O Humano escrita por AelitaLear


Capítulo 10
Capítulo 10- Amigados


Notas iniciais do capítulo

Hey pessoal, essa nota vai ser grande, mas é importante lê-la...

Bem, quero agradecer primeiramente a Deus!
Agradecer à todos os leitores, do Nyah, do Orkut, das amigas... Agradecer aos reviews, e-mails e comentários.
As recomendações lindas que eu não me canso de agradecer...
A minha amiga Ma que eu adoro muito!

O nome do cap eu inventei, por que o nome original não se encaixava... (Cap Decifrada) Bem, esse nome eu me refiro a duas pessoas, o Wes e uma certa garota rsrs



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Acabamos de trabalhar, eu e Wes fomos para as salas de banho. Agora eu estava bem mais aliviado de saber que não ia ter que dormir com a coisa no mesmo ambiente.

A sala não estava muito cheia, Lily e Trudy tinham acabado de tomar banho. Wes olhava para Lily com aquela expressão, seus olhos brilhavam, ele estava apaixonado.

Tomamos um curto banho, apenas para se refrescar, o sabonete daqui não era muito bom, era feito com cactos. Sempre quando acabávamos, saíamos com a pele ardendo por inteira, e no meu caso, a cor branca era substituída por vermelha.

Depois que acabamos o banho, eu fui para o meu quarto pegar as coisas principais para dormir. Peguei uma roupa simples para vestir amanhã, um colchão e o travesseiro. Quando acabei, fui para o quarto de Wes.

Arrumei um colchonete ali do seu lado, ajeitei meu travesseiro para que ele ficasse bem confortável. Não estava com sono ainda, deveria ser cedo, eu e Wes começamos uma conversa.

- Obrigado por me deixar dormir aqui. – Agradeci.

- Por nada, eu estava precisando de companhia.

- Eu nunca preciso, pelo menos não de uma masculina!

Caímos na risada.

- Se quiser Kyle, eu te dou... – Falei me lembrando das reclamações.

Wes pensou por um momento, depois riu.

- Não, não, prefiro você! Ele não é tipo sociável.

- Tem razão. Vive reclamando no nariz...

- Eu imagino. – Ele deu uma pausa, depois mudou de assunto. – Você não sente vontade de namorar?

Por essa eu não esperava, namorar quem? A escassez feminina era grande aqui. Tinha muitas mulheres, isso eu não podia negar, mas a maioria era mais velha. Por mais que eu estivesse na beira do fim do mundo, eu não estava tão desesperado assim, nunca curti as mais maduras.

- Falta pretendentes.

- É, no início eu também pensava assim. – Ele falava pensativo.

- Só no início?

- É, agora eu tenho Lily. Bom, quero dizer, eu quero ter Lily.

- Ah é, você gosta dela não é?

- Eu amo ela Ian!

- Faz tempo?

- Desde que eu a vi pela primeira vez...

- Corre atrás dela então.

- Não é tão fácil! Ela é mais velha, lembra?

- E daí? Não existe idade para o amor.

Eu discordava das minhas próprias palavras, eu não namoraria Lily, talvez ela não fosse meu tipo, talvez fosse por causa da idade. Ela era bonita, isso não podia negar.

- É mais... Não sou eu o problema!

- É ela, não é?

- É sim Ian, ela nem olha para mim...

- Ela deve ter medo de se relacionar com um moleque! – Dei um soco em seu ombro de brincadeira.

Rimos mais uma vez. Por mais que esse assunto fosse sério para ele, eu não perdia a chance de distrair e relaxar.

- Talvez fosse isso mesmo.

- Não fique assim Wes, quem sabe um dia ela não olha para você...

- Deus te ouça! É o que eu mais espero!

- Quem sabe um dia alguém não olhe para mim...

Dei uma risada, não tem mulher aqui para mim, isso eu tinha certeza. Ninguém que eu conhecesse combinaria comigo.

- A sua vez chegará, pode ter certeza. Pode ser que você não olha para ela agora...

- Ixi Wes, não tem pra quem olhar!

- Ah, vai saber né! Espera que um dia Ela aparece.

- Tem razão. Tomara que ela chegue aqui...

- E a Buscadora? – Wes perguntou.

- O que tem? – Falei bravo. – Ei Wes, eu não estou tão desesperado assim, não pego qualquer coisa! Você tá louco, ela é uma parasita lembra?

- Não Ian, não to falando de você namorar a Buscadora, nada disso.

- O que então? – Perguntei.

- Ela não voltou?

- Ah não, pelo jeito que você falou agora, parecia que queria que eu ficasse com ela.

- Não! Que horror, pare com isso! – Agora que Wes tinha entendido as próprias palavras.

- Ah, mas bem que eu queria ficar com a arma dela...

- Era uma 12? – Wes perguntou com os olhos brilhando.

- Não, era uma Glock.

- Nossa, que inveja! Eu bem que queria uma daquelas...

- Quem não queria? Como eu queria achar uma jogada por ai...

- Armas não caem do céu... Infelizmente.

Bocejei, eu estava com sono e queria encerrar o assunto.

- Vou dormir Wes.

- Ok, Boa noite.

- Boa noite.

Não demorou muito e eu cai no sono.

Acordei totalmente descansado, era bem melhor dormir no quarto de Wes, além dele não roncar a noite toda, ele parecia dar sorte nos meus sonhos. A noite toda eu sonhei com minha vida antes da invasão, sonhei com a minha família e com a época que Kyle era um pouco mais agradável.

- Bom dia Ian! – Wes me cumprimentou.

- Bom dia Wes!

- Dormiu bem? Ronco mais que Kyle? – Perguntou rindo.

- Dormi ótimo, você não ronca nada! Kyle parece um rinoceronte dormindo, a sorte minha é que ele foi na incursão.

- É, realmente você tem sorte. – Riu. – Já dormi uma vez perto de Kyle, numa época de chuva, o cara ronca mesmo!

- Nem se fale! Ahn... – Espreguicei. – Que vontade de dormir mais!

- Pena que não dá, fui pegar café e Jeb me encontrou no caminho, ele mandou chamá-lo.

- O que será que ele vai aprontar hoje? – Perguntei preocupado que ia trabalhar muito.

- Não sei, mas acho que ele quer sua ajuda para algo. Tem pão para você também.

Olhei para a forma que estava na mão de Wes, tinha 5 pães me esperando. Senti fome e os agarrei, por mais que esses pães não fossem a melhor coisa, estávamos sem muitos suprimentos.

Acabei minha refeição e fomos saindo para nossas devidas tarefas. Wes foi para outro lado, me disse que queria ver Lily antes de trabalhar. Caminhei até a sala principal, que já estava cheia, Jeb estava com algum plano importante, para chamar tantas pessoas assim.

Como eu estava de bom humor hoje, por ter acordado bem, mal cheguei e já fui falando oi para todos os que estavam lá. Todos estavam curiosos, tanto quanto eu.

Jeb chegou, só que dessa vez ele não estava sozinho. A coisinha estava com ele, e não parecia ser outro tour, acho que Jeb estava preparando algo bem maior.

Jeb foi aos poucos passando pelas pessoas, ninguém o cumprimentou. Quando ele passou por mim, fui mais educado.

- Oi Jeb. – Eu disse sorrindo. - O que ta planejando?

- Trabalhar no solo no campo norte. - Jeb falou.

- Quer ajuda?

- É bom, se faz útil. - Jeb resmungou.

Fui para a fila indiana de Jeb, garota e eu. Ela não deveria estar gostando de eu estar nas suas costas. Continuamos caminhando, logo encontramos Wes, no meu caso, foi um reencontro.

- Oi Wes. – O cumprimentei.

Wes estava assustado com a garota, ele a observou em silêncio até que passamos. Eu ri da cara dele, estava bem engraçada. Depois passamos por Doc.

- Oi Doc. - Eu disse.

- Ian. – Doc me cumprimentou. - Bom dia Jeb. Bom dia Peg.

Peg? Peg? Quem é Peg?

- Bom dia. - Jeb respondeu.

Peg é a garota? De onde tiraram isso agora? Peg.

- Vejo vocês por aí. - Doc disse.

- Hã, Peg? – Perguntei.

- Minha idéia. - Jeb disse. - Combina com ela, eu acho.

- Interessante. – Eu disse.

Nós chegamos ao campo norte, tinha mais pessoas ali. Todas elas olharam para nós, assustadas por causa de... bem... Peg.

Íamos precisar de ajuda, notei que as que estavam na praça central não nos seguiram, eu tinha uma suspeita, a culpada era... Peg.

- Não os dê atenção. - Jeb murmurou para ela.

Jeb foi até a pilha de bagunça pegar algumas ferramentas, colocou a sua arma na cintura, para facilitar o trabalho. Pegou duas pás e uma picareta, quantidade certa para nós três.

Todo mundo continuou a olhá-la, ela estava bem nervosa. Eu estar ali perto só piorava a situação de nervosismo. As pessoas estavam com ferramentas, e elas colocavam em posições de armas.

Jeb voltou e passou uma pá para ela, para mim, é claro, uma picareta.  Eu iria ter o trabalho mais difícil, pudera, eu era bem maior e bem mais forte. Nem Jeb nem... Peg, poderiam lidar com a picareta.

- Vamos ficar no canto do fundo. – Jeb ordenou.

Jeb nos levou para o canto, um lugar bem longe de todas as pessoas.

- Ian, quero que você pulverize o solo. Peg, você revira a terra.

- Tudo bem. – Peg disse, eu apenas concordei com a cabeça.

Fui quebrando a terra em pedacinhos, ela ia atrás mexendo nela. Depois de um tempo, o calor aumentou, eu via o suor escorrer da minha face. Tirei a camisa para me refrescar. 

Eu tinha a sorte de ter nascido com grossos braços cheios de músculos, minhas costas também ajudavam. De vez em quando, quando muito líquido se perdia do meu corpo, eu ia buscar água para mim. Levava para eles também.

Sempre antes dela dar o primeiro gole, cheirava várias vezes. Acho que ela desconfiava que estava envenenada, mesmo assim a sede era maior, ela bebia cada gota de água.

Finalmente chegamos na última fileira, finalmente pude parar para descansar. Alonguei meu corpo inteiro, provocando estalos. Estiquei minhas duas mãos, junto com a picareta, para ficar bem mais alongado.

Todos pararam, o campo estava completo.

- Bom trabalho. -  Jeb anunciou em uma voz alta para o grupo. - Nós semearemos e irrigaremos amanhã.

Todo mundo começou a falar enquanto colocavam suas ferramentas na parede. Eu escutava algumas pessoas reclamarem da presença de Peg, eu não me importava mais.

Queria ser gentil com ela, a culpa novamente aflorava. Estendi a mão para pegar a sua enxada. Ela me deu com muito medo, era boba. Tava na cara que eu não ia fazer nenhum mal para ela.

- Te vejo amanhã, Peg. – Gritei bem de longe, ri.

Todo mundo me encarou, não entendi por que. O que custava ser gentil às vezes? Não me importava mais de dormir no mesmo ambiente que ela, voltaria hoje mesmo ao meu quarto.


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Notas finais do capítulo

Hey pessoal! Não sei se notaram, mas eu tirei a nota do meio da história por que as novas regras proíbem isso.
Desculpe-me por fazer isso, prometo nunca mais cometer esses deslizes!