Aprendendo a Amar. escrita por Lana, Juffss


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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Rosalie PDV.

Já era noite quando chegamos ao acampamento e todos já estavam ali, reunidos em volta de uma fogueira.

- Finalmente! – Alice exclamou. – Achei que algo tinha acontecido com vocês, tipo, um urso atacando, ou um leão.

- Não sei se há ursos e leões por aqui, Alie. – comentou Jasper coçando a cabeça. Revirei os olhos.

- Estamos bem. Só tivemos um pequeno contratempo. – expliquei. Emmett ergueu uma sobrancelha.

- Contratempo. – murmurou Bella com um sorrisinho. – Sei.

- O que tem pra comer aí? – perguntei a ignorando e indo pra perto da fogueira. – Estou faminta.

- Vamos a algo importante. – Emmett disse. – Quem achou o caminho de volta?

- Então... – Alice começou a voz fina. Olhei pra ela. – Meio que ninguém achou.

- O que?! – minha voz saiu mais alta do que eu pretendia e mais assustada também. Não era possível que ninguém tivesse achado o caminho! – Eu me recuso a ficar perdida mais um dia! Como vocês não acharam o caminho de volta?

- Calma, nervosinha. – Jasper disse e Alice mostrou a língua. – Nós achamos o caminho de volta até as barracas. Vamos partir ao amanhecer.

- Idiota. – resmunguei.

Emmett se juntou a todos em volta da fogueira e comemos com os outros. Depois disso, os meninos foram um a um se lavar e depois eu e as meninas fomos nos lavar no rio que Bella tinha encontrado e pegado agua no outro dia, afinal, ninguém mais aguentava ficar suja daquele jeito.

- Então, o que rolou com o Emmett? – Alice perguntou depois que Nessie e Bella já tinham saído e voltado para juntos dos garotos.

- Nada Alie, já disse. – murmurei com um sorriso e revirei os olhos.

- E por que eu não acredito em você? – ela ergueu uma sobrancelha.

- Porque você é meio paranoica.

- Humpft.

- Mas hoje foi bom, a gente conversou de um jeito bem aberto. Ele foi... Eu não sei dizer, era como se ele se sentisse livre.

- Isso é bom. E o que mais? – ela me incentivou a continuar balançando a cabeça.

- Na verdade, a gente se beijou. – confessei.

- Eu sabia! – ela disse com um sorriso.

- Não hoje. Foi no dia que eles contaram aquela historia de terror no acampamento, aquela coisa ridícula. Aí acabou acontecendo um beijo, mas não significou nada.

- Rose, um beijo sempre significa alguma coisa. – ela me contradisse. – E por que, exatamente, eu só estou descobrindo sobre isso agora?

- Ah, eu não tive oportunidade de contar antes. – menti. Ela murmurou alguma coisa que eu não entendi bem baixo.

- Eu acho que vocês ainda vão ficar juntos. Eu vejo isso no futuro. – ela disse.

- Você vê? – eu ri.

- Cala a boca. – ela resmungou e sorriu. – Mas serio, por que não fica com ele? Eu acho que ele está na sua. Na verdade, há um tempo já.

- Alice, eu tenho namorado!

- Você nem ao menos gosta dele, sabe bem disso, já me disse isso! – ela disse exasperada. – E você e o Emm têm estado bem entrosados nesses dias. Por que não?

- É, mas o Royce me ama, não vou por tudo a perder por causa do Emmett.

- Royce te ama? – ela ergueu uma sobrancelha.

- Ama! – respondi.

- Tá, mas você não o ama. Você ama o Emmett.

- Eu o que?! Que piada Alice, é claro que não amo o Emmett. Nem ao menos gosto dele. – revirei os olhos. Alice tinha ideias ridículas às vezes.

- Você pode até não aceitar, nem admitir pra si mesma. Mas eu sou sua melhor amiga, conheço você desde que era uma criança e eu digo isso.

- Alice, eu não amo o Emme...

- Rose, no fundo, o amor que você dá é aquele que quer receber. – ela me interrompeu.

- Nossa, como você está filosófica hoje.

- Quem disse isso foi o Paul McCartney. – ela disse comprimindo um sorriso. Nós rimos.

- Ok, tudo bem. – eu disse depois de alguns minutos em silencio. – Talvez, talvez – frisei – eu sinta algo pelo Emmett. Mas o que isso significa? Não quero ser só mais uma na cama dele, que ele vai pegar e enjoar, depois jogar fora, como se fosse uma coisa qualquer.

- Rose, se isso acontecer, só quer dizer que ele é um babaca por ter feito isso com você. Você é incrível, sabe disso. Mas tem que se dar a chance.

- Mas Alice, ele não é nada do que eu queria. Ele nem se parece com o Noah, de Diário de uma Paixão! – resmunguei. – Ele não tem quase nenhuma daquelas características que eu sempre quis num cara.

- Olha, a verdade é que nós, garotas, estamos sempre atrás de historias de amor, que nem essas de filmes mesmo, de amores improváveis, felizes, um pouco proibidos, mas sempre com um final feliz. Acontece que isso é ficção. Queremos ficção na vida real, mas isso não acontece. Não estamos num filme e você não é a Allie H. E o que realmente importa no Noah não são as qualidades dele, nem o quanto ele é bom, e sim o sentimento verdadeiro que ele tem pela Allie. Então seu cara não precisa ser encantador e sem defeitos, Rose. O importante é ele te amar de verdade.

Eu encarei Alice por uns longos dois minutos em silencio antes de falar.

- Como você se tornou tão... Não sei a palavra, realista? – ela riu.

- Não sei. Acho que passar um tempo com o Jazz está me fazendo bem. E me fazendo olhar as coisas de outro ponto de vista também.

- Tudo que eu gostaria de saber é se é possível duas pessoas passarem a vida juntas, felizes e se amando. É só o que eu quero. – comentei enquanto saiamos do rio e nos secávamos.

- Pra descobrir, você tem que se dar a chance de tentar, não é? Então, não desperdice. Tenho certeza que o Emmett não vai ficar parado pra sempre. Se você não tomar uma decisão, ele vai seguir em frente, eventualmente.

- Olha, a gente esta falando como se ele de fato gostasse de mim, tivesse se declarado e todas essas coisas. E a gente nem sabe nada disso! – revirei os olhos. Bem que eu gostaria que ele tivesse!

- Olha, eu conheço bem vocês dois, e acho que gosta sim de você. Só falta vocês dois assumirem isso e pararem de enrolação.

- Olha quem fala, ficou um século pra sair do zero a zero com o Jasper! – brinquei. Ela ficou corada e abaixou a cabeça.

- Cale a boca. – resmungou.

Nós voltamos para junto dos outros e conversamos sobre o dia e banalidades até bem tarde e logo todos decidiram que era hora de dormir já que iriamos acordar cedo no dia seguinte. Novamente nos intercalamos no abrigo improvisado, porque Jasper e Alice – a inteligência em pessoas - não haviam trazido nada além de alguns cobertores. Fiquei novamente perto de Emmett e quando me deitei ele estendeu um dos braços na minha direção, como se fosse para servir de travesseiro. Aceitei de bom grado e me encostei um pouco nele para me aconchegar melhor.

- Boa noite, Rose. – ele disse tirando uma mecha do meu cabelo que estava caída no rosto.

- Boa noite Emm. – respondi. – Obrigada por hoje à tarde. Foi bom saber mais sobre você e eu realmente me diverti. – ele deu um sorriso de covinhas.

- Fico feliz por isso. – ele se inclinou um pouco e deu um beijo em minha testa. Ao invés de se afastar depois, continuou próximo dali, meu rosto meio enterrado em seu pescoço então. Não que eu fosse reclamar.

Tentei dormir, e deveria ter dormido logo, mas minha mente não conseguia se desligar. Fiquei pensando na conversa com Alice e na tarde com Emmett. Será que realmente o amava? Eu tinha que admitir para mim mesma que eu sentia algo por Emmett, que isso tinha se intensificado nessa viagem, com ele sendo tão carinhoso e gentil comigo. Era como se ele se mostrasse outra pessoa. E descobrir como ele era de fato, e o que ele queria para si mesmo, longe dos outros, me fez vê-lo de outro ponto de vista. Suspirei baixo e me levantei em silencio, tentando não acordar ninguém, e me afastei, sentando em frente à fogueira que estava apagada aquela altura.

Alice provavelmente estava certa, eu deveria dar uma chance a mim mesma, a esse sentimento. Mas e se ela estivesse errada sobre Emmett? E se ele não gostasse de mim, e tudo que quisesse era só ficar comigo para mostrar pra todos que conseguira a proeza? Se eu permitisse abrir meu coração àquilo e ele estragasse as coisas... Eu era jovem demais para ter um coração partido. E uma coisa eu tinha aprendido, quem te arranca um sorriso fácil, arranca o coração fácil também.

E eu não tinha duvidas de que Emmett conseguiria fazer isso com o meu.

- Sem sono? – uma voz rouca soou atrás de mim fazendo meu coração disparar enquanto eu virava rapidamente naquela direção. Mas era apenas Edward, constatei com uma pontinha de decepção. Acho que no fundo esperava que fosse Emmett.

- É. – concordei. – E você?

- Também. – ele disse se sentando ao meu lado. Estava com um cobertor em volta de si e passou-o pelos meus ombros ao sentar-se. – O que esta tirando seu sono?

- Nada, eu só... Não sei, eu estou preocupada com a trilha. – menti.

- Rose. – ele disse erguendo uma sobrancelha. – Por que não tenta ser sincera comigo? – eu sorri.

- Tudo bem. Responda-me uma coisa, então. – ele assentiu, esperando a pergunta. – Você ama a Bella?

- Sim. – ele respondeu sem hesitar.

- Quando vocês começaram a namorar... Como você sabia que ela não te magoaria? – perguntei.

- Eu não sabia. – ele deu de ombros. – Eu ainda não sei. Mas quando você entra num relacionamento, sempre tem a chance de ser magoado. É um risco que tem que correr. – ele disse simplesmente.

- Mas, se ela te magoar como você vai superar um coração partido? – perguntei. Ele franziu a testa.

- Sei lá. Acho que posso ir pra um bar encher a cara e pegar umas garotas. – ele sorriu de um jeito brincalhão e eu revirei os olhos. – Mas por que você esta tão preocupada com isso? Anda tendo problemas no paraíso? Se o Royce fez algo, pode falar... Eu quero a cara dele em dois segundos.

- Não, o Royce não fez nada pra me magoar. – suspirei. – O problema não é ele.

- E qual é o problema?

- Eu acho... Eu acho que posso estar apaixonada por outra pessoa. – confessei. Ele assentiu do meu lado, um sorrisinho brincando no canto de seus lábios.

- E qual é o problema nisso? É só terminar com o Royce.

- Não é simples assim. E se esse outro cara me magoar? – perguntei.

- Bom, quando você começou seu namoro com o Royce não teve as mesmas duvidas? – ele perguntou.

- Na verdade, não. Não gosto dele, nunca gostei. – admiti com um suspiro. – Nosso namoro é mais... Aparência. – ele franziu os lábios.

- Bom, você poderia ter arrumado um namorado de aparência melhor, né? Porque o Royce tem uma cara meio ruinzinha... – ele comentou sorrindo. Eu sorri e dei um tapa no braço exposto dele.

- Cala a boca. Uma das poucas qualidades do Royce é a beleza. – defendi.

- Bom, sugiro que você termine com o Royce e tente com o Emmett. – ele falou e eu virei meu rosto rapidamente pra ele.

- Quem falou alguma coisa sobre Emmett?! – eu ia matar Alice por ter aquela boca grande.

- Não era sobre ele que estávamos falando? – ele perguntou sem entender. Eu senti minhas bochechas corarem. Ele olhou pra mim e riu. – Qual é, não é como se fosse um grande segredo. Vocês têm ficado juntos essa viagem toda. Até se beijaram. Além do mais, Emmett é meu melhor amigo. E você é minha melhor amiga. Não é como se eu não conhecesse vocês. – eu o encarei com os olhos levemente arregalados.

- Como você sabe sobre isso? – perguntei me referindo ao beijo e cerrei os olhos. Era uma pergunta tola, quando era obvio que Emmett havia contado, uma vez que eu não havia comentado sobre o beijo para ninguém, exceto Alice. E ela com certeza não teria contado aquilo a Edward, já que estivera ao meu lado a noite toda.

- O Emmett comentou alguma coisa sobre isso. – deu de ombros.

- Não imaginei que garotos gostassem de fofoca. – resmunguei. Ele sorriu quase envergonhado.

- Nós somos humanos.

- Argh.

- De todo jeito, fale com ele. Você não vai saber se não tentar. – ele me disse e deu um bocejo logo depois. – Acho que é hora de voltarmos pra lá se quisermos dormir um pouco antes de sairmos para o acampamento.

Concordei com um aceno de cabeça, nos levantamos e voltamos para o abrigo. Ele voltou a deitar-se ao lado de Bella enquanto me encaminhei para o lado de Emmett e me deitei. Ele dormia serenamente, seu rosto transparecendo uma inocência bastante deslocada num homem daquele tamanho. Poderia eu estar de fato apaixonada por Emmett? E ter coragem de me arriscar em uma possível relação com o cara mais pegador que eu conhecia?

            Suspirei profundamente, encostando meu rosto perto do pescoço dele novamente e me encolhendo em baixo do cobertor que eu dividia com ele.

- Deus, eu só queria conseguir entender o que eu sinto por você. – murmurei enquanto passava os dedos bem levemente pelos cachinhos dele, depois os descendo pelo seu rosto, passando pela bochecha e  parando em seus lábios. – E entender o que você quer de mim.

N/L: Oi gente! 

Desculpa, desculpa, desculpa! Quase um crime o tanto que demorei, mas tive razão pra isso. Minha vida tava uma loucura, então desculpem mesmo. Será que ainda tenho leitoras? chora/.

Se eu tiver, heheh, e aí, o que voces acharam do capítulo? Merece reviews? Concordo, ele não teve lá grandes aventuras e tudo mais, foi bem calminho, mas é importante pra Rosalie tomar uma decisão e seguir um rumo, né? E já tá na hora da nossa loura descobrir o que ela quer de fato e tomar uma atitude, hihih. Bom, espero mesmo que voces tenham gostado e deixem reviews pra eu saber o que voces acham (e pra saber se alguem ainda lê! Hahah).

Estou com saudade de voces, hein?! Não quero ficar mais tanto tempo sem postar ): Queria agradecer a todo mundo que veio me cobrar o capítulo, porque me deu animo pra escrever logo o capítulo kaka. Obrigada a todo mundo que deixou review no capítulo passado também.

Boa volta as aulas pra voces, eu vou curtir minhas ferias agora! Hihihih. Beijo grande!

Laninha.


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