A Bella e a Fera escrita por kesiagarcia


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Gente desculpa pelo sumiço, mas eu não andava muito bem e tive que fazer uma 'pequena-grande' viagem. Eu voltei na segunda passada, mas não tive tempo de aparecer por aqui. Eu tenho outras fanfics que eu já posto a algum tempo.. então a prioridade foi elas. Desculpem!!

Enfim espero que aproveitem esse capítulo.. prometo que o próximo não demorar tanto.



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Edward apoiou as costas na porta e fechou os olhos, a imagem de Isabella presa em sua mente, recusando-se a deixá-lo em paz. Era a criatura mais linda que já vira. O tipo de mulher que fazia as cabeças virarem, os homens tropeçarem e as mulheres morrerem de inveja. E só de fitar os lindos olhos verde jade, cada cicatriz parecia doer como se fosse recente. Era como colocar um doce apetitoso na frente de um homem que morria de fome. Oferecer-lhe a iguaria, da qual nunca poderia sentir o gosto.

 

 

Mal podia tolerar a presença dela ali, em seu lar, seu santuário. Só saber que estava ali era o suficiente para deixá-lo louco, e queria estrangular Roselei Hale por ter lhe mandado uma mulher tão linda. Será que Rose não percebia que não estivera perto de uma mulher desde o acidente? E até aquela manhã não tivera sequer uma referência, atém da palavra de Roselei, garantindo que encontrara alguém muito qualificado. Não tivera tempo de pesquisar o passado dela, e embora tivesse encontrado apenas parte dele, não havia fotos, embora tivesse imaginado como era, já que vencera tantos concursos de beleza. Ainda assim, era como se não desejasse mostrar o lindo rosto. Ele tinha uma boa razão para não mostrar o rosto. Mas qual seria a dela?

 

 

Aos trinta anos, continuava linda.

 

 

Que droga! Ele fora muito claro ao pedir uma governanta para cuidar de Renesmee. Pedira uma mulher mais velha, forte e saudável o suficiente para cuidar de uma garota de quatro anos, e que compreendesse que a responsabilidade de Renesmee seria dela. Não podia deixar que Renesmee o visse. Nunca. A criança fugiria dele, e Edward sabia que não poderia suportar isso. Não outra vez. As pessoas fugiam dele por causa das cicatrizes que o desfiguravam. Não pretendia assustar uma criança.

 

 

Renesmee. Edward cerrou os punhos. Uma criança cuja existência ele ignorara até algumas semanas atrás, quando a ex-mulher morrera. Parecia que ele era a única pessoa no mundo que podia cuidar da menina.

 

 

Mais uma vez, amaldiçoou Tanya por não ter lhe dito que carregava um filho ao deixá-lo. Só Deus sabia como precisara disso, quatro anos antes. Algo para fazê-lo suportar as inúmeras cirurgias, a difícil recuperação e a dura realidade de que nada poderia ser feito para recuperar o corpo desfigurado.

 

 

Afastando-se da porta, Edward pegou o telefone e discou um número, mal contendo a raiva.

 

 

— Wife Incorporated. Roselei Hale.

 

 

—  Que droga, Rose, ela é linda! — De tirar o fôlego, acrescentou mentalmente, lembrando-se de cada curva do corpo perfeito, coberto pelo conjunto branco.

 

 

— Então saiu da sua toca por tempo suficiente para observá-la?

 

 

— Por que fez isso? — Edward ouviu-a suspirar.

 

 

— Bella é uma das pessoas mais bondosas que conheço. E não fiz isso por você, meu bem. Foi por Renesmee. Bella adora crianças, e já trabalhou com elas antes. Tem todas as qualificações que você queria. E culta, mas não a ponto de não conseguir se comunicar com uma criança. Além disso, é divertida e criativa. Dê-lhe uma chance.

 

 

— Não tenho escolha. Renesmee chega dentro de dois dias.

 

 

— Vai dar certo, Edward.

 

 

— Encontre outra pessoa, imediatamente. Eu não a quero aqui. — Houve uma pausa do outro lado, e ao falar, a voz de Roselei soou fria e brusca:

 

 

— Tanya devia ter lhe contado sobre Renesmee, eu concordo, e se não tivesse jurado que não o faria, eu mesma teria dito. Mas quando ela disse que o deixara porque tinha se tornado frio e mesquinho, não pude acreditar. Agora, vejo que estava certa.

 

 

Edward sentiu como se ela o tivesse esbofeteado.

 

 

— Tanya me abandonou porque não pôde suportar as conseqüências do acidente. Queria que eu fosse o mesmo de antes e que agisse como antes. Isso nunca vai acontecer. — Ele respirou fundo, antes de prosseguir: — Encontre outra pessoa. — E sem despedir-se, desligou. Só ao largar o fone percebeu como o segurara com força.

 

 

Deixando-se cair na poltrona de couro, atrás da escrivaninha, virou-a para a janela. O sol lutava para sair de trás das nuvens, refletindo-se no riacho, enquanto Edward lutava para afastar as memórias dolorosas do acidente. A dor cortante, a reação de horror de Tanya quando tiraram as bandagens, a repugnância que não conseguira disfarçar. Sempre imaginara que ela estaria a seu lado, em qualquer situação, e ficara chocado ao vê-la partir. Devia ter imaginado que ela faria isso, quando se recusara a dividir a cama com ele, e até mesmo a tocá-lo depois do acidente. Ele podia ver a repulsa, cada vez que estendia a mão para ela. A noite anterior ao acidente tinha sido a última vez que sentira prazer e ternura com uma mulher.

 

 

E agora a mulher que fora eleita a mais bonita do Estado estava morando em sua casa. Não fazia diferença que isso tivesse ocorrido dez anos antes. Ela ainda era capaz de parar o trânsito com sua beleza.

 

 

A batida foi tão suave que ele mal ouviu.

 

 

— Sr. Cullen.

 

 

O som daquela voz doce e delicada tocou-o profundamente. E ele quase a odiou por isso.

 

 

— Eu já disse que a chamaria se...

 

 

— Pelo que me lembro, fui contratada para tomar conta da sua filha, não do senhor. Portanto, pode chamar o quanto quiser, meu senhor, e...

 

 

— Pago o seu salário.

 

 

— Sua mãe não lhe ensinou que é falta de educação interromper uma senhora?

 

 

— E você não aprendeu diplomacia, ao trabalhar no Departamento de Estado?

 

 

— Sim. Mas este não é um território estrangeiro, nem você pode pedir imunidade diplomática.

 

 

Lutando contra a vontade de sorrir, Edward apoiou a cabeça na poltrona de couro.

 

 

—  O que você quer?

 

 

— Ah, chegamos ao estágio das negociações — zombou Bella. — Agora, a menos que a montanha de alimentos na geladeira e no freezer seja a sua noção de uma dieta balanceada, preciso planejar o cardápio.

 

 

— Muito bem. Pode pedir o que quiser.

 

 

Bella suspirou. Que homem difícil. Ela sacudiu a bandeja, fazendo a linda porcelana tilintar.

 

 

— Ouviu? São pratos. Com comida — completou.

 

 

— Deixe na porta. — Ela piscou.

 

 

—  O quê?

 

 

—  Tenho certeza de que ouviu, srta. Swan. A porta não é tão grossa.

 

 

—  Que teimoso — resmungou Bella.

 

 

— Deixe no chão e vá embora.

 

 

Bella colocou a bandeja junto à porta, e ao olhar para a madeira decidiu que o faria sair dali, de qualquer modo.

 

 

— Pelo jeito, vamos ter muitos problemas, sr. Cullen.

 

 

—  Só se quebrar as regras.

 

 

— E quais são?

 

 

— Receberá ordens através de e-mails em seu computador.

 

 

— Meu Deus, que impessoal!

 

 

— E o único modo possível — disse ele, baixinho, ouvindo os passos dela afastando-se na escada.

 

 

Edward esfregou a testa, a ponta dos dedos tocando as cicatrizes, e praguejou, levantando-se e começando a andar de um lado para o outro. Cerrando os dentes, imaginou como iria sobreviver com aquela mulher linda andando pela casa.

 

 

 


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Notas finais do capítulo

REVIEWS??

Mandem reviews para fazer uma adaptadora feliz, caso contrario ela morrerá de decepção.