Chegou à hora de voltar para casa, todos devem estar preocupados comigo, mais se eu for serão mais sermões ou quase , porque eles não entendem que eu não quero? Isso esta acabando com a minha vida, não consigo viver como uma garota normal , nunca consegui , mais não é culpa deles é minha , por que eu estou os culpado? Isso não é justo.

- Angeline – ouvi a voz que mais ouvia no meu dia a dia

- Ola Embry

- Esta indo para casa?

- Sim

- Podemos conversar?- essas palavras eram as ultimas que queria ouvir

- Sim podemos.

- É bem hoje à noite os quileutes farão uma reunião, você quer ir?

- Talvez eu apareça por lá obrigada Embry

- Ainda esta brava?

- Não com você, tenho que ir para casa depois nos vemos tchau

Não sabia como olhar para ele sem me sentir culpada por que isso ocorreu comigo?Pare Angeline se concentre ai mamãe me da uma ajuda, me ajuda, por favor.

- Cheguei – bom isso eu não queria que fosse verdade.

- Onde esteve Angeline?

- Pensando um pouco

- Ainda não parou de pensar nela não é?

- Nenhum de nós paramos, eu só queria que ela estivesse aqui

- Mais sabe que nós estamos pequena

- Obrigada Tia Rose, muito obrigada

- Se estiver procurando seu pai ele esta no quarto

- Como sempre, não quero vê-lo agora , não agora

- Seria bom se fosse conversar com ele

- Esta bem

Subi as escadas e andei ate seu quarto, não queria vê-lo mais por que ainda mesmo assim eles me faziam relembrar tudo?Abri um pouco a porta e ele estava sentado na cama olhando pelas paredes de vidro, mais uma vez o mesmo olhar vazio, andei ate um canto do quarto e me encostei na parede, ficamos em silencio por um bom tempo.

- Papai eu...

- Você se parece muito com ela

- O que?

- Você se parece muito com sua mãe, não apenas fisicamente mais também pelo modo de agir, você quer o bem dos outros quer ajudar os outros mais você pensou em si mesma?

- Papai eu...

- Apenas me responda

- Esta falando daquela historia não é? Por favor, pare, eu tenho que fazer o que o futuro preparou não é?

- Não Angeline você tem que fazer o que você quer , se sua mãe não estivesse lutado enfrentado os volturis acha que estaríamos aqui? O que você acha? Nosso destino era esta mortos todos nós , mais ela não quis assim e seguiu o que ela queria fazer...

- Pare, Pare – nunca fui de gritar com meu pai mais não agüentei – Pare, o que você acha? Eu estou tentando fazer de tudo mais nada esta adiantando, se eu não fizer o que é o certo se eu for pelo meu coração, muitos irão se magoar, pare de falar o que ela fazia, já esta sendo difícil o bastante para eu ter que me lembrar dela todos os dias, me lembrando dela, de que ela não estava aqui e nem esta agora para me ajudar , vocês estão aqui mais sabe o quanto faz a falta uma mãe? Eu queria ela aqui e essa nossa conversa não esta ajudando em nada , esta me fazendo sofrer mais ainda – eu tinha que segurar mais meus olhos já estavam ardendo , comecei a soluçar baixo, não queria mais olhar para ele, não queria brigar com ele, queria estar sozinha agora.

- Angeline minha filha me desculpe eu...

- Esquece pai , pode deixar , eu vou tentar ser que nem ela.

- Não estou lhe pedindo isso

-Não estou com cabeça para discutirmos isso, conlicensa.

Sair daquele quarto foi quase um alivio , o que mais me restava? Entrei no meu quarto e me joguei na cama , chorei a tarde toda , ou tentei , as malditas lagrimas não saiam , eu não podia descontar minha raiva , nada , minha mente estava confusa , as coisas estavam se misturando , com o tempo consegui me acalmar , quando dei por mim já estava anoitecendo , tomei um banho e me troquei , iria para a reunião dos quileutes , tinha que conversar com Embry , mesmo que esse não seja o que meu coração nesse momento fala. A única coisa que meu coração sabia era que eu não o amava, mais não queria vê-lo sofrer, nem mais ninguém de minha família

Quando cheguei ao local onde os quileutes se reunião me senti um pouco mal, sabia que todos sabiam sobre o que acontece , ou anda acontecendo, andei mais um pouco e pude ver a fumaça da grande fogueira, todos estavam reunidos lá, principalmente ele, andei um pouco devagar , claro que eles saberiam que eu estava me aproximando , foi uma péssima idéia ter ido, mais eu fui cabeça dura e decidir estar aqui, me aproximei todos viraram para me cumprimentar, eles eram muitos simpáticos, mais não estava me sentindo bem naquele lugar , Embry andou ate minha direção e me abraçou , fiz uma careta nessa hora , já era para estar acostumada com os cheiros dos lobos , o segui e me sentei ao seu lado.

- Boa noite – Billy Black começou o costumeiro comprimento

- Boa noite – dissemos todos

- Vocês já conhecem as histórias dos nossos antepassados, de como foi criada a guerra entre os de sangue frios, hoje estamos quase nos unindo a eles – nesse exato momento ele olhou para mim, na verdade todos os olhares foram para mim, não sabia o que fazer ou o que dizer- anos se passaram, os sangues frios foram desaparecendo , assim como nós fomos perdendo nossos poderes – imagens começaram a aparecer na fumaça da fogueira , imagens que conhecia muitos bem , os frios e os quentes , as lutas entre eles por séculos.

Fiquei perdida nas imagens e na historia, mais logo tudo mudou, as imagens não eram mais as mesmas, tentava me concentrar e elas não voltavam, um barulho insuportável de gritos tomou minha cabeça, eram gritos sim, eu conhecia aqueles gritos mais não sabia de quem eram, apertei os olhos tentando fazer aquele grito parar, mais nada adiantou, as imagens começaram a se transformar no meu passado, a guerra contra os volturis ela estava acontecendo na minha frente.

Apertei os ouvidos e fechei os olhos sabia que todos estavam olhando para mim, mais não sabia como explicar. A imagem de minha mãe aparecia com freqüência em minha mente, logo eram substituídos por gritos de meu pai, sangue espalhado para todo lado, não aquele não era meu passado não podia ser, não era.

Logo minhas lembranças tomaram conta de minha mente

Embry leve Angeline com você e a proteja.

- Não mamãe não eu não quero ir fique comigo mamãe  fique comigo- Embry corria o mais rápido possível enquanto eu chamava pela minha mãe.

- Sua ma não vai mais voltar minha pequena – dizia tia Rose com um olhar triste, como assim ela não vai mais voltar ela me deixou?

Comecei a chorar tia Rose me abraçou, não conseguia entender minha mãe não voltaria mais, eu a queria.

- Eu quero minha mãe – tentei falar mais os soluços não ajudaram muito

- Sinto muito minha querida, mais isso não será possível, sentimos muito, também a amávamos.

A imagem de tia Rose foi desaparecendo, no lugar dela minhas lembranças foram passando rápido, não conseguia acompanhá-las, comecei a gritar desesperadamente, a ultima imagem que me lembro de ter aparecido era minha mãe.

Comecei a gritar pelo nome dela mais foi tudo desaparecendo aos poucos, os gritos foram acabando e tudo se apagou, minha mente ficou escura e todos estavam em minha volta enquanto chorava chamando minha mãe.

Alice:

- Eu sempre estarei ao seu lado minha pequena – eu disse olhando para o céu estrelado, a voz de minha filha ecoava pela minha mente.