O Amor não Tem Fim escrita por Liblika, Mariapaula_ilyr


Capítulo 3
Pensamentos


Notas iniciais do capítulo

Terceiro capitulo



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POV Bella


Raios de sol refletiam em meu rosto, e abri levemente os olhos. Estava tonta, olhei para um lado e para o outro, fiquei confusa, e chacoalhei minha cabeça com um pouco de força, e logo após percebi que estava num lugar onde eu conhecia, e por sinal muito bem, eu estava em meu apartamento.

Fui ao banheiro e lavei meu rosto, estava com uma aparência horrível, descabelada e com olheiras enormes. Voltei ao meu quarto e sentei no pé da cama, e comecei a pensar o que havia acontecido ontem para eu estar assim, parecia que alguem me fizera uma lavagem cerebral, porque não lembrava nada. Fui à cozinha peguei um copo e o enchi de água bem gelada, bebi, minha boca ficou tremula e comecei a tossir sem parar, sentei no sofá, e vi algumas papeladas na mesa de jantar, cheguei mais perto, e vi minha bolsa toda molhada, minha carteira aberta e alguns envelopes. A primeira coisa que pensei, foi que no dia anterior havia sido refém de um assalto, depois pensei mais um pouco, e constatei que não. Peguei um envelope grande, onde havia varias folhas com o mesmo carimbo. Vasculhei mais, e entrei eu choque. Empurrei a cadeira bruscamente e me sentei pondo minha mão aberta na mesa, pois por um instante tive impressão que estive caindo. Flash do meu dia passou pela minha cabeça, uma, duas, três vezes, e quando percebi meu rosto  já estava encharcado de lagrimas.

Eu já lembrava tudo, do meu capuchino, minha reunião, indo ao Hospital, e a lembrança que queria esquecer, quando o Dr. Connery disse que eu estava com uma doença terminal e iria morrer em um ano. Não conseguia parar de chorar, até que uma pergunta invadiu minha mente, como eu fui chegar ao meu apartamento? Se a ultima coisa que lembrava era eu sentada em um beco sujo e imundo chorando e com muito frio.

Joguei o envelope no chão violentamente e dei um grito de raiva. Já mais calma, levantei eu recolhi os papeis que haviam caído do envelope quando eu jogara, e percebi um papel rasgado com um clipe segurando um cartão azul escuro, peguei o papel estranho e sentei novamente, tirei do envelope e li:

Olá!

Bom é meio difícil explicar o que aconteceu ontem, mas eu te vi em um beco e resolvi levá-la para casa. Ligue-me para conversarmos melhor e te explicarei tudo.

Edward Cullen – 1728- 3849

Estava com olhos arregalados segurando um papel rasgado com a caligrafia mais perfeita que já tinha visto. Deu alguns risos com um suor de confusão, e me levantei e comigo mesma sussurrei:

- Estou louca, pirada. – dei mais alguns risos – Mas de uma coisa eu tenho certeza, vou Morrer! – aquelas palavras sairão da minha boca letamente e apenas uma lagrima invadiu meu triste rosto.

Tomei um banho, e comecei a pensar no que eu iria fazer em meu ultimo ano de vida, não tinha mais de viver. Mexendo eu meu cabelo, enrolando sem parar, falei comigo mesmo:

- Vou curtir a vida! Gastar, comprar, viver!

Só que um flash de uma foto de minha família veio em minha mente, e raciocinei como eu ia contar para minha família que eu iria morrer em um ano! Era impossível imaginar a tristeza e o desespero deles, não podia fazer isso, iria matar minha própria alma.

Pensei, pensei, pensei muito, tudo vinha em minha cabeça, desde gastar todas as minhas finanças até a opção de me matar. Difícil, a decisão mais difícil em minha breve vida, mas uma decisão teria que tomar mais cedo ou mais tarde, e resolvi tomar logo, pois eu poderia morrer em um ano ou até antes, tudo dependia do progresso continuo de minha doença.

A minha decisão foi tomada, e eu não poderia voltar atras. Eu iria me afastar de todos, falaria para minha família e amigos que estava numa fase muito difícil em minha vida e precisava relaxar e refletir muito, eles iriam ficar preocupados, mas nem tanto como se eu disse-se que iria morrer a qualquer instante. Na revista, falaria que estava muito nervosa e estressada, e pediria demissão. Já que as minhas finanças davam para viver em um ótimo estado até a minha morte.

Meu plano estava formado. Vi o bilhete, ri, e pensei comigo mesmo “Não vou ligar. Quero tentar esquecer aquele péssimo dia”, o enfiei em minha bolsa, sem nenhum cuidado, e peguei meu celular de ultima geração, e vi que havia mais de 20 ligações não atendidas, de meu querido irmão, Emmet. Pensei que o “herói” que havia me salvou tinha ligado para ele já que no papel de parede do celular, tinha um foto de nós abraçados, assim ele poderia pensar que Emmet fosse meu namorado. Mas vi que não, pois ele já teria batido em minha porta.

E logo, me lembrei que tínhamos um encontro às 9horas da manhã, fazíamos isso duas vezes no mês, já que nós dois trabalhávamos muito e não tínhamos tempo de conversar, íamos caminhar no parque, tomar um café ou até mesmo assistir um filme juntos, éramos muito unidos mesmo com nossas vidas atarefadas. Ele não era apenas um irmão, mas sim aquele que sabia tudo que eu pensava, falava, e sonhava. Liguei para ele, e logo ele atendeu e disse com um ar de bravo:

- Bella Swan, você não tem jeito mesmo né? Me deixa esperando 2 horas na frente da cafeteria e nem para ligar que você não vem mais! Olha, se eu não fosse perfeito, estaria muito bravo com você de verdade. – Ouvi seus risos escancarados.

Tentei fazer uma voz feliz, fingindo que nada havia acontecido:

- Ah, meu desculpe Emmet, tive um problema de ultima hora e nem tive tempo para ligar. Desculpe-me...

Emmet, como estava esperando, me perguntou:

- Aconteceu alguma coisa? Pode me contar não irei palpitar nem menos zuar com você, minha irmã. – È, tinha acabado de descobrir uma coisa, Emmet me conhecia como ninguém conhecia, continuei com aquela voz falsa:

- Claro que não! Estou ótima, só com alguns problemas, e é por isso que liguei... Não vou poder ir mais domingo no almoço na casa da mamãe, queria ir muito mais estou muito atarefada com a revista. – Odiava mentir, mas estava fazendo aquilo para o bem de todos.

Revoltado, Emmet quase aos berros, disse:

- Ah, só isso que me faltava, Bella! Você Sabe que aquele almoço é tradição, e agora você não vai porque tem que trabalhar em pleno SABADO! – fiquei assustada com o tom dele, mas continuei:

- Emmet, me desculpe mesmo, eu queria ir muito mais não posso. Te amo meu irmão, preciso desligar – fiz um som de beijo, e Emmet desligou em minha cara. Estava muito triste com todas aquelas mentiras, mas sabia que aquilo que fazia era o melhor para eles, já que agora meu único pensamento era neles. 

 


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Notas finais do capítulo

Logo a Maah postará mais com capitulo dessa história emocionante!
Reviews? *---*
Bjs



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