My Destiny Is You escrita por Nyh_Cah


Capítulo 57
Capítulo 57




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Narrado na Terceira Pessoa

O Jasper saiu do quarto onde a Alice estava internada com a intenção de ir falar com Evolet. Ele queria saber o porquê de ela aparecer agora na vida da Alice. Também queria perceber se Evolet estava realmente arrependida como a Esme dizia.
Na sala de espera, encontrou a Rose sentada numa cadeira.
- Vais onde? – Perguntou a Rose para o irmão.
- Vou falar com a Evolet. Preciso de compreender isto tudo. – Respondeu o Jasper. A Rose concordou com a cabeça e deixou o irmão ir ao encontro da mãe da sua melhor amiga. A Rose estava preocupada com o que poderia acontecer. Ela estava com medo que Evolet voltasse a magoar Alice, ela sabia que a amiga não aguentaria mais sofrimento. Rose decidiu ir ver o seu sobrinho que ainda estava entubado na incubadora. Ela desde pequena que adorava bebés e sempre disse que iria engravidar várias vezes, mas por azares da vida, ela só teve a possibilidade de engravidar uma vez. Rose, sempre que pensava nisso, sentia-se triste e frágil. Ela via que tanto a Bella como a Alice poderiam engravidar as vezes que quisessem e ela não. Não é que ela tivesse inveja delas, ela apenas sentia-se triste por isso.
- Não podes deixar a tua mãe e o teu pai, pequenino. Eles precisam de ti. Precisam de algo que os deixe alegre, já sofreram muito. – Falou a Rose com o Will. Não é que ele percebesse mas a Rose tinha que desabafar. Ela estava com tanto medo de ver a melhor amiga a sofrer mais vez. – Eles precisam de ti, mais do que tu poderás compreender. Tens de lutar. – Continuou ela. Ela tinha esperanças que o seu sobrinho percebesse o que ela dizia. Ela queria que tudo passasse a correr melhor para o seu irmão e para a sua melhor amiga. Rose sentiu o telefone a tremer no seu bolso, visto que estava em silêncio. Olhou uma última vez para o seu sobrinho e saiu do berçário para atender o telefone, poderia ser importante.
- Estou? – Perguntou para quem estava do outro lado da linha.
- Estou a falar com Rosalie Cullen? – Perguntou uma senhora do outro lado da linha.
- Sim, está. – Respondeu a Rose um pouco desconfiada. – Quem fala? – Perguntou.
- Falado juizado infantil. Queria avisar que tem de comparecer em tribunal com a Amy no próximo Sábado.
- No tribunal? Com a Amy?
- Sim, há um assunto para tratar sobre a adopção dela. Não posso explicar muito mais por telefone. A sessão é às onze da manhã. Não falte. – Disse a senhora um pouco apressada. Rose não conseguiu perceber porque é que tinha que ir a tribunal com a Amy. A adopção da Amy já estava toda tratada, pelo menos achava ela. Rose começou a entrar em desespero. Ela não queria pensar que lhe poderiam tirar a sua princesinha, a sua filha. Ela já a amava tanto, já não conseguiria viver sem a Amy. Rose conteve as lágrimas, não queria chorar no meu de um corredor de um hospital. Tinha que ir falar com o Emmet, ele era advogado, saberia o que fazer para não perderem a sua menina. Foi até ao quarto da Alice e despediu-se dela e da sua mãe, de seguida saiu do hospital para ir ao encontro do Emmet. Ela só pensava que não poderia perder a sua menina.
Enquanto a Rose saía do hospital, o Jasper tinha acabado de estacionar o carro em frente da casa da Evolet. Estava um pouco nervoso. Não sabia bem o que ia dizer, ele apenas queria compreender o porquê do arrependimento dela e se ela não queria magoar mais a Alice. Ele não suportaria ver a Alice sofrer outra vez. Ele tinha a noção que ela já tinha sofrido muito na vida. Saiu do carro calmamente e bateu à porta. Evolet atendeu a porta o mais rápido que pode, ficando surpreendida porque quem tinha vindo.
- Jasper! – Exclamou ela surpreendida. Estabeleceu-se uns minutos de silêncio entre eles. Nenhum deles sabia o que dizer. – Entra. – Disse ela quebrando o silêncio. O Jasper entrou sem nada dizer. Não sabia como começar a conversa. – Fica à vontade. – Pediu ela sentando-se no sofá. Jasper repetiu o gesto, sentando-se ao lado dela.
- Eu vim cá falar consigo. – Começou ele. – Quero compreender a mudança repentina. Rejeitou a Alice a vida toda, porque é que agora está interessada em fazer parte da vida dela? – Perguntou o Jasper.
- Eu sei que é difícil acreditar, mas eu mudei. Eu tomei consciência do que estava a fazer e do que eu fiz com a Alice durante toda a sua vida. Eu percebi o quanto fui injusta para ela.
- Mas porquê? O que a fez mudar assim? – Perguntou o Jasper intrigado.
- Lembraste, quando nos encontrámos no parque, em que Amber ainda tinha quatro anos? – Perguntou a Evolet para o Jasper.
- Sim, foi a última vez que a Alice vos viu. Ela ficou muito mal depois disso. – Respondeu o Jasper.
- “Sim, são a minha família, apenas nos genes! Eu não mereço ter uma família como vocês! Posso não ser a melhor pessoa no mundo mas ninguém merece ter uma família como vocês.”. Foi o que ela disse. E isso fez-me, começar a pensar sobre tudo o que lhe tínhamos feito. Fez-me rever o passado e perceber que nunca lhe demos o amor que ela merecia, nunca cuidámos dela, não participámos na vida dela. Comecei a pensar que ela tinha razão. Ela não merecia uma família como nós. Ela é uma boa rapariga, merecia uma família que a amasse. Esta mudança de pensamentos não foi rápida. Eu demorei a chegar lá. Não conseguia perceber o que tinha desencadeado aquele comportamento para com ela. Porque é que eu nunca quis saber dela? Porque é que eu não a conseguia amar como amava a Chyntia. Cheguei à conclusão que eu não a odiava. É impossível odiar alguém como a Alice. Ela tem uma força interior tão grande, ainda hoje não consigo perceber como ela conseguiu ser a pessoa que é com tudo o que lhe aconteceu na vida. Eu comecei a perceber que odiava a pessoa em que me tornei quando engravidei, que odiava todas as decisões que eu tinha tomado. Se calhar se eu tivesse sido mãe solteira, as coisas teriam corrido melhor, mas naquela altura as mães solteiras eram muito mal vistas e eu achava que não conseguiria suportar ser rebaixada na sociedade. Hoje, em dia vejo o quão egoísta em fui com a Alice. Ela merecia uma vida muito melhor do que a que teve. Merecia uns pais muito melhores e uma irmã melhor do que a que tem. Eu falei com o meu marido a respeito disso, para ver se ele conseguia ver o quanto erramos em relação a Alice. Mas não. Ele não percebeu. Ele não gostava mesmo dela e era mesmo uma má pessoa. Ela continuava a culpar a Alice pela vida que ele teve, mesmo a Alice não tendo culpa de nada. Tomei coragem e pedi o divórcio. Ele prontamente assinou os papéis. Há muito tempo que não existia amor na nossa relação, eu sabia disso. Pensei que a Chyntia perceberia o meu lado e me apoiasse, mas não. A Chyntia é uma pessoa má como o pai e virou-me as costas também. Foi difícil ao inicio mudar de vida. Arranjei uma casa nova, um trabalho novo. Comecei a integrar-me num meio diferente daquele a que estava habituada. Comecei a construir uma nova vida e percebi que queria fazer parte da vida da minha filha, da Alice. Sabia que era um pouco tarde para perceber isso, mas ainda ia a tempo. Ia vê-la trabalhar muitas vezes. Às vezes, quando ia ao parque, ela estava lá com a Amber. Eu conseguia perceber a mãe maravilhosa que ela era, e tenho muito orgulho nisso. Acompanhei a gravidez da vossa segunda filha e depois a gravidez do vosso terceiro filho. Tentei ir ao vosso casamento, mas o teu irmão viu-me e mandou-me embora para que não acontecesse aquilo que aconteceu no hospital. Eu não insisti, sabia que não era bem-vinda. Apenas queria ver o casamento da minha filha. Quando vi o placar na loja a dizer uma das funcionárias tinha sofrido um acidente, eu pensei logo na Alice. Telefonei para vossa casa, eu consegui o vosso número, e ninguém atendeu, o que fez com que eu ficasse mais desesperada. Fui ter com a Esme, eu precisava de saber se se tinha passado alguma coisa com a Alice. Eu tinha essa necessidade. Podes não acreditar Jasper. Mas eu estava muito preocupada com a Alice. Eu não a queria perder, antes de ela saber que eu estava arrependida por tudo o que fiz com ela. Ela pode não me perdoar, mas eu quero que ela saiba que eu estou realmente arrependida. – Explicou Evolet ao Jasper. O Jasper percebeu que ela estava a ser sincera. Que não estava a mentir, qualquer pessoa conseguiria ver isso. Evolet queria mesmo remediar o mal que fez com a Alice.
- Eu só não quero que a Alice sofra mais, Evolet. Ela já sofreu o bastante, não precisa mais de coisas más na sua vida. – Desabafou o Jasper.
- Eu percebo, Jasper. Mas eu quero que vocês todos saibam que eu não quero magoar mais a Alice. Eu quero ajuda-la, apoia-la, estar com ela nas datas especiais como todas as mãe devem estar e como eu devia ter estado desde que a Alice nasceu. Eu quero remediar o passado que tenho com ela. Quero apagar a história que temos e construir uma melhor. – Disse Evolet. – Acreditas em mim, Jasper? – Perguntou.
- Sim, acredito. – Respondeu Jasper sinceramente. Ele acreditava que Evolet estava mesmo arrependida. – Mas eu não posso fazer nada em relação à Alice, ela é que vai decidir se quer falar consigo ou não. Ela é que pode saber se tem a capacidade de lhe perdoar e seguir em frente.
- Eu sei disso, Jasper e percebo. Se ela alguma dia quiser falar comigo tanto tu como a Esme sabem como me encontrar. Eu estarei aqui. Não vos vou mais incomodar e intrometer-me nas vossas vidas. Se a Alice quiser que eu faça parte da vossa vida, eu farei com todo o gosto, se não, tenho de aguentar, porque eu sei que mereço.
- Agora, vou ter que ir Evolet. O que eu queria saber, já sei e já está a ficar tarde. Quero chegar ao hospital antes de a Alice adormecer.
- Eu compreendo. Obrigada por me ouvires e acreditares em mim. – Agradeceu Evolet.
- Não te de agradecer, só queria perceber o que se estava a passar. Tenha o resto de uma boa tarde. – Disse o Jasper educadamente, saindo de casa da Evolet. Meteu-se dentro do carro e dirigiu ao hospital. Queria estar com a Alice e ver o Will.

Alice
Era quase fim da tarde quando o Jasper voltou. Queria saber o que ele tinha falado com a minha mãe. Queria saber se ele acreditava que ela estava mesmo arrependida. Eu não sabia o que fazer ainda. Não sabia se havia de falar com ela ou não. Era uma decisão complicada.
- Como estás? – Perguntou ele carinhosamente depois de um beijo apaixonado.
- Bem. – Respondi sinceramente. – Jasper. – Chamei-o.
- Sim? – Perguntou ele.
- Achas mesmo que ela está arrependida? – Perguntei-lhe. Eu tinha que saber. O Jasper fechou os olhos e suspirou uma vez.
- Acho. – Respondeu simplesmente. – Ela pareceu-me mesmo arrependida, pareceu que queria mesmo fazer parte da tua vida para remediar aquilo que fez no passado. Mas é apenas a minha opinião, Alice.
- Eu não sei o que fazer, Jasper. – Desabafei. – Eu não sei se a hei-de aceitar, ou se nunca mais lhe fale. O meu coração diz uma coisa mas o meu cérebro diz outra. Eu estou tão confusa. – Expliquei-lhe.
- Alice, tu é que sabes se és capaz de tentar algo de novo com ela, se és capaz de a perdoar, ao ponto de ela fazer parte da tua vida.
- Eu sei, Jasper. Eu quero muito que a minha mãe biológica me ame e que faça parte da minha vida, mas tenho tanto medo de voltar a sair magoada no final.
- Eu compreendo. – Disse ele acariciando a minha bochecha. – Mas também se não tentares, não saberás se resultou. Eu não te quero incentivar a tomar nenhuma decisão, também não quero que saias magoada. Qualquer decisão que tu tomares, eu vou apoiar.
- Obrigada, Jasper. – Agradeci, beijando-o levemente. Fiquei a pensar no que ele tinha dito até depois do jantar. A Esme já tinha ido para casa. Eu tinha que tomar uma decisão, rápido. Tinha que resolver este assunto.
- Jasper, já decidi. – Avisei-o. – Decidi que lhe vou dar mais uma oportunidade. 


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Notas finais do capítulo

Oláa gente! (: Eu sei que prometi um capitulo ontem, mas eu estava tão cansada que não me apeteceu escrever. Passei uma semana a dormir pouco, ontem tive mesmo que restabelecer as forças! :p Espero que compreendam.
Bem, sem que o capitulo não está nada de especial, mas foi o que vos consegui trazer, espero que gostem mesmo assim! Para o próximo capitulo temos um encontro de mãe e filha! Espero os vossos comentários!
Beijinhos
S2



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