POV Rose

- D-devem ser os meninos tentando nos colocar medo – Alice gaguejou.

- Fiquem calmas – pedi. O difícil seria eu me acalmar. – Como a Allie falou devem ser apenas os meninos tentando nos colocar medo. – forcei minha voz a sair forte, não demonstrando o medo que se infiltrava em mim. Eu mesma tentava acreditar que eram apenas os meninos...

- A Rose deve estar certa – Nessie falou enquanto pegava o seu celular.

- O que vai fazer? – Alice perguntou com sua voz tremida.

- Shhh! – Nessie pediu – Venham aqui – ela falou em um tom muito baixo.

A seguimos silenciosamente até o banheiro. Ela trancou a porta atrás da gente e subiu na banheira para fechar a janela de lá. Nós a olhávamos enquanto ela fazia tudo. Eu queria simplesmente saber o que ela estava fazendo. Ela sentou na beirada da banheira e discou alguma coisa no celular.

- Oi – cumprimentou – Pode me fazer um favor? – pediu docemente, seria completamente impossível negar um favor a ela com aquele tom de voz – É que preciso que você venha fazer uma ronda ao redor do nosso chalé. – ela esperou um tempo, provavelmente enquanto a outra pessoa falava – É que estamos escutando coisas... E... Estamos com um pouco de medo – admitiu. Mais um tempo se fez com ela calada – Obrigada!

Ela desligou o telefone e destrancou a porta do banheiro. Assim que sentamos novamente na cama de casal, alguém voltou a bater forte na porta. Eu definitivamente estava com medo, mas não queria demonstrar isso a ninguém, principalmente porque poderia ser os meninos e eu não queria pagar mico.

Nos limitamos a ficar em silêncio e estremecer a cada barulho novo. Ora era a porta que soava insistente, ora eram arranhões na janela... Isso sem contar o grito feminino que se fazia a tempos regulares. Na verdade tudo foi ficando regular e nós fomos acostumando com os barulhos. Era sempre a mesma seqüência: grito, porta, janela, porta, janela, porta, grito... Já estava ficando mais que na cara que aquilo era uma armação.

Gritamos assustadas quando o celular de Nessie tocou. Aquele sim era um barulho diferente. Ela atendeu e seu sorriso foi aumentando aos poucos. E aquele sorriso foi a confirmação de que aquilo era uma armação dos meninos.

- Obrigada Bella – Nessie agradeceu. – Agradece o Edward por ter te acompanhado – ela pediu e desligou o telefone.

- São os meninos – afirmei.

- São – ela concordou – É o seguinte: o Jazz está com um gravador, onde provavelmente estão os gritos, e um auto-falante para aumentar o som; Jake criou uma “mão” com galhos que caíram da árvore e o está passando em nossa janela; e o Emm revisa entre espancar a coitada da porta e se esconder enquanto o Jake arranha a janela. – explicou.

- Onde ele se esconde? – perguntei.

- A Bella disse que era atrás da casa e que ele não veria se nós saíssemos. – Nessie falou.

- Me emprestem os seus celulares – Alice pediu. A entregamos sem pensar duas vezes – Eu tive uma idéia, vou colocá-los para gravar nossos gritos. Depois cada um vai colocar o seu para despertar uma hora, quando ninguém os desativarem o modo soneca vai entrar em ação, ele vai tocar por uma hora sempre em tempos regulares, e eles nem vão perceber que são os celulares que estão gritando.

E assim fizemos. Gravamos três gritos diferentes e colocamos cada um para despertar em determinada hora. Esperamos o Emm bater na porta e demos alguns segundos para ele se esconder. Saímos do nosso chalé e seguimos para o deles. Entramos ainda rindo e nos jogamos sobre as três camas já arrumadas. Agradeci mentalmente por seu cheiro amadeirado não estar impregnado naquela cama. Assim acabamos dormindo, um sono leve, e, até àquela hora, sem interrupções.

Acordamos um pouco antes das 05h00min. Fomos até a varanda do chalé levando alguns cobertores e nos aconchegamos por lá para esperá-los. E não demorou muito para que eles aparecerem, rindo feito idiotas achando que passaram a noite mais divertida de suas vidas enquanto colocavam medo na gente. Eu realmente tive que rir da cara deles.

- E toda hora elas gritavam... – se gabou Jake.

- Elas devem ter passado uma noite horrível – se divertiu Jazz.

- Valeu à pena toda aquela confusão que arranjamos – Emm disse.

- Então, passaram uma boa noite tentando nos assustar? – perguntei os assustando.

- Me-me-meninas? – Os três gaguejaram juntos.

Nós fomos obrigadas a rir das caras e bocas que eles fizeram. As suas bocas se abriam e se fechavam enquanto eles formulavam alguma coisa para falar, mas nada saia. E isso só estava aumentando a graça. Nós riamos enquanto eles se censuravam a nos olharem.

- Passamos uma ótima noite de sono no seu chalé – falei caminhando até Emm, ele merecia ser provocado. – Mas vocês ainda não me responderam: Passaram uma boa noite tentando nos assustar? – passei meu dedo indicador levemente sobre a boca do Emm, ela estava levemente aberta e ele fechou os olhos.

- Como vocês saíram de lá? – Jake perguntou olhando Nessie.

- Nós somos inteligentes – Alice respondeu.

- E os gritos? – Jazz perguntou.

- Gravadores servem para muita coisa não é? – Nessie perguntou enquanto Alice pegava o gravador da mão de Jasper e apertava o play. Um grito feminino saiu de lá. Ela sorriu.

- Celulares também – Alice contou. – Principalmente os despertadores deles – ela riu.

- E como saíram? – Emm se limitou a perguntar.

- Ah! Emmettizinho do meu coração – disse de uma forma doce – Essa foi uma boa pergunta! – afirmei – Pela porta, amor. Por onde mais sairíamos? – Brinquei. – Vamos meninas – as chamei – Vamos nos trocar que ainda temos coisas a fazer. Tchau, meninos! – falei acenando com uma das minhas mãos e pisquei sensualmente e invisível aos olhos dos outros para o Emm.

Afastamo-nos deles, e eu ainda observei, pelo rabo de olho, o quão abismado eles estavam por nos encontrar lá. Emmett passou suas mãos pelos seus cachinhos perfeitos e contorceu sua face numa careta que mostrava suas covinhas. Puxei todo o ar que estava ao meu redor, por algum motivo esse me faltou repentinamente. E eu não gostava dessas reações exageradas quando o Emm fazia alguma coisa.

Se toca, Rosalie você tem um namorado, esqueceu? Minha mente reclamou. Eu não havia me esquecido de Royce, mas era estranho quando estava com Emm. Era diferente porque não tenho frenesis com Royce. Frenesi, Rosalie? Minha mente esbravejou.

Quando dei por mim, estava frente ao chalé e as meninas me esperavam entrar. Entrei e fechei a porta atrás de mim. Entrei para o banheiro sem falar nada. Tirei minha roupa e tomei uma ducha relaxante. Depois coloquei meu roupão e voltei para onde as meninas estavam. Coloquei uma calça jeans escura, uma blusa baby look branca, uma bota sem salto e própria para trilha marrom, um sinto da mesma cor e prendi meu cabelo em um rabo-de-cavalo.

As meninas já estavam prontas ao meu lado. Olhamo-nos e sorrimos. Abri a porta e dei de cara com o Emm.

Ele estava com a mão levantada como se fosse bater na porta. Ele abriu mais um sorriso que mostrava suas covinhas, e seus olhos brilharam, mais uma vez. Uma vontade de sorrir se fez dentro de mim, mas me contive. Ele continuava parado a minha frente, impedindo tanto a minha quanto a passagens das meninas.

- Quer sair da minha frente? – perguntei na minha melhor voz fria – Eu quero passar.

- Deveria pegar um casaco, gatinha – ele falou me empurrando para dentro.

Suas mãos se apertaram em minha cintura e por impulso subi as minhas para seu peito. Estávamos como ontem na piscina. Eu comprimida contra o peitoral forte e másculo de Emmett, fazendo meu coração bater mais rápido do que deveria; e ele rindo, dessa vez sem a companhia de Edward. Me xinguei mentalmente por estar tendo aquela reação, de novo.

- Eu quero sair – esbravejei – e não vou colocar casaco porque isso vai estragar o meu look.

- Vai colocar casaco. – ele disse em um tom de ordem – Querendo ou não. – completou.

E ele me ergueu jogando-me sobre seu ombro. Ele abriu minhas malas e pegou o pior, eu disse o pior porque simplesmente não combinava, casaco. Me colocou no chão e com uma mão me apertou contra ele, como se garantisse que não iria fugir, com a outra ele colocou meu braço dentro do casaco. Ah, me conta outra, por favor! Eu não era criancinha para que alguém me vestisse.

- Emmett – o chamei – você sabe que vai ser você virar as costas que irei tirar essa coisa, não é?

- Não vai não, e sabe por quê? – ele me perguntou sem esperar uma resposta – Porque eu me preocupo com você, e você nunca fez trilha, então deve me escutar ou seus braços ficarão cortados pelos galhos das árvores.

Olhei para os lados procurando alguém para me salvar, mas não. Minhas queridas amigas que eu amo tanto não estavam mais lá e a porta do chalé estava fechada. Emmett colocou meu outro braço no casaco e me pegou de surpresa quando distribuiu beijos pelo meu pescoço. Arrepiei-me imediatamente, e agradeci por ele ter colocado o casaco idiota em mim.

- Emmett, para. – pedi por pedir, minha vontade era que ele continuasse ali e minha voz parecia não querer colaborar para que a frase soasse como deveria.

- Você me quer, Rose – ele disse rindo entre os beijos – admite.

- Eu não te quero, e nunca vou te querer – falei me desvinculando de seus braços.

Aquilo me lembrou o verdadeiro e único motivo de não querer me render a ele: ele acha que pode ter qualquer uma. E eu, definitivamente, não sou qualquer uma. Eu sou Rosalie Hale. Virei com raiva para fechar a mala que ele havia aberto. Eu queria que ele morresse.

- Rose... – ele falou no seu tom mais doce e inocente.

- Sai daqui, Emmett – disse ríspida.

- Você sabe que nem eu e nem você queremos que eu saia daqui – ele falou inocente.

- Emmett, se toca – falei virando bruscamente – Eu tenho namorado, e eu o amo – menti.

- O ama não atendendo os seus telefonemas? – ele disse na defensiva.

- Você não entende o meu amor... Por isso acha que eu te amo. – falei arrogante.

- Eu não disse que você me ama. Eu disse que você me quer. – ele riu – Por quê? Você me ama?

- Você entendeu McCarty. Você entendeu perfeitamente o que falei. – falei pegando minhas coisas e saindo do chalé.

Ótimo, eu tinha acabado de perder meu controle e não sabia onde ninguém mais estava. Sem querer esbarrei em alguém. Me segurei, por impulso, na pessoa a levando ao chão comigo.

- Desculpe – o menino, mais ou menos da minha idade e muito lindo falou.

- Desculpado – sorri.

Ele se levantou, limpou suas roupas e estendeu a mão para que eu me levantasse. Sorri mais quando a peguei. Seu toque era suave, mas não me fazia estremecer. Não, ele não estaria na minha lista de pessoas com quem ficaria. Fiquei de pé e ele não soltou minha mão.

- Prazer, Rosalie – falei sem graça balançando a mão na esperança que ele percebesse.

- O prazer é todo meu – ele disse abobalhado – Ethan.

- Ei, - escutei uma voz ao longe e agradeci por reconhecer essa voz. Emmett se aproximou de mim – Não esta vendo que ela está acompanhada, cara? – perguntou bravo.

- Não estava até agora – Ethan respondeu atrevido.

- Mas agora está – Emm falou separando nossas mãos.

Ele me envolveu sobre o ombro e me guiou para outro lado, deixando o menino de boca aberta para trás.

- Obrigada, – agradeci – mas já pode me soltar. – pedi ao ver que o menino não podia mais nos ver. Emmett, contrariado, tirou seu braço de cima do meu ombro, mas entrelaçou nossas mãos.

- Só por precaução. – disse.

Caminhamos em silêncio até onde todos os outros já estavam. Uma coisa eu tinha que admitir: caminhar de mãos dadas com o Emmett não era ruim. Nem um pouco ruim.

- Onde vocês estavam? – perguntou a Bella preocupada.

- Tem que olhar melhor a sua irmã, ou os outros vão cair matando. – Emmett disse a Jasper.

- Emmett, se eu não tivesse namorando com o Royce, eu o pegava – menti. – E não tem nada a ver, ele era gatinho. - é, essa parte era verdade.

- Tava vendo como você deu mole pra ele, com cara de nojo. – Emmett riu. Revirei os olhos.

- Podemos ir logo? – Pedi.

N/L:  

    YAY xuxus!

Como vão todos vocês? Espero que tenham gostado do capítulo - que eu achei ótimo, é. Detalhe: a Ju escreveu, e ela só escreve coisas ótimas então... 

Então, desculpem pela demora(?). Sei que devíamos ter postado antes, mas devido a minha demora para escreve o próximo capítulo, esse aqui atrasou.. Culpem minha escola que ja está tendo simulados e eu preciso me matar estudando u-u Então, o próximo capítulo deve sair logo logo :)

Aliás, saibam vocês que eu tentei postar ontem a noite, mas o Nyah! resolveu dar problema...

Enfim, sem mais delongas, espero que tenham gostado do capítulo tanto quanto eu gostei e que tal se vocês deixarem muitos reviews? Eu fiquei muito feliz com os reviews do último capítulo aliás, muuuuuuito obrigada mesmo a quem comentou! Vocês são meu combustível aqui, galera. :)

Quero ver tantos reviews quanto no outro, viu? Espero encontrar todas vocês aqui de novo, que tal que tal? *-* ~ta, juro que parei~

Acho que isso é tudo.

Obrigada pela atenção dada a essa N/A mais grandinha do que eu esperava /cofcof/, muito beijos daquela que está super feliz com os reviews daqui e espera ver muito mais nesse capítulo,

Lanninha.

N/J:

Oi pessoinhas do meu coração...

Eu estou aqui em mais um capítulo fazendo uma notinha (que de fato não vai sair boa) e usando tudo no diminutivo (não sei o porquê).  

Bom eu estou aqui para falar que o capitulo demorou mais não sei se falhou (isso quem vai me falar são vocês) e hoje nem vou enrolar muito...  

Vou me despedindo e ate o próximo capitulo (que eu estou indo ler agora HÁ)  *-*

Amo muito vocês (e não acreditem no que o Felipe Neto diz, porque sem leitores eu tenho certeza que não escreveríamos nada...)  

Até os reviews...  

Beijooos  

Juuh.