idiota não iria querer me ver como modelo. Eu estava tão feliz quando você disse aquilo que aceitei a proposta que me fizeram sem pensar duas vezes.

- Com certeza. Só um idiota não iria querer ver você posando. – Kukkai diz olhando uma das minhas fotos.

- Eu queria que você sorrisse de novo e dissesse que eu era bonita. É errado querer ser elogiada pelo garoto que eu gosto?! Todas as vezes que eu estava posando eu estava pensando no que você diria quando eu te contasse! No sorriso que você mostraria para mim! – digo chorando. Como eu fui tão idiota de pensar que ele ficaria feliz por mim?

- Amu...

- Bom, me desculpe se não sou tão bonita quanto você pensou que eu fosse! Me desculpe se sou tão idiota a ponto de querer ser elogiada por você! Me desculpe se você gostou de uma idiota como eu! – grito, pegando a revista da mão dele – E fique sabendo que não to mais nem ai pro que você pensa! Vou ser modelo sim! E se me chamarem para pousar nua, eu vou sim! – saio pisando duro em direção a porta, mas paro e me viro, olhando para ele com meu olhar “morra, seu idiota”, e volto até ele, dando o maior chutão na canela dele – Seu idiota!!! – aí corro pra fora da sala, indo pro terraço.

...:Ikuto POV:...

PQP! Essa garota tem uma força da p****!

- Você é um idiota. – Nagihiko diz.

- Com certeza. – todos concordam.

- Calem a boca. – digo me sentando e massageando minha perna.

- Se eu tivesse uma namorada modelo, eu estaria pulando de alegria, não gritando com ela. Você é mesmo um idiota, Ikuto. – Kukkai diz, comendo um pão.

- O que vai fazer Ikuto-nii-san?

- Matar aula. Da uma volta.

- E a Amu-chan?

- Tchau.

- Ei, posso ficar com as revistas? – Kukkai pergunta, e eu olho para ele. Pego todas as revistas e jogo elas no lixo, saindo da sala. Preciso pensar. E ficar numa sala escutando um professor não é a melhor maneira de fazer isso. Monto na moto e vou para o parque. Deito num banco e começo a pensar.

Fatos:

1– A Amu não me contou sobre ser modelo.

2- Eu to puto com isso.

3- Ela disse que era uma surpresa.

4- To me sentindo traído.

5- Ela fez por mim.

6- Ela mentiu para mim.

7- Ela estava pensando em mim toda hora.

8- Ela fica feliz quando a elogio e aceitou por causa de mim.

9- Todo o país ta vendo ela nas revistas.

10- Ela disse que ia posar nua.

11- Eu não quero isso.

12- Ela não liga mais para o que eu penso.

13- Ela deve me odiar agora.

Processando informações:

2%...11%... 33%...51%...77%...99%...100%

Conclusão:

Eu sou um idiota. Estou com ciúmes dela. Estou errado e tenho que me desculpar.

- Ah, cara... Sou mesmo um idiota. – se a Amu terminar comigo por causa disso... Ela deve ta com muita raiva de mim agora. Acho melhor esperar até amanhã.

~Outro dia~

- Seu imbecil!!! – ah, que barulho! – Por que ficou ontem na chuva?! Queria morrer?!

- Cala a boca, Utau! Me deixa...dormir.

- Será que existe alguém mais idiota do que você?! Olha só: 39ºC!

- Só... me deixa...dormir... Amanhã vou...melhor... – digo entre tossidas.

- Tomara mesmo. – ela vai saindo do quarto.

- Utau. Não conte...para a...Amu. – ela só iria se preocupar. Eu acho. Se ela não me odiar agora.

~5 dias depois~

...:Amu POV:...

Será que o Ikuto está bem? Desde que a gente brigou não vi ele. Talvez ele não goste mais de mim. Será que eu deveria me desculpar?

- Agora chega! – Utau se levanta gritando.

- Mas noticias? – rima pergunta, olhando para o celular dela. Há poucos minutos a Utau tinha recebido uma ligação de casa.

- Amu, você ta livre hoje?

- Estou. – Aruto-san me deu uma folga. Disse que seu filho estava doente e usaria essa chance para se aproximar dele.

- Será que da pra fazer logo as pazes com o idiota do Ikuto?! Não agüento mais isso!

- Eh?

- Depois que vocês discutiram, ele ficou na chuva e agora ta queimando em febre!

- Ele ta bem?

- Não! Ele se recusa a aceitar o médico do papai e não come nada!

- É um idiota mesmo. - Rima diz com cara de paisagem.

- e quando ele me vê, a única coisa que ele faz é perguntar sobre você. ‘A Amu ta bem?’, ‘A Amu me odeia?’, ‘Ela ta com raiva?’. Enche o saco.

- Ele... ainda gosta de mim?

- É obvio! Mesmo doente ele só pensa em você!

- E-eu posso ir na sua casa?

- Pode não, está indo.

~algumas horas depois~

- Utau, eu sabia que você era rica... Mas isso... – olho para a mansão na minha frente.

- Bonitinha, não? Temos uma maior em Okinawa. – ela entra na casa, mansão, desculpe; e pessoas fardadas aparecem de não sei onde, se curvando.

- Okaerinasai Utau-sama. – elas dizem ao mesmo tempo.

- Tabata-san, como ele está?

- O mesmo de quando saiu, Utau-sama. Ikuto-sama se recusa a comer e estou preocupado. Ele continua mencionando uma senhorita chamada Amu.

- Aqui está ela. – todos cravam o olhar em mim. Medo.

- Kya! É aquela modelo!

- Tão linda...

- Ikuto-sama tem sorte de estar saindo com ela.

- Silêncio. – Tabata-san diz e elas se calam – Você é Amu-sama?

- S-sim.

- Ah, muito obrigado por vir. Ikuto-sama ficará muito feliz de vê-la.

- Tabata, leve ela pro quarto deles e os deixe a sós.

- sim. Utau-sama? Meu senhor está aqui.

- Papai?!

- Sim. Ele está na cozinha desde que acordou.

- O que ele... Ah, deixa pra lá. Eu vou vê-lo. Amu, o que ta fazendo ai? Vai ver o Ikuto!

- S-sim!

- Por aqui, Amu-sama. – vou atras dele e nós subimos umas escadas e reparo num quadro de uma mulher na parede. Ela parece a Utau. Talvez seja a mãe dela. De repente Tabata-san para e eu olho na frente dele. Tem uma porta e os dizeres: “Sai fora” e mais embaixo incrustado na porta: “Ikuto”. Rico é osso!

- É aqui, Amu-sama.

- Tabata-san?

- Sim?

- Aquela mulher no quadro... Era a mãe do Ikuto?

- Sim.

- Hum... Ela pareceu ser uma boa pessoa.

- Sim, minha senhora amava muito seus filhos e marido.

- Eh, posso pedir mais uma coisa?

- Qualquer coisa para a namorada de Ikuto-sama.

- Pode me chamar de Amu? Com o sama eu me sinto estranha.

- Mas... Não é adequado para a minha posição.

- Então vamos fazer disso nosso segredo, né? – pisco para ele.

- Amu-sam- Amu-san. – ele sorri e vai embora.

Olho para a porta. Nem sei o que vou dizer. Tomara que ele goste mesmo de mim. Bato na porta três vezes e entro.

O quarto dele é maior do que minha casa inteira! De frente para a porta tem uma estante cheia de livros e do lado tem um piano lindo. A cama do Ikuto fica no fundo do quarto e é gigante, tipo, super gigante. No canto tem uma porta, deve ser o banheiro. Do outro lado do quarto tem uma mesa e ao lado tem uma guitarra e um violino. Não sabia que ele podia tocar. Então eu vejo a ‘linda decoração’ do quarto dele. Em todas as paredes tem pôsteres de mulheres nuas. Ta, elas tão usando roupas, mas são tão pequenas, que da pra dizer que não tão usando nada. Algumas estão montadas em motos. Ele não tem nada melhor para colar na parede não?

- A...mu? – escuto uma voz baixa e olho para a cama, vendo o Ikuto apoiado nos cotovelos me olhando. Ele ta mesmo uma droga.

- Ikuto! – corro até ele e sento do lado dele. Coloco a mão na testa dele e cacete! Ele ta fervendo! Acho que dá pra fritar um ovo na testa dele.

- Amu... o que...

- Calado. Você ta super doente, Vai descansar. – faço ele deitar de novo. – vou pegar alguma coisa pra você comer. – mas quando eu tento levantar, ele segura minha mão.

- N...ão...

- Você tem que comer.

- Fica...aqui... – ele tem um acesso de tosse e eu me sento.

- Por que ficou na chuva? Por que, Ikuto? – agora ele fica calado?! – Você sabe o quanto eu fiquei preocupada quando a Utau me disse?

- Achei que... não...se impor...tasse mais... comigo...

- É lógico que me importo! Você é importante para mim. – ele aperta a minha mão ao ouvir isso. Vejo um pequeno sorriso se formar no rosto dele.

- Desculpa. Sobre o negocio de ser modelo. Eu devia ter te contado. Sinto muito. – ele se levanta de repente e me abraça – Ikuto!

- A culpa...é minha! Fiquei fe...liz ao...ver você nas... revistas... – ele tosse.

- Ikuto, você precisa descansar. Depois falamos sobre isso ok?

- Mas também... senti... raiva...ciúmes... dos homens...que veriam você.

- Ciúmes?

- Você é...minha. – De novo com isso?! Mas...obrigada Ikuto. Estou feliz.

- Você é um bobão. Eu gosto de você. Você é meu namorado. Ninguém vai mudar isso. – ele me abraça mais forte – agora vai dormir se não eu acabo tudo com você – ele se deita imediatamente – Bom garoto.

- Não...sou um...cachorro.

- Com certeza. Até um cachorro é mais esperto e sabe que não deve ficar na chuva. – rio da cara dele. – Fica ai. Vou pegar algo pra você comer.

Quando abro a porta do quarto dele vejo uma bandeja com uma tigela de sopa e um copo d’água. Pego e volto para a cama.

- Aqui. – estendo os braços com a bandeja. Ele fica quieto. – Não consegue comer sozinho? – ele balança a cabeça em sinal de não – V-v-você quer que eu t-te de na b-boca? – coro com a idéia e ele sorri maliciosamente – O-ok. Se não tem j-jeito.

Dou a primeira colherada, mas a boca dele fica suja.

- Você ta sujo aqui. – passo o dedo no rosto dele e ele me encara. – Bebezão. – dou o resto da sopa pra ele e de vez em quando ele lambe meus dedos, por causa dos salpicos da sopa.

- Quer água? – ele faz um sim com a cabeça e eu pego o copo e encosto na boca dele, mas ele se mexe e eu acabo derramando a água toda na blusa dele.

- D-desculpa! Onde tem uma blusa? – ele olha para o outro lado da cama e eu vejo uma blusa branca. Pego ela e dou pra ele.

- O que?

- Não... Você tem... que me.. ajudar...

- Eu?! – ele sorri ao ver meu nervosismo. Ele ta se aproveitando da situação – E-eu...

- F-frio...

- Ok, ok! Eu faço! – começo a desabotoar a blusa dele, mas paro por causa de um barulho na porta.

- E ai? Você ta melhor, Ik... – Utau para e olha pra gente – O que diabos vocês estão fazendo?

- N-n-não e-entenda e-errado! E-eu s-só estava ajudando e-ele!

- Ahãm... – ela sorri maliciosamente – vou deixar vocês hã...continuarem. – ela ri e sai do quarto.

- Não vai...continuar? – Ikuto pergunta, sorrindo maliciosamente.

- P-p-pervertido! – tiro a blusa dele e reparo no tanquinho e nos braços dele.  Agora entendo a loucura das garotas do colégio.

- Vai...ficar ai...olhando? – visto a blusa nele o mais rápido possível e ele se deita. Ele bate a mão de leve na cama, me chamando pra deitar.

- Se fizer alguma coisa pervertida, eu te mato. – digo deitando do lado dele.

- Não tenho...forças para...isso... – ele olha para mim – Decepcionada?

- Não. – ele coloca a mão no meu rosto e eu fico encarando os olhos safiras dele. Como alguém podia ter esses olhos tão perfeitos? São tão profundos...

- Ah, Ikuto? Você pode me fazer um favor? – ele acena com a cabeça – T-tira esses pôsteres do seu quarto.

Ele fica me olhando, então coloca o sorriso mais irritante que já vi na vida.

- Ciúmes? – coro.

- N-não.

- Tem...certeza?

- T-tenho.

- Amu...

- Ta, ta, to com ciúmes. E daí? – ele ri de mim – não gosto dessas mulheres peladas com você.

- É apenas... papel... e elas...não estão...peladas...

- Eu não gosto. – ele olha pra cima e eu sigo o olhar dele. Então vejo uma mulher com um biquíni fio dental, sem a parte de cima, com os braços cobrindo os seios, sentada numa moto e fazendo uma expressão sedutora. Pelo menos pros garotos. Então sinto a boca do Ikuto na minha orelha.

- Sabe Amu... – ele sussurra – de noite...imagino você...no lugar...dela... – coro muito – Se bem que... do jeito...que você...está agora... daqui uns...anos...vai estar... muito melhor...do que ela. – ele morde minha orelha e eu me afasto dele com um rosto super vermelho.

- H-hentai! – bato no peito dele.

- Você...bate em um...doente?

- V-v-você tem perversão crônica! É incurável!

- Então vai... cuidar de...mim...pra sempre?

- N-não! – me viro de costas pra ele. Nós ficamos um pouco calados, até que ele me abraça por trás gentilmente.

- Nee, Amu?

- O-o que?

- Me promete... uma coisa...

- O que?

- Eu vou... ser...o primeiro a ver... você...nua...

- Hã?! Seu tarado!

- Promete... Amu... – viro pra ele e vejo um olhar sério. Acho que ele ainda ta preocupado com o negocio de eu posar nua.

- O-ok. Eu p-prometo.

- Eu...te amo... Amu – então ele adormece. Ele me ama! Ama! Ahh, to tão feliz! Depois de passar o maior tempão repetindo essas palavras na minha cabeça, eu adormeço.

- Amu, acorda. Amu. – abro os olhos e vejo a Utau – já ta anoitecendo.

- São que horas? – levanto e olho pro lado, encontrando um Ikuto dorminhoco.

- São 8.

- Tão tarde! Tenho que ir pra casa! – levanto, pego minhas coisas, dou tchau e saio do quarto. Vou andando pelo corredor, entoa entro em outro corredor, e em outro, e mais outro e... to perdida! Como?! Por que?!

- Amu-san?

- Tabata-san! Estou salva!

- Como?

- Você poderia me levar até a saída? Eu me perdi. – digo sem graça.

- Claro. Por aqui. – depois de uns segundo, vejo várias empregadas olhando pra dentro de um cômodo.

- O que é aquilo?

- Não sei. – ele se aproxima – O que estão fazendo?

- Tabata-san! O Senhor... ele está cozinhando!

- Como disse? Nosso senhor não sabe cozinhar.

- Ele está na cozinha há horas. Não aceita nossa ajuda. – eu olho pra dentro e vejo alguém que não esperava ver.

- Tabata-san, ele é o senhor?

- Sim.

- O pai da Utau e do Ikuto?

- Sim.

- Qual o nome dele?

- Tsukiyomi Aruto-sama. – ah, merda.


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Notas finais do capítulo

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