Edward olhou mortificado para uma vampira de expressão nula. Tentou assimilar a mensagem sem muito sucesso.

Edward: Não compreendi o que disse.

Alice: Não sabemos o que acontecerá conosco com o ressurgimento de Lacuna Sangria. Por precaução vamos eliminá-la junto a James. Esta é a decisão do conselho.

Edward: Isso não pode ser verdade! –O desespero começou a se apoderar do jovem vampiro, Jasper não se surpreendeu e tampouco se comoveu.

Jasper: Aceite os fatos Edward. Desde sempre Bella estava destinada a morrer matando os nossos. Sairemos agora mesmo. Se quiser nos seguir fique a vontade. Eu não tentarei impedi-lo, mas saiba que nada poderá fazer além de assistir a morte dela. Você poderia até tentar protegê-la de nós, mas não dela mesma. –Jasper seguiu silencioso para a porta juntamente com Alice. Edward ficou parado, suas esperanças se despedaçando. Logo seguiu caminho. Ele tentaria sim impedir que matassem Bella. Enquanto Jasper saia da casa com Alice, Edward fez o caminho contrario com Emmett e Rosalie em seu encalço. Só então, ao sair da propriedade do irmão, notou a quantidade absurda de vampiros devidamente prontos para uma batalha do lado de fora. A tensão de Edward aumentando.

Emmett: O que houve?

Edward: Vamos segui-los. Depois disso você irá embora com Rosalie.

Rosalie: E perder a diversão? NEM PENSAR!

Emmett: Eles estão indo até James?

Edward: Sim. Eles... Eles tentarão matá-la também. –Disse Edward com a voz falha. –Eu não vou permitir!

Emmett: Nenhum de nós vai, meu amigo. –Emmett trocou um rápido olhar com Rosalie e assim aceleraram mais o carro.

...

Bella parecia imersa na dor, em um local escuro que não pode identificar. Olhou ela mesma, os longos cabelos castanhos, a pele anormalmente branca e os olhos negros. Ela olhou para frente vendo cenas de um lugar antigo.   

Bella: Que lugar é esse?

Lacuna: A Europa de minha época datada no século 12 ou 13, não lembro ao certo. Essa era a cidade onde vivia e trabalhava como médica. –Bella olhou a frente vendo uma pequena, porem, aconchegante casa.

Bella: O que aconteceu? –Bella não sentia mais potencia em sua voz. –O que aconteceu com você?

Lacuna: Não leu o meu diário?

Bella: Sim, mas...

Lacuna: Há muitas coisas que não escrevi. Contei apenas de minha vida antes e depois da peste, dos fatos tristes. Tudo o que sou é por culpa dessa doença. Eu modifiquei meu DNA acidentalmente com produtos oriundos da alquimia para me curar da doença e encontrar a cura para os outros enfermos. Eu me transformei nisso e, na ânsia de curar pessoas que sofriam do mesmo mal, eu infectei mais uma pessoa. Felizmente ele não me odiou por isso.

Bella: De quem está falando?

Lacuna: James. O primeiro depois de mim. Ele tentou convencer-me a me entregar aos novos instintos, caçar humanos. Eu não queria isso até que... A igreja descobriu o que eu fazia. Acusou-me de bruxaria! Se eu não fosse uma vampira eu teria morrido na fogueira, mas não morri. Odiei tanto a maldita humanidade que quis me ferrar depois de todo o sacrifício que fiz para ajudá-los que passei a assumir meu papel. Criei muito mais de nós. Uma carnificina! –Lacuna sorriu diabolicamente para Bella, esta até então não tinha percebido o desaparecimento gradativo da dor que a queimava.

Bella: Mas algo aconteceu para que você parasse, não foi? Para que houvesse uma trégua.

Lacuna: Eu nunca pensei que justamente um mero humano me faria sibilar diante de meu ódio e planos. Ele não me achava um monstro, mesmo sabendo o que eu era e fazia ele... –Lacuna sorriu. –Ele quis ficar comigo.

Bella: Ele? Quem é ele?

Lacuna: Apenas fique hibernando. Eu irei acabar com tudo, ou com grande parte do problema. Tenho um acerto de contas para fazer. Prováveis pessoas morrerão por isso.

Bella: Pessoas? ESPERE! O EDWARD... NÃO FAÇA NADA A ELE! ESPERE! –E Lacuna desapareceu deixando Bella em meio à escuridão.

 E quando James adentrou o aposento ele não encontrou mais Bella. Olhou maravilhado para a mulher diante dele. Aproximou-se da mulher caindo de joelhos.

James: Lacuna... –Sussurrou o nome beijando seus pés.

Lacuna: James, meu fiel servo. Em fim... Acordei.