Forbidden Love escrita por carol_teles


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Finalmente o o próximo capitulo! Caramba, eu to pirando sem saber o que escrever mais!
Bom, acho que o próximo seja só depois do ano novo. Quem sabe, com muita sorte, eu consiga postá-lo antes do natal. ^^
Aproveitem.



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— Kyoko-chan, Shou, vamos começar a gravar o PV amanhã. Então estejam prontos.

— Sim.

— Bem, agora vocês deviam continuar a trabalhar.

— Ok, Asami-san. – Kyoko sorri.

Todos tinham concordado em usar a música de Kyoko. E Asami já tinha pensado em tudo.

— Ei, Kyoko, vem comigo.

— O que foi Shou?

— Tem uma coisa que eu... quero te dizer. – Shou diz, meio nervoso.

— Ok. – eles entram no estúdio.

— Escute isso, okay? Eu coloquei tudo de mim dentro dessa música.

— Ok.

 

I can take the rain on the roof of this empty house, that don't bother me

I can take a few tears now and then and just let them out

I'm not afraid to cry

Every once in a while even though goin on with you gone still upsets me

There are days

Every now and again I pretend I'm okay but that's not what gets me

 

What hurts the most, was being so close

And having so much to say

And watchin you walk away

Never knowing, what could have been

And not seein that lovin you

Is what I was tryin to do

 

It's hard to deal with the pain of losing you everywhere I go

But I'm doin it

It's hard to force that smile when I see our old friends and I'm alone

Still harder gettin up, gettin dressed, livin with this regret

 

But I know if I could do it over

I would trade, give away all the words that I saved in my heart that i left unspoken

 

What hurts the most, is being so close

And having so much to say

And watchin you walk away

Never knowing, what could have been

And not seein that lovin you

Is what I was tryin to do

 

What hurts the most, was being so close

And having so much to say

And watchin you walk away

And never knowing, what could have been

And not seein that lovin you

Is what I was tryin to do

 

Not seein that lovin you

that's what I was tryin to do…

 

— Eu sei que não tenho o menor direito de dizer isso, mas eu te amo, Kyoko.

— Shou...

 

— Corta! Corta! Não, não, não! Kyoko-chan! Você está bem? – Date diz, cortando uma cena no meio da gravação, pois Kyoko congelava no meio dela. Já era a 6ª vez que isso acontecia.

— Me desculpe, diretor. Me desculpe. – ela se curva.

— Você devia descansar um pouco agora. Quando você puder, nós fazemos essa cena.

— Me desculpe. – Kyoko se curva e sai do set, com a mão na cabeça. Ela precisava falar com Ren. Pedir algum conselho de como ela podia excluir a confissão de Shou da sua mente. Ela não podia atrapalhar mais as gravações. Ela vai até a sala dele, entrando, esquecendo de bater na porta.

— Ren, será que eu poderia... – Kyoko congela na porta. No meio da sala, Ren e Julie, esposa de Kuu, estavam se abraçando, e Ren beijava a testa dela. Kyoko estava chocada.

— Ah, Kyoko-chan! – Julie se afasta de Ren, percebendo a garota na porta.

— Me desculpe... Eu não... eu... vocês...

— Kyoko, espere, eu posso explicar... – Ren diz, estendendo a mão na direção dela.

— Me desculpe! – Kyoko fecha a porta e corre para sua sala, trancando-a.

— Ela deve ter entendido errado. – Ren fala, sentando-se no sofá, desesperado. Ela com certeza devia odiá-lo agora.

— Calma, Ren.

— Não, mãe, você não está entendendo. Ela nos viu abraçados, eu estava lhe beijando. O que você acha que ela vai pensar disso? – Ren olha para a mãe, os olhos tristes.

— Eu sei, Ren. Eu sei. Mas não precisa se desesperar.

— Ela deve me odiar agora! O que eu vou fazer? – Ren pergunta, colocando a cabeça entre as mãos.

— Contar a verdade, Ren. Você vai contar pra ela. – Julie diz sorrindo.

— Mas ai ela vai me odiar ainda mais.

— Ren, é da Kyoko-chan que estamos falando. Ela vai entender.

— Mas eu...estou com medo. O que eu vou fazer se ela não me perdoar? Eu menti pra ela todo esse tempo. Eu não suportaria tê-la me odiando, mãe.

— Ren, nós vamos falar com ela. Eu, você e seu pai. Você conhece a Kyoko-chan muito bem. Ela não é esse tipo de garota. Ela vai te entender.

— Mãe... – Ren abraça Julie, igual um filho com medo de algo. Fazia muito tempo que Ren não tinha esse sentimento. O medo. E fazia mais tempo ainda que ele abraçava sua mãe em busca de conforto.

Ela estava certa. Ren tinha que contar tudo para Kyoko. Tudo sobre seu passado. Ela iria entender. Sim, ela entenderia. Ren tinha certeza. Ou era o que ele tentava se convencer.

 

— Ren? O que houve? – Julie pergunta alguns dias depois. Eles tinham combinado que deixariam a poeira baixar e depois contariam para Kyoko.

— Ela não está falando comigo. Ela está me evitando.

— Eh?

— Eu tentei falar com ela várias vezes, mas ela sempre arranja uma desculpa e corre para longe. Mesmo lá em casa.

— Lá em casa? Ela está morando com você? – Julie pergunta, surpresa.

— Sim. Só enquanto ela não consegue um apartamento. Ela chega tarde de propósito, ou então chega cedo demais e se tranca no quarto. Bem, pelo menos ela não está brava o suficiente para deixar de fazer eu me alimentar. – Ren suspira, olhando para Kyoko, que estava conversando com o diretor.

— Ei, vocês dois ai! – Kuu se aproxima – Sobre o que estão cochichando?

— Kuu... – Julie é abraçada pelo marido. Ren percebe Kyoko olhando para os três, então virando o rosto.

— Ah, eu vou morrer! – Ren suspira.

— O que houve?

— Kyoko-chan nos pegou tendo um momento mãe e filho. – Julie explica para o marido.

— Ah, isso explica o porque dela estar me evitando. – ele diz, olhando para a garota.

— Ela está te evitando? – Ren pergunta, surpreso.

— Sim. Acho que ela ta em dúvida se me conta sobre a traição da minha esposa com meu filho. – ele sorri.

— É isso. Eu não agüento mais. Vou contar pra ela hoje. – Ren se levanta. – Será que vocês poderiam vir para minha casa hoje de noite?

— Claro, Ren. Não se preocupe, ela vai entender. – Julie abraça o filho, que devolve.

— Ei, o Kuon está olhando pra vocês. – Kuu avisa, sorrindo. Ren se separa imediatamente da mãe, olhando para Kyoko, que desvia o olhar rapidamente.

— Ah, meu deus.

— Ren!! Julie-san!! Precisamos de vocês!

— Ah, cara, logo essa cena agora. – Ren suspira. – Hai! – ele grita para o diretor.

— Vamos Ren. Não fique com assim. Esse não é o meu filho Kuon. – ela sorri e vai andando em direção ao diretor.

— Ren, espere um pouco. Antes vamos fazer a cena delas se encontrando.

— Hai. – Ren percebe Kyoko se afastando dele. Ele suspira e ela pula pra longe.

— Kyoko-chan? – Date olha para a garota, sem entender.

— Ah, não, eu... hã, vou pro set. – ela corre para lá, se posicionando.

— Bem, pronta, Julie-san?

— Sempre. – ela sorri e vai para o set.

— Ok, Câmeras? Ação!

 

— Eu posso me sentar aqui? – uma mulher loira, alta, a mais linda que Yumiko já tinha visto pede.

— Sim. – ela diz, sorrindo.

— Meu nome é Yamamoto Natsuki. E o seu? – ela pergunta sorrindo.

— Saionji Yumiko. Pelo menos eu acho. – ela diz, sorrindo tristemente.

— Como assim?

— Eu... sou adotada.

— Entendo. É por isso que está triste?

— Eh?

— Bem, eu vi você aqui, sentada, parecendo triste.

— Ah, é tão óbvio assim?

— Um pouco. – ela sorri.

— Não, eu até estou um pouco feliz com isso.

— Feliz?

— Sim. Meu irmão... eu antes mesmo de saber que era adotada, eu amava ele. Não como um irmã, mas como uma mulher. Isso me machucava tanto. Saber que nunca poderia dizer pra ele.

— Nossa, você tem um problema. Mas agora você descobriu que não são irmãos. Por que não conta pra ele?

— Eu tenho medo. Eu não sei o que ele pensa de mim, se ele gosta de mim.

— Mas se você não disser, ele nunca vai saber certo?

— É, eu sei. Ah, por que a vida é tão complicada?! – Yumiko bagunça seus cabelos.

— Hehehe, você não devia reclamar. Agradeça que tem ele e pode amá-lo.

— É, acho que tem razão. Mas por que você está triste?

— Eh?

— Você está, não é? Seus olhos...

— Ah, você é bem sensível.

— Às vezes... – ela ri sem graça.

— Você quer ouvir uma história?

— Sim.

— Sabe, há muito tempo atrás, eu me apaixonei. Você não sabe a minha felicidade ao saber que ele também me amava. Nós planejamos nos casar e ter filhos, mas a vida nem sempre é como queremos.

— Aconteceu alguma coisa?

— A minha família não o aceitou. Meu pai queria que eu me casasse com um homem que ele escolheu e cuidasse dos negócios da família. Eu disse que não me casaria com alguém que não amava. Mas meu pai não me escutou. Nós fugimos.

— Eh?

— Eu e o único amor da minha vida fugimos. Os momentos que passamos juntos foram os melhores da minha vida. Nos casamos e tivemos uma filha. Eu estava tão feliz! – ela sorri, mas logo seu sorriso desaparece – então um dia, quando eu voltei para casa, meu marido estava morto.

— Seu pai?... que horrível.

— Eu sei. Me levaram a força para casa com minha filha. Eu tentei fugir várias vezes, mas não consegui. Minha filha só tinha meses de vida, então meu pai ameaçou matá-la. Eu obedeci todas as ordens dele. Mas um dia, quando voltei para casa, minha filha tinha sumido. Eu odiei meu pai com todas as minhas forças. Ele me disse que se eu obedecesse ele, ele me contaria onde minha filha estava. Eu fiz tudo o que ele mandou, mas ele morreu e eu nunca descobri o paradeiro dela. Minha única felicidade era saber que ela estava viva. Desde então eu tenho procurado por ela.

— Nossa, sinto muito.

— Agora ela deve ter vinte anos... Ela deve estar linda...

— Eu não quero ser rude, mas... Como vai saber que é sua filha?

— Ah, ela sempre carregava um cordão no pescoço, que tinha a seguinte frase “As estrelas e a Lua sempre lhe protegerão quando não estivermos por perto. Com amor papai e mamãe”. Quando eu achar esse colar, eu vou achar minha filha.

— Mas e se esse colar tiver se perdido?

— Bem, ela tem uma marca de nascença. Os olhos do meu marido tinham uma cor única e ela herdou.

— Quais?

— Âmbar. Iguais os seus.

— Eh?

— Seria muito bom se fosse minha filha. Você parece uma ótima garota.

— Obrigada. – Yumiko cora com o elogio.

— Mas ela também tem um sinal na nuca.

— Bom, assim fica mais fácil.

— Yumi-chan!!! Vamos pra casa! Papai quer falar com você!!! – Takumi grita de longe.

— Quem é?

— O meu irmão.

— Ele é quem você ama?

— Sim.

— Você tem um bom gosto.

— Eu preferia que ele fosse feio. Assim nenhuma garota ia dar em cima dele.

— hahahahaha.

— Estou indo Taku-nii!! – Yumiko grita, se levantando – Adorei ouvir sua história, Natsuki-san. Espero que encontre sua filha.

— Obrigada. Ah, e quanto ao seu amor pelo seu irmão, não acho que tenha que se preocupar.

— Eh?

— Eu vejo nos olhos dele o quanto ele se importa com você. Aquilo não é só amor de irmão.

— Sério? – ela pergunta, animada.

— Sim. Mas bem, é melhor você confirmar por si mesma.

— Você tem razão.

— Boa sorte com isso.

— Boa sorte pra você também. – Yumiko sorri e corre em direção ao irmão, pulando em cima dele, abraçando-o.

— Quem era, Yumi-chan? – Takumi pergunta, abraçando a irmã.

— Uma amiga.

— Era bem bonita. – ele comenta, sorrindo para a irmã.

— Taku-nii!

— Mas lógico que para mim, você é a mulher mais bonita que existe nesse mundo. – ele sorri.

— Taku-nii... – as bochechas da garota ficam vermelhas – O-obrigada.

— Vamos, papai quer falar com você. É importante. – ele diz, sério.

— Tudo bem. Vamos. – ela segura a mão dele, então juntos vão para casa.

 

— Corta! Ok! Valeu pessoal! – Date grita – Vamos para a próxima cena!

Kyoko se afasta de Ren imediatamente e corre para o outro set. Ren suspira e segue-a.

— Depois dessa, temos mais duas cenas e então acabamos o episódio 14.

— Hai!

— Todos prontos? Câmeras? Ação!

 

— Yumiko-chan, como o Takumi disse, é verdade que você é adotada.

— Nossa, bom saber depois de 20 anos. – ela ironiza.

— Eu sei que você está com raiva por eu ter lhe escondido isso durante tanto tempo, mas eu nunca tive intenção de te machucar. Pra mim, você é e sempre será minha filhinha.

— Eu sei, papai. Eu sei. – Ela sorri.

— Bem, tenho certeza de que quer saber como isso aconteceu.

— Sim.

— Quando o Takumi tinha 3 anos, eu estava voltando para casa depois do trabalho, quando vi um bebe chorando ao lado de uma lata de lixo. Eu o peguei e trouxe para casa. Estava pensando em levá-lo para o orfanato, mas sua mãe queria porque queria ficar com você. Ela sempre quis ter uma garota. Então nós adotamos você.

— Ai, uma lata de lixo.

— Isso. Eu tenho procurado pelos seus pais biológicos desde que você tinha 12 anos.

— Você sabe quem são? Onde eles estão? – Yumiko pergunta, ansiosa. Takumi percebe, e olha para o lado, o maxilar rígido. Ele não queria se separar dela.

— Yumiko-chan, quando eu te encontrei, você tinha isso ao redor do seu pescoço. – ele mostra um lindo colar dourado.

— M-m-meus pais...

— Acho que sim.

Yumiko abre o colar e encontra os dizeres : “As estrelas e a Lua sempre lhe protegerão quando não estivermos por perto. Com amor papai e mamãe”.

— Ai meu deus! – Yumiko pula pra fora da cadeira.

— O que foi? – Takumi pergunta, assustado.

— Minha mãe!! Minha mãe!! Eu sei quem é!! Yamamoto... – ela começa e seu pai termina.

— Natsuki. Sim, ela é sua mãe biológica.

— Você a conhece? – Takumi pergunta, incrédulo.

— Eu trabalho pra ela. Ela tem procurado a filha que perdeu há muito tempo e eu comecei a desconfiar que fosse você.

— Eu... não acredito... – Yumiko se deixa cair na cadeira.

— Yumiko-chan, eu não quero que você encontre-a de repente. Então quando estiver pronta, me diga e vou levá-la até ela.

— Eh?

Takumi se levanta, indo para seu quarto, deixando Yumiko surpresa.

— O que ele tem?

— Amor. Ele tem um problema chamado amor.

— Hã? – Yumiko pergunta, sem entender.

— Vá falar com ele. É melhor assim.

— Tudo bem. Obrigado papai. – Yumiko abraça o pai, sorrindo. – Você sempre vai ser meu pai, não importa o que aconteça, viu?

— Sim. Você sempre será minha filhinha também.

— Eu te amo.

— Eu também te amo, Yumiko-chan. – Hideo dá um beijo na filha e sorri – Agora vá falar com o Takumi. Ele é meio problemático quando se trata de você.

— Ok. – Yumiko corre para dentro.

 

— Corta! Ok! Ren, Kyoko-chan, agora é com vocês! Kuu, fique pronto!

— Hai!

— Luzes? Ação!

 

— Taku-nii? – Yumiko entra no quarto do irmão – O que houve?

— Nada. – Takumi responde deitado na cama.

— Como nada? Você está irritado. – ela se senta ao lado dele.

— O que vai fazer quando encontrar sua mãe? – ele abre os olhos, encarando-a.

— Eu não sei. Taku-nii, você acha que ela vai gostar de mim?

— Quem não gosta de você? – Takumi diz sarcasticamente e Yumiko ri.

— Você pode ir comigo?

— Para onde?

— Ver minha mãe. Você pode? Eu vou me sentir melhor se você estiver lá comigo. – Yumiko sorri e Takumi acaba sorrindo. Ele não podia ir contra aquele sorriso.

— Sim. Eu iria para qualquer lugar com você.

— Taku-nii... Você não me odeia né?

— Eu nunca odiaria você por nada nesse mundo Yumi-chan. Eu te amo demais para isso.

— Eh?

— Eu te amo, Yumi-chan. – ele se senta, abraçando-a – Eu te amo tanto... Não como irmãos, mas como um homem ama uma mulher.

— V-você me a-a-ama? – Yumiko tinha o rosto vermelho, seu coração estava acelerado, e ela estava tão feliz que poderia sair pulando por ai.

— Sim. Desde crianças... Eu te amo tanto. Eu suportei, dizendo a mim mesmo que nós não podíamos. Então quando eu descobri que você era adotada... Ah, eu não podia me conter de tanta felicidade. Mas eu não podia te contar. Não, eu não queria te perder. Me segurei, sempre te observando e você foi crescendo, ficando mais bonita e eu fui te amando mais e mais. Tentei te esquecer ficando com outras mulheres, mas eu não conseguia. Não, eu não queria.

— Taku-nii...

— Eu queria tanto te contar que você era adotada, e poder te dizer o quanto eu te amava e te beijar, te abraçar, te tocar... Mas eu tinha medo...

— Medo?

— Medo de te perder. Se você soubesse, iria querer encontrar seus pais, e então me deixaria. Eu não podia agüentar isso. Eu não posso agüentar ficar longe de você.

— Taku-nii... – Yumiko se afasta dele e o beija na boca. Um selinho. – Eu nunca te deixaria Taku-nii. Eu te amo demais para agüentar ficar longe de você.

— Yumi-chan... – Takumi abraça Yumiko com força, não querendo soltá-la. Imaginando que se aquilo fosse um sonho, ele não queria acordar nunca. Yumiko pensava o mesmo. Finalmente tinha dito que amava Takumi e ele a amava de volta. Ela estava muito feliz.

— Yumi-chan... Eu posso te beijar? – Takumi pergunta, acariciando a bochecha dela.

— Não precisa perguntar, bobão. – Yumiko sorri maliciosamente e beija Takumi apaixonadamente. Ele retribui imediatamente e a deita na cama calmamente. Então ele aprofunda o beijo, deslizando sua língua para dentro da boca dela. Ele colocou todo o amor e desejo que sentia por ela naquele único beijo.

— Finalmente ein? – Hideo diz, olhando para os dois, sorrindo maliciosamente.

— P-p-p-papai! – Yumiko afasta Takumi e se senta.

— Eu pensei que iria demorar um século pra vocês perceberem os sentimentos que tinham um pelo outro.

— V-você sabia? – Yumiko pergunta, surpresa.

— Lógico. Sou seu pai. Conheço vocês melhor do que ninguém.

— Sabe, de repente, eu senti uma vontade de te bater... – Takumi diz sorrindo malignamente, batendo um punho na palma da outra mão.

— Que é isso... Yumiko-chan não deixaria você fazer isso com o pai dela, deixaria? – ele sorri para a filha.

— Taku-nii, olha aqui.

— O qu... – ele é interrompido por um beijo de Yumiko. As suas bochechas ficam vermelhas.

— Eu te amo.

— Opa, é minha deixa pra sair. – Hideo sorri e sai do quarto.

— Eu também te amo, Yumi-chan...  Muito... – ele diz, beijando-a de novo e deitando-a na cama. A noite passa com eles um nos braços do outro.

 

— Corta! O-ok! Valeu pessoal! Próxima cena!

— Hai!! – eles gritam, mudando o set.

Kyoko sai dos braços de Ren e se afasta, indo para o outro set. Ren olha para ela e olha para seus braços. Ela estava ali há um minuto e agora estava tão longe... Ren se perguntava como ele sempre deixava Kyoko escapulir para fora de seus braços.

— Ren? Precisamos de você aqui. – Date chama.

— Ah, sim! – Ren se levanta e rapidamente vai trocar de roupa. Quando ele volta para o set, estavam todos prontos.

— Ok! Vamos lá! Câmeras? Ação!

 

— Natsuki-san, estou entrando. – Hideo diz, batendo na porta.

— Sim, pode entrar. – a mulher diz, em pé, olhando alguns papeis, de costas.

— Eu vim aqui, pois tenho algumas, hã, noticias.

— Noticias? – ela se vira e repara em Yumiko e Takumi – Ah, você. Do outro dia. Yumiko-chan.

— Oi, Natsuki-san.

— E quem seria esse rapaz?

— Prazer, meu nome é Saionji Takumi. – ele se curva rapidamente.

— Entendo. Bem, que negócios vocês tem a tratar aqui?

— Bem, pode ser um pouco chocante, então se sente, por favor. – Hideo diz, se aproximando.

— Acho que posso dar conta. – ela sorri.

— É sobre sua filha desaparecida. – Hideo diz e Natsuki olha sério para ele.

— Você descobriu algo sobre ela? Onde ela está? Ela está bem?

— Yumiko-chan...

— Sim. – ela tenta andar em direção a mulher, mas Takumi segura sua mão olhando para ela intensamente – Taku-nii, tudo bem. – ela sorri e Takumi solta sua mão. Yumiko se aproxima da mulher e estende a mão, mostrando o colar dourado.

— C-como você tem isso? – ela pergunta, pegando o colar e abrindo-o. As lágrimas começam a cair e ela olha para Yumiko – Filha...

— Mamãe... – Yumiko sorri e a mulher deixa mais lágrimas caírem. Ela da a volta na mesa, abraçando a garota.

— Eu senti tanto a sua falta... – ela diz, acariciando os cabelos de Yumiko.

— Eu sei, eu sei... – Yumiko começa a chorar, abraçando a mãe, feliz por finalmente tê-la encontrado.

 

— Corta! Okay! – Date aprova – Vamos almoçar que eu to morrendo de fome!

— Hai! – todos respondem, alguns rindo e outros ajeitando os materiais.

Kyoko se afasta de Julie imediatamente.

— Desculpe Julie-san, tenho que ir. – Kyoko corre para fora do set, indo o mais rápido possível para seu vestuário.

— Viu? – Ren diz – Ela corre.

— Bom, hoje de noite ela não vai ter pra onde correr. – Julie sorri.

— Hã? O que? Espera, do que vocês estão falando? – Kuu pergunta, olhando de um para o outro. – Waaahhh! Eu quero saber! Vocês não podem ter segredinhos!

— Kuu, se acalme. Eu vou lhe explicar tudo. – Julie sorri para o marido, lhe dando um beijo. Logo ele esquece do que estavam falando e começa a sorrir feito um bobo.

— Ele não muda mesmo. – Ren suspira, olhando para o pai.

— Bem, é uma das coisas fofas nele que eu gosto. – Julie sorri – nos vemos hoje de noite, ok, Ren?

— Sim. – Ren sorri.

 

— Ah meu Deus! Eu não acredito que aquele idiota do Shou tentou me beijar... E ele quase conseguiu. Ahh – Kyoko suspira, entrando na casa de Ren – Talvez eu devesse só dizer pra ele que eu gosto de alguém, mas ai se ele perguntar quem... AHHH!! O que eu faço?! – Kyoko bagunça seu próprio cabelo, sem perceber as pessoas na sala – Acho que eu vou me matar. É, vai resolver tudo. Isso. Afogada não que é sufocante, nem queimada. Talvez se eu só me jogasse na frente do carro ou então uma overdose... É, isso dá certo. – Kyoko balança a cabeça em sinal de aprovação.

— Que tal enforcamento?

— Não, isso dói. Mas valeu pela idéia...AH! – Kyoko se vira, dando de cara com Kuu. Então ela repara em Ren e Julie olhando para ela sentados no sofá de Ren.

— Se matar? Precisa de tanto assim? – Julie pergunta, sorrindo.

— Aaha...ahah... – Kyoko ri sem graça, ajeitando os cabelos – O que vocês estão fazendo aqui?

— Nós precisamos conversar, Kyoko. – Ren diz, olhando seriamente para ela.

— Tem que ser agora? – ela olha para dentro da casa.

— Tem. Não pense em fugir. – Ren diz.

— E-e-eu n-n-ão pensei i-isso! – ela retruca – Mas será que eu posso passar no quarto rapidinho? Por favor? – ela pede com olhinhos de um filhotinho abandonado.

— S-sim. – Ren vira o rosto, tentando esquecer aqueles olhos.

Kyoko corre para o seu quarto, trancando a porta.

— Hum, aqueles olhinhos hipnotizam qualquer um. – Kuu comenta, rindo do filho.

— Oh, shut up. – Ren diz em inglês.

— Tem certeza, Ku-Ren? De que quer fazer isso?

— Eu ia fazer um dia de qualquer jeito. Além disso, depois que esse drama acabar, vou revelar para todo o Japão.

— Eh?

— Presidente me disse que no final do ano, vai ter a Premiação de Inverno. Vai ser uma boa oportunidade. Acho que o drama Forbidden Love vai participar também.

— Hum... To doido pra ver a cara da mídia. – Kuu sorri maliciosamente.

Kyoko volta para a sala alguns minutos depois e se senta de frente para os três.

— Sobre o que vamos conversar? – ela sorri.

— Sobre tudo. – Julie diz. – Ren.

— Kyoko, esse é um assunto muito importante e é segredo absoluto. Então, por enquanto eu gostaria de pedir seu silêncio.

— Claro.

— Pois bem. Primeiro me deixe explicar algo. Quando você me viu abraçando Julie, você pensou que ela estava traindo o Kuu, certo?

— Na verdade... Isso nem passou pela minha cabeça.

— Então por que você correu? E me evitou a semana toda?

— Eu não sabia o que falar. Nem como olhar parar você. – ela admite.

— Kyoko, Julie Hizuri e Kuu Hizuri são meus pais. Meu verdadeiro nome é Kuon Hizuri.

— Ah. – o som sai da boca dela. Nada mais. Ela fica sem expressão depois disso.

— Quando eu tinha 15 anos, o presidente me levou da América e me trouxe para cá. Eu escondi de todos minha identidade e comecei de novo como Tsuruga Ren. Eu trabalhei feito um louco para construir minha carreira. Quando eu percebi, 2 anos tinham se passado sem eu falar com meus pais. Eu também não voltaria para a América, pois eu jurei a mim mesmo construir minha carreira com meu próprio esforço e não pela influência da minha família, igual na América.

Kyoko fica calada, apenas escutando.

— Na América eu não era o que se pode chamar de bom menino. Eu entrava em brigas, usei minha raiva de forma errada e muitas vezes meu pai me salvou com sua influência. Mas aquilo só me deixava mais irritado e eu me metia em mais brigas. Eu matei uma pessoa, Kyoko. – Kyoko não teve nenhuma reação. Nenhuma. E isso estava deixando Ren nervoso.

— Kuon! Isso não é verdade! – Julie diz, se virando para o filho – ele te ameaçou! Ele levantou uma arma contra você e aquela mulher! Você só se defendeu!

— Eu o matei mãe. Isso não muda o fato.

— Kuon, foi defesa própria. Foi um infeliz acidente. A policia lhe declarou inocente. – Kuu diz.

— Apenas queria que ela soubesse o que eu já fiz um dia. Mesmo eu sendo essa pessoa horrível, eu ganhei uma chance de mudar e eu mudei. Bem, ainda tenho o Kuon em mim. – ele sorri.

— O imperador da noite. – ela sussurra pra si mesma. Então aquela face era a de Kuon. E aquela vez que ele perdeu o controle como Cain Heel. Não era o Cain, nem BJ, nem Tsuruga Ren. Era Kuon.

— Kyoko-chan, nós não escondemos isso de você por mal. – Julie sorri para a garota – Apenas queríamos conceder o desejo do nosso amado filho.

Kyoko simplesmente olha para baixo. Sem expressão.

— Kyoko, mesmo eu tendo mentido pra você, você ainda poderia me perdoar?

— Não! – Kyoko grita de repente.

— Eh? – Ren levanta o rosto, e Julie e Kuu olham chocados para a garota. Isso não era esperado.

— Kyoko-chan, Kuon não queria lhe machucar por esconder isso. Ele pensou que você iria odiá-lo se soubesse toda a verdade. Mas ele criou coragem para lhe contar e...

— Não! – Kyoko grita novamente. Então ela se levanta e pula por cima do sofá, correndo para a cozinha e se jogando de costa no chão.

Ren, Julie e Kuu observaram aquilo estáticos, sem saber o que deu na cabeça dela.

— Salvo. – Kyoko suspira, ainda deitada no chão.

A família se levanta para ir olhar o que tinha acontecido, então vêem uma bola de pelos na barriga de Kyoko.

— Um...gato? – Ren pergunta – Mas como ele entrou aqui?

— Ahaha...ahah... Sobre isso... – Kyoko se senta, ajeitando o gatinho em seu colo. Era só um filhotinho. – Eu o achei machucado em uma caixa na rua. Eu fiquei com muita pena e ele me olhou com aqueles malditos olhos de “Me salve, eu sou só um filhotinho sem casa e estou machucado”. Ahh, não deu pra resistir. – ela suspira – Então eu o trouxe pra cá escondido e deixei ele no meu quarto. Eu não ia ficar com ele pra sempre, não! Ren, me desculpe, né? Sem pedir eu o trouxe pra cá.

— Não, tudo bem. – Ren olha para o gato, agora embolado entre os seios de Kyoko.

— Ahh, que fofinho! – Julie se abaixa, acariciando a cabeça do gatinho. – Kuon, você será uma pessoa má se jogar ele na rua de novo! Fique com ele!

— Eh?

— Kuon, são desejos femininos. É o instinto materno. – Kuu diz, colocando a mão no ombro do filho. – Não vá nunca contra eles. – ele diz com uma aura depressiva ao seu redor.

— Mas olha para ele, Ren. – Kyoko se levanta, segurando o gatinho na frente do rosto dele – Não é fofo? – ela pergunta, juntando seu olhar de filhotinho abandonado com o gatinho.

— Não me olhe desse jeito. – Ren diz, desviando o olhar.

— De que jeito? – ela intensifica o olhar. Ren da alguns passos para trás.

— Mãe, por favor! – Ren pede, olhando para a mãe.

— Hai, hai. Kyoko-chan, homens são muito fracos a esse olhar. Nem mesmo o Kuon é capaz de resistir. Ainda mais se é você quem faz.

— Ah, desculpe. – Kyoko sorri.

— Hum, sem querer ser o estraga festas, mas nós não devíamos estar falando aqui sobre a revelação de Tsuruga Ren em Kuon? – Kuu pergunta, comendo um salgadinho.

— Onde você achou isso? – Ren pergunta.

— Eu sempre trago um desses comigo. – ele responde, sem parar de comer.

— Eu desisto. – Ren suspira, então olha para Kyoko – Então?

— Então... o que? – ela pergunta, sem entender.

— Você me perdoa?

— Exatamente pelo que eu estou te perdoando?

— Por ter mentido e escondido de você a verdade.

— Ah, para falar a verdade, você não escondeu nada. Eu já sabia há algum tempo. – ela sorri – Mas nunca pensei que você mesmo ia me contar. Isso – ela olha para Ren – foi surpreendente.

— Você já sabia? – Ren olha para ela, sem acreditar.

— Nunca deixe seu passaporte ao alcance de uma pessoa com ressaca, Ren. – ela sorri.

— Okinawa?

— Isso ai. Bom e quanto à parte do assassinato e as brigas e tudo mais, eu já sabia que o Kuon não era uma pessoa comportada. – Ela sorri maliciosamente – Afinal ele também faz parte de mim.

— Você pesquisou sobre ele, eu, quando estava na América, não foi? – Ren pergunta.

— Foi. – ela admite. – Ah, eu queria saber lutar daquele jeito. – ela diz para si mesma, sorrindo. – Mas tenho minhas próprias armas.

— Por que não me disse que sabia?

— Bom, achei que era um segredo, já que ninguém sabia. E você fingiu não conhecer eles. – ela diz, fazendo carinho no gato e fazendo ele ronronar.

— Bem, já que está tudo resolvido e todos estão felizes, nós precisamos ir. – Julie sorri para o filho.

— Tudo bem. Obrigado por vir, mãe. – Ren a abraça, sorrindo.

— Boa sorte com isso, filhão. – Kuu abraça o filho, sorrindo.

— Tchau Kyoko-chan. Cuide bem do meu filhinho. – Julie sussurra enquanto abraça a garota.

— Oka-san! – o rosto de Kyoko fica vermelho e Julie ri.

— Bye, bye, Kuon. – Kuu diz, sorrindo e bagunçando os cabelos de Kyoko.

— Tchau, Oto-san. – ela sorri. Julie e Kuu vão embora, deixando Kyoko e Ren sozinhos. Ou quase.

— Miau...

— Ah, Milk. Você quase morre hoje. Como conseguiu subir ali, ein? – Kyoko diz, sorrindo para o gato.

— Desde quando ele está aqui? – Ren pergunta.

— Hã... Uma semana e meia.

— Tudo isso? Como eu não percebi?

— Você só vem pra casa pra dormir, Ren. – ela diz.

— Tem razão. Você quer ficar com ele? – Ren pergunta, olhando para o gatinho e para a cara de felicidade dela.

— Não quero incomodar mais do que já estou.

— Você quer me fazer jogar esse gatinho na rua? – Ren pergunta, sorrindo.

— Olhando por esse lado... Não podemos deixar Tsuruga Ren ficar com uma má impressão de ‘odiador de gatos’. – ela sorri – Obrigada, Ren.

— Eu quem deveria estar agradecendo, Kyoko. Obrigado por me perdoar. – e com isso Ren se vira, indo para seu quarto. Kyoko vai para o seu com o gatinho, mas ela ainda tinha uma pergunta para Ren. Ela se troca e vai de pijamas mesmo para o quarto dele. Bate, mas ninguém responde.

— Será que já está dormindo? – Kyoko se pergunta, abrindo a porta e encontrando um quarto vazio. Ela entra e vai de fininho até a cama, olhando, mas estava vazia.

— Buu! – uma voz rouca sussurra em seu ouvido, fazendo ela pular em cima da cama, assustada.

— Ren! – ela grita, ainda assustada. Então percebe que Ren estava apenas com uma calça do pijama, e uma toalha em seu pescoço. Fora isso, não tinha mais nada. Seu peito nu e definido estava à mostra para quem quisesse ver. (eu quero! >< Sonho de consumo)

— Ahahahaa... ahah... – Ren ri da expressão dela.

— Você adora mesmo me perturbar! – ela diz, fazendo biquinho.

— Desculpe, desculpe. Eu não resisti. – ele diz, com a mão na boca, tentando esconder o riso.

— Você é mal.

— Então? O que quer de mim?

— Ah, isso. Nee, Ren, por que me contou tudo sobre você? – Kyoko pergunta, olhando para ele – Você podia ter inventado uma desculpa e eu teria acreditado. Então, por que?

— Você quer mesmo saber? – Ren se senta ao lado dela.

— Sim. – Ren fica olhando para ela durante alguns segundos, então inspira profundamente e olha diretamente nos olhos dela.

— Por que eu te amo. Sempre te amei.

— Eh? – Kyoko estava chocada.

— Pensei que poderia continuar escondendo esses sentimentos, mas cada vez que eu te via... Tinha que lutar contra meus próprios desejos. Isso está me enlouquecendo. Você precisa saber o que está fazendo comigo. Eu te amo tanto, Kyoko... – Ren olha para ela, sorrindo gentilmente e acariciando a bochecha dela.

— Ren... você...

— Eu te amo, Kyoko. Nunca disse nada, pois tinha medo. Medo de você me odiar depois de saber como eu me sentia. Eu não queria que você se afastasse de mim. Não, eu agüentaria como seu amigo. Faria você se apaixonar por mim lentamente. Mas então você foi embora... – a expressão de Ren era incrivelmente triste – Eu senti meu coração partindo em pedaços. Eu não sabia o que fazer sem você por perto. Me concentrei no trabalho, tentando esquecer... Mas não conseguia. Então você apareceu no show dois anos depois, tão linda, crescida, mais madura. Você não era mais aquela garotinha que clamava por vingança...

— Ren, me escute. – Kyoko coloca as mãos dos dois lados do rosto dele – o que você está sentindo agora não é real. Nós estamos agindo como amantes no drama e você está confundindo seus sentimentos com os de Takumi. Tudo bem, é normal. Mas você não me ama, Ren. É o Takumi dentro de você que ama a Yumiko em mim. Você está confundindo esses sentimentos. Eu entendo.

Ren olhava para ela sem expressão. Como ela podia fazer aquilo? Dizer que ele estava confundindo seus sentimentos com os de um personagem?!

— Eu vou deixar você descansar. Pense e vai ver que estou certa. Boa noite, Ren. – Kyoko se levanta, indo para a porta, mas Ren não deixa. Ele a puxa pelo braço, jogando-a na cama e ficando por cima dela.

— Não ouse dizer que estou confundindo meus sentimentos com os de um personagem de um drama! Não diga que eu não te amo! Não você... – Ren abaixa sua cabeça, apoiando-a no pescoço de Kyoko – Dói muito ouvir isso de você, Kyoko...

— Ren...

— Eu amo você. A Mogami Kyoko. A garotinha que eu encontrei quando criança, que odiava estudar, mas faria qualquer coisa pela aprovação da mãe. A garotinha que tinha o sorriso mais lindo do mundo. A garota que acredita em fadas e em todas essas coisas e que lá no fundo quer ter o final feliz de um desses contos de fada. Eu amo a garota que jurou vingança contra Fuwa Shou e entrou no show bussines por causa dessa razão ridícula. Eu amo a garota que um dia usou aquele uniforme rosa da seção Love Me. Eu amo a garota que fez sua estréia comigo. Eu amo a garota que me chama de sempai e me pede conselhos quando não sabe o que fazer. Eu amo a garota que sabe ser assustadora quando quer, que sabe ser sexy ou manipuladora, mas que também sabe ser uma criancinha quando quer. Eu amo a atriz maravilhosa que ela é. Que leva o trabalho a sério e que está disposta a se afogar para a cena ser perfeita. Eu amo essa mulher e essa mulher é você. Eu amo você, Kyoko.

Ren a beija o mais gentilmente possível, controlando seus desejos, apenas desejando enfiar na cabeça dela que ele a ama. Quando ele se afasta, percebe o olhar chocado no rosto dela.

— Me desculpe, eu não queria assustá-la. – Ren sai de cima dela e se senta na cama – Você está bem? – Kyoko não responde e só fica lá deitada, olhando para o teto. – Me desculpe, Kyoko. Eu só não agüentava mais guardar esses sentimentos dentro de mim. Estava me matando. Eu não estou pedindo que você retribua eles, nem que se sinta obrigada a gostar de mim. Só quero que saiba o que eu sinto por você e me veja como um homem, não como um sempai, ou amigo, ou sei lá como você me vê.

— Ren.

— Então tudo bem, está tarde e...

— Ren.

— ...tenho certeza de que está cansada e...

— KUON! – Kyoko se levanta e puxa o rosto dele, fazendo-o olhar para ela. Então ela o beija. Na boca. Ren fica estático e pisca várias vezes. – Isso responde todas as suas perguntas? – ela pergunta, sorrindo.

— Com certeza. – ele diz depois de um tempo, soltando a respiração – Mas é sempre bom alimentar meu ego. – ele dá um sorriso torto para ela, beijando-a com intensidade e sendo correspondido. Ren vai deitando Kyoko na cama, ainda beijando-a. O quanto ele esperou por aquele momento... O quanto ele desejou abraçá-la e beijá-la, igual estava fazendo.

— Eu te amo, Ren, ou melhor, eu te amo Hizuri Kuon. – Kyoko sorri gentilmente para ele, depois de se separarem do beijo. Os lábios de Ren se esticam em um sorriso que vai de orelha a orelha.

— Eu também te amo muito, Kyoko. – Ren a beija novamente, dessa vez com calma. Mas ele não conseguia se manter assim por tanto tempo, tinha que ter mais. Não, ele precisava de mais. Ele dá leves mordiscadas nos lábios dela, então pede passagem, a qual Kyoko concede imediatamente. Ela brincava com os cabelos dele, passando a mão pela sua nuca, fazendo pequenas carícias, enquanto as mãos de Ren descansavam uma em sua cintura, apertando e trazendo o corpo dela o mais próximo possível do seu, e a outra na cama, se apoiando. Ele solta um gemido rouco ao sentir a mão de Kyoko passando em seu peito nu e se afasta, respirando pesadamente.

— Ei, se está tentando me seduzir, conseguiu. – ele diz, recebendo uma risadinha marota de Kyoko.

— Não estava, mas fico feliz em saber que com tão pouco você já é seduzido por mim.

— Você não sabe de nada... – Ren murmura, distribuindo beijos pelo pescoço dela.

— Ei, ei, não tão rápido. Eu não vou fugir, Ren. – ela diz, rindo e afastando Ren, que tentava beijá-la.

— Eu não deixaria mesmo que você quisesse. – ele dá seu sorriso de imperador da noite.

— Oh, estou com o Kuon agora.

— Que bom que sabe. – Ren deita direito e puxa Kyoko para seus braços. – Hum... Se você soubesse o quanto eu desejei poder abraçar você assim.

— Espera um pouco. E sobre aquela colegial que você gostava? – ela pergunta, olhando para ele com desconfiança.

— Kyoko, quando eu falei para o Bo sobre essa garota, eu disse que ela tinha 16 anos e estava no colegial, certo?

— Sim.

— Qual era a sua idade?

— 16.

— E o que você era?

— Uma cole...gial. Eu não acredito! Faz tanto tempo assim?!!! – Kyoko estava chocada. Eram 4 anos inteiros e estava quase completando o 5º. – Meu deus, como eu fui tão burra!

— Você não é burra. – ele diz, sorrindo – Só é um pouco lenta para esse tipo de coisa. Se bem que é uma das coisas fofas sobre você que eu gosto. Bem eu gosto de tudo, mas você entendeu.

— Ahh... – Kyoko suspira.

— E você?

— O que tem eu?

— Desde quando gosta de mim?

— Eu não gosto de você. – ela diz e o sorriso no rosto de Ren desaparece – eu amo você. – Ren sorri, dando um leve beijo nela. – Bem, eu meio que descobri um dia antes de ir para a América.

— Um dia antes?

— Sim. Lembra daquela experiência?

— Ah. Então por que foi embora?

— Bem, era um trabalho, você diria para eu aceitar e eu pensei que você nunca gostaria de mim daquele jeito, então seria uma boa oportunidade de esquecer você.

— Eu não acredito! – Ren entra em depressão – Yashiro-san estava certo...

— Eh? Ele sabe?!

— Como você acha que eu, com minha agenda ridiculamente lotada, como você diz, te encontrava tantas vezes?

— Ah. Então todas as vezes que nos encontrávamos, mesmo esse ano, foi tudo ele?

— Sim.

— Até no shopping? No parque? No restaurante?

— Sim. Tudo foi ele. Ele que organizava e organiza tudo sem meu conhecimento. Eu descobri muito depois. – Ren suspira. – Não quero nem ver a cara dele quando ele descobrir que eu me confessei.

— O que ele vai fazer?

— Ser Yashiro. É o que ele vai fazer. É assustador.

— Com... – Kyoko é interrompida por um beijo faminto de Ren. Enquanto se beijavam, frases vinham na mente dela, formando uma melodia, e logo uma música.

Kyoko afasta Ren de repente, sentando-se.

— O que foi? – Ren pergunta preocupado.

— Eu acabei de ter uma idéia incrível para uma música!

— Kyoko... Você acabou de estragar o clima. – Ren diz, suspirando.

— Desculpe. Mas é que veio tão rápido e perfeito! Ahh, eu tenho que escrever.

— Não pode deixar para amanhã? Por favor?? – Ren pergunta com aqueles olhinhos brilhantes de um filhotinho.

— Você reclama de mim, mas você mesmo usa esse olhar.

— Isso é um sim, então. – Ren diz, sorrindo, e puxando Kyoko para um abraço, se deitando.

— Mas a música é sobre você. – ela diz, sorrindo com safadeza.

— Hum... Não vai me contar?

— Não. É segredo. – então ela boceja.

— Cansada?

— Hum... – Kyoko se aconchega contra o peito de Ren. – Você lembra aquele desejo da estrela cadente?

— Sim.

— Se realizou. – ela diz, bocejando de novo. Um sorriso nasce no rosto de Ren.

— Bons sonhos, Kyoko. – Ren diz, beijando o topo de sua cabeça e fechando os olhos. Dormiram um nos braços do outro, não importando se o amanhã viria, pois estariam juntos a partir de agora.

 

Ren acordou sentindo falta de algo. Ele olhou para o lado e percebeu a cama vazia. Kyoko não estava lá. Ren se levantou, quase tropeçando no lençol que estava no chão e foi para a porta, abrindo-a, então escutando barulhos vindos da cozinha. Ele suspirou, aliviado. O medo de Kyoko ir embora novamente não tinha sumido. Ele entra na cozinha e sente as batidas do seu coração aumentarem levemente. Kyoko estava de costas, preparando o café da manhã. Ren deixa um pequeno sorriso escapar e vai andando silenciosamente até ela, passando os braços pela cintura dela e a puxando em um abraço apertado, beijando o lóbulo de sua orelha.

— Bom dia, Kyoko. – Ren diz roucamente em seu ouvido, sentindo o corpo de Kyoko estremecer. Isso o deixou muito satisfeito.

— Ren! Você me assustou.

— Bom, objetivo cumprido. – ele solta uma risada curta, beijando o pescoço dela.

— Está com fome? Ah, que pergunta idiota. É lógico que você não está. – ela suspira.

— Bem, com fome eu estou, mas não é bem de comida. – Ren diz, sorrindo maliciosamente e virando Kyoko, ficando cara a cara com ela. Então ele a levanta pela cintura, sentando-a no balcão, para seus rostos ficarem a mesma altura.

— Estou começando a achar que você tem sérios problemas de carência.

— E se eu disser que sim? Vai cuidar de mim? – Ren pergunta com um sorriso maroto no rosto.

— Se eu não fizer, quem vai? – ela pergunta, sorrindo também e colocando seus braços ao redor do pescoço de Ren, puxando seu rosto para bem perto. Ren faz essa mínima distância restante desaparecer, beijando-a apaixonadamente. Kyoko retribui e isso incentiva Ren a intensificar o beijo, deslizando sua língua para dentro da boca dela. Rapidamente ele achou a língua de Kyoko, e a chamou, se entrelaçando e fazendo uma dança e quase uma luta pelo controle. Ren ganhou a luta, e logo ele estava investigando toda a boca da garota, descobrindo cada lugar e de vez em quando, brincando com a língua dela. Eles se separam, ambos respirando com dificuldade, com as testas encostadas.

— Ei, não quero te assustar, mas... acho que isso ai ta queimando. – Ren desvia o olhar para a panela ao seu lado e Kyoko solta um gritinho, empurrando Ren para trás e indo para o chão, apagando o fogo imediatamente.

— Foi quase. – ela suspira em alivio.

— Bem, eu vou me trocar. Você devia ir também. Temos que ir pro estúdio.

— Eu sei. Só vou arrumar isso e vou me arrumar. – ela sorri e Ren vai para seu quarto. Quando ele se arruma e sai, o café estava na mesa, mas Kyoko não estava lá. Ele fica olhando e de repente sente braços em sua cintura.

— Vai ficar só olhando? – Kyoko pergunta, abraçando Ren.

— Estava te esperando. – Ren diz, se virando e dando um beijo nela.

— Vamos comer. – ela sorri e juntos eles comem, conversando alegremente. Kyoko não contou para Ren sobre o show que iria no final da semana com Shou, para explicar seu relacionamento. Aquele jornalista estaria lá. Ahh, ela teria certeza de destruir ele.

— Kyoko-chan? – Yashiro pergunta quando eles chegam no estúdio. – Tudo bem?

— Sim, por que?

— Você está sorrindo de um jeito estranho desde que saímos do carro.

— Ah, não se preocupe. – ela sorri.

— Kyoko-chan! – Kei chega correndo igual todos os outros dias, pronto para pular e abraçá-la. Ele pula, estendendo os braços, mas Ren puxa Kyoko rapidamente, fazendo Kei passar direto.

— Ah. – Kyoko olha para Ren.

— Oi, o que está fazendo? – Kei pergunta, se virando e encarando Ren com um olhar assassino.

— Ah, me desculpe. Foi um impulso. – Ren sorri brilhantemente.

— Kyoko-chan!! Vá se trocar e venha pra cá!! – Date diz, sorrindo para ela.

— Sim! Vejo vocês daqui a pouco, Ren, Kei, Yashiro-san. – ela sorri para os três e corre para o vestuário, se encontrando com Julie, Kate e Itsumi na metade do caminho e elas vão juntas.

— Então, a Moko-san disse que podíamos ir pra casa dela!! Não é demais?! – Kyoko conta para as amigas, animada e com os olhos brilhando – Mokoooo-saaan... – ela começa a sonhar sobre a melhor amiga.

— Kyoko-chan? – Itsumi olha pra garota preocupada.

— Não se preocupe, ela está bem. – Julie diz, com uma cara de paisagem – Ela sempre faz muito isso.

— É normal? – Kate pergunta.

— Com certeza.

— Ah, vamos! Temos que nos trocar! – Kyoko diz, voltando do seu mundo de fantasia e sorrindo para as amigas, que sorriem de volta.

 

— Ren, como foi ontem depois que fomos embora? – Julie se aproxima do filho, que ajeitava sua roupa.

— Hum, normal. – Ren diz, sorrindo para a mãe.

— Normal? Você está muito feliz para não ter acontecido nada. – Julie sorri maliciosamente para o filho.

— Ahá! Você fez, não foi?! – Kuu chega, apontando para Ren.

— É rude apontar para os outros. – Ren diz, e o braço de Kuu murcha.

— Ren... Você sabe que eu vou descobrir, então por que não nos conta logo? – Julie diz, apertando o ombro do filho de forma ameaçadora.

— Ah. – os olhos de Ren pegam Kyoko vindo em sua direção e ele sorri.

— Bom dia Oto-san, oka-san. – Kyoko se aproxima, curvando-se e sorrindo.

— Bom dia... – Julie e Kuu respondem, olhando de um para o outro.

— Suspeito... – Date se aproxima. – O que é essa aura ao redor de vocês?

— Aura? – Ren pergunta, sem entender.

— Sim. Uma aura igual ao de um casalzinho apaixonado.

— Hum... Não sei do que está falando, diretor. – Ren responde, dando seu sorriso brilhante.

— Kyoko-chan? Algum motivo para estar feliz?

— Eu tenho um gato! O nome dele é milk! – ela diz animadamente e Ren acaba rindo.

— Ah. – Julie, Kuu e Date olham para os dois – hãããã... Então finalmente vocês estão... vocês sabem... – eles dizem, com um sorriso malicioso.

— Foto! – Date tira uma foto de repente, pegando todos de surpresa.

— Diretor!

— Ahh, esse vai ser o melhor making of da minha vida.

— Kyo-ko-chan! – Kei chega por trás dela, abraçando-a – Vamos nos preparar. Nossa cena é a próxima. - Então ele puxa Kyoko para longe, deixando um Ren raivoso.

— Ciúmes? – os três perguntam, cada um com um sorriso malicioso.

— Shut Up. – Ren resmunga, sem tirar os olhos de Kyoko.

— Bem, vai poder demonstrá-lo o quanto quiser agora. Vamos, é hora de trabalhar.

— Hai. – Ren segue o diretor, indo para o set e se juntando aos outro.

— Ok! Todos prontos? Câmeras? Ação!

 

— Yumiko-chan? Yumiko-chan!!! – Hikari chama pela décima vez.

— YUMIKO-CHAN! – Midori grita, finalmente chamando a atenção da garota.

— Eh? O que foi? – ela pergunta, com uma cara de boba.

— O que você tem?! – Hikari pergunta, irritada – Faz um tempão que estamos te chamando.

— Seria por que você é adotada? – Rika pergunta, com uma expressão triste.

— Não, não é isso. Na verdade, vocês não vão adivinhar! Tentem!

— Você acabou de dizer que a gente não ia adivinhar...

— Tentem!

— Hum... Você ganhou na loteria?

— Ganhou um carro?

— Perdeu a virgindade?

— Kya! Hikari! – o rosto de Yumiko fica vermelho.

— O que? Agora que você descobriu que não é irmão do Takumi de verdade, já deve ter falado como se sentia, não é?

— Bem... Mas não é isso! – ela se aproxima e as amigas se aproximam, como se fosse um segredo – Eu encontrei minha mãe.

— Sério?! Que bom Yumiko-chan! – Hikari e as amigas a parabenizam, rindo e pedindo mais detalhes.

— Foi tão emocionante! E ela é tão linda! – Yumiko diz, sorrindo.

— Ta, mas e ai?

— Tipo, eu já tinha encontrado ela antes, mas não sabia que ela era minha mãe. Ela me contou a história dela e eu contei a minha. Foi como se nos conhecêssemos há séculos.

— Que história? – então Yumiko conta para elas toda a conversa que tiveram no parque.

— uww! Matou seu pai? Seu avô?

— Pois é. Bem ,eu estou feliz. Tenho uma mãe e um pai!

— E um namorado, não é? – Midori diz.

— Namorado? – Yumiko pergunta sem entender.

— Alguém me chamou? – Takumi aparece, sorrindo maliciosamente para a irmã, agora namorada.

— T-taku-nii! – o rosto de Yumiko fica vermelho imediatamente.

— Hum? – ele se aproxima, sorrindo e passa os braços ao redor da cintura dela, puxando-a para perto. – Que estranho. Eu te vi de manhã, mas senti saudades.

— Ei, se querem se pegar, vão para outra sala. Eu pessoalmente aconselho a sala 13. Ninguém vai lá.

— Não, eu já fui pega lá uma vez. – Rika diz – Vão para a 3.

— Não. É melhor a 9.

— Nem uma delas. Já fui pego em todas. – Takumi diz, com cara de paisagem – Nós vamos para a 21. Dizem que é assombrado e ninguém vai lá.

— Eu não. Alem de ser assombrado, eu já fui pega lá. E em todas essas outras salas também. – Yumiko diz.

— Como assim, você foi pega? – Takumi pergunta, o ciúme claro em sua expressão.

— Qual é? Você não é o único popular, Taku-nii.

— Quem? Quem ousou tocar em você?! Eu vou matar cada um. – Takumi diz, já planejando formas de assassinato.

— Yu-mi-ko-chan! – Kazuya, Sui e Akatsuki chegam, sorrindo.

— Oi. – as garotas cumprimentam.

— Então era por isso que você saiu correndo da sala sem falar nada. Queria ver sua bela namorada, Takumi. – Sui diz, sorrindo.

— Ah ah, e pensar que ela quase foi minha. – Kazuya suspira.

— Desculpe. – Yumiko olha para ele triste.

— Você vai fazer ela chorar?! – Takumi pergunta, olhando ameaçadoramente para Kazuya.

— N-n-não! Não! Yumiko-chan, eu estou bem! Estou ótimo! Não se preocupe, ok?

— Por que ela se preocuparia com você? – Takumi pergunta, apertando o abraço.

— Taku-nii. Eu não me preocupo só com você. Kazuya-kun é meu melhor amigo. E eu me preocupo com Sui-kun e Akatsuki-kun também. E com as garotas também.

— E eu?

— Também. – ela sorri.

— hum... – Takumi sorri maliciosamente e a beija na frente de todos.

— T-t-taku-nii!

— O que? Não gostou? – ele pergunta, olhando para a boca dela.

— N-n-não é i-isso!

— Então está ótimo. – ele a beija de novo, dessa vez, só se separando quando ficam com falta de ar. Yumiko olhou para os amigos e eles não estavam mais nem aí. Estavam conversando animadamente sobre algo.

— Takumi-onii-chan!!! – uma vozinha ecoa pela sala e de repente Takumi sente algo pulando nas suas costas, puxando seus cabelos e o afastando de Yumiko.

— S-shouta! – Yumiko olha para o irmãozinho nas costas de Takumi.

— Se afaste da Yumiko-nee-chan! Seu pervertido! Ela é minha! – Shouta grita, batendo em Takumi. Todos observavam com cara de O_O.

— É hoje que eu te mato moleque! – Takumi diz, rodando e tentando pegar Shouta e arrancá-lo de suas costas – Sai de mim!

— Nunca! Yumiko-nee-chan é minha! Não encoste nela!

— Há! Sua?! Ela é minha, sempre foi minha e sempre será! Agora sai de mim, seu pivete! – Takumi pega o casaco de Shouta e o arranca de suas costas, colocando-o no chão.

— Ahhhh! Nee-chan! – Shouta corre para irmã, se abraçando as pernas dela – Takumi-onii-chan foi mal comigo!

— Taku-nii! – Yumiko olha para ele, com raiva.

— O que?! Ele que pulou em cima de mim!

— Shouta! Shouta! – Hideo aparece na sala, correndo – Shouta! Eu disse para esperar!

— Oto-san?! – Yumiko olha surpresa para o pai, enquanto Takumi o encara sem interesse.

— Me desculpe, nee, Yumiko-chan? Nós estávamos passando pela faculdade e escapuliu que vocês estavam namorando. Ai esse garoto correu, dizendo que ia matar o irmão e eu não consegui impedir ele.

— Inútil. – Takumi diz, sentando-se na mesa e olhando para o pai.

— Takumi, assim você magoa seu papai. – Hideo diz, fingindo estar triste.

— Então é genético... – os amigos de Takumi e Yumiko comentam, olhando para a cena.

— Ahh, que fofinho! – Hikari, Rika e Midori olham para o irmãozinho de Yumiko e Takumi, se aproximando e puxando a bochecha dele.

— Me soltem, suas bruxas! Só Yumiko-nee-chan pode me tocar! – Shouta diz, com raiva e abraçando a irmã.

— Seu irmão é uma peste, Takumi. – elas dizem, se afastando com raiva de terem sido chamadas de bruxas.

— Ele só falou a verdade. – Takumi diz, sorrindo.

— O que você disse?! – Rika se altera.

— Fala o garoto ‘eu sou o mais belo do mundo’ – Midori comenta sarcasticamente.

— Ei, ei, parem de brigar. – Akatsuki pede – É um motivo fútil.

— Fútil?! – as três garotas se revoltam, pulando em cima dele.

— Me perdoem, me perdoem. – Akatsuki diz, desesperado, com medo pela própria vida.

— SÉRIO??!! – Shouta grita de repente, olhando para a irmã.

— Sim. – Yumiko responde.

— 16 anos?

— Sim.

— Vai mesmo?

— Sim, Shouta.

— HÁ! Toma essa seu pervertido! – Shouta diz, apontando para Takumi e depois chutando a canela dele. – Ela vai casar comigo!

— O que? – Takumi pergunta, olhando para Yumiko, que faz um sinal mandando ele calar a boca. – Eu não vou calar a boca! Não me mande calar a boca! Como assim você vai casar com ele?!

— Shouta, agora vá pra casa, ok? De noite nos vemos.

— Sim, Yumiko-nee-chan! – Shouta diz alegremente, dando um beijo nela, que surpreendentemente foi na boca. Então ele se vira e dá língua para Takumi, correndo para fora da sala.

— Ah, Shouta! – Hideo chama – Tchau pra vocês. – então ele corre atrás do filho.

— Ele te beijou. Um garoto de 6 anos te beijou. – Hikari diz, olhando para a amiga, chocada.

— Essa é a minha garota! – Midori diz, sorrindo.

— É isso. Ele está morto. Definitivamente morto. Já enterrado. É melhor se preparar, Shouta~ - Takumi diz, com uma aura assassina incrível emanando de si.

— Ei, não ta mais frio aqui? – Kazuya pergunta.

— É o Takumi. – Sui diz, sem o menor interesse.

— Taku-nii! Se acalme! –Yumiko diz, segurando os braços dele e tentando impedi-lo de correr atrás do irmão.

— Como você quer que eu me acalme?! Eu nunca vou deixar você casar com outro homem. Você é minha! – ele grita, então olha para Yumiko, que tinha o rosto totalmente vermelho e chorava. – O-o-oi! P-p-por que está c-chorando?

— Ah ah, você fez ela chorar, Takumi – os amigos dizem, olhando para ele acusativos.

— Y-y-yumi-chan, n-não chore. M-me desculpe, eu não queria te fazer chorar... – Takumi diz, enquanto tenta limpar as lágrimas de Yumiko.

— Taku-nii! – Yumiko abraça ele, chorando – Eu te amo!

— Eh? – Takumi olha para ela surpreso, então suspira, aliviado. Um sorriso se forma em seu rosto e ele a abraça – Eu também te amo, Yumi-chan.

Mas não era por isso que Yumiko estava chorando.

 

— Corta! Okay! – Data aprova a cena.

— Ah, não gosto dessas cenas de choro. – Kaito comenta.

— Por que não é você que tem que chorar. – Julie diz, olhando para Kyoko, que agora limpava suas lágrimas.

— Não é difícil, chorar do nada? – Kate pergunta.

— Não é do nada. Quando eu estou fazendo essas cenas, eu me perco no personagem e fica fácil chorar. – Kyoko diz, sorrindo.

— É o mesmo pra você, Tsuruga-san?

— Sim. – ele responde, sorrindo para a garota educadamente.

— Uwa, atores profissionais e famosos são incríveis. – Mathew diz, suspirando.

— Você também é um Mathew-san. – Kyoko diz.

— Não ainda.

— Kyoko-chan! Precisamos de você aqui!

— Ah, hai! – Kyoko sorri para os amigos, correndo em direção ao diretor.

— Reeen~ - Yashiro aparece, sorrindo maliciosamente.

— Não. – Ren responde, saindo do set e indo para o vestuário.

— Mas eu nem disse nada ainda! – Yashiro diz, correndo atrás dele.

— Você ia bem dizer algo sobre eu aproveitar que estamos trabalhando juntos e me aproximar e me confessar, ou então algo sobre como eu estou tão perdido de amor que consigo atuar perfeitamente.

— Ah. – Yashiro fica em choque. Ren tinha adivinhado. – Se você sabe, então anda logo!

— Anda logo com o que?

— Chame ela para um encontro!

— Yashiro-san, nós estamos ambos ocupados com o trabalho. Não temos tempo para isso. – Ren diz, acabando de trocar a blusa. Yashiro não sabia que Kyoko estava morando com Ren.

— Tudo bem... Mas não venha chorando para mim depois. – Yashiro diz, olhando com tédio – Ah, você soube? – ele pergunta de repente.

— Do que?

— Kyoko-chan e Fuwa Shou estão indo para um show juntos, no final da semana, explicar sua relação diante da câmera.

— O que? – Ren olha para Yashiro. Kyoko não tinha lhe dito nada disso.

— Eu pensei que soubesse. – Yashiro ri maliciosamente – Ela vai ser roubada se você não se apressar.

Ren ignora Yashiro e vai gravar suas próximas cenas. Em algumas horas, Ren consegue um tempo livre com Kyoko e chama-a para conversar.

— Nee, por que não me contou sobre esse show? – Ren pergunta olhando para a mulher ao seu lado. Eles estavam dentro do vestuário, sozinhos, sentados no sofá.

— Ah, você descobriu? – Kyoko sorri – Foi bem rápido.

— Por que não me disse? Não confia em mim? – o olhar no rosto de Ren era triste.

— Não é isso e você sabe, Ren. – ela sorri – Só que quando você escuta o nome do Shou, seu humor fica horrível. Você estava tão feliz hoje de manhã... Eu não quis estragar isso. – ela o abraça.

— Hum... – Ren a traz para seu colo – é, eu não gosto dele. – Kyoko solta uma risadinha. – Qual a graça?

— Eu nunca pensei que estaria viva para ver o dia em que Tsuruga Ren ficaria com ciúmes.

— Do que está falando? Eu não estou com ciúmes. – Ren diz, olhando para ela, com um sorriso brilhante.

— Se você diz...

— Você não está acreditando em mim. – Ren acusa.

— Eu não disse isso.

— Eu não estou com ciúmes.

— Claro, claro.

— Não estou.

— Eu contrariei você? – Kyoko se divertia com Ren.

— Ah, esquece. Eu estou com ciúmes sim. Eu sinto ciúmes de qualquer homem que se aproxima de você. Dá vontade de ir até eles e espancá-los, dizendo “Ela é minha”. – Kyoko ri mais ainda.

— Então você é um garoto ciumento.

— Sou. É bom que saiba que sou possessivo também. – Ren dá um sorriso maroto.

— Eu nunca disse que eu não era também, Ren. – ela sorri maliciosamente, colando seus lábios aos dele. Ren envolve a cintura dela com seus braços, trazendo-a para mais perto, mas evitando que ela se mexa muito em seu colo, pois isso faria com que outras coisas acontecessem e ele não queria assustá-la.

— Ren, Hizuri-san está te pr... – Yashiro congela na porta, olhando para Ren e Kyoko no seu colo, que tinham se separado, surpresos.

— Oh! Pegamos no flagra! – Julie e Kuu entram na sala, empurrando Yashiro junto.

— Vocês não sabem que é falta de educação entrar sem bater na porta? – Ren pergunta, com raiva por terem interrompido.

— Yashiro-san? Tudo bem? Yashiro-san! – Kyoko pula para fora do colo de Ren, indo até o empresário que estava branco como papel.

— V-v-vocês... b-b-b-beijo...c-c-colo...O que diabos está acontecendo?! – Yashiro pergunta, apontando para os dois – Você! Desde quando está assim com a Kyoko-chan?! Por que não me contou?! E o que estavam fazendo aqui, sozinhos?! E por que ela estava no seu colo?! REN!

— Ah, ele pirou. – Kuu diz, sentando ao lado de Ren.

— Yashiro-san, se acalme. – Ren diz.

— Como você quer que eu me acalme?! Kyoko-chan! Ele...ele...falou?

— Falou? – Kyoko olha para Ren, sem entender.

— Está perguntando se eu me confessei.

— Ahh – Kyoko olha para Yashiro, sorrindo maliciosamente – Ele me jogou na cama e subiu por cima de mim, dizendo o quanto me amava. Foi suuuper chocante.

— Cama?!! Jogou!?! Subiu por cima?!! – Yashiro estava tendo suas próprias fantasias.

— Nossa, nunca pensei que você fosse do tipo agressivo, Ren. – Julie comenta ironicamente, sorrindo para o filho.

— Bom, ainda com a violência, ela demorou um tempo pra entender. – Ren diz, suspirando.

— Não me culpe. Você que nunca demonstra o que está sentindo. Como eu poderia saber? – Kyoko diz, olhado para ele.

— Bem, admito que sou um pouco culpado.

 

Baby, baby. baby, baby

It happens all the time

How you play me, play me, play me

Playing with my mind

Baby, baby, baby, baby

You're making me go crazy

And if you call that love

Then love should be a crime

 

— Eh? – Ren olha para Kyoko, sem entender.

É uma das músicas do meu projeto com o Shou. Me lembrou de você. – Kyoko diz, em pensamentos profundos.

— É uma música dele? – Ren pergunta.

— Isso aí. É uma das minhas favoritas.

— Não gostei. Dá uma sensação que ele está cantando pra você. – Kyoko dá um pequeno pulinho, como se tivesse sido pega no flagra. – Ele não cantou isso pra você, cantou? – Ren pergunta com uma voz sombria.

— Ahahahaha...ahahah... – Kyoko ri sem graça – Ah, o diretor está me chamando! Tchau. – Kyoko sai da sala, correndo.

— Que escapada...- Kuu diz, olhando para a cara de “Ah, ela fugiu” de Ren.

— Ren, você tem um concorrente bem determinado. Isso se ele já não se confessou também. – Julie comenta.

— Não me importo se ele o fez ou não. Agora que ela é minha, nunca vou deixá-la escapar. – Ren diz, então olha para Yashiro – Tudo bem?

— Está perfeito!!! – Yashiro diz, sorrindo maliciosamente – Então era por isso que você estava todo feliz, sorrindo. Hohoho.

— Yashiro-san, menos. Não estamos planejando anunciar isso para o mundo todo ainda. – Ren diz, sério.

— Hum... Quero só ver a cara das suas fãs quando souberem... – Julie comenta – Elas com certeza vão amaldiçoar a Kyoko-chan.

— Há, eu estaria mais preocupado pelo Ren. Quando a América souber que sua querida estrela Fumiko Aiko a.k.a. Mogami Kyoko está namorando, owww, ela vai ser revirada de ponta cabeça. E os fãs aqui do Japão também não vão ficar nada satisfeitos.

— Eu vou estar muito satisfeito. – Ren diz, sorrindo maliciosamente.

 

— Moooooookooooooooooooooooooo-saaaaaaaaaaaannnnnnn!!! – Kyoko vai correndo em direção a amiga, que estava esperando em frente ao seu apartamento, animada, com os olhos brilhando. Então ela pula em cima de Kanae, tentando abraçá-la, mas sendo impedida pela mão de Kanae em seu rosto, afastando de si mesma.

— Mooo! Você sempre tem que ser assim?! Nós nos vimos há algumas semanas!

— Mokooo-saaan!! Eu senti tanto a sua falta!!!

Enquanto esse pequeno drama acontecia, Julie, Kate e Itsumi assistiam de boca aberta. Aquilo era beeeem mais estranho do que os normais dramas de Kyoko.

— Oi, vamos entrar. Vocês ai também. – Kanae diz, olhando para as três garotas.

— Isso... Você deve ser muito forte para agüentar. – Julie diz.

— Acredite, ela pode ficar pior. – Kanae suspira, olhando para uma Kyoko que estava no seu mundinho, murmurando algo sobre “faz tanto tempo que não venho na casa da moko-san...Estou tão feliz...comer doces...briga de travesseiros...conversar a noite toda...”

— Então, Kanae-chan, Kyoko-chan nos disse que você é a melhor amiga dela.

— Ah, então ela disse. – elas vão conversando e arrastando Kyoko para dentro do apartamento.

— É, eu realmente queria ver que tipo de pessoa era. – Kate diz, sorrindo – Pensei que fosse igual a Kyoko-chan.

— Acredite, em todo esse mundo, não existe ninguém mais estranho do que ela. Talvez só o presidente da LME. – Kanae diz – Podem sentar.

— Oww, Moko-san, você pintou! – Kyoko percebe, olhando em volta – Está tão bonito!

— Kyoko-chan, você já tinha vindo aqui antes?

— Sim! Para fazer chocolates do dia de São Valentim! – ela diz, alegre.

— Ah, então você também fez chocolates... – Julie comenta, sorrindo maliciosamente e Kate entende aonde ela queria chegar, e começa a sorrir também.

— Sim! Para todos do set de Dark Moon!

— Ah, eu lembro. Seus chocolates estavam realmente deliciosos, Kyoko-chan. – Itsumi diz, sorrindo.

— Obrigada, Momose-san.

— E Tsuruga-san?

— Ah, ele recebeu montes e montes de chocolate. Foi incrível!

— E você deu os seus chocolates também, certo?

— Eu não dei chocolate a ele.

— É mesmo. – Kanae lembra – Nós passamos a noite toda fazendo chocolates, mas você não fez nenhum para ele. Tsuruga-san deve ter ficado bravo.

— Ah, não! Eu dei outra coisa pra ele. – Kyoko sorri.

— O que? – as quatro perguntam, curiosas e já imaginando outras coisas.

— Bom eu pensei que o Ren...

— Ren?! Ren?! Desde quando você o chama de Ren?

— Ah, faz um tempinho. Sim, eu pensei que ele não gostasse muito de chocolate, e que se eu fizesse mais um, iria ser um problema. Então eu fiz outra coisa. Ele gostou muito!

— O que você fez?! – elas perguntam, mais curiosas ainda.

— Eu fiz gelatina!

— O...que?!!! – as quatro se levantam, queimando de raiva.

— Eh? Algo errado?

— Como você fez gelatina?!

— Ele é seu querido sempai que te ajuda em tudo e faz tudo por você!! Você só deu gelatina?!

— M-mas...

— E ele gostou?!! Tsuruga-san é muito estranho! – Julie diz, e todas concordam.

— M-mas ele disse que gostou. É isso que importa, não?

— Bom, se olhar pelo lado dele e como você era na época, acho que ele deve ter pulado de alegria. – Kanae comenta.

— Moko-san! – Kyoko grita, envergonhada, mas seu celular toca. Ela procura dentro da bolsa e atende – Moshi moshi?

— Ah, Kyoko. – ela escuta a voz de Ren do outro lado da linha – Sou eu, Ren.

— Ah, oi! Tudo bem? Aconteceu algo?

— Ah, não, eu só queria saber que horas você volta para casa.

— AHHH!! – ela pula do sofá. Nesse momento, Ren afasta o celular da orelha.

— O que houve?

— Eu me esqueci Ren! – Kyoko diz, então percebe o olhar de suas amigas – Hã, espere um pouco, ok? – Kyoko afasta o celular da orelha – Eu vou bem ali, ok?

— Ok. – elas respondem, mas assim que Kyoko sai, elas a seguem e ficam com o ouvido colado a porta, ouvindo tudo.

— Me desculpe, Ren. Mas hoje eu vou dormir na casa da Moko-san. Estamos tendo uma reunião! A Momose-san, a Kate-san e a Julie estão aqui também.

— Ahh, entendo.

— Me desculpe por não avisar.

— Não, tudo bem. Hum, isso mudou um pouco os planos para a noite. – Ren suspira.

— Eh? Que planos?

— Ah, nada não. Bom, divirta-se. Eu te vejo amanhã no set, certo?

— Sim, boa noite.

— Boa noite. Ah, Kyoko?

— Sim?

— Eu te amo. – o rosto de Kyoko fica vermelho ao escutar isso.

— Eu também, Ren. – então eles desligam. Kyoko sorri para si mesma, e abre a porta atrás de si, fazendo com que as quatro garotas caiam aos seus pés. – O que...estão fazendo? – Kyoko olha para ela, curiosa.

— Nada! – elas se levantam, e voltam para a sala, sentando-se, mas não tirando os olhos de Kyoko.

— O que?

— Você... o que foi aquela ligação? Era Tsuruga-san, certo? – Kanae pergunta, olhando para Kyoko com suspeita.

— Sim.

— O que ele queria? – Julie pergunta.

— Hum? Nada demais.

— E o que foi aquele “Me desculpe por não avisar. Eu vou dormir na casa da Moko-san hoje”?

— Eh?

— Por que você precisaria avisar isso para ele? – Kate pergunta, com suspeita.

— Hã...

— AH! – julie bate uma mão na outra, num tipo de “Eureka”.

— O-o que?

— Vocês iam num encontro! – ela diz, sorrindo maliciosamente.

— Não. – Kyoko responde, sem interesse. – Por que não pegamos algo pra comer?

— Não tente mudar de assunto!

— Vocês querem saber?

— Sim! – as quatro dizem.

— Ren me deixou ficar no apartamento dele enquanto eu não acho um para mim. E eu me esqueci de avisar que não dormiria lá, então, como o bom sempai que ele é, ficou preocupado e me ligou.

— Espera! Você ta morando com ele?

— Sim. Em troca disso, eu cozinho as refeições dele.

— Ah, então é por isso. – Kanae de repente fica sem interesse.

— Eh? O que? – julie pergunta, sem entender.

— Tsuruga-san não come. E a Kyoko já foi a empresário temporária dele e ela criou um hábito maníaco de querer fazer ele se alimentar direito.

— Ei! A culpa não é minha se ele não sabe diferenciar lanches de comida de verdade. – Kyoko retruca.

— Ah é, lá em Okinawa você foi desse jeito. – Kate se lembra e Itsumi concorda.

— Ela sempre foi assim. Desde o Dark Moon. – Itsumi diz, lembrando-se.

— Se ele não comer, vai ficar doente! Então como ele vai trabalhar?! Tenho que garantir a saúde dele! – Kyoko diz, com confiança.

— Ah ah, que chato. – Julie diz, suspirando. – Ok! Vamos comer e falar sobre besteiras!

— Sim! – todas se animam, menos Kanae, que estava com uma expressão de “Eu nunca faria isso”.

 

— Sono... Sono... – Kyoko murmura, entrando no estúdio com suas amigas, que tinham a mesma expressão.

— Eu nunca comi tanto sorvete na minha vida... – Julie diz, colocando a mão na barriga.

— E aqueles doces... Ahh... – Kate murmura, ao lado de Kyoko.

— E chocolate e mais sorvete... – Itsumi diz, seguindo Julie.

— Ei, vocês querem café da manhã? – um dos ajudantes chega, carregando uma bandeja cheia de comida.

— Não fale em comida na nossa frente! – Julie diz, desviando dele.

— Acho que vou vomitar – Kate murmura.

— Bom dia! – Date se aproxima, mas logo recua, olhando para elas com pavor – O que diabos aconteceu com vocês?!

— Comida. Foi o que aconteceu. – Itsumi diz, sentando-se em um banquinho.

— Sono...sono... – Kyoko ainda murmurava. Ela não tinha comido tanto quanto as outras, pois precisava manter seu peso, tanto como por causa de seu projeto com Shou, como pelo drama. E ela com certeza não queria ficar gorda.

— Oww, essa ai merece uma foto. – Date diz, sorrindo e tirando foto delas.

— Diretor! – Kate reclama, colocando a mão na frente da câmera.

— Oh, Ren! Bom dia! – Date olha para o ator que chegava junto de Yashiro.

— Bom dia. – Ren sorri amigavelmente e percebe as quatro garotas sentadas, como se estivessem no corredor da morte. – Vocês estão bem?

— Uhh! – Kate coloca a mão na boca, como se fosse vomitar e corre para dentro do vestuário, indo ao banheiro.

— Uow, ela está bem? – Yashiro pergunta, preocupado.

— Talvez. – Itsumi diz.

— O que aconteceu com vocês? – Yashiro pergunta, mais olhando para Kyoko.

— Comida...Doces...Chocolate...Sorvete...Tanto sorvete... – Julie murmura.

— Você também Kyoko-chan?

— Sono... Só...Sono... – ela diz, então de repente ela bate em seu próprio rosto, se levantado.

— Ah, Kyoko-chan? O que foi?

— Eu preciso me trocar e gravas as cenas. Sem tempo para dormir. – ela diz, sorrindo e indo para o vestuário, mas de repente ela para – Ren.

— Sim?

— Ontem de noite... Você comeu, certo? – ela se vira, olhando para ele com suspeita.

— Ah... – Ren vira o rosto, olhando para o nada.

— Agora sei por que você pira quando se trata de comida. – Julie diz, olhando para Kyoko. – É porque ele não come.

— Ren! Eu não acredito nisso! Você tem que comer! 3 vezes por dia! Todo dia! Mesmo que não esteja com fome!

— Hai... – Ren diz, sem interesse.

— Não me dê esse “hai...”! Yashiro-san! – Kyoko olha para Yashiro com raiva – Você tem que fazer ele comer quando eu não estou por perto! Se ele cair morto no chão por causa de fome, como você vai se responsabilizar??!!

— Hai...

— Ei, ei, não me mate por conta própria. – Ren diz.

— Então coma! Coma! – Kyoko vai até aquele ajudante e pega a bandeja das mãos dele, voltando até Ren e dando a ele – Coma!

— Mas eu não est... – Ren para de falar ao ver o olhar de Kyoko e começa a comer silenciosamente.

— E essa é a história de como Tsuruga Ren foi castrado. – Date diz para uma câmera, sorrindo.

— AH! Você gravou? – Yashiro pergunta, chocado.

— Lógico. Isso é arte. – Date diz, sorrindo e então se afastando.

— Castrado... - Ren suspira para si mesmo.

— Eu sei que você não é, então não de preocupe. – Kyoko sorri, batendo nos ombros de Ren.

— Como assim, sabe? – Itsumi pergunta.

— Digamos que como atriz você passa por muitas situações fora de controle, e principalmente constrangedoras. – ela diz, suspirando.

— Você queria se juntar a mim, não era? – Ren pergunta, sorrindo maliciosamente.

— Não. – ela responde sinceramente e Ren suspira por desapontamento.

— Se juntar a que?

— Nada. – os dois respondem.

 

(Pra quem não sabe, no capítulo 160 do manga, Kyoko, como Setsu, entra no banheiro quando Ren, como Cain, está tomando banho. Ele está nu e sorri maliciosamente perguntando : “O que? Você quer se juntar a mim?” É hilárioooo!! ^^)

 

— Segredinho, hã? – Date pergunta, fazendo uma vozinha de gozação.

— Eu vou me trocar, diretor. Ah, será que eu poderia sair mais cedo? O boss, quer dizer, presidente, quer me encontrar. – Kyoko pergunta.

— Hum, claro. Já estamos no final mesmo. Não tem pra que ter pressa.

— Muito obrigada! – Kyoko se curva e vai para o vestiário.

— Julie-san, está tudo bem? – Ren pergunta, pois a garota estava pálida.

— Estou bem. Só preciso de um pouco de água. – ela diz, se levantando e afastando-se.

— Ren, vá se trocar também. – Date diz.

— Sim. – Ren sorri, indo para seu próprio vestiário.

 

— Presidente, Mogami-san está aqui. – Sebastian, um dos empregados de Lory diz.

— Ah, sim! Deixe-a entrar. – Lory diz, saindo da frente da enorme TV de plasma, na qual estava jogando um vídeo game.

— Presidente. – Kyoko se curva.

— Sente ai. Precisamos conversar.

— Sim. – ela obedece, olhando para ele séria.

— Calma, não vou demitir você. – Lory sorri e percebe Kyoko relaxar.

— Então sobre o que é? O drama?

— Ah, não. Na verdade, é sobre sua outra carreira.

— Outra?

— A de cantora.

— Algum problema?

— Na verdade não. Desde que você voltou para cá, seus CD’s estão vendendo que nem doce, e suas músicas estão sempre no rank. Então eu pensei nos fãs...

— O que tem eles?

— Talvez eles não queiram mais escutar você num MP4. Então que tal vê-la ao vivo?

— Um show? – Kyoko olha para ele, surpresa.

— Sim. Um show, Mogami-kun. Um show, que talvez leve a uma turnê.

— Turnê?! – Kyoko olha incrédula para Lory.

— Sim. Se tudo sair como planejado, você fará uma turnê.

— Mas e o drama? E meu projeto com o Shou?

— Calma, não é agora. Seu drama deve estar terminando em alguns meses. Nós estamos em setembro. Em Dezembro terá a Premiação de Inverno. O drama Forbidden Love com certeza estará inscrito, então vai acabar antes de Dezembro. Já seu projeto com Fuwa-kun, eu soube que já está no final, não?

— De certa forma, sim. Agora nós estamos só gravando os PV’s.

— Ótimo. Tudo de acordo. Assim, seu Show será agora em setembro ou outubro.

— Sério? – Kyoko pergunta, empolgada.

— Sim, é o que estou planejando. Bom, você tem que começar a praticar, e temos que escolher seus figurinos, e várias outra coisas.

— Sim!

— Ah, não fale sobre o show e a turnê para ninguém. Quero ter o impacto quando a notícia sair.

— Sim.

— Ah, e mais uma coisa, tenho alguns trabalhos para você. – Lory lhe estende algumas pastas.

— Nossa, são tantos...

— Reclamando?

— Não. – ela sorri.

— A maioria é sobre ser a modelo de algo, e apenas dois aí dramas.

— Dramas? – Kyoko estranha. – Eu não tenho que estar livre até Dezembro?

— Não. Essas são boas propostas e são diretores conhecidos, meus amigos. Eles vieram pedir pessoalmente por você.

— Hum... – Kyoko olha para as duas pastas em sua mão.

— Mais uma coisa antes de você ir, Mogami-kun.

— Sim?

— Como o Ren está? – Lory pergunta com um sorriso malicioso. Kyoko avalia a expressão dele. Ele já sabia.

— Parece que as notícias correm rápido, presidente. – Kyoko sorri.

— Bem, eu tenho olhos e ouvido por ai. – ele diz, sorrindo.

“Oto-san, Oka-san, Yashiro-san, Date-san. Foram eles!”

— Ele está... bem.

— Bem? – Lory arqueia uma sobrancelha.

— Vou lhe dizer apenas isso. Se quiser saber como ele está, pergunte a ele. – Kyoko sorri – Agora se me dá licença. Tenho que correr para meu encontro com o Shou. – Kyoko se curva e sai da sala.

— Bem, hã... Parece que aquela falha no amor finalmente se deu bem. – Lory se levanta, sentando de novo na frente da Tv. – Agora, Hiro-kun, vamos fazer você se dar bem.

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Notas finais do capítulo

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