Guilty Love escrita por nicky_swan


Capítulo 12
Capítulo XII


Notas iniciais do capítulo

Hallo Leitores! *- Como estão todos?!

Sim! Eu estou atrasada e NÃO! Eu não vou parar de postar!

Estive viajando e o tempo encurtou bem mais. Perdão leitores! Mais agora to aqui, viva e com capítulo novo pra vocês! Espero que gostem e bom...nos falamos por review! *-*

p.s: Logo responderei todos eles, até os atrasados! o/



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» ARIMA POV.¤ «

Escutei algumas vozes se aproximando do quarto. Levantei minha cabeça, que encontrava-se encostada em meus joelhos, e me concentrei nas vozes, agora perto demais. Estavam falando árabe.

“Deus! São meus pais!” – pensei, já aflita.

Levantei do chão depressa, tropeçando em meus próprios pés, e corri para o banheiro. Apoiei-me na pia, fitando meu rosto no espelho. Droga! Meus olhos estavam completamente borrados!

Arima! - disse, fechando a porta. – Voltamos, minha filha! - hesitou. - Filha? – disse, agora provavelmente me procurando. 

Ahh! Onde ela foi? - meu pai parecia nervoso.

Estou aqui, pai, mãe. - disse, saindo perfeitamente recomposta do banheiro.

Ahh Arima! - veio até mim. - Nós conseguimos, querida! Seu pai fechou um contrato! - disse felicíssima. Fitei minha mãe surpresa, voltando-se para meu pai, esperando pela confirmação.

Sim, sim! E hoje à noite assinaremos o resto da papelada! Terá uma reunião, seguido de uma festa. - afirmou, já não tão animado. Festas ocidentais... são muito diferentes das nossas.

Ual! Que ótimo que deu tudo certo, papai! - disse, ignorando seu tom de voz.

Você e sua mãe irão comigo! Ligarei para Assia vir hoje mesmo para cá! Precisamos de toda a família reunida - estava mais feliz. Reunir a família sempre foi, para ele, motivo de grande alegria. - E quero vocês todas muito bem apresentáveis.

“Tem algo errado ai.” – pensei.

Sim! Por isso voltamos agora, filha. Vamos comprar roupas... abaya e niqab novos! - disse quase rindo.

Compras! Se tem uma coisa que nós árabes gostamos de fazer, é compras! Na Arábia Saudita, temos shoppings voltados somente para nós mulheres! Gastamos tardes e mais tardes por lá. 

Isso é sério? – perguntei, ainda não acreditando.

Sim. – disse meu pai, respondendo antes que minha mãe tivesse chance. – Hoje é um dia de muita alegria. Estamos expandindo os negócios!

Eu queria gritar! Sempre soube que haviam estilistas europeus que confeccionavam roupas de grife, especialmente para nós sauditas! E agora também vou conseguir ver a moda dos europeus! Quem se importa com aquele cabeça de cobras? Eu vou fazer compras. E tem mais: vou estar no meio da alta sociedade alemã! 

» TOM POV.¤ «

“Déjà vu?”

Bill! Abre aí, cara! - Bati insistentemente na porta, mais uma vez. Ao contrário de antes, não ouvi risos de ninguém. Provavelmente eles devem estar dormindo. - Bill! - bati novamente, mais rápido.

Ouvi um estalo alto da cama e alguém gemendo. Logo em seguida, passos vindo em minha direção à porta.

Quem é e o que quer? - perguntou ignorante, numa voz sonolenta, do lado de dentro do quarto.

Bill, sou eu! Abre logo essa porta, cara. Eu to com pressa! – disse, batendo novamente.

Houve um demorado momento de silêncio. Encostei meu ouvido na porta para tentar ouvir algo.

 - Gustav, aqui não, cara! Corre pro banheiro! - era o Georg falando?

AHHHHHHHHHH! - ouvi um grito vindo lá de dentro. E eu reconheço esse grito! É do Bill!

Bill! O que ta acontecendo? Abre essa porta! - Já nervoso e preocupado, forcei a porta, quase que a derrubando. Pelo menos consegui abrir.

Parado na porta, não pude deixar de sentir um cheiro forte que vinha de dentro do quarto.

 - NÃO! - gritava Bill para o nada, sentado no chão.

O que você está fazendo, Bill? Já foi. Agora para de se lamentar e me ajuda aqui a levar o Gustav pro banheiro! - dizia Georg, nervoso.

Eu vou enfiar ele naquela banheira com roupa de tudo! - gritou nervoso.

Caras...? - perguntei, sendo ignorado.

Não! Essa camisa dele foi cara, temos que tirar! – disse Georg, gesticulando.

Oi? Caras...? - perguntei novamente.

E por um acaso as minhas botas de couro foram BARATAS? - fitou-o com raiva.

HEY! MANÉS! - gritei impaciente. - O que aconteceu aqui? Por que esse quarto está um lixo e fedendo? 

E estava um lixo mesmo! Garrafas de absinto derrubadas no chão. Sapatos e roupas atiradas por todos os lados, sem contar no corpo do Gustav, caído ao lado do sofá.

Noite de Poker, esqueceu? - Respondeu Georg, ainda tentando levantar Gustav, enquanto Bill olhava inconformado para suas botas, que estavam vomitadas. - Mas acho que... – olhou 360º - nos empolgamos demais.

Poker?  Na terça? – perguntei sem entender nada. - Mas vocês não tiveram uma entrevista ontem? 


- Tivemos. Isso justifica a festinha. O Bill ficou super revoltado quando você ligou dizendo que não ia. Nos bombardearam de perguntas, perguntando onde você estava. Foi cansativo. Depois que saímos de lá, voltamos e bebemos um pouco pra relaxar.

Um pouco? - disse, fitando agora o estado lamentável do nosso baterista se contorcendo no chão.

Fechei a porta e fui até Georg, ajudando-o com o Gustav. Passei por Bill, que estava no chão, inconformado.

Olha, você tem dinheiro e pode muito bem comprar botas novas se quiser. Mas será que dá pra usar o seu sentimentalismo e me ajudar aqui? - perguntei, já sabendo da resposta. - É o Gustav, Bill! - continuei. Ele me lançou aquele olhar de indiferença. O clima ficou tenso.

"Ele realmente está muito bravo comigo." - pensei, reflentindo rapidamente meus atos.


- Gott! Parece que o álcool não é digerido totalmente no corpo do Gustav, hein! Olha para isso! Ele nem consegue firmar os pés do chão! - disse Georg, rindo e me fazendo acompanhá-lo. Bill estava sério, mas pude ver seus lábios se esticando levemente para o lado, num sorriso disfarçado.

Com certa dificuldade, entramos no banheiro e colocamos Gustav sentado na privada. Georg o ficou auxiliando, enquanto me aproveitei do clima já não tão tenso e peguei Bill emprestado por um momento.

Ok. Manda a bomba, Tom. – cruzou os braços.

Fui convidado para uma festa diplomática hoje, às nove.

O QUE?! – ele gritou, espantado. - Você foi... ou o Tokio Hotel?

Não, só eu mesmo. 

Mas como, se você nem conhece ninguém tão importante assim? – questionou, mas antes que eu pudesse pensar em responder algo... - Espera um pouco! – ele exclamou, entendendo tudo.

Eu não sabia que ela era bacharel em Relações Internacionais, Bill! – disse, derrotado.

Foi por isso que você não voltou?

É, também! - expliquei. - Mas essa mulher... ela é muito hilária, engraçada...e wow! Você precisa vê-la! – disse, sendo sincero.

QUE NOJO, GUSTAV! - escutamos as lástimas de nosso amigo, vendo novamente o baterista se 'esvaziar'. 


- Hun, ok! Qual é o ponto? - perguntou meu irmão, já sem paciência.

Hoje, provavelmente, eu não volto. 


- DE NOVO?! - disse em alto tom.


- Bill, entenda! Eu não sei que horas aquilo vai terminar.

Assim que acabar, volte pro hotel. – sentenciou, tentando colocar um fim no assunto.

Nas entrelinhas: Nada de ficar se divertindo com essa mulher de novo. Diga o que quiser sobre ela, você não se prende a uma só, não é mesmo? Então! Volte correndo pra cá e chega dessa palhaçada!


- Que foi? Virou a mamãe agora? – a mania dele de mandar em mim me irritava, às vezes.

NÃO, TOM! – explodiu. Temos compromissos com a banda! Você não pode ficar faltando assim!– Bill insistiu e eu preferi apenas ignorar aquilo e continuar com o que eu precisava saber.

E o que eu perdi?

Ah. Os managers nos comunicaram de que agentes do Brasil, Argentina e alguns outros países da América estão querendo que façamos shows por lá. - disse, já se animando.

- Não acredito! 

Sim! Isso realmente me surpreendeu! 


- Pois é, mas ainda não sabemos se vão conseguir. O certo é você ficar por perto, para o caso deles decidirem algo

Pode deixar. Assim que acabar tudo lá, eu volto.

GUSTAV! – Georg, mais uma vez.

Err... acho que é melhor eu ir lá ver o que se passa. - argumentou Bill, agora bem preocupado.

Eu não posso ficar. A Brenda tá me esperando no carro, lá embaixo...

Ah... ela veio junto? - disse, em tom sarcástico.


- Ela não desgruda. – respondi rapidamente.

Isso não vai durar. - afirmou e eu sabia que, provavelmente, ele estava certo. Além de me conhecer melhor do que eu mesmo, Bill sempre teve mais compreensão pra esse negócio de sentimento. E, por mais que, algumas vezes, ele exagerasse em suas considerações sobre quem eu me envolvia, geralmente ele tinha razão.

De qualquer jeito, eu vou. Ligo mais tarde pra saber como o Gustav está. Qualquer coisa me liga, ok? - disse, já me aprontando para sair.

Pode deixar – ele concordou e, aos gemidos de meu amigo, eu fechei a porta - parcialmente destruída - do hotel.


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Notas finais do capítulo

Capítulo também disponível no blog da fanfic, confira!> http://thfanfiction-guiltylove.blogspot.com/2010/11/capitulo-xii.html

E ai? como está? *-*