Será Verdade? escrita por Vocaloid XD


Capítulo 15
Chuva


Notas iniciais do capítulo

*Reeditado: 07/10/14



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Sem pensar, Magali acaba dando um soco no ombro do garoto. Como havia sido pego de surpresa por ela, no mesmo instante ele reclama de dor:

– Ai! - diz Cascão passando a mão pela área dolorida - Qual é o seu problema?!

– O meu problema?! - reclama Magali - Não sou eu que fico confundindo as pessoas, como se elas fossem antas ou sei lá!

– Confundindo? - diz ele sem entender.

Magali dá um longo suspiro e volta a falar:

– Nem sei se esse namoro de mentira, é de mentira mesmo, Cascão!

O garoto fica estático ao ouvir aquela frase. Magali tinha razão, o que aqueles dois estavam buscando afinal? Já que a garota já havia desistido, e Cascão ainda parecia enrolar o assunto, ele havia achado aquele momento perfeito para tentar abrir o jogo.

– Ma... Magali - diz Cascão coçando a nuca - Eu preciso te dizer uma coisa e...

Naquele momento, os dois se assustam com um estrondo de um trovão e logo em seguida, começam a cair os primeiros pingos de chuva. O tempo estava fechando rápido, e os dois estavam longe de casa para irem andando na tempestade.

– Ótimo... - ironiza Magali - Era só o que faltava!

Então, Cascão acabou tendo uma idéia. Acabou fazendo o que sempre fazia quando começava a chover e estava longe de casa:

– Vamos para o antigo clubinho! - diz Cascão - Não é muito longe!

Sem opções, Magali acaba concordando com ele. E quando finalmente chegam ao clubinho, estavam todos ensopados e ainda por cima no escuro por estar ficando tarde. No mesmo instante, Cascão tenta achar o lampião de anos atrás.

– Nossa... - diz Magali tirando seu casaco - Minha mãe vai me matar quando me ver assim!

– Achei! - diz Cascão o pegando - Agora é só acender e... Pronto!

– Pelo ou menos não vamos ficar no escuro... - diz Magali - Em quanto tempo você acha que vai embora?

– Não sei... - diz Cascão tirando seus tênis encharcados - Espero que não demo...

O garoto se cala ao perceber que dava para ver o sutiã da comilona através da blusa molhada. Ao perceber que estava sendo observada por ele, Magali cora instantaneamente e dá as costas para ele.

– Quer parar?! - grita ela constrangida.

– Não sabia que olhar é proibido agora! - diz Cascão aos risos

– Você acha isso engraçado, é?! - diz ela ainda corada - Não vai ficar mais rindo quando eu for aí te bater garoto!

– Jura? - ironiza Cascão - Quero ver você tentar!

Sentindo-se desafiada, Magali vira na mesma hora para poder espancar o garoto folgado, só que ela se esqueceu de um detalhe, Cascão era bem mais forte do que ela e então ele acabou segurando os seus braços.

– Quero ver você tentar fugir agora... - diz Cascão com um leve sorriso

Aproveitando-se da fraqueza da amiga, o garoto começa a beijá-la de leve e Magali também começa a se entregar e beijá-lo como resposta.

Enquanto isso, Mônica estava em sua sala esperando pela a amiga comilona pois ela havia dito que depois do encontro iria dormir na casa dela, só que Magali estava demorando demais para quem foi ver um filme, aliás, estava caindo uma tempestade lá fora e a dentuça havia começado a ficar preocupada com ela. Nem ligar estava adiantando, então ela reclama:

– Que droga! Onde estão esses dois?!

Foi naquele instante que ela escutam bater na sua porta. Um alívio interior toma conta do corpo de Mônica, pois ela chegou a conclusão de que era a comilona.

– Até que enfim, Magali! - diz Mônica procurando pelas chaves da porta

– Não Mô! Sou eu, Cebola!

Ao ouvir a voz do garoto, Mônica congela e pensa no mesmo momento o que diabos ele estava fazendo em sua casa, naquela hora da noite? E além disso, ela também não estava bem vestida, o que fazer? O que fazer?

– Mônica... Eu não quero te apressar, mas... - diz Cebola - Eu tô no meio da chuva!

– Ah! Me desculpa! - diz Mônica pegando a chave, e em seguida abrindo a porta - Entra!

Cebola estava molhado da cabeça aos pés, então Mônica pega uma toalha limpa para ele se enxugar. Eles se sentam no sofá da sala para conversar, então o garoto explica por que ele foi até a casa da dentuça.

– Eu estava na casa do Xaveco, e acabei saindo de lá no meio da tempestade - diz Cebola - Mas decidi encarar, só depois que eu vi que a rua começou a alagar e eu ainda não havia chegado em casa, então, como a sua casa foi a primeira que eu vi, decidi vir aqui e esperar a chuva passar, se não se incomodar...

– Ah, tudo bem Cê! - diz Mônica com um sorriso - Pode ficar aqui!

– Obrigado Mô! - diz ele com um sorriso - Então... Eu soube que vai ter o baile de fim de ano na escola!

– Pois é, eu vou ajudar com os preparativos - diz Mônica animada - O Toni disse que vai aparecer por lá e...

– Ah, o Toni? - interrompe Cebola de cara feia

– É... Qual o problema?

– Qual o ploblema? - pergunta Cebola nervoso - Mônica, esse cala não é boa gente!

– Parece que alguém está ficando nervoso! - diz Mônica aos risos

– E-Eu não tô não! - diz Cebola avermelhado

– Qual é, Cê! - diz Mônica - Dá uma chance pro Toni, ele é um cara legal!

– Tudo bem... - diz Cebola - Ele é só seu amigo?

– Só... - diz Mônica avermelhada - P-Por que a pergunta?

– Curiosidade... - diz Cebola virando o rosto

O silêncio permanece na sala, Mônica já não sabia mais o que falar para o garoto, e nem o mesmo. Até que Cebola toma coragem e se aproxima de Mônica para beijá-la, foi um beijo suave e leve, os dois teriam continuado se Dona Luísa não tivesse chegado naquele instante.

– Mônica! - grita Dona Luísa do lado de fora - Meu amor, venha abrir a porta! Esqueci minhas chaves!

Os dois tomam susto ao ouvirem a voz dela, e então Cebola acaba falando:

– É melhor eu sair pelos fundos...

Mônica concorda afirmando com a cabeça. Assim, Cebola vai embora pela porta dos fundos e Mônica vai abrir a porta para a sua mãe, que estava cheia de compras e toda molhada. Ela carrega as compras para a cozinha em quanto Dona Luísa fala:

– Desculpe a demora! - diz ela - Estava esperando a chuva diminuir e... O que houve?

– C-Como? - pergunta Mônica nervosa

– Está estranha filha, aconteceu alguma...?

– Nada mãe! - interrompe Mônica nervosa - Vou pro meu quarto...

Voltando ao clubinho, Cascão e Magali ainda estavam aos beijos. Eles se deitam no chão do clube e continuam com aquele amasso, mas Magali acaba empurrando o garoto e se levanta quando sente que aquilo que estavam fazendo era errado. Ele não entende o que aconteceu, e então pergunta:

– Algum problema?

– Nós... - diz Magali num tom triste - Nós não podemos fazer isso!

– E por que não? - pergunta Cascão - Somos namorados, não somos?

– Nós somos "namorados" - diz Magali, fazendo aspas com os dedos - E outra, você me vê como uma de verdade por acaso?!

– Eu sim, mas pelo visto... - diz Cascão num tom triste - Você não!

Magali fica surpresa e ao mesmo tempo chateada com ela mesma, aquela confissão do seu amigo sujinho foi bem inesperada para ela, e que tipo de pergunta foi aquela feita? Depois de flores e vários momentos românticos, ela devia ter se tocado no que estava acontecendo com ele e até mesmo com ela, era claro que ela pensava da mesma maneira, mas como dizer aquilo depois daquela borrada?

Cascão acabou se sentando de costas para a garota, em um dos caixotes que havia no clubinho. Não demorou muito para que Magali viesse por trás do garoto e o abraçasse, ele fica surpreso e não se move, então ela fala:

– Desculpa, acho que eu não queria ter perder nem como amigo e... Nem como namorado!

Ao ouvir aquilo, o garoto sorri e se vira para ela.

– Magulosa acabou de admitir que é minha namorada?

– Cala a boca... - diz Magali sorrindo

Então, a garota acaba o puxando para outro beijo intenso, ele acaba cedendo e voltam a se deitar no chão do clube, só que agora sem mais interferências. Eles se deixam levar até ao cair da noite.

Logo de manhã, Magali é a primeira a acordar no clubinho, não demorou muito pra ela se lembrar do que havia acontecido na noite passada entre ela e o sujinho. Ela olha Cascão ainda dormindo despreocupado e sorri, mas logo se lembrar do fato de ela não ter dormido em casa na noite passada e que alguém que ela chamava de mãe iria frita-la viva.

Assim, Magali coloca suas roupas e pega suas coisas. No momento em que ela iria sair do clubinho que se tocou que não podia deixar Cascão daquele jeito, então foi aí que ela teve a idéia de lhe escrever um bilhete. Depois disso, ela foi pra casa.

– Querida! - diz Dona Lili ao ver a filha entrando em casa

– M-Mãe? - diz Magali assustada - Já está acordada?

– Você sabe que eu levanto cedo! - diz Dona Lili sorrindo - Então, como foi dormir na casa da Mônica?

Magali se tocou na mesma hora, ela não havia desmarcado de dormir da amiga ontem. Ela estava salva afinal, mesmo seus problemas agora sendo outros, como o de justificar seu sumiço para Mônica. Isso iria ser bem complicado.

– Foi ótimo! - diz Magali, já subindo as escadas para o seu quarto- Mãe, eu vou subir e tomar um banho, tá?

– Tudo bem, só não se esqueça de descer depois - diz Dona Lili, bebendo seu café - Quero falar com você!

– Tudo bem! - diz Magali com um sorriso

Depois de tomar um banho, Magali logo vai correndo até ao telefone contar o ocorrido para Mônica. E assim como a comilona, a dentuça não estava acreditando que aquilo tinha acontecido entre os dois. Então, a amiga concluiu:

– É alguém está apaixonada... - diz ela rindo

– Para, Mônica! - diz Magali avermelhada

– Até que enfim, oficialmente namorados!

– É... Eu acho que sim - diz Magali sorrindo, e ao mesmo tempo, olhando para sua rosa amarela

Enquanto isso, Cascão acordava no clubinho e ao perceber que a comilona não estava ao seu lado ficou assustado, mas logo percebeu que ela havia ido embora e deixado um bilhete para ele. Então, ele abriu e leu:

"Eu tive que ir pra casa por que não quero chegar atrasada ao meu funeral que minha mãe está preparando pra quando eu chegar em casa, mas enfim, além de te deixar informado, também não queria que ficasse sem uma resposta de ontem a noite e bem, por hora, você vai ficar sem saber, por que acho melhor me encontrar mais tarde, sem noção..."

Cascão sorri e em seguida ri com aquela carta, ele não via a hora de ir pra casa e mais tarde poder se encontrar com sua comilona.

Continua...


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