Antes do para sempre escrita por Cupcake de Brigadeiro


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Espero muito que vocês gostem! Esse capítulo tem trechos que eu escrevi há quase quatro anos atrás, mas sinto que chegou a hora de conhecerem. Bem, também devo apontar que haverá mais desenvolvimento com o decorrer dos capítulos! Eu tentarei ao máximo também acertar nas épocas do ano, e manter uma cronologia temporal descente, porque como estou escrevendo há muito tempo, não é muito fácil kkkkkkkkkkk



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Peeta está jogando uma bola para cima, e a pegando todas as vezes que cai. É engraçado, porque está nessa mesma atividade há uns 15 minutos, com Butter dormindo em seu colo.

— Você não se cansa? Que coisa idiota — comento, rindo de verdade, deitando de lado no sofá.

Ele sorri e me olha, mantendo a bola subindo e descendo.

— Se tivéssemos um bebê, eu estaria cuidando dele para você ir caçar ou simplesmente se esconder no armário. 

Reviro os olhos, mas sorrindo. Ele ainda me pede. Quase 15 anos depois. Não deixo de admirar a determinação. Ele não desiste nunca.

— O que foi, nem vai brigar? Estou entediado. Pode falar algo para provocar, estou animado para brigar. Comente sobre qualquer coisa absurda. Fale que vai me matar.

Butter, uma gata gorda, marrom com preto, se espreguiça, saindo do cômodo preguiçosamente. Eu dou de ombros. Meu sentimento por Peeta amadurece com o tempo e parece que fica melhor. Eu amo isso.

— Hoje eu quero só ficar olhando você — ele assente, concordando, e se deita ao meu lado no sofá espaçoso. Me acomodo, e ele ri. — Você não tem que trabalhar?

— Em pleno dia de primavera com esse frio? Duvido muito que consiga me tirar daqui. Quer que eu saia? — nego. — Vamos, Katniss. Vamos ter um bebê pra bagunçar a casa. 

Acho graça, e me afasto apenas para ver seu rosto. Sei que não é realmente entediante nossa rotina. E sei que continuará me amando com ou sem filhos. Mas ultimamente, além de ter me pedido com mais frequência, eu tenho… tido uma sincera vontade de ceder. Isso tem cada vez mais ocupado meus pensamentos. Tanto que eu dou risada quando ele fala algo sobre isso, antes eu o olhava feio e fazia questão que soubesse do meu desconforto sobre o tema. Ele passou a comentar sobre isso quando completamos cinco anos juntos, quando tínhamos 22 anos. A minha desculpa era que éramos muito novos, não fazia sentido. 

Agora, com quase 33, não é a resposta que faz sentido. Seus olhos me olham com brincadeira, e me beija a testa, fazendo carinho na base da minha coluna. Sorrio, me acomodando melhor em seus braços.

— Vamos na feira dar uma andada? — pede e eu concordo, me levantando na mesma hora.

— O que você quer para jantar? — pergunta, quando estamos nos aproximando da feira ao ar livre que tem todos os sábados no 12. — Eu queria algo doce.

— Eu gosto de qualquer coisa que você também faça, Peeta. Fique tranquilo quanto a isso — respondo, encostando minha cabeça em seu braço. Não importa o frio ou o calor, se andamos juntos, sempre é de braços entrelaçados. — Algo com morangos.

— Perfeito. Se quiser usar para tirar alguma vantagem sexual também fique à vontade — rio, enquanto o empurro. É ridícula a capacidade que ele tem de me dizer coisas absurdas e em um tom de voz alto, prestes a entrarmos.

Fazemos nossas compras e retornamos. Nunca nos falta assunto, nunca nos falta entendimento de quando um quer silêncio e o outro também. Acredito que eu e Peeta fomos feitos para durar um com o outro, porque não há explicação. Dou uma risada pensando nisso, enquanto ainda estamos caminhando. Ele sorri.

— O que foi? — pergunta, entrando primeiro, pegando as bolsas da minha mão. — O que é engraçado?

— Nada… eu gosto de estar com você e fazer essas coisas simples. Obrigada. Faça um bom uso desses morangos, vou arrumar o quarto.

Para o jantar, ele fez uma torta de morangos com nata. O sabor ficou maravilhoso, e rendeu boas risadas porque ele pela milésima vez tentou me ensinar. Mas eu não faço qualquer questão de aprender, porque sempre o terei fazendo. 

Como ainda sentada na bancada, em uma parte que ele mesmo delimitou para que eu pudesse sentar e não colocasse comida aqui por engano, enquanto dividimos o mesmo prato. Fica sentado de frente para mim, na banqueta, com meus pés em seu colo. Estico o dedo com a geléia de morangos para Butter e ela aprecia, indo para a forma e consegue tirar um pedaço grande para a boca pequena, e antes que faça de novo, Peeta consegue levantar e tirar de seu alcance. Nós rimos muito disso, ele joga a cabeça para trás, rindo, e é uma pena que o pescoço tão bonito que tem esteja coberto pela gola alta da blusa.

Deixei tocar um fundo musical agradável, um presente de Effie há 3 natais. Ocupo a casa com os discos novos que ela me manda em toda data comemorativa. Estou balançando sentada e comendo um pedaço, quando escuto um “click” sem flash. Peeta me fotografou e eu dou um sorriso torto, então ele tira outra foto. Pego a câmera dele e faço o mesmo dele, quase caindo para trás para captar meus pés em seu colo quando ele se senta na banqueta de novo. Tenho certeza que ficaram ótimas.

— O que você quer fazer agora? 

Pergunta, depois de dar um pequeno pedaço para Butter, que pegou avidamente e saiu correndo para fora de casa, pela portinha que achamos melhor colocar para Buttercup, quando ele ficou mais velho e já não escalava as janelas. Dou de ombros, lavando as mãos, enquanto sinto ele me cercar, com um braço na altura do meu quadril. Uma de suas mãos me segura e a outra agilmente solta meu botão. Eu suspiro. Seus dedos ágeis encontram um ponto sensível demais, e eu já faço um som de rendição, fechando os olhos. Ele sabe exatamente o que está fazendo, pressionando onde eu gosto mais. 

Me viro com um sorriso, e o encontro sorrindo também. 

— O que você quer, Katniss? — pergunta, em um sussurro no meu ouvido. Meu corpo se arrepia, e eu suspiro, colidindo nossos corpos pelo quadril. Toco na fivela de sua calça, mas não consigo nada além disso, ele me afasta numa risada. — Você tem que ser mais direta às vezes. 

Apenas o encaro fazendo uma careta emburrada, e ele se diverte, me beijando. Eu não levo nem um segundo para me desfazer em uma risada sincera seus braços. Poucos instantes depois, eu estou totalmente consumida por seus beijos e por suas mãos pelo meu corpo. 

 

Depois da nossa cama, o lugar que mais nos envolvemos é no sofá da sala. Mais uma vez, caímos ali, e eu já sem roupas. Peeta me faz rir, e quando me dou conta, estou sem roupas. 

Qualquer coisa que eu penso é interrompida pela forma como me preenche e eu o recebo de braços abertos, me deixando levar e aproveitar cada instante, cada gota de suor que surge em nós. Suspiro, apertando os olhos, vendo estrelas quando eles estão fechados, mas quando me sinto perto da borda, olho nos olhos azuis dele, escuros, e é como se as estrelas caíssem em mim. 

Me esforço para não fazer muito barulho, porque da sala dá para ouvir alguma coisa se está subindo os degraus de entrada. Não que estejamos esperando alguém. Peeta se esconde com um sorriso na curva do meu pescoço, fazendo cócegas com sua respiração acelerada, depois de me deixar feliz. 

Gosto muito de sentir o peso de seu corpo sobre o meu. Deslizo o indicador e o médio por sua coluna, subindo e descendo. Então mexo meu quadril contra o dele, e voltamos em um ritmo lento, mas agradável. Suspiro, e o agarro pelos ombros de novo, procurando sua boca para cobrir a minha.

Se deita ao meu lado no sofá. Quantas vezes já não fizemos isso? Independentemente, sempre me sinto profundamente agradecida. Nenhuma vez eu me senti desconfortável. Acho que um pouco na primeira vez que fizemos amor, porém é sempre tão natural. Peeta é uma força da natureza, então qualquer coisa que ele faça é natural.

Peeta desliza seu dedo em meu nariz, então cutuca minha bochecha. Eu rio e ele também.

— Anda, vamos ter um bebê — pede, beijando meu queixo, me abraçando pela cintura. Não há nenhum desconforto na nudez. 

— Boa tentativa, Peeta. 

Ele revira os olhos.

— Vamos. Por favor… só um… — pede de novo. Virou praticamente uma piada entre nós, embora eu saiba da seriedade de seu pedido. Não fico mais chateada com a pergunta desde que Delly teve o terceiro bebê, há quatro anos. Peeta sabe que me pedir um filho com toda uma cerimônia não dá certo, então me pede em momentos assim.

— Vai dormir, Peeta. 

Ele bufa, e enterra o rosto em meu pescoço. Liga o ar condicionado da sala, nos cobrindo com a manta. Temos vizinhos o bastante para nos preocuparmos, que podem bater e pedir alguma coisa, mas eu não me mexo para nada. O abraço mais apertado e adormeço.

Sonho com uma menina de cabelos castanhos escuros e olhos azuis, pela primeira vez na vida. Peeta a segurava nos braços e a chamava de filha, não escutei o nome. Acordo de repente, já é de manhã, ele ainda ao meu lado, mas sinto falta de algo que eu nunca tive. Pela primeira vez, eu sonhei que era mãe. Mas o pior sentimento é que… eu gostei de como me senti quando a segurei em meus braços. E me senti totalmente vazia e sentindo falta dela quando acordei.


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Notas finais do capítulo

Espero muito que vocês tenham gostado! Eu vou postando conforme já tenho os capítulos finalizados, ok? Estou também em um processo de repostar minha outra fic, treinando a mamãe, que estou reescrevendo desde... novembro de 2019, mas nunca postei. Não sei, quero postar tudo o que tenho salvo no meu bloco de notas. Se você leu e gostou, não deixa de comentar! Amo saber o que estão achando!! Um beijo, até o próximo!
GIF do cap: https://i.makeagif.com/media/11-02-2016/EjtKJi.gif



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