Destinys Play escrita por Bella P


Capítulo 1
Prólogo




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/83235/chapter/1

DESTINY'S PLAY


Prólogo

 

As portas da Emergência se abriram em um estalo, cedendo passagem a maca e a equipe que a acompanhava em um ritmo frenético. Em questão de segundos, enfermeiros e um médico plantonista surgiram ao lado dos paramédicos.

- O que temos aqui? - perguntou o plantonista enquanto terminava de envolver o estetoscópio em sua nuca.

- Adolescente, aproximadamente quinze anos, desconhecida, com ferimento grave na junção da nuca com o pescoço... - o relato da paramédica foi interrompido quando dita paciente se debateu na cama e soltou um grito gutural. Todos os outros atendentes da emergência que empurravam a maca frearam a mesma instantaneamente e praticamente voaram para cima da garota, a segurando nos braços e pernas, pois neste momento ela começou e se remexer e a se contorcer de maneira anormal enquanto soltava gritos agoniados de dor.

- Mas o que é isto? - o médico plantonista perguntou surpreso.

- Acreditamos que ela foi drogada. - respondeu a paramédica. - Quando atendemos o chamado ela estava sangrando e se debatendo com mais violência e o processo continuou durante todo o percurso. Não conseguimos conectá-la, não conseguimos colocá-la no oxigênio, nada.

- A encontraram sozinha? - enquanto os dois paramédicos que acompanhavam a primeira recebiam ajuda dos enfermeiros para imobilizar a paciente, o plantonista cortou as ataduras em volta do pescoço da mesma, liberando o ferimento e franzindo as sobrancelhas diante do que via. O sangue que jorrava da ferida não era um vermelho vivo, mas de uma cor acinzentada, quase negra, misturado com bolhas de pus arroxeadas, como sangue coagulado.

- Não. - a paramédica fez um gesto com a cabeça por cima do ombro e o plantonista seguiu com o olhar para ver perto da porta de entrada da Emergência um rapaz. Não sabia precisar a idade, possuía uma pele morena e pelos traços indicava descendência Nativo Americana. Era alto, com mais de 1.94 de altura e físico bem trabalhado com cabelos curtos e negros e olhos de igual cor. E o mais curioso é que vestia uma simples camisa de algodão sem mangas e bermudas jeans em plena noite de primavera de Chicago que costumava ser relativamente fria antes da chegada do verão.

- São parentes rapaz? - perguntou o médico para o homem à entrada da emergência enquanto indicava com a mão para que continuassem a empurrar a maca mesmo com a paciente gritando e se debatendo sobre a mesma.

- Não. - o homem respondeu. - Eu... - calou-se e franziu as sobrancelhas escuras.

- Tem ideia de quem fez isto a ela? - a maca estacionou na sala de atendimento, com a jovem ainda se contorcendo sobre a mesma aos gritos, berrando palavras que eram incompreensíveis para aqueles que a ajudavam.

- Minha nossa! - uma outra médica entrou no recinto, seus cabelos negros e muito cacheados estavam presos na altura da nuca. - Mas o que aconteceu com a pobre?

- Alguma festinha que deu errado, com certeza. Transferência no três. - o plantonista alertou, começando a contagem e ao mesmo tempo que paramédicos e enfermeiros seguravam a garota que se remexiam, eles a trocavam de cama. - Quero amostragem de sangue e quero tipo sanguíneo para ontem, vamos precisar de transfusão. E quero toxicografia completa. Quero saber o que a está fazendo gritar. - ordenou o médico plantonista no exato momento em que a jovem deu um pulo na cama berrando:

- Está queimando! Faça parar! - todos congelaram por um segundo em seus atos, a mirando brevemente antes de voltarem a agir. Uma das enfermeiras começou a lavar o ferimento que continuava a jorrar o sangue negro e franziu as sobrancelhas quando o caminho foi aberto para uma melhor avaliação do que havia no pescoço dela.

- Dr. Cabot? - chamou. - Dê uma olhada nisto. - o plantonista parou de fazer o atendimento e exames necessários e foi na direção da mulher, mirando o machucado e fazendo a mesma expressão confusa que ela.

- Isto é uma mordida? - a outra médica abriu espaço para averiguar o que eles olhavam.

- Animal? - indagou ao colega.

- Em plena cidade de Chicago? E foi direto na jugular. Sem contar que olha a arcada... Muito pequena para ser de um animal selvagem ou até mesmo urbano. Parece mais...

- Humano. - completou a enfermeira.

- Dr. Cabot. - outro enfermeiro interrompeu a conversa dos três. - A análise foi feita. O sangue dela é O negativo.

- Avisem ao hemocentro que precisamos de bolsas urgentemente...

- Eu posso doar. - uma voz soou da entrada da sala de atendimento e Dr. Cabot virou-se para mirar o rapaz de mais cedo, do qual até havia se esquecido da presença. - O negativo só recebe do O negativo. Somos compatíveis. - os dois médicos se entreolharam diante da sugestão. O sujeito poderia ser apenas um pobre desafortunado que cruzou com a garota em necessidade na rua ou um suspeito. Entretanto, isto a polícia que iria decidir. No momento eles tinham uma vida para salvar e ele era uma boa opção, visto que o tipo de sangue que precisavam além de ser raro era difícil de conseguir nos bancos de sangue.

- Pois bem meu jovem... - a médica colega do Dr. Cabot foi até ele. - Venha comigo, vou prepará-lo para a transfusão. - depositou uma mão sobre o ombro largo, o guiando para fora da sala. - Aliás... Qual o seu nome mesmo? - o rapaz mirou os olhos negros dentro dos negros da mulher e inspirou profundamente, como se pensando se respondia ou não esta pergunta.

- Jacob. - disse por fim. - Jacob Black.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Destinys Play" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.