Eclipse Total escrita por Fairy Godmother


Capítulo 11
Passeio


Notas iniciais do capítulo

Hey pessoal.... então, tenho que me desculpar com vocês pela demora novamente. Tenho ficado sem inspiração ultimamente, e só voltei a ter ideias agora. Mas enfim, espero que possam me desculpar novamente pelo atraso.
Agora, Boa leitura :)



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   Eu continuava sentada entre as raízes da árvore, o animal, agora sem sangue permanecia em meu colo; meus olhos estavam fechados, a cabeça encostada no tronco enquanto minha mente estava imersa em pensamentos. Não sei quanto tempo fique ali, parada, podiam ser minuto, talvez até hora; mas eu não me importava com isso.

   Após um tempo, reparei que a chuva havia passado, e com isso trouxe um cheiro familiar, para logo em seguida um braço quente acompanhado do cheiro se laçasse ao meu ombro. Aquele cheiro me acalmava, me trazia paz, assim como a pessoa que não via dez de ontem.

   - Jake. – Eu virei meu rosto para ele e o encontrei sorrindo para mim.

   - Oi Ness. – Ele estava sentado ao meu lado, e com o braço ia fazendo eu encostar a cabeça em seu ombro. – Você esta gelada, não deveria ter ficado muito tempo aqui fora. – Eu dei um sorriso fraco de resposta e me abracei a ele de volta.

   - Isso tudo é muito maluco, Jake. – Falei baixinho.

   - Eu sei que é, Ness. – Ele suspirou. – Mas eu prometo que não vai demorar muito. Assim como também sei que as coisas dentro daquela casa dever ser muito diferentes para você. Mas você nasceu naquela casa, e também viveu um pouco da sua vida á também.

   - Mas eu não me lembro de nada disso. Eu até agora pouco ainda duvidava de toda essa maluquice. Ainda tinha 10% de mim que achava de isso não passava de uma mentira. – Falei o que estava em meu coração naqueles dias. – Mas depois do coelho... – Eu olhei para baixo com remorso. Então Jake pegou-o e de meu colo e colocou do seu lado na árvore.

   - Não se preocupe, vai fica tudo bem a partir de agora Ness. – Ele me abraçou me fazendo ficar um pouco melhor. – Ness... – Eu fitei. – Você gostaria de conhecer La Push?

   - La Push?

   - É o lugar onde eu moro. – Ele me esclareceu

   - Okey. – Respondi simplesmente. Não estava de muitas palavras na hora. Não queria magoá-lo, fazendo pensar que eu estava brava com ele, mas todas as palavras eu gostaria de falar ficavam entaladas na minha garganta. A dor e angustia que me rondavam, parecia maior naquela hora, parecia como uma nuvem densa e cinzenta sob minha cabeça.

  Ele se levantou e me estendeu a mão, que eu aceitei prontamente, ele me levantou como se estivesse recolhendo uma pluma do chão, tão leve e delicado; porem, ao contrario de somente me levantar, ele me colocou em suas costas e segurou-me firmemente minhas pernas, passei os braços pelo seu pescoço e logo ele começou a correr.

   Enquanto ele corria, eu havia percebido que ele usava somente uma bermuda Jens gasta, e que também ele não fazia esforço alguma ao correr comigo em suas costas, pois sua respiração não se alterava um passo se quer.

   - Jake, você é louco? – falei perto de sua orelha. – Com este frio todo e você somente de bermuda; vai acabar ficando doente. – Mas para minha surpresa ele começou a rir.

   - Você tem muita coisa pra aprender ainda. - ele parou de correr e começou a caminha. – Ou melhor, re-aprender. – Então ele parou, e me ajudou a descer de suas costas para que eu pudesse finalmente colocar os pés no chão.

   - Venha comigo. – Ele sorriu, segurou minha mão e começou a me guiar em direção a uma pequena casa vermelha. – Vamos a minha casa primeiro, você esta precisando de um casaco. Ele continuou a me guiar em direção a casa vermelha, e quando chegamos lá, pude perceber que ela bem simples, porem muito bem organizada; uma sala pequena com um sofá de três lugares de frente para uma pequena televisão, logo ao lado uma cozinha rústica com uma pequena mesa de dois lugares. – Lar-doce-lar. – Ele disse assim que entramos. Eu fiquei o esperando na sala, enquanto ele se dirigia a um dos cômodos da casa, atrás de uma jaqueta para mim. Rapidamente ele voltou, vestindo uma camiseta azul escura que colava perfeitamente em seu corpo, destacando muito sua musculatura, principalmente os braços e o peito; ele também segurava em um dos braços aquilo que eu supus ser o casaco que ele foi buscar para mim.

   - Acho que vai ficar um pouco grande em você. – Ele deu um pequeno riso por baixo da respiração. Então me estendeu o caso, que era na verdade um moletom cinza, com um grande lobo uivando estampado na frente. O moletom ficou realmente grande, as suas mangas ficavam penduradas pelos meus braços e ele acabava a um palmo dos meus joelhos; porem eu não me importei com nada disso, pois o cheiro que vinha daquele moletom me trazia sensações que eu não sabia reconhecer. O cheiro era amadeirado, um pouco doce, e trazia uma sensação de calma e conforto com ele. Sem perceber, fechei os olhos, deixando-me levar por todas aqueles sensações.

   Porem, no meio do meu momento alucinógeno, o meu estomago fez um barulho alto e forte, fazendo-me abrir os olhos rapidamente com as bochecha coradas.

   - Você comeu algo hoje? – Jake me fitava curioso.

   - O coelho conta? – Perguntei com inocência e ele revirou os olhos enquanto negava com a cabeça.

   - Venha, vamos almoçar então. – Ele pegou minha mão, mesmo por cima do grande moletom e começou a me guiar para fora da casa.

   Ele me levou até uma pequena garagem, que se encontrava ao lado da casa; onde dentro dela havia uma moto preta, nunca fui muito boa com modelos de carros ou motos, só podia dizer que era de um modelo antigo.

   - Você já andou de moto antes? – Ele me perguntou fitando os olhos.

   - Uma vez só, há uns dois anos atrás. – Lhe respondi e comecei a me recordar da cena que se passou a muito tempo, eu andando de moto com o Taylor, quando ele havia a pego escondido do irmão.

   - Bom, se estiver muito rápido me avise. – Ele sorriu de canto, e levamos a moto até a estrada, ele subiu na mesma, e me estendeu o capacete, ele já havia colocado o dele, que era preto com detalhes em prata, enquanto o que eu usava era branco por inteiro. Logo o coloquei e subi na garupa da moto e passei os braços por sua cintura. Pensei ter ouvido seu coração perder um compasso, e logo em seguida dobrar o pulsar dos batimentos do seu coração; pois conforme ele acelerava, mais eu me apertava contra ele, e mais rápido o seu coração batia.

   Comecei a observar a paisagem que passava rapidamente por nós, a neblina densa não me atrapalhava ver o mar que parecia correr junto de nós, infinito e majestoso.

   Chegamos a uma pequena casa em meio às árvores, apesar de simples, era muito bela, como aquelas casas de boneca que se sonha ter quando cresce. Ela irradiava felicidade, e trazia uma sensação de conforto para quem sequer só a olhasse. Jake desceu da moto e me ajudou a fazer o mesmo, e foi andando em direção a casa, comigo atrás de si. Ele foi entrando na casa sem ao menos bater na porta.

   - Emilly? – Ele chamou.

   - Aqui na cozinha, Jake. – Uma voz respondeu de dentro da casa; a voz era doce e quente, trazia aconchego ao ser ouvida, assim como aquela casa. Jake sorriu para mim e acenou com a cabeça para que eu o seguisse.

   - Espero que não se importe, mas trouxe uma companhia para o almoço. – agora chegávamos ao um lugar que parecia ser uma pequena cozinha de estilo rústico. Havia uma mulher em frente ao fogão, não era muito alta, talvez somente poucos centímetros mais alta do que eu. Então a mulher se virou, e começou a olhar atentamente. Ela era morena, com longos cabelos escuros e olhos negros como breu; mas havia um porem, um dos lados de seu rosto estava deformado, haviam grandes e profundas marcas, como se um gato com patas gigantes tivesse-lhe arranhado. Rapidamente desviei meus olhos de seu rosto para o chão, e senti minhas bochechas queimarem, só pra variar um pouquinho.

   - Como é bom vela, tão bela e crescida, Nessie. – Ela veio até mim e me deu um breve abraço. Eu apenas sorri, ainda um pouco envergonhada.

   Eu ouvi alguns passos virem atrás de mim, e logo em seguida senti alguém me abraçar a cintura.

   - Ness, é você mesmo? – Eu me virei para poder ver quem era que estava me abraçando e dei de cara com uma menininha que aparentava ter uns 9 ou 10 anos de idade, morena, cabelos petros e com um rostinho que refletia a mais pura inocência. – Ness, você voltou. – Ela sorriu. – Eu estava com saudades.

   - Claire, ela não se lembra de tudo ainda. – Jake falou a ela. Ele tinha razão, mas não completamente; pois eu podia jurar que quando criança eu brincava com ela.

   - Eu me lembro um pouco dela; - olhei para o pequeno rostinho que me encarava com ansiedade. – Lembro que brincávamos quando crianças. – Eu falei e ela me deu um largo sorriso.

   - Vem Ness, vem. – Claire pegou minha mão e a segurou firmemente e foi me puxando cada vez mais para dentro da casa. Chegamos em frente a uma porta, que logo foi aberta e dentro dela haviam muitas bonecas. Podia sentir que Jake me vigiava, porem a pequena Claire continuava a me puxar para dentro daquele cômodo. Ela me fez sentar na cama de solteiro que havia lá e foi procurar algo entre as varias bonecas que estavam em uma estante; logo ela voltou com uma das bonecas na mão. Era uma boneca de porcelana, a pele bem clarinha, cabelos dourados e usava um vestidinho azul, então ela me entregou a boneca.

   - Se lembra dela, Ness? – Eu fitava a boneca e tentava forçar as pequenas peças do quebra-cabeça de minha memória se encaixar novamente. Poucas coisas começavam a voltar e eu me lembrei.

   - Eu á dei de presente de natal, não é? – Perguntei esperando que minhas lembranças estivessem corretas.

   - SIM. – Ela me deu um sorriso de orelha á orelha.

   - Olha quem voltou para casa. – Escutei uma voz masculina vindo de trás, mas não era a voz de Jake. – Olá Clairezinha.

   - QUIL. – Claire gritou e correu em direção a voz e eu a segui com a cabeça, a vi abrasada com um garoto que parecia muito com o Jake, porem era mais baixo e menos musculoso. – Quil, Quil, a Ness voltou. – Ela estava pindurada em seu pescoço e ele me olhou.

   - Agora explica-se porque você voltou para casa, não é? – Quil deu um soco no braço de Jake e os dois se abraçaram e riram.

   A tarde que passei na casa da Emilly foi descontraída e muito alegre. Conheci vários “irmão” do Jake, e também acabava conseguindo me recordar de algumas coisas de vez em quando. Sabia que Seth era muito alegre e positivista, - pois no meio de tantos neuróticos, alguém tem que se feliz, como ele mesmo dizia. Paul e Sam era mais sérios e responsáveis, final ambos eram pais. Embry, assim como Seth era bem engraçado, e gostava muito de pregar pequenos sustos na Claire, o que causava sempre nele levando uma surra do Quil, que parecia cuidar dela como um irmão mais velho, a defendendo de tudo e todos. E por  ultimo, Leah, bem não tinha muito o que dizer dela, pois a mesma estava sempre seria e raramente dava algum sorriso debochado.

   Estava quase anoitecendo quando Jake resolveu me levar para a praia.

   - O que você achou de todos? – Perguntou ele enquanto andávamos chutando algumas pedrinhas que haviam ali.

   - São todos muito acolhedores. – Respondi sorrindo. – Acho estranho lembrar e ao mesmo tempo não me lembrar deles, entende? – Ele sorriu.

   - Ainda acha isso tudo muito louco, não é? – Ele parou de andar e ficou me olhando.

   - É, um pouco. – falei. – Vai demorar um pouco para eu me acostumar com isso. – Sussurrei e fique fitando o chão. Der repente ele pegou meu rosto entre as mãos e o levantou para que eu olhasse em seus olhos. Senti meu rosto esquentar, não só pelo calor que emanava por suas mão, mas também pelo sangue que sempre teimava em parar em minhas bochechas.

   - Eu estou junto com você nessa, Ness. Para o que der e vier. – Ele soltou meu rosto e sorriu. Senti falta de suas mãos em meu rosto, mas resolvi ficar quieta.

   - Obrigada Jake. – E eu por impulso o abracei forte. Aquilo era bom, ele era quente, macio, aconchegante, em me sentia segura em seus braços, me sentia completa.

   - Vem Ness, tenho que te levar para casa. Todos já devem estar preocupados com você. – Então ele segurou firme em minha mão e fomos andando até a parte da estrada onde ele havia estacionado sua moto.

   Chegamos rapidamente há grande casa branca; as luzes estavam acesas em todos os cômodos da casa.

   - Estou vendo que talvez eu leve uma bronca assim que entrar. – Falei baixo. E Jake parecia ter escutado isso, pois o mesmo deu um riso baixo.

   - Não vai não, eu avisei que estava te sequestrando. – Ele riu.

   - Me sequestrando é? – Eu o olhei dando uma risada baixa.

   - Bom, quase isso. – Ele ficou sem graça e eu ri mais com isso.

   - Bem, é melhor eu entrar de qualquer jeito, preciso me desculpar por ter saído daquele jeito mais cedo. – Eu estava envergonhada por ter feito aquela cena. – Você vai voltar amanhã? – Eu precisava perguntar, afinal precisava dele ao meu lado com tudo o que estava acontecendo, ele era minha segurança, e com ele eu saia que nada de ruim iria me acontecer.

   - Se é o que você quer, eu volto. – ele falou e eu lhe sorri abertamente, confirmando que era isso mesmo que eu queria. Então eu lhe beijei a bochecha e corri para dentro da casa, entrando e fechando a porta logo em seguida. Logo que fechei a porta um par de braços gelados me abraçando.

   - Nessie, ai minha querida, você esta gelada, e pálida... – Era Rosalia falando enquanto me abraçava.

   - E esta fedendo a cachorro também. – Emmett estava torcendo o naris e dando um riso baixo.


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Notas finais do capítulo

Bom, pra quem percebeu que meu estilo de escrita mudou um pouco, eu posso explicar. Antei ampliando meus horizontes, querendo trazer mais emoção a essa historia e deixa-la cada vez melhor para vocês.
Comente o que acharam, seus comentários sempre me alegram.
Até o proximo capitulo.
Beijos Nessiacblack ;*



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