Changes - A High School Story escrita por Goth-Lady


Capítulo 10
Capítulo 10




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Mal cheguei na escola e vi um rapaz parado no pátio olhando para o prédio. Ele era alto, moreno de olhos negros e roupas de outra época. Tenho impressão de conhecê-lo de algum lugar, será que.... Já sei! É o rapaz da loja de roupas.

— Com licença, você não trabalha na loja de roupas?

— Sim, meu nome é Leigh.

— Sharena, muito prazer. Você precisa de ajuda?

— Estava procurando minha namorada. Nós discutimos há pouco e bem....

— Tudo bem, eu posso falar com ela.

— O nome dela é Rosalya. Pode dizer que estou procurando por ela?

— Eu a conheço. Pode deixar que vou procurá-la.

Assim que entrei na escola, usei meu cristal para encontrá-la. Ela estava sentada na escadaria.

— Rosalya, que bom te encontrei. Encontrei seu namorado na frente da escola e ele estava te procurando.

— Eu não quero falar com ele.

— Por que não?

— Ele é um pouco reservado, sabe? Nunca sei o que ele pensa ou se sente em relação a mim e isso me deixa meio insegura.

— Entendi, mas acho que você deveria falar com ele mesmo assim.

— Não, dessa vez se ele quiser, ele que venha até mim. Sempre sou eu quem perdoo tudo. Ele vai ter que mostrar o que sente por mim.

— Entendi.

— Pode falar isso para ele por mim?

— Está bem.

Fui vê-lo. Ele estava sentado em um banco no pátio, parecia um pouco abatido. Lysandre estava no pátio também, ele o olhava intrigado. Me aproximei do Lysandre para falar com ele.

— É o namorado da Rosalya. – Expliquei.

— Eu sei, o Leigh é o meu irmão.

— Sério?! Você não me disse que tinha um irmão.

— Não achei importante. Eu soube que ele brigou com a Rosa.

— Sim, eu já falei com ela. Vou falar com ele e ver o que consigo.

Deixei o Lysandre perto da porta e fui falar com o Leigh. Transmiti o recado da Rosalya para ele.

— Eu acho que ela quer que você dê o primeiro passo.

— Eu não sou muito bom com essas coisas. Você tem alguma ideia para que ela saiba como eu realmente me sinto?

— Não, mas vou pensar em algo.

Acabei me aproximando novamente do Lysandre. Contei tudo para ele enquanto adentrávamos no prédio. Não tínhamos ideia do que fazer.

— Se você brigasse com a sua namorada, o que você faria para que ela te perdoasse?

— Eu não sei. Nunca tive uma namorada. – Minha cara foi ao chão.

— Você nunca...?

— Podemos mudar de assunto, por favor?

— Desculpe, eu só fiquei surpresa. – Confessei. – Você é tão bonito, tão gentil e interessante, achei que tivesse tido alguém.

— Agradeço pelos elogios, mas não me vejo como alguém interessante. Não sou muito bom em conversar com as pessoas.

— Bem, eu gosto de conversar com você. – Impressão minha ou ele ficou levemente vermelho?

— Eu também gosto de conversar com você. – Corei.

Algo nele me acalmava e me intrigava. Era como se nos conhecêssemos há muito tempo. O silêncio pairava entre nós, mas não era desconfortável. Nos encarávamos sem dizer nada.

— O que acha de poesia?

— O que?

— Posso escrever um poema para a Rosa em nome do Leigh.

— É uma ótima ideia!

Peguei uma caneta e arranquei uma folha de caderno para o Lysandre escrever. Ele fez um lindo poema. Combinamos que eu o entregaria, como se fosse uma intermediária. Foi o que eu fiz. Entreguei o poema para ela na escadaria.

— O que achou?

— É lindo, mas acho que alguém o ajudou a escrever.

— Por que acha isso?

— Eu o conheço bem, ele nunca faria algo assim sozinho. Ou talvez tenha mandado outra pessoa escrever.

— Não acha melhor falar com ele e deixá-lo se explicar?

— Não até ele me provar que se importa comigo.

Deuses! Fui falar com Lysandre que nosso plano tinha ido para o brejo. Foi quando eu encontrei a Mileena no corredor.

— Ué, resolveu matar aula?

— Que aula, Mileena?

— Porra, você está mais perdida que eu.

— Espere aí, que horas são?!

Olhei para a hora no celular e vi que estava muito atrasada.

— PUTA QUE PARIU! A AULA!

Corri para a aula o mais rápido que pude. Levei sermão, é claro, mas era por uma boa causa. Depois da aula, iria sair da sala, mas minha amiga me impediu.

— Qual é o rolo?

— Rolo?

— O que está acontecendo?

Eu contei tudo para ela. Era o melhor a se fazer, pois quem sabe não arrumava mais ideias para reconciliar os dois. Infelizmente, Mileena não pensava como eu.

— Mas você é muito trouxa! Para que vai bancar a mula de recados? Deixa eles se virarem!

— Qual é o problema em ajudar?

— Isso não é problema seu! Mas já que isso é tão importante para você, vamos, lá.

— Espere, o que você vai fazer? Mileena!

Eu tive que segui-la pelos corredores. Por mais que eu perguntasse o que ela planejava, ela não me respondia. Ela foi até a escadaria falar com a Rosalya. Ferrou!

— Oi Rosalya. – Me adiantei antes dela. – Algum progresso em relação ao Leigh?

— Não, eu acho que ele nem sequer se importa com a nossa briga.

— Como você quer que ele faça alguma coisa se ele não estuda aqui e pessoas de fora não podem entrar no prédio da escola?! – Ficamos sem palavras. – Quer que ele use os outros de mula pra isso?!

Sabe aquela hora em que você não sabe o que responder porque está chocada demais para isso? Eu e Rosalya estávamos assim. E o pior, além da alfinetada, ela tinha algo a considerar.

— Se quer saber o que ele pensa e como se sente, pergunta pra ele. Diz pra ele como você se sente, como isso está te afetando, mas ao menos dê uma chance pro cara se explicar, caralho! Vai que ele tenha dificuldades de se expressar.

E com isso ela saiu. Alguma coisa me diz que isso não acabou. Novamente eu a segui. Ela tinha ido ao pátio falar com o Leigh. Meu sangue gelou na hora.

— Você é o namorado da Rosalya, não é?

— Sim.

— Ótimo! Então entra naquela porra daquele prédio e vá falar com a sua namorada.

— Mileena, as coisas não são assim. – Tentei intervir.

— Eu sei que não pode entrar, mas é isso que ela está esperando, uma atitude. Tudo que ela quer é que você dê a porra do primeiro passo! A gente tranca a diretora no porão se for preciso. Mas é de você que ela quer atitude, não de terceiros.

Ficamos um tempo em silêncio, apenas digerindo o que ela disse. Eu já estava vendo que ia dar merda. Por que eu fui abrir a minha boca para ela?!

— Você tem razão. – O que?! – Eu deveria tomar mais atitude.

— Aleluia!

— No entanto, eu gostaria de levar um presente para a Rosa, mas não sei o que levar.

— Puta merda! Aí tu me fode!

— O que acha de flores? – Sugeri. – Tem muitas no jardim, Mileena e eu podemos pegar para você.

Eu arrastei MK para lá antes que ela falasse mais alguma coisa. Ao menos esse escândalo todo serviu para algo.

— Precisamos de uma fita para amarrar o buquê.

— Deixa comigo.

— Por que está arrancando grama?

— Você vai ver. Pegue algumas flores.

Enquanto eu pegava algumas flores, ela pegou algumas folhas de grama e usou seu cristal para transformar em palha. Depois ela começou a trançar. Ela fez uma fina trança que daria para amarrar o buquê.

— Onde aprendeu a fazer isso?

— Com a minha mãe. Ela trançava qualquer planta que tivesse para fazer acessórios, principalmente pulseiras. Acho que por isso ela escolheu ser designer de joias.

— É bem legal.

— É. Agora me dá as flores para amarrar.

Amarramos as flores e as demos para o Leigh. Dissemos onde estava Rosalya antes de ele entrar na escola. Missão cumprida, agora é com os dois. Ouvimos o sinal tocar e corremos para a aula.

No fim do dia, a Rosalya veio nos agradecer. Tudo tinha dado certo, na base do barraco, mas deu, e ela queria nos dar algumas fotos que tirou dos rapazes. Nós não quisemos, já que isso era muito estranho, mas ela insistiu tanto que eu aceitei antes que a Mileena a mandasse pastar. As fotos eram uma do Nathaniel, uma do Castiel com o cabelo preto e uma do Lysandre. MK cagou para elas, então ficaram comigo. Lysandre e Castiel se aproximaram de nós algum tempo depois.

— Deu certo? – Lysandre me perguntou.

— O poema não deu muito certo, mas o barraco da Mileena deu.

— Você reconciliou os dois fazendo barraco? – Perguntou Castiel tão incrédulo quanto Lysandre.

— Foi um esporro, não barraco.

— O importante é que tudo acabou bem.

— Ô Shay, esse treco fica piscando assim mesmo?

— O que está piscando?

Quando fui olhar, eram nossos cristais. A última coisa que lembro foi de luzes verdes e azuis saindo deles e preenchendo o corredor.


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