Vida Marota escrita por karen_1208


Capítulo 4
Cap. 4 - Fuga


Notas iniciais do capítulo

N/A: se alguém estiver a fim de ver a capa da fanfic é só entrar nesse site:  http://www.flogao.com.br/karengama/foto/21/38099237  Queria dedicar essa fic à minha inspiração de Sirius Black, meu grande amigo Júnior, ao meu instrutor Rodrigo (mesmo sabendo que ele nunca iria ler...), à Ana Luiza, à Carol, à Mileninha e à Teresa. 



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Cap.4 – Fuga.

Em seu quarto escuro, um garoto belo, de cabelos negros caíam sobre olhos brilhantes.Estava deitado em sua cama de edredons escuros, em uma espécie de meditação.Tentando se concentrar o máximo em seus pensamentos.Respirando fundo e devagar.Esquecendo de tudo que havia em sua volta.Esquecer era a coisa mais difícil já que sua “querida” mãe gritava a todo instante.
“SIRIUS!!!SIRIUUUUUUUS!!!”
“O que eu fiz para merecer isso?”, o maroto só conseguia pensar nisso.Ele não a provocava, não a atrapalhava, ficou calado as férias inteiras, não fez nenhum comentário infame, nenhuma brincadeira!Aonde ele errou?
Na verdade ele sabia muito bem aonde ele errou, ou melhor, aonde a sua mãe achava que ele fez o seu maior pecado.Era vergonhoso alguém Black caído na Grifinória.O recriminava todos os dias que via-o.Sirius nunca a respondeu, afinal, era sua mãe, não teria o direito. Só que aquilo estava subindo-lhe a cabeça: acordava aos gritos, era xingado e humilhado pelos pais na frente de toda a família.
-SIRIUUUUUUS!!!SIRIUUUS!!!EU JÁ TE CHAMEI TRÊS VEZES! – gritou a mãe na sala.
-Já estou indo, mamãe! – disse Sirius falsamente doce saindo da cama e calçando um sapato.
Ao descer as escadas esbarrou em algo.Era seu irmão Régulo, cabelo negro caído nos olhos e olhos acinzentados, muito parecido com Sirius só que como o maroto sempre dizia: “Eu sou muito mais bonito do que o traste do meu irmão, aquele anão idiota!”.
-Hey, traidor, olha onde anda!
-Olha você, pirralho!
-Você se acha o gostosão só porque é mais velho!
-E você se acha o reizinho só porque é o queridinho da mamãe!!!
-Quer apanhar, “Si-si”?
-De quem?Você???Hahaha!Cresça e apareça!
Régulo socou com o máximo de força o queixo de Sirius.O maroto não sentiu nada e pôs o maxilar de volta o lugar.
Abaixou-se e colocou as mãos nos joelhos para que ficasse na mesma altura de seu irmão.Encarou-o e disse num tom provocador:
-Até o Ranhoso bate mais forte que você.
-Ora seu...! – o menino pulou em cima de Sirius.
Os dois rolaram escada a baixo se batendo.Foram socos e chutes até cair na sala onde Sirius, como era mais forte, conseguiu segurar os punhos do irmão e colocou-o contra o chão e deu lhe uma chave de perna.
O irmão mais novo deu um sorriso maroto parecido com o de Sirius.
-MAMÃÃÃEEEE!!!MAMÃE, MÃE!!! SIRIUS TÁ ME MACHUCANDOOO!!!
-Seu maldito!Espero que você morra no quinto dos infernos! – rosnou Sirius puxando mais para cima as pernas do garoto.
-SIRIUS BLACK, LARGUE RÉGULO AGORA!!!
Foi o que ele fez.Levantou-se e abaixou a cabeça com muito ódio.Régulo também se levantou e correu aos braços da mãe.
-Mamãe, ele me bateu no corredor e me empurrou na escada e depois me chutou e me socou...E...E... ele me deu uma cotovelava e cuspiu em mim!
-O quê!? – Sirius ficou vermelho como um pimentão. – Para tudo!Eu não dei uma cotovelada nele, foi ele que me deu e também não cusp...
-Ele fez isso pra se defender! – a mãe retrucou.
-Mas foi ele que começou!
-Mentira! Foi você que me empurrou no corredor!
-Eu não te empurrei, eu só esbarrei sem querer!
-Sem querer!? – a mãe fitou os lindos olhos do filho mais velho. – Conheço o seu “sem querer”!Por punição você terá que....hum...deixa eu ver...
-Não escrever e nem receber cartas?
-Hum...Não...Pior...
-Ficar no quarto trancado o dia inteiro?
-Não, não...
-Aturar Narcisa e Bellatris?
-O que está querendo insinuar?
-Mamãe, o coloca de castigo. – pediu Régulo.
-Castigo?Hahaha.Não fico de castigo desde os meus 7 anos!
-E agora vai ficar de castigo com 14! – disse a mãe satisfeita.
-Isso é ridículo!
-Não é não! – aparecera um homem alto, magro, cabelos negros e olhos acinzentados. – Uma ótima idéia, filhão.Agora, você Sirius... – jogara um olhar mortal no qual o garoto já estava acostumado. –...Não poderá mais sair de casa, isso inclui não visitar a gentinha dos Potter!!!
-Mas... – Sirius olhava abobado para o pai.Ir para a casa dos Potter era a única coisa que lhe deixava feliz nas férias.Não acreditava que seu pai seria capaz.
-Adorei a idéia, tio! – Narcisa, sua prima, também repentinamente apareceu de trás de seu pai com um largo sorriso.
-Cala a boca...
-Mais respeito com sua prima! – brigou Sra.Black.
Sirius abaixou a cabeça e ficou murmurando alguns palavrões.Após sua prima Narcisa, surgiu também Bellatris, uma jovem garota de cabelos negros e olhos caídos e Andrômeda uma garota de cabelos castanhos escuros e lisos, de aparência bem calma.
Sra. Black puxou o braço de Sirius e disse:
-Escuta aqui moleque, elas ficarão aqui por uma semana então trate de ser no mínimo educado!
Ele fitou a mãe e subiu para o seu quarto, era o último e ficava nos fundos.Andrômeda o seguiu, abriu a porta e o viu sentado na sacada olhando pro céu escuro.
-Tá maluco?Vai cair daí!!! - o maroto se desequilibrou ao ouvir a voz da menina.
-Você que é maluca de me assustar desse jeito.
-Eu ouvi o que o tio disse.Sinto muito. – ela sentou-se no apoio da sacada.Sirius estava calado, pensativo. – Não fala mais comigo?Vem aqui. – a garota puxou a cabeça de Sirius para o colo dela e ficou fazendo trancinhas no cabelo liso dele.
-Não agüento mais eles... – sua voz tremia de nervoso. - ...Não agüento mais....Um dia desses quando eu explodir eles estarão perdidos....Quer saber?Eles não me impedem de nada!Vou visitar os Potter sim!
Sirius se levanta e corre para o seu armário.Pegou todas as suas roupas do cabide e jogou dentro de um malão ao lado.A garota também entrou e se sentou na cama de Sirius.
-Pelo menos dobre as roupas! – riu.
-To sem tempo pra isso. – ele jogava seus livros no malão e correu para o outro armário para pegar os sapatos. – Aé, vou mandar uma carta para o Tiago avisando que irei a casa dele mais cedo que o esperado. – sentou na escrivaninha, molhou sua pena e começou a rabiscar um pergaminho, colocou num envelope e prendeu na perna de sua coruja acinzentada que voou pra fora da sacada.
Pegou os seus sapatos e fechou a mala.
- Como vou sair daqui despercebido? – perguntou a prima.-Vamos, Andrômeda, me ajuda!!!
-Pense um pouco, Rapunzel! – ele ficou a encarando achando estranho o novo apelido. – Alôôô!!!Rapunzel, tranças, sacada!!! – Andrômeda ofereceu o lençol preto para o primo.
-Ah!!!
-Lerdo...– os dois começaram a amarrar lençol por lençol formando uma corda.Prenderam na sacada e Sirius aterrissou no jardim dos fundos.Depois a prima prendeu os dois malões de a gaiola de sua coruja na ponta da “corda” e foi descendo devagar.
-Andrômeda! – chamou baixinho. – Te adoro!!!Muito obrigado, te devo uma!
-Imagina!Anda logo antes que apareça uma das minhas “queridas” irmãs!!!
-Tchau!A gente se fala por cartas ou se vê em Hogworts!
-Ta ta...Rápido!Sugiro que pegue o Nôitibus se não seus pés já eram.
As malas pesadas o impedia de correr, mas fazia o máximo de esforço enquanto saía pelo portão dos fundos.
Já havia corrido seis quarteirões.Sentou ali mesmo no chão, pois estava muito cansado.Levantou a varinha esperando o Nôitibus aparecer.Olhava ansioso o tempo todo em seu relógio com mais de três ponteiros.Tentou relaxar e imaginar a cara que seus pais fariam quando descobrissem e que desculpa Andrômeda daria.Com certeza todos a matariam se soubessem a verdade.
O maroto avistou algo no céu, era sua coruja com uma carta que nela dizia:

Caro Almofadinhas,
Você é um idiota mesmo!É claro que pode vir.Aliás, a hora que quiser!Não to falando por educação!Eu to morrendo de tédio aqui em casa.To te esperando,
Pontas.

Suspirou aliviado e pôs a coruja cuidadosamente dentro da gaiola.Após alguns segundos a apareceu dois faróis altos e gigantescos pneus param cantando na rua.Um ônibus de três andares, roxo berrante se materializara do nada a sua frente.Letras douradas no pára-brisa informavam: O Nôitibus Andante.Um condutor de uniforme roxo desceu do ônibus calmamente para anunciar os eventos da noite:
-Bem vindo ao ônibus Nôitibus Andante, o transporte de emergência para bruxos e bruxas....
-Ta, ta... Demorou, hein? – Sirius fez um gesto de impaciência com as mãos e deu uma moeda de ouro para o jovem rapaz dentuço e alto. – E eu quero o chocolate quente.
-Com quinze você ganha a bolsa de água quente e uma esco...
-...Escova da cor a sua escolha...Eu sei, já andei de Nôitibus! – o maroto deu as malas e a gaiola para o rapaz que amarrou a cara. Sirius subiu no ônibus em seguida o jovem.
-Olá, Black! – disse o motorista já de idade. –Seus pais sabem que está aqui?
-Não e nem vão saber! – deu um galeão ao motorista que agradeceu levantando o chapéu.

***

Toc Toc.
A porta de madeira totalmente esculpida com desenhos de leões. Foi aberta lentamente ninguém mais ninguém menos por seu melhor amigo.
-SIRIUUUUUS!!!
-TIAGOOOOOO!!!
-SIRIUUUS!
-TIAGOOO!
-Ta, já chega.Entra logo, ó salvador das minhas férias.
Pegou as malas de Almofadinhas e colocou ao lado do sofá, na  sala.
-Sr.Black, que prazer revê-lo!! – disse um homem próximo a lareira acessa.Era um senhor distinto, vestes beges, cabelos castanhos e bagunçados. – Puxa, como cresceu!Até está mais alto que Tiago.
-Pai, ele sempre foi mais alto que eu.
-Como vai sua família? – disse senhor Potter ignorando o comentário do filho.
-Bem...Quero dizer, estão a mesma coisa...
-Entendo, jovem Black.
-Ta, agora já chega de encenações. – uma mulher de óculos que acabara de entrar na sala.Tinha cabelos negros longos e cacheados nas pontas. Tiago era extremamente parecido com ela(exeto pelo cabelo desarrumado). – Nem parece que Sirius Black está presente nesta casa!
-Tem razão, amor!Venha aqui, moleque! – o homem pegou Sirius e deu-lhe um cafuné carinhoso.
– Agora eu e o Almofadinhas vamos subir e guardar as malas.Mãe, podemos jantar no nosso quarto?
-Claro, querido!Mas antes eu quero dar um abraço bem forte no meu segundo filho! – a moça o pegou e o abraçou sufocando-o. – Como vai, o meu lindão?
-Bem...
-Ta ta... – o maroto fez um gesto de impaciência. – Vamos logo subir!Temos muito que fazer, planos infalíveis para zoar o Ranhoso, azarações pra estudar, encomendas de bombas de bosta, apostas de quadribol pra fazer...
-VOCÊS ANDAM APOSTANDO!? – berrou Sr.Potter.
-Err...Não...Nós apenas apostamos bomba de bosta! – mentiu Sirius.
-Hum...Bom mesmo, porque se eu souber que vocês andam apostando.... – avisou senhora Potter que logo após se retirou.
-Ei, filho. – murmurou o pai. – Aposto dez galeões que esse ano os Cannons perdem de lavada.
-Negócio fechado. – apertaram as mãos.
Os marotos subiram correndo as escadas arrastando os dois malões de Sirius.Entraram no penúltimo quarto.Para Sirius aquele quarto era o quarto dos seus sonhos.Todo decorado com vermelho e dourado, bandeiras e enfeites de leões espalhados por todo o canto, pôsters de times de quadribol, uma Firebolt jogada num canto, livros e mais livros de azarações, transfiguração avançada, defesa contra artes das trevas (todos roubados da seção reservada) e o pomo de ouro sobrevoando o quarto.
-Você vai ficar na cama de baixo como sempre. – Tiago pôs as malas ao lado do seu armário.
-Não é melhor você dormir em baixo?
-Por quê?
-Porque você sempre cai da cama e na maioria das vezes em cima de mim.Pior quando você começa a falar: “Lily...Ó Lily...” – imitou.
-Ah, para. – Tiago jogou uma almofada em Sirius.
-Quer guerra? – jogou de volta.
-O que eu acha? – jogou mais duas.
-Que sim!!! – pegou quatro e as atirou.
***
Já era meia noite e como Sirius havia dito, Tiago estava deitado em sua cama abraçado a ele e dizendo:
-Lily....Eu te amo....
Almofadinhas já não agüentava mais.Estava prestes a surtar.“Preciso sair daqui.”- pensou.
-Tiago, posso assaltar sua cozinha?
-À vontade, Lily.
Sirius desceu as escadas silenciosamente.Passou pela sala e entrou na cozinha.Começou a abrir todos os armários até que sentiu um arrepio.Virou-se cautelosamente.Olhou à sua volta e tudo calmo.Tinha sensação de que estava sendo observado.Suava frio.
Pensou em pegar a varinha, mas havia esquecido no quarto.Abriu a primeira gaveta, revirou-a e achou uma faca de churrasco.Pegou-a e escondeu atrás de si.Caminhou lentamente até a janela.Olhou e não viu nada, pois estava escuro demais.
Resolveu abrir a janela.Com muita força conseguiu.O vento forte esvoaçava seu cabelo negro que se camuflava na noite.Pôs a cabeça pra fora da janela, parecia tudo calmo.Ouviu uma voz atrás de si o chamar:
-Sirius...Fecha janela....Frio....
Bruscamente se virou de modo que a faca lhe cortou sua mão.Era ninguém mais ninguém menos que Tiago com uma caneca na mão, coçava os olhos, aparentava estar com muito sono.
-Seu maldito!Me assustou!
-Desculpe.... – disse Tiago sonolento.
-Também ficou com fome?
-Sede...Sua mão.
-Minha mão ta com sede???
-Não, idiota...Sangue... – bocejou.
-Caramba...Tem razão... – observava o sangue escorrer.
-Limpa isso! – deu um pedaço de papel toalha a ele.
Limpou cuidadosamente o machucado e estancou com o papel.Sentou-se na mesa redonda que ficava no centro da cozinha junto a Tiago.
-O que pensa em fazer da vida após se formar? – perguntou Sirius pensativo.
-Pretendo arranjar um emprego bom, me casar e ensinar quadribol pro meu filhão!E é lógico, dar umas dicas sobre mulheres. – resumiu Tiago.
-E se for menina?
-Tenho certeza de que vai ser macho!Mas e o Don Ruan?
-Viver bem longe dos Black, exeto Andrômeda e o pai e ter um emprego decente.Não é pedir muito. – Sirius pegara uma caneca de chá oferecida por Tiago.
-Que isso ocorra no futuro se até lá não formos expulsos de Hogworts! – levantou a caneca em um gesto de brinde.
-Haha, claro! – bateram as canecas. – Posso te fazer uma pergunta?
-Faça, Si-si.
-Você ama MESMO da Evans?Afinal você sabe, a aposta já não ta mais valendo.
-Eu não tenho certeza...Não, eu a amo sim.Porque só com ela que acontecem coisas estranhas comigo...
-Que tipo de coisas?
-Vamos ver...Com ela eu fico um pouco abobado...Fico fora de mim.
-Por isso que você fica que nem um tapado olhando ela ler na biblioteca?
-Aham.
-Por isso que no jogo você sempre perde o pomo de vista quando ela aparece?
-Também. – Tiago fica impaciente.
-Por isso que você não desiste de ter um encontro com ela?
-É!Agora me deixe continuar que eu peguei inspiração!Fico contando as horas pra revê-la.Morro de medo que aconteça algo...
-Já chega.Para com essa conversinha melosa!
-Fala isso porque nunca se apaixonou. – disse com o olhar distante.
-Huf!NUNCA vou me apaixonar, guarde bem isso.Huahuahua imagina Sirius Black se arrastando por uma garota, impossível...

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