The Story Of a Fighter Girl: Violence escrita por Mona


Capítulo 7
NAMORANDO !!!???


Notas iniciais do capítulo

Gente, só para lembrar, as férias em Liverpool são diferentes daqui. Eles tem férias em julho, agosto e setembro.



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Depois disso, não aconteceu nada de muito interessante (que novidade). Eu meio que perdoei o Rupert, mas eu não gostava muito dele. Afinal, ele estava mentindo para a minha melhor, e única, amiga. Eu tentei avisá-la, várias vezes, mas ela não acredita e diz que eu estou com ciúmes.

Vamos pular mais alguns anos. Outubro de 2009, começo das aulas. Catorze anos, 8ª serie. A propósito, eu passo as férias no orfanato. E, desde que eu entrei na CIPL, eu não fui expulsa do meu orfanato atual. Feliz, não?

Bom, dessa vez foi Rupert que veio falar comigo. Ele estava cansado de esperar a Livvie vim falar com ele, quer dizer, ela gosta dele desde os oito anos e nunca teve coragem de falar com ele.

–Porque a Lizz tem vergonha de mim? Isso é ridículo.

–Hã... oi? O nome dela é Livvie, e ela é tímida.

–Ridículo.

–Você já disse isso.

–Eu sei.

Daí ele se virou e foi embora. No outro dia ele veio falar comigo de novo. Só que não foi sobre a Livvie, ele veio tirar sarro de mim não-lembro-porque.

–Você não se cansa, né?

–Como assim?

–De me humilhar.

–Ah. Não.

–...

–O que foi?

–Porque você não tenta conquistar a Lucy com seu “charme” ?

–Porque eu não gosto dela.

Eu quase engasguei. Nunca ouvi um menino, que conhecesse a Lucy e que não teve seus olhos ou cérebro retirados, falar isso. Ainda mais com tanta naturalidade.

–Por quê?

–Por que o que?

–Por que não gosta da Senhorita Perfeita?

–Por que ela é a Senhorita Perfeita. Ela é linda, metida, patricinha, frufru, todos gostam dela e sei lá o que mais.

–Nossa.

–E além do mais... eu não gosto de loiras.

Daí ele se virou e foi embora, como sempre faz. Eu contei isso para Livvie e ela, tipo, começou a pular e dar gritinhos. Mas o que eu não tinha reparado é que a Senhorita Perfeita tinha ouvido nossa conversa. Não eu e Rupert conversando, mas eu e Livvie conversando no nosso quarto. Que é do lado do dela. Ah, a ironia. A doce ironia.

No dia seguinte, chegamos aonde eu queria, o dia em que eu quis matar ela. Aquele dia em que eu estava contando da minha “Grande Luta” e tive vontade de esmagar a cabecinha perfeita da Lucy.

Ela contou para o diretor que eu e Rupert estávamos NAMORANDO !!!??? Fala sério, eu nem gosto dele. Ele é um canalha. É claro que é proibido namorar na escola (sendo que Lucy e Steve namoram desde o Big Bang). Ele me chamou na sala dela junto do Sr. Canalha e da Senhorita Perfeita.

Eu neguei tudo que a Lucy tinha dito, e o Rupert não abriu a boca. Ele estava sério, mas com frieza nos olhos. Quando o diretor perguntou para ele se era verdade, ele disse:

–Sr. Densuel, creio que Lucy seja sua aluna preferida. Ela não é perfeita? –sim, ele estava sendo sarcástico com o diretor- Mas, ela está dizendo a verdade. Tem sim um casalzinho na escola. Ela só errou os participantes –ele se levantou, apoiou na mesa do diretor e abriu um grande sorriso, que deu até um pouco de medo.- Lucy e Steve namoram desde que o mundo é mundo. Sugiro castigá-la por difamação de caráter e por ter um relacionamento proibido na escola.

Depois ele simplesmente virou e saiu da sala, como sempre faz. O Sr. Densuel olhou primeiro para mim, com cara de confuso, e depois para a Lucy, que estava preocupada. Então ele nos dispensou.

Na saída eu encontrei o Rupert, que olhou para mim, depois para a Lucy (que estava muito brava com ele) e começou a dar risada da cara dela. Ela saiu correndo resmungando com si mesmo.

–Como fez aquilo?

–Simples, o Sr. Densuel é pai da Lucy. Ele sabe quando ela esta mentindo.

–Ele é pai da Lucy?

–Yep.

–Como você sabe?

–Tenho minhas fontes.

Dois dias depois eu recebi uma carta de advertência. Não é nada comparado ao que eu passei nas outras escolas, e nada comparado ao que eu iria passar se Rupert não tivesse usado seu poder de persuasão.

Na verdade, Lucy não era filha do diretor coisa nenhuma. Eu perguntei para ele. Acho que Rupert enfeitiça as pessoas. Talvez ele fez isso com a Livvie também. Em falar na Livvie, ela ficou sabendo e ficou brava comigo. Foi mais ou menos assim:

–Onde você estava?

–Na sala do diretor.

–Eu não acredito que você fez isso!

–Isso o que?

–Você namora o Rupert!? Que grande amiga. Por isso queria que eu desistisse dele.

–Lucy.

–É, Lucy. Talvez ela seja melhor amiga que você!

–Eu não namoro ele –revirei os olhos e ela viu que eu não estava mentindo.- Eu não sou nem amiga dele. Ele é um canalha, e esta mentindo para você. Lucy ficou com ciúmes porque ele não gosta dela.

–Ah...

–Acredita em mim?

–Acredito. Você não combina com ele. E é bem a cara da Lucy.

–Pois é.



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Notas finais do capítulo

E a foto é do nosso casal preferido -não
Espero que tenham gostado!