– V-Você tem certeza? – pergunta ela preocupada

– Ai, Mônica! Eu estou tão preocupada! – diz Dona Lili nervosa – Já procurei em tudo, mas nenhum sinal dela, não sei mais o que fazer!

– Não desista, Dona Lili – diz Mônica – Se conheço bem a Magali, ela não deve ter ido longe! Vou chamar o reforço...

No mesmo momento, Mônica pega o seu celular e alerta os meninos sobre o que estava acontecendo. Assim, Cebola e Cascão correm o mais rápido possível até a casa dela, e lá, a garota dá na mão deles algumas lanternas.

– Espalhem-se! – diz Mônica – Qualquer notícia dela, telefonem!

Os garotos vão para direções diferentes assim como Mônica, enquanto eles a procuravam, Dona Lili acionava a polícia militar. Mas a busca para alguns deles foi em vão, não conseguiram nenhum sinal que seja de sua amiga comilona, as horas passavam, e a tensão entre eles aumentava. Nem mesmo a polícia havia chegado ao local, Dona Lili fica furiosa.

– Que droga! – reclama ela

– Calma, ainda vamos continuar procurando por ela... – diz Mônica

– Espera... – diz Cebola se tocando – Cadê o Cascão?

Enquanto isso, Cascão procurava pela amiga pelo parque do Limoeiro, que naquela hora era bem perigoso de se andar, mas ele não estava preocupado com ele, e sim, com Magali que poderia estar encrencada à uma hora daquelas, mesmo assim, preferiu não pensar no pior, assim não desistiu e continuou a sua procura.

– Magali! – gritava o garoto

Ele escuta um barulho vindo de uma das árvores, no mesmo instante ele procura de onde veio o barulho com a sua lanterna e ao passar por uma delas, viu que tinha alguém sentado em um de seus galhos, era de fato sua amiga.

– Me... Procurando? – diz ela

– O-O que você está fazendo aí? – pergunta Cascão surpreso – E desde quando sobe em árvores?!

– Desde meus sete anos! – diz Magali de cara emburrada – Só me deixa sozinha, tá?

Cascão dá um suspiro e sobe na árvore, o que deixa Magali surpresa e constrangida. Após sentar-se ao lado da amiga, o garoto é breve com ela.

– Dá pra me dizer agora, o que houve?

Magali fica feliz pelo garoto não ter desistido de ouvi-la, mas ao mesmo tempo, estava com medo do que ele iria pensar, mesmo assim, ela acabou contando sobre tudo, das brigas, do seu problema com Quim e do termino de seu namoro. Nunca havia passado pela cabeça de Cascão que sua amiga comilona tivesse problemas em seu relacionamento, já que ela sempre foi tão boa conselheira.

– Ele... Sabe que eu sumi?

– Bem... – diz Cascão – Tentamos falar com ele, mas ninguém atendeu ao telefone!

– Ah... Entendo – diz Magali num tom triste

O garoto fica preocupado com ela, queria poder ajudá-la.

– Ei... Sabe, em primeiro lugar... Nunca fuja de seus problemas! – diz Cascão – Não vai te ajudar a esquecê-los, isso é bem pior!

Magali dá um suspiro e deixa o garoto continuar.

– Segundo lugar, pode ser difícil... – diz Cascão – Mas você precisa esquecer o cara por uns tempos!

– E em terceiro lugar? – pergunta Magali

– Não fique depressiva desse jeito, pode confiar nos amigos! – diz Cascão apontando para si

Aquilo faz Magali sorrir, ela sabia o tempo inteiro que poderia contar com ele e com a turma. Ver sua amiga comilona sorrir também fez Cascão ficar feliz, ele se saiu bem nessa.

– Agora acho melhor irmos... – diz Magali – Eles devem estar preocupados, não?

– É... Agora, dá próxima vez, vê se escolhe um lugar mais perto pra se esconder, falô? – diz Cascão de cara feia – Subir essa árvore me deixou cansadão, véi!

Magali ri e é a primeira a descer a árvore, em seguida, Cascão desce.

– Obrigada por isso... – diz ela com um sorriso

– Não precisa agradecer, eu já sabia que era o cara... – diz Cascão com um sorriso

– Tinha que ser o sem noção... – diz Magali rindo

Continua...