Simples como Amar... escrita por Tamara


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

espero que gostem xuxus



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Ele ainda estava com sono, não dormira muito na noite passada. Eram quase 12h00min, se ele pudesse continuaria dormindo, mas combinara com sua mãe de almoçar com ela.

Draco Malfoy não via muito seus pais. Desde que saiu de Hogwarts ele se distanciou involuntariamente da família, talvez não tão involuntariamente, ele e seu pai brigavam constantemente. Lucius Malfoy continuava o mesmo homem de sempre, e Draco, que adquira um pouco mais de ética e respeito ao próximo depois da guerra, era contra os absurdos que Lucius falava e muitas vezes fazia.

Draco deixou a mansão Malfoy definitivamente quando presenciou seu pai fazendo algo terrível, que ainda assombra os seus sonhos.

Ele se vestiu e foi ao encontro da mãe no restaurante Grastomy of Thales.

Narcisa Malfoy estava sentada elegantemente na mesa em que reservara para almoçar com o filho. Depois de esperar alguns minutos, ela o vê vindo em sua direção.

- Olá mãe. – ele fala cumprimentando-a.

- Oi Draco. Como você está? Como está o trabalho?

- Normal. Nenhuma grande novidade. – ele fala se sentando e abrindo o cardápio. – E a senhora como está?

- Estou cada vez mais velha e cansada. – ela diz dando um singelo sorriso.

- Não se despreze. Você é muito mais do que imagina. – fala amorosamente beijando a mão da mãe.

- Só você mesmo para me fazer sentir-me melhor.

- Só estou dizendo a verdade.

Acabando de falar isto ele faz o pedido de ambos para o garçom.

- Como está a vida amorosa? Quando terei os meus netinhos? – fala rindo.

- Ainda vai demorar para ter os netos, se um dia ter. Não acredito nesse tipo de amor. – ele fala tentando não demonstrar amargura, mas não conseguindo.

- Como assim? – pergunta curiosa.

- Entre um homem e uma mulher. Não acredito nesse amor.

- E em que tipo de amor você acredita?

- Entre filho e mãe. – ela sorri.

- Fico feliz em saber que você me ama, mas permita o seu coração a amar outras pessoas também, você será muito mais feliz.

- Feliz como você e o Lucius? – ele fala sarcasticamente, Narcisa abaixa os olhos tristemente. – me desculpe não quis falar isso. – completa ele, vendo a tristeza nos olhos da mãe.

- Quis sim, mas não o culpo. Sei que o que fala é a verdade. Não sou feliz com o seu pai. – Draco estremeceu ao ouvir a palavra pai. – Não quero você tendo um casamento como o meu, sou sua mãe e o meu maior sonho é te ver feliz.

Draco sorri para a mãe. O garçom chega com a comida e eles comem em silêncio.

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Após o almoço Draco vai direto para a casa de seu amigo Blaise Zabine.

- Olá Draco. O que o trás aqui tão cedo? – pergunta Blaise ainda tonto de sono.

- Em primeiro lugar não é cedo. E em segundo lugar você deixou uma mensagem no meu celular dizendo que quer falar comigo.

- Ah sim. Entra. – ele dá espaço para Draco entrar. – Você quer beber algo?

- Não, mas o que você quer me dizer.

- Quero te chamar para ir num clube comigo hoje. – fala indo tomar um copo de água.

- Num domingo? – pergunta surpreso, geralmente eles saiam apenas nas sextas e sábados á noite.

- É uma abertura. Você vai se divertir.

- Você vai me levar de novo para aqueles lugares trouxas onde só tem gente trouxa. Oh que divertido! – fala Draco ironicamente.

- Você não reclamou da última vez quando saiu com aquela morena trouxa. – retruca Zabine gozador.

- Vá se F****! – fala o loiro jogando uma almofada em Blaise. Este apenas gargalhou.

- Então? Vamos?

- Hum... Deixa-me ver. – fala fingindo pensar. – Vou sim. Draco Malfoy não perde nenhuma diversão.

- Eu sabia que você ia aceitar.

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- Vamos logo Hermione! – fala Sophie batendo na porta do banheiro. – Você está aí á horas. Vamos nos atrasar.

- Já vou... Já vou!

Depois de mais dez minutos de espera Hermione finalmente sai do banheiro. Ela usava um vestido vermelho que acentuava as suas curvas, nem muito vulgar, nem muito comportado. O cabelo estava solto em cachos abertos perfeitos. Com sapato prata, juntamente com acessórios pratas.

- Estou bem?

- Você está linda Mi. – fala Jess, que usava uma saia preta, uma blusa tomara que caia estilo corpete lilás e sapatos pretos.

- Está mesmo. – concorda Sophie que vestia um short preto de seda pequeno, um top vermelho e um blaiser preto de seda que faz conjunto com o short, e sapatos vermelhos.

- Vocês também meninas, agora vamos. – fala Mi pegando sua pequena bolsa de mão.

Hermione, Sophie e Jéssica encontraram Joe na fila do lado de fora da boate.

- Olá Joe! – Hermione fala abraçando o amigo.

- Oi Mi. Quanto tempo, não vejo você desde segunda. – Joe fala com um leve tom de censura.

- Oh, mais a culpa é sua. Só fica viajando, e quando não viaja é só a Jess. Esqueceu das amigas é? – fala Mi fazendo biquinho.

- Não esqueci não boba. – ele dá um beijo na bochecha dela. E logo em seguida cumprimenta Sophie

- E a namorada aqui? Não ganha beijo? – fala Jéssica ciumenta.

- Não sei, acho que ela não merece. – fala Joe se aproximando dela e dando-lhe um beijo apaixonado.

- Vamos entrar logo, já é a nossa vez. – fala Sophie.

Os dois param de se beijar e todos entram juntos.

A primeira coisa que Hermione viu ao entrar no local foi um clarão de luzes coloridas. Depois de alguns segundos seus olhos se acostumaram com a luz. A boate é perfeita. A música alta, tocada por um dos melhores DJs de Londres, fazia o número impressionante de pessoas dançarem como loucas na pista de dança. Havia um local um pouco mais calmo, com mesas, cadeiras e até alguns pufes, para os amantes trocarem um pouco de caricias.

- Esse lugar está lotado, não pensei que viria tanta gente! – fala Sophie impressionada procurando uma mesa junto com os seus amigos.

- É que você quase não sai querida Sophie! Boates trouxas são assim mesmo. – fala Joe sentando-se, juntamente com os outros.

Eles ficam conversando durante dez minutos, até que Joe e Jéssica saem para tomar algo e dançar.

- Então Sophie? Tira a bunda da cadeira e vem dançar comigo, quem sabe nós não encontremos algum gato sarado perdido por aí? – pergunta Mi, puxando a amiga pelo braço, até a pista de dança.

As duas dançam por um tempo.

- Eu vou pegar alguma coisa para beber! – fala Hermione no ouvido da amiga.

- O quê? – pergunta Sophie, pois com a música alta não escutara nada.

- Eu disse que vou pegar alguma coisa para beber! – fala Hermione alto.

- O quê?

- EU VOU PEGAR ALGUMA COISA PRA BEBER! – grita no ouvido da outra.

- Ta bom, mas não precisa gritar no meu ouvido, ok? Traz um coquetel pra mim.

Hermione apenas lança um olhar mortificante para ela e sai em direção ao bar.

Pede um coquetel para a amiga e outro para si. Porém quando volta não encontra Sophie, a vê um pouco mais distante conversando com um moreno bonito.

"Ótimo, me deixaram sozinha!". Pensa dando o coquetel de Sophie para o primeiro que vê na frente.

Ela dança sozinha, até que flerta com dois homens muito bonitos,um loiro e outro moreno, começa a dançar com eles. Depois de algum tempo, os rapazes já estavam mais distantes, até que sente uma mão vinda por trás, segurando-a pela cintura. Seja quem for o homem que a segurava por trás, para Hermione ele cheirava bem, então dançaram alguns segundos assim, sem se olharem.

Quando ela vira para olhá-lo, arregala os olhos.

- Até aqui? – pergunta um pouco surpresa.

- Que surpresa vê-la aqui Granger! – diz o loiro igualmente surpreso.

- Um Malfoy freqüentando lugares trouxas? É de se admirar. – ri Hermione.

- Para a sua informação, eu freqüento lugares trouxas sim, e não são poucas vezes. Mas o que você tem a vê com isso?

- Nada. Mas seria bom saber que lugares você freqüenta, assim não tem o risco de ter que te ver mais que o necessário. Você me enoja. – fala parando de rir.

- Você diz que te enojo? – ele diz segurando-a pela cintura, e falando em seu ouvido. – mas por que não pareceu quando estava dançando comigo? Parecia bem excitada. - termina de falar dando um beijo no pescoço da morena.

Ela se afasta abruptamente.

- Seu idiota! – grita se afastando, ele apenas ri.

Hermione segue até o vestiário feminino, irritadíssima. "Quem ele pensa que é, pra falar aquilo? Mas que idiota... Aff, estragou a minha noite!". Ela começa retocar a maquiagem, quando vê Jéssica arrumando o cabelo.

- Oi Mi! Que cara é essa? – ela pergunta. – Você está tão vermelha quanto um pimentão.

- Sabe quem eu encontrei aqui?- fala com raiva. – tenta adivinhar se você acertar te dou 10 galeões. – nem deu tempo para Jessica começar a pensar, Hermione logo responde sua própria pergunta. – Isso mesmo, o Malfoy! Dá pra acreditar numa coisa dessas?

- E daí se o Malfoy está aqui? Você não precisa ficar com tanta raiva só por causa disto.

- Não foi só isso... – Hermione relata em breves palavras o que aconteceu na pista de dança.

- OMG! E você não agarrou o loiro? – fala perplexa.

- Mas... Você não entendeu nada? – ela fala envergonhada.

- Não! Olha faz o seguinte, depois eu quero que você me mostre quem é esse tal de Draco Malfoy, agora eu vou procurar o meu namorado! Tchauzinho. – fala Jéssica saindo.

Hermione dá uma ajeitada nos cachos e vai ao bar, comprar algo para beber.

Ela se senta em uma das banquetas esperando ser atendida. Folheia um folheto com os nomes de algumas bebidas, estava indecisa sobre o que tomar. De repente um homem de aproximadamente uns 30 anos senta-se ao lado dela.

- Olá! Que tal um martini? É por minha conta. - ele fala direto.

- Eu adoraria! – ela fala sorrindo timidamente.

Ele pede as bebidas.

- Me chamo Henrique Jones.

- Hermione Granger.

Eles conversam animadamente. Ele á convida para dançar.

Dançam juntos durante vários minutos.

- Será que já não está na hora do meu beijo? – pergunta Henrique sensualmente no ouvido dela.

- Talvez.

Ele a pega pela cintura e á beija. Mas por alguma razão que ela não sabia qual, Hermione não estava à-vontade com aquela aproximação, então logo quis parar.

- Desculpe, mas... acho que não vai dar. – ela fala tentando se afastar, mas ele continua beijando seu rosto e pescoço. – Henrique... por favor... pare!

Aquilo já estava lhe causando repulsa, o homem não a largava. Numa tentativa de se ver livre do homem ela lhe dá um chute nas partes debaixo. Enquanto ele urra de dor, ela se afasta assustada.

- Mas... que merda! – ele recompõe e se aproxima perigosamente dela. – Quem você pensa que é vadia? – fala furiosamente segurando-a pelo pulso fortemente.

Hermione fica sem fala e ação, estava muito assustada. Ele volta a beijar-lhe o pescoço, deixando-a com ânsias. Ela fecha os olhos com cara de nojo, de repente escuta um baque e percebe que o homem não estava mais lhe segurando. Ela abre os olhos e se assusta com a cena que vê.

Henrique estava sendo massacrado por Draco Malfoy. O loiro lhe desferia socos e chutes. Isso sem falar das palavras ofensivas. Dois homens tiveram que tirar Draco de cima do outro, pois o loiro poderia acabar matando Henrique.

- Seu idiota! Isso é pra você aprender a respeitar as mulheres! – se 'despede' Draco de Henrique, que estava sendo amparado por um amigo que acabara de chegar.

Hermione corre até Draco que estava com o lado da boca sangrando, nada comparado ao estado em que Henrique se encontrava.

- Oh meu deus! Você está bem? – ela fala preocupada, limpando com um lenço o sangue de sua boca.

- Eu estou ótimo, ele é que não está! – fala sorrindo, apontando com a cabeça para Henrique.

- Não está mesmo. – ela sorri levemente.

- Mas... E você? Como está? – pergunta gentilmente.

- E-Eu ainda estou um pouco assustada. Oh deus, eu pensei que ele era um homem direito... me deu nojo. – fala sentindo leves arrepios.

Draco ousa e a abraça, ela retribui o abraço.

- Vamos! Eu te levo para casa. – ele diz pegando a mão dela e a levando em direção á saída daquele lugar.

- Mas estou com os meus amigos, não posso sair sem avisá-los.

- Eles irão entender! Também estou indo embora sem me despedir de um amigo. O Zabine.

- Eu imaginei.

- Imaginou o que? – pergunta curioso enquanto abri a porta do carro. Há esta hora eles já haviam chegado no estacionamento da boate. O que foi uma surpresa para Hermione ela nunca imaginara que ele pudesse ter um carro.

- Que é Zabine quem estava na boate com você. É meio obvio, vocês dois não se desgrudam.

- Ele é como um irmão pra mim. – diz ele dando a partida no carro. Ele olha para Hermione e vê que ela está um pouco surpresa. – O que foi? – pergunta preocupado, ele havia dito algo errado?

- Não é nada. Apenas estou um pouco surpresa por você ter um carro, pensei que detestasse tudo trouxa.

- Você não me conhece Granger, há tempos deixei de menosprezar os trouxas. Essas maravilhas de quatro rodas que eles inventaram é a minha paixão. - fala rindo.

"talvez eu não o conheça mesmo, pelo menos não mais." ela pensa sorrindo.

Depois desta breve conversa eles ficam em silêncio.

- Chegamos. – ele fala saindo do carro e indo abrir a porta para Hermione.

- Você quer entrar? – Hermione pergunta mais por educação, na verdade ela tinha medo que ele aceitasse.

- Melhor não! – "vai que eu não me controlo?"pensa.

- Obrigada Malfoy! – ela reluta em dizer essas palavras, mas acaba falando.

- Não foi nada! Mas não vai se acostumando, nem sempre estarei lá para te 'salvar', ou se estiver não terei paciência para te 'salvar'. – fala em tom de brincadeira.

- Até amanhã Malfoy! – ela se despede.

- Até mais Granger.

Ele a observa indo. Quando Hermione já estava um pouco afastada, ela se vira e grita para que ele escutasse.

- Ah... Malfoy! – ele que já estava indo em direção ao seu carro, se vira surpreso. – Nada mudou entre a gente, eu continuo te odiando!

- Eu digo o mesmo Granger! – ele ri, e se direciona ao seu carro.

Hermione segue em direção ao seu apartamento rindo. Talvez ela não odiasse Draco Malfoy tanto como imaginara.

 

continua...

 


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Notas finais do capítulo

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