PDV: Nathy

Nervosa eu ? Nem um um pouco, eu estava mais do que nervosa quase a beira de um ataque, eu sabia que eles estavam se aproximando, todos estávamos ao redor da campina mais ou menos em nossas posições, esperando que o pior acontecesse e a luta começasse.

-Sério maninha, essa sua mania de bater os pés não ajuda em nada ...- disse Ej, sua voz parecia irritada, eu sabia que um dia essa máscara tranquila de meu irmão iria por água a baixo

-Não enche – sibilei

-Ok desculpe, eu só vim aqui para desejar boa sorte – ele disse e me abraçou, eu suspirei me envolvendo no abraço de meu irmão, se tudo acabasse eu jamais esqueceria dele, do seu jeito brincalhão, fofoqueiro e idiota de ser, mas ele podia ser doce e leal quando queria, eu amava Ej com todas as minhas forças, ele era meu irmão ... meu melhor amigo.

-Eu te amo – sussurrei

-Eu também -ele me abraçou de volta

E então o pior aconteceu ouvimos passos se aproximando eram milhares, os olhar de todos se encontrou e começamos a formar posição, os olhos de Alice estavam fixos, eu sabia que ela estava vendo eles chegarem, só não esperava ver aquilo. Havia mais gente na guarda Volturi, havia uma vampira a mais sorridente e ruiva, Tanya traidora ! E lá estavam lobos brancos, era a matilha de Caroline, haviam dez lobos brasileiros ali um pequena matilha para ajudar os Volturi, aquilo era mais calculado e planejado do que todos havíamos pensado, estava armado por todos ao nosso redor, todos nos apunhalando, senti a dor dos Denali ao ver Tanya do lado oposto, vi dor estampada nos olhos de Ej, e senti meus olhos queimarem de fúria ao avistar Adam.

E lá estavam eles os Volturi, a sua frente Aro, Marcus e Caius, seguidos pelos gêmeos malignos, Jane e Alec, e logo atrás suas esposas e criados, eu os encarei de frente, Carlisle ficou ao meu lado, ele tinha que ser o porta voz, a tensão era vista dos dois lados da campina, um lado visivelmente menor que o outro, que parecia rir da situação que o meu lado se encontrava, eram mais do que esperávamos, e o medo só aumentava, mas isso não me impedia de encara-los de frente, assim como tinha que ser eu tinha que acabar com eles e era por isso que eu estava ali.

-Saudações meu caro Carlisle – disse aro e deu um sorrisinho falso

-Saudações Aro – disse Carlisle, com a voz visivelmente tensa- posso saber o por que de ter a honrra de sua presença, por aqui ?- perguntou

-Eu vim propor algumas coisinhas com vocês meus caros amigos, mas vejo que vocês já estão devidamente preparados para dar um não a minha resposta – disse ele e sorriu, apontando para os milhares de vampiros que se encontravam na clareira

-Obviamente, não é uma opção para nós, nos render por um capricho egocêntrico de um maluco que se acha o rei – comentei sorrindo, e aro apenas sorriu ameaçadoramente e me olhou, percebi a tensão aumentando do meu lado

-Nathally, a preciosidade do clã Cullen, é um prazer conhecê-la – disse Aro sorrindo e deu um passo a frente estendendo a mão, eu ia andar mas senti Edward segurar em meu braço, certamente por que minha mãe mandou, me desvincilhei de seu aperto e caminhei em direção a Aro

-Muito prazer – eu disse dando a mão a ele, seus olhos saíram de foco por alguns instantes e depois voltaram, eu obviamente só havia transmitido a ele as coisas que eu queria que ele visse

-Muito interessante – ele sussurrou

-Eu sei – disse encarando-o da mesma forma que ele me encarava, minha expressão maniaca do parque deveria estar ótima

Voltei para o meu lado assim como o branquelo com cabelo de um cantor de sertanejo famoso no brasil voltou para o dele, a luta com certeza já estava para estourar, eu vi isso na mente de Aro, ele não aceitaria o não e sabia que receberia o não, então o plano dele era matar todos até o último e acabar com as chances de existir um clã maior e mais forte que o dele, que além de tudo agora continham lobos brancos.

-Bom a jovem Nathally sabe da proposta, então o que me dizem, que tal juntarem-se a nós, todos vamos formar uma grande família, útil, juntos nós nos tornaríamos invencíveis, ninguém poderia nos vencer, seríamos o maior clã de todos os tempos- disse Aro, seus olhos brilhavam com a possibilidade de poder

-Sinto muito meu caro amigo, mas não podemos aceitar não queremos poder não queremos lutas, nem nada apenas queremos continuar vivendo nossas vidas por aqui sem sermos atrapalhados

-Temo que não seja possível meu querido amigo, ou vocês estão ao meu lado, ou infelizmente teremos que mata-los, vão começar a desconfiar de tanta gente junta e vocês não vão se separar, então isso poderia ameaçar nossas vidas, poderiam descobrir sobre nossa existência, então isso causaria um grande problema, e sabe como somos quanto a isso, preferimos acabar com um problema mesmo antes de ele tornar-se um- disse Caius, a voz dele me dava medo era ameaçadora e quinze vezes mais potente, o Aro poderia até mandar mais, mas o Caius era que dava efeito em suas ordens

-Então vamos logo para a luta, por que nós nos recusamos a nos juntar a vocês- eu disse e sorri, eu não aguentava mais isso, tinhamos que enfrentar logo, alimentar essa tensão só nos prejudicaria mais

-Todos estão certos disso ?- perguntou Aro, aquela pergunta declararia guerra

Nós nos olhamos por uma questão de segundos, todos os olhares se conectaram transmitindo apenas uma mensagem, estávamos prontos para enfrentar qualquer coisa, nós iriamos lutar até a morte contra esses idiotas, é agora que o jogo ia começar ...

-Sim estamos muito certos disso – disse Edward

-Então eu sinto mais teremos que fazer o pior, Alec por favor – chamou Aro, Alec colocou-se a frente, então era isso que Aro tentaria fazer, nos deixar cegos sem sentidos e acabar com todos nós, o que ele não esperava é que eu estava mais que preparada para isso

Estendi em volta de nós um escudo enorme, e mandei a mesma mensagem para minha mãe que cobriu o meu escudo, eu conseguia ver, ou mais ou menos imaginar o efeito que este escudo tinha, eram duas camadas, o que nos tonava quase impossível de sermos atingidos, vi claramente uma neblina se aproximar de nós era o poder de Alec sendo jogado, ele bateu em meu escudo de forma que eu senti a intensidade e ricocheteou voltando para seu dono, de forma tão rápida que percebi uma certa oscilação de Alec.

-Não adianta querido Aro, ou você para de ser covarde e se prepara para uma boa briga, ou saia daqui – eu disse sorrindo

-Então é assim que vocês querem ?- perguntou ele em um tom ameaçador

-Sim- eu disse e sorri

-Então atacar – berrou Aro enfurecido

E bom ai a porra ficou literalmente séria, os Volturis vieram em nossa direção prontos para atacar, e nós ficamos na formação original, eu ainda segurava o escudo, mas me preparava para atacar, e eu sabia de quem eu era o principal alvo, Tanya, a vadia vinha em minha direção com uma vontade estampada nos olhos, mas eu ia acabar com sua graça. Fingi estar distraída, e quando senti ela se aproximando me movimentei rapidamente em sua direção, mas essa não era uma luta de brincadeira não era um treino, eu tinha apenas uma chance de marcar o gol, ou então eu seria marcada, e foi isso que eu fiz, com uma rapidez inacreditável, ataquei-a e sem olhar para trás e nem para nada, desmembrei-a arrancando parte por parte de seu corpo e jogando-o em uma fogueira, que não sei como havia sido montada por ali, percebi que as Denalli me olhavam com raiva, mas era mais chateação do que raiva, elas sabiam que era preciso.

Apartir daí eu fiquei cega, eu atacava matando todos os vampiros de manto preto que eu via, eu não olhava para os lados, apenas checava alguns pensamentos para ver se minha família ainda se encontrava completa, por enquanto com ajuda dos dons, principalmente dos escudos e da capacidade de Beijamin com os quatro elementos, estavámos em vantagem nenhum de nós havia morrido, já a guarda dos Volturi havia perdido vários, por enquanto nenhum importante, a guarda de elite esperava que os outros fizessem o trabalho sujo por eles, mas tudo que eles estavam conseguindo era perder vários de seus membros.

Não sei quanto tempo passou sei que aquilo estava começando a doer, meu escudo parecia pesar sobre mim, meu corpo estava cansado, minha familia arrasada, sim, havíamos perdido alguém, Katherine tentando defender sua irmã acabou sendo jogada ao fogo e queimada, tinhámos uma perda que comparada ao tanto que os Volturi perderam não era nada, mas eles não se importavam com nada que não fosse eles mesmo, nós sim e aquilo nos doia, mais do que tudo.

E pela primeira vez encarei a minha frente lá estavam os Volturi Aro,Caius,Marcus e suas mulheres, exceto a de Marcus que havia sido morta por seu próprio irmão Aro, só a guarda de elite havia sobrado, lá estava Jane, Alec, Demetri, Felix, Heidi, Renata, Santiago, Afton, Chelsea, Corin e obviamente o grande idiota do Adam, também haviam alguns lobos ainda vivos, ou melhor dois, Carolina e seu pai.

Nós nos encaramos friamente, ficando de frente para aquela guarda tristemente destruída, eles continuavam do mesmo jeito, arrogantes confiantes de si, Carlisle estava preocupado, não queria destruir não queria matar a todos, e então resolveu fazer uma oferta a todos eles, eu não gostava daquilo, quem garantia que se eles fossem embora, eles não voltariam anos mais tarde para acabar conosco ?

-Podemos fazer um acordo, não precisamos acabar assim, vão embora e nos deixem em paz e nós não atacaremos mais – falou Carlisle, torcendo para que os Volturi

-Não meu caro Carlisle agora que a luta ia ficar divertida, aquilo que você mataram pouco importa, conseguimos uma guarda melhor que essa em dias, agora eu quero ver vocês ganharem de nós, é a nós que você deve temer – disse Caius e sorriu malignamente, aquele sorriso me causou arrepios

-Muita arrogância, e uma confiança excessiva, para um vampiro que nem um dom tem, gaba-se pelos dons e pelo poder dos dois irmãos, por que no final é só mais um sozinho sem nada que possa defendê-lo, qual é Aro matou a própria irmã, mulher de seu tão fiel companheiro de trono Marcus, e olha que Didyme era sua querida irmã que possuía um dom que não era de se jogar fora, já pensou que se um dia você não for conviniente Caius pode jogar você e sua pobre mulher fora, e nem venha com essa de que Aro não manda sozinho, Aro manda sim sozinho, se não fosse por ele vocês seriam tão comuns como qualquer outro vampiro, mas não se envergonhe se eu fosse uma maluca com fortes oscilações no humor e uma vontade incontrolável de seguir um regime de leis só para atazanar e achar que o mundo está em minhas mãos eu também ficaria bem quieta e apoiaria o meu amiguinho mais poderoso – falei Caius nesse momento quase se lançou pra frente, ele ia cair perfeitamente em minha armadilha mas Adam o segurou

-Não meu senhor, é uma armadilha se eu bem conheço Nathally – disse Adam e me encarou

-Inteligente observação Adam, está ficando inteligente – eu ironizei e ele me encarou friamente

-Muito respondona essa menina, sabe que essas são as piores, as que morrem mais dolorosamente – sussurrou Jane

-É impossível – ouvi Chelsea sibilar para Afton

-Óbvio que é impossível, não vamos te deixar entrar em nossas mentes e desfazer nossos laços familiares Chelsea, é íncrível como vocês são tão arrogantes capazes de pensar que não tínhamos o minimo de preparação para enfrenta-los – disse Eleazar

-Quer saber chega de conversa – disse Demetri em sem esperar muito atacou Emmett

Agora tinhámos pessoas certas para atacar, eu corria em direção a Jane mas me senti brutalmente atacada por trás, soltei um gemido de dor tentando projetar meu corpo para frente, após muito esforço consegui bloqueá-lo, prendendo o atacante e jogando-o para baixo de mim, mas eu não podia acreditar quem estava me atacando era o Adam, ele me encarou com os olhos irritados, e eu apenas sorri para ele, naquela posição não tinha como desmembra-lo, me levantei rapidamente em um pulo, percebi que ele também havia levantado, eu estava em cima de uma árvore analisando seus movimentos, e quando ele virou-se a tempo de ver Corin ser morta por Ej, eu o ataquei arrancando seu braço, ele urrou de dor me jogando para o outro lado da campina, tentei me proteger de diversas maneiras, mas não teve como evitar que eu batesse fortemente minha cabeça contra uma árvore e que caísse sobre minha perna esquerda entortando-a, eu havia sido lançada pra muito longe, eu estava entre as árvores, sabia que se alguém me atacasse por ali eu estaria morta, não conseguia encontrar forças para levantar, ouvi passos de alguém se aproximando ali deveria ser meu fim, e era olhei para cima de vi que Adam sorria, suas presas cintilavam e seus olhos azuis brilhavam de ódio, seu braço estava tentando se regenerar, mas antes disso ele me mataria em um piscar de olhos, tudo que eu conseguia pensar era na minha família nos olhos brilhantes do Seth, nas tantas coisas que eu pretendia fazer, na faculdade que eu pretendia me formar, mas eu não me mexia não tinha expressão só conseguia encara-lo.

-Acabe logo com isso, vamos me mate – eu disse minha voz saiu trêmula e fraca

-Corajosa até o último minuto, algum comentário espirituoso a fazer agora Nathally ?- perguntou-me Adam

-Eu poderia começar a te zoar por causa de seu braço que está faltando, Adam-sem-braço, poderia também te chamar de criadinho fiel, com essa história de “meu senhor” - eu disse imitando sua voz, e sorri para ele, eu não abaixaria a cabeça para ele, Adam se aproximou de mim e me desferiu um tapa forte no rosto, minha cabeça automaticamente se virou e eu levei minha mão ao rosto e foi pior do que eu imaginei quando olhei minha mão ela estava molhada pelo sangue que pingava de minha cabeça

-Mais alguma brincadeirinha ? -ele perguntou novamente me encarando

-Várias... mas o que eu vou te avisar agora não é uma brincadeira é a mais pura verdade, eu não tenho medo de você, me mate me espanque mas eu não vou abaixar a cabeça, por que no final de tudo isso, quando eles perceberem que eu não estou lá e seus amantes vampiros estiverem mortos, quem vai morrer é você, e eu vou ter o prazer de estar sentada em uma linda nuvem, olhando você ser desmembrado por lobos e vampiros- eu disse olhando-o com intensidade, dessa vez Adam chutou-me na barriga, eu tossi cospindo um pouco de sangue e voltei a encara-lo com raiva

-Cala a boca ! Você é uma vadiazinha apaixonada, que se acha a verdeira guerreira, mas não passa de uma criança medrosa que acredita em todo mundo e as vezes até fortemente manipulada, ou você não se lembra quando eu te seduzi e te levei até aquele lugar, te fazendo atacar um pobre homem inocente que fazia piquenique com sua namorada, eu te induzi sme dom algum e você foi lá e matou aquele pobre senhor e depois teve que me pedir ajuda e me ajudou com dois corpos sendo jogados no lago, e depois ficou chorando no meu peito sentindo-se culpada, como uma criança, dúvido que qualquer um dos Cullen, saibam dessa sua pequena aventura- disse ele com um sorriso cintilante, essa história me causava arrepios e uma dor imensa, me curvei pela dor e pelo embrulho no estômago que eu sentia no momento

-Cala a boca, fique quieto você não tem o direito de falar essas coisas para mim – berrei

-Tenho sim, quem fala o que quer ouve o que não quer e agora você vai ouvir, sua pirralha, vai ouvir tudo que está engasgado, por aquele tempo que eu tive que aguentar, pelo dias que você me rejeitou e eu fingia gostar de você, pelo tempo que tive que aguentar sua criancice e esses seus familiares vampiros que fingem ser humanos, o tanto de amigos meus que você matou, você realmente merece ser torturada – falou Adam e puxou meu cabelos com força e depois os soltou fazendo minha cabeça bater contra a árvore, eu estava começando a ficar zonza novamente quase desmaiando

-Por favor, para com isso me mata logo vai- eu disse com a voz rouca beirando a inconsciência

-Acho que já está na hora, então quais são suas últimas palavras ?- perguntou Adam aproximando-se para dar o golpe final, e então eu vi duas sombras se aproximarem, o que só me deixou com mais medo

-Você vai morrer – eu disse sorrindo e fechei os olhos