Semanas se passaram desde a chegada dos novatos em Life Linne e podemos dizer que a adaptabilidade daqueles dois foi além do esperado e tanto o Felix quanto o Hyunjin já tinham feito amizades com todos os residentes ali, todos, menos a galera do Woon, pois assim como o Hwang havia dito ele não se meteu com os dois novatos nem de brincadeira por temer o olhar assassino que lhe era direcionado sempre pelo mais alto e depois de um encontro deles pelos corredores o Woon realmente temeu a nova dupla.

...

Flash Back On.

— Então vocês são os novos protegidos dos irmãos Bang? — O Woon veio cheio de marra para cima dos dois.

— E você é o marcado para morrer caso se meta com a gente?

— Olha que audácia rapazes ele acha que se me matar não será punido...

O Hwang se levantou e foi até o Woon e sua expressão estava alucinada.

— Da mesma forma que vim parar aqui eu saio com prazer se puder levar junto comigo a sua alma que deixarei aos pés do capeta com o maior prazer com tanto que tenha sido eu a ver a última faísca de vida deixar esses seus olhos feios de peixe morto seu rato.

Os demais que estavam com o Woon se afastaram em murmúrios que diziam “esse aí é pior que o Jisung e o Seo juntos, eu tô fora”

— Você não perde por esperar.

— E você por favor não espere para vir perder...

Flash Back Off.

...

E desde esses episódios todos do grupo do Woon passam longe dos novatos.

...

— Precisamos caçar, estamos ficando sem proteína.

— Posso ir se permitirem, na verdade eu adoraria ir não curto muito essa de ficar preso.

— O Hwang é igual ao Minho mesmo né? Deve ser coisa de ex soldado.

— Acho que sim Binnie.

— Bom se o Minho não se importar Hwang pode ir com ele sim.

O mais novo espera a afirmação de seu veterano.

— Claro que ele pode vir, vai ser bom ter mais alguém comigo dessa vez.

— Isso!

— Os outros precisam ir em incursão, estamos ficando sem material de higiene e a munição também precisa ser reposta, os últimos encontros com os infectados baixou nossos estoques.

—Eu também posso ir na incursão se for preciso, para a caçada não me ofereço porque ainda não sou bom o suficiente para isso, geralmente eu ia junto do Jinnie por que ele queria que eu aprendesse, mas eu ia mais para guardar a retaguarda dele.

O Hwang sorria para seu pequeno lince e recebia de volta o um sorriso na mesma intensidade.

— Felix você se importaria em ficar? — O Han perguntou de forma descontraída e recebeu a atenção de todos ali. — É que eu vi que você é bom com a limpeza das armas e hoje é o meu dia para isso então pensei em te pedir ajuda.

— Sabe, o camaleão tem razão nisso meu lince é habilidoso na limpeza de armamento.

— Está bem então eu fico.

— E na incursão quem vai?

— Eu vou.

— Minnie...

— Chan já faz semanas, eu já estou com meu pé bom por completo e não tem a mínima possibilidade de eu ficar preso aqui.

Todos aguardaram uma tensão entre os irmãos pois era assim que estava acontecendo nos últimos dias, o Seungmin querendo voltar ao seu posto e o Christopher insistindo em impedi-lo o que sempre causava rusgas entre eles.

 — Tudo bem, pode ir, mas a So-hee não vai junto.

— Eu o que? — Ela falou indignada.

— Você me ouviu So-hee, vocês dois estão juntos agora, não é uma boa correrem riscos juntos, isso pode aumentar o perigo por estarem focando um no outro.

A So-hee já ia bater o pé, mas o Seungmin a cortou.

— Ele tem razão So-hee, é melhor mesmo que você fique.

— Não ferra Minnie, nós sempre fomos juntos, agora eu sou sua mulherzinha então não posso me arriscar? Qual é?

— Pense racionalmente por favor? Quer sair? Peça para ir na caçada então, nós dois juntos podemos comprometer o todo So-heeya.

— O Minho não me quer na caçada vai por mim.

— Na verdade So-hee hoje você pode vir com a gente, deixe o Binnie ir com o Seung que tal?

— Okay, então ficamos assim Minho, Hwang e So-hee vão em caçada, Seung, Yang, Binnie e eu vamos na incursão e o Jisung e o Felix vão cuidar da limpeza do armamento e da ordem da nossa casa e não se fala mais nisso.

A So-hee ficou muito brava, ela sabia que o Minho só a aceitou para não ter mais discussões pois ele detestava isso e o que ela queria era ficar perto do Seung, por principalmente ter medo de não o ver mais, afinal nesses tempos malucos nunca se sabe quando será a última vez.

— So-hee saímos em dez minutos, se arme e nos encontre no Jeep.

— Está bem Minho.

— Meu grupo, saímos juntos em dez minutos, se preparem.

Nada mais foi dito e cada um foi fazer o que era necessário inclusive se despedir e assim que o tempo estipulado foi alcançado os dois grupos saíram juntos, mas indo cada um para uma direção.

...

— Vamos Felix, quanto mais rápido começarmos mais rápido poderemos beber.

— Vamos beber?

— Você gostaria?

— Nossa muito.

— Então sim, vamos beber Dr. Lee.

O uso do termo Dr. fez o Felix se arrepiar, a última vez que foi chamado assim tudo explodiu bem na sua cara e o resultado daquilo é o mundo em que vivem hoje.

— Vamos agente Ace Jisung.

— Então você se lembra de mim?

— Tem como esquecer?

— Não, não tem.

Um momento de silêncio entre eles se formou, eles foram até a sala de armamento sem nada dizer, o Lee acompanhava o Jisung atento para o que viria e o Jisung tinha uma tranquilidade assustadora em sua opinião.

Depois que fecharam a porta do local e o Jisung verificou as janelas ele olhou para o Felix com os olhos cheios de lágrimas.

— Eu fico muito feliz por você ter sobrevivido Lix.

— Te garanto que não foi graças a você Hannie, que merda foi aquela Jisung?

...

Flash Back On.

Antes do estouro da pandemia.

— Hoje o agente Ace Jisung está aqui para cumprir sua última missão para essa organização então gostaria que todos o honrassem com uma reverencia.

O agente citado iria se infiltrar no prédio do governo para roubar a arma química que estava sendo secretamente produzida ali e sua missão era pegá-la e leva-la até o prefeito que o contratou pois tudo tinha que parecer um roubo e essa arma já estava destinada a ser vendida ilegalmente aos Skyfallens (povo do país de Skyfall), porém tudo precisava ser perfeito para que a transação acontecesse tranquilamente sem levantar suspeitas do povo sobre os governantes de Windfall e ninguém melhor  do que o agente Ace Jisung como era conhecido no governo para tal missão.

Ele se infiltrou no lugar para ter um conhecimento melhor de área e do que exatamente ele teria que roubar como um dos médicos estagiários, porém o Felix sabia que ele não poderia ser um deles e foi o único a se atentar a isso, o agente Jisung percebeu a desconfiança do Dr. Lee e começou a se aproximar do mesmo e ali eles construíram uma “amizade” com desconfiança mútua, mas também surgiu dali um carinho genuíno um pelo outro o que fez em um determinado momento o Dr. Lee dar um alerta ao agente Ace Jisung sobre os perigos contidos naquele lugar mesmo sabendo que era algo grande em que o seu amigo estava envolvido e que provavelmente ele não o ouviria..

No dia em que ele ia executar sua missão tudo aconteceu milimétricamente como esperado e o Jisung se infiltrou facilmente pela tubulação já mapeada em sua mente, houveram poucas mortes, mas uma conversa que ouviu enquanto estava estrategicamente escondido na tubulação de ar do prédio mudou o rumo de sua ação por completo.

“— O Senhor vai acabar dizimando a todos nós Dr. Ming.

— Não seja tolo Dr. Lee isso será nossa salvação.

— Mas não foi o que todos os testes que fiz apontaram Dr. eu sinto muito, mas isso não está nem perto de ser bom, muito pelo contrário isso em mãos erradas, ou um acidente fora dessas câmaras e estaremos todos condenados.

— Minha pergunta filho, é se já não estamos todos condenados a tempos e a única resposta é de que fomos condenados sim e por nós mesmos criança.

O soldado que estava ali com os dois doutores apenas analisava a conversa e em seu instinto sentia que algo ali iria ruir a qualquer momento, então ele foi mais para trás do Dr. Lee com o pensamento que se algo acontecesse ele o salvaria, pois dos dois Drs. na sala o Lee era o mais sensato deles, fora que o soldado já nutria sentimentos pelo Dr. estagiário.

— Aumente a potência do agente reator JH-11 no fluido e teste nos ratos novamente.

— Aumentar? Dr. do jeito que está indo um único erro e todos viraremos os monstros que os últimos ratos se transformaram só que mais rapidamente e em maior escala, pense melhor sobre isso sim? Vamos recalcular a fórmula.

— Está me peitando Lee? Quem você pensa que é? Coloque suas máscaras de gás e vamos começar é uma ordem.

O Lee quis chorar, e o Jisung olhando tudo de cima da tubulação colocou sua própria máscara e aguardou, ele não sabia dos detalhes do agente JH-11 e aquilo que ouviu fora demais para si e ele estava decidido em fazer alguma coisa para impedir o Dr. Ming.

— Fique perto de mim, não estamos sozinhos. — O soldado Hwang falou em uma voz baixa para o Dr. Lee. — Isso pode mesmo nos matar Dr.?

— Muito pior que isso soldado, isso nos transformaria em monstros irracionais.

Quando o Dr. Ming colocou suas mãos dentro das luvas internas da câmara de vidro  para começar com o manuseio do agente reator JH-11 ele foi baleado caindo no chão antes de dar início ao processo de manipulação, o tiro foi silencioso, mas o chip inserido no doutor acionou a segurança do local que entrou na câmara onde estavam atirando para todos os lados e o resultado daquilo foram os vidros de JH-11 se quebrando e a câmara com o fluido a ser testado sendo quebrado juntamente espalhando o líquido que em contato com a atmosfera real se transformou em um gás se misturando ao agente reator JH-11 que também virou um gás quando liberado se dissipando pelo ar e pela tubulação do prédio.

O Dr. Lee ainda não tinha colocado direito sua máscara, mas o soldado Hwang que o tinha abraçado e o agachado junto a si terminou o encaixe e naquele instante os dois viram lá de cima o responsável pelo primeiro tiro que rapidamente sumiu na tubulação, mas não antes do Felix o reconhecer.

— Vamos Dr. Lee eu vou tirar você daqui. — Ele deixou tudo para trás e saiu dali com o jovem Dr. e sua preocupação era apenas em mantê-lo vivo e longe daquele gás.

E naquele fatídico dia todos os sem máscara naquela câmara e em consequência por todo o prédio que foram expostos ao gás foram o marco de primeiros infectados e depois deste ocorrido três dias se passaram até a noite onde o mundo se deu conta que estava perto do seu fim.

Flash Back off.

...

— Graças a você eu estava de máscara Felix, e se você não tivesse me alertado sobre; eu nem aqui estaria mais.

— Eu te alertei sim, mas foi para você não se meter com aquela coisa toda você era meu amigo mesmo não sendo um Dr. como dizia e quando te chamaram na sala particular do governador eu só liguei os pontos e por isso eu fui te avisar, mas o que você fez? Tudo ao contrário do que te disse.

— Eu não vou te pedir perdão pois eu sei que você não merece uma pessoa como eu em sua vida, mas eu não sabia que tudo aquilo era tão grave e vai por mim, os primeiros infectados também não sabiam pelo jeito que entraram atirando ali? Cara eles não tinham ideia.

— Você não tem que pedir perdão, eu que tenho.

— Você?

— Sim, eu, a ideia desse reagente veio da fundamentação da minha tese da faculdade.

— Ah, por isso você estagiava lá?

— Sim, mas minha ideia era a adaptação de células tronco e não aquilo, aquilo não.

— Eles reproduziram sua ideia para o que exatamente?

— Criação de novos tipos de células, células que entrariam no organismo e causariam a mutação das células defeituosas as transformando em novas e “especiais” como dizia o Dr. Ming.

— Aquele idiota, isso era o especial dele? Esse monte de bestas raivosas?

— Jisung?

— Hun?

— Você contou isso a alguém daqui?

— Só para meu Channie e o Seo, fora eles mais ninguém sabe.

— Vamos manter assim?

— Vamos, não tem mais nada que podemos fazer, ou tem?

— Eu tentei trabalhar em uma cura, na verdade eu ainda tento trabalhar na fórmula, mas nada deu certo ainda.

— Uma pena, mas olha nada disso é sua culpa e as vezes acredito que nem minha apesar do primeiro tiro ali ter sido o meu.

— Ah não se culpe, pelo que soube aquilo iria ser vendido pros Skyfallens e aí ia dar na mesma, arma biológica nas mãos erradas, fim do mundo, bum! E mesmo se não fosse, o Dr. Ming já estava fora do controle a muito tempo então seria questão de tempo para ele começar a testar aquilo em humanos. É o ser humano Han, nós mesmos encontramos um jeito para nos destruirmos.

— O Channie diz o mesmo para mim e estou começando a acreditar que talvez você e ele tenham razão.

— Acredite em mim, nós temos.

...

Longe dali na área florestal de Pound Creek o Minho estava achando interessante ver o Hwang em ação, já a So-hee estava em pânico.

— Minho esse pirado é um assassino por natureza. — Ela falou depois do Hwang ter matado com facilidade um cervo.

— Você acha? Eu achei que ele leva um jeitinho, mas nem tanto assim.

— Minho esse é o segundo cervo, fora todos os coelhos e aves.

— Não reclame você matou um ganso e umas rãs também.

— Minho!

— Olha lá essa é a melhor parte.

Os dois que observavam o Hwang o viram pular em cima de um cervo e enfiar seu facão na jugular do animal.

— E com esse é o terceiro.

— Meu senhor, isso é loucura...

— Vamos querer o sangue do bicho? — O Hwang gritou de longe.

— Não precisa Hwang já podemos voltar.

O Hwang tinha optado por não atirar nos cervos pois estava precisando colocar sua mente em ordem e por não estar com a sua besta pois havia esquecido na empolgação de caçar com seu veterano ele preferiu o ataque corpo a corpo aos animais de grande porte.

— Esse cara é doido de pedra.

— É, mas foi esse doido que salvou seu namoradinho So-hee.

O Hwang ia se aproximando deles com aquele sorriso insano estampado no rosto.

— Essa eu ouvi borboleta.

— Borboleta?

— Sim, a transformação persegue você.

Ela o olhou com curiosidade, mas no fundo ela gostou da comparação, ela sempre amou borboletas e sempre teve vontade de fazer uma tatuagem com este bicho.

— Vamos embora então? Acho que sorte como essa nunca mais teremos, o Jeep ficou cheio dessa vez.

— Te agradei coelho?

— Muito falcão, mas você está precisando muito de um banho, então vamos logo.

Eles colocaram o último cervo no carro e foram em direção ao centro de Pound Creek

...

E em Pound Creek as coisas não foram tão bem assim, o grupo que estava lá já havia pego tudo que precisavam e enfrentaram poucos infectados se livrando deles facilmente, mas não foram os infectados seus maiores problemas, mas sim o Woon e seu grupo que decidiu os seguir e os atacar para tentar matar o Chan e seu irmão mais novo no intuito de tomar conta da Life Linne.

— Isso é sério mesmo Woon? O Seungmin resolveu peitar o líder deles que estavam em maior número — E eu não sabia que haviam tantos cheira-rabo do seu lado, o que foi? Os comprou com promessas que nunca irá cumprir pois só o seu grupinho fedorento importa?

— Cala a boca seu cachorro de merda, nós viemos aqui para tomar o que é nosso direito.

— Direito? Sério Woon? — O Chan estava espumando de raiva pois eles os encurralaram em um número muito maior. — Foram vocês que escolheram o lugar de refúgio? Evacuaram como puderam Pound Creek? Vocês que vem cuidando de tudo por lá para que nada falte inclusive o respeito?

— Eu nunca respeitei você e seu irmãozinho idiota.

— É, mas lá dentro não teve peito de nos encarar, veio nos encurralar aqui fora, você é patético Woon.

— Posso ser sim cachorro, mas estou em vantagem e hoje isso acaba com vocês mortos.

O Woon deu um sinal e o grupo dele se moveu para cima deles que ficaram um de costas para o outro para poder pegar o máximo deles que conseguissem.

— Eu tenho um plano. — O Seungmin cochichou para os seus.

— E qual seria Seung eu topo qualquer coisa que disser. — O Seo já estava pronto para explodi-los se preciso fosse.

— Vamos levar a luta para a área das lojas lá tem infectados e esses cuzões assim que os virem vão fugir.

— Certo, mas tem que ser agora.

— Então vamos. — Eles que estavam próximo ao carro deles correram até lá e entraram nele — Nos pegue então seus otários.

— Ah vai ser assim Minniezinho príncipe de merda, vai fugir? — Eles saíram com o carro e os do grupo do Woo foram atrás deles. — Hoje eu mato o Crhistopher e esse metidinho de merda do Seungmin.

...

Quando chegaram na área das lojas ficaram de uma forma a proteger a retaguarda de um possível ataque e assim que o fizeram já estavam cercados novamente.

— Agora as donzelas não correm mais.

Os que estavam com o Woon foram para cima para um embate físico pois esse era o plano, atirar neles apenas revelaria que alguém os matou e não era essa a atenção que o Woon queria, ele queria fazer parecer que eles foram mordidos, para não levantar suspeitas pois sabiam ainda teriam que enfrentar um Jisung furioso.

A luta estava rolando e o carro onde estavam o Minho o Hwang e a So-hee parou ao longe.

— Aquele merda do Woon.

— So-hee fique aqui.

— Eu posso lutar Minho.

— O Seung me mata se você aparecer ali, atire de longe principalmente se vir infectados, e você Hwang...

Não dava mais tempo para ordens, o Hwang viu o Woon indo para cima do Seungmin e isso o cegou e neste exato momento ele estava com sua arma indo em direção a ele.

— Você vai se arrepender por mexer com meu pequeno gafanhoto seu otário. — Ele seguia com o olhar fixo em seu alvo, mas os infectados apareceram ali o que levou um pouco de sua atenção. — Bem vindos a festa matusquelas. — Ele ria como quem estava prestes a satisfazer seus instintos.

O Minho que ia logo atrás dele odiou ver os infectados ali pois eles começaram a pegar membros do grupo do Woon e por mais que eles fossem uns babacas agora estavam condenados e provavelmente logo os infectados se voltariam aos seus.

— Mais que merda!

O Seungmin vendo que seu plano funcionou desferiu um soco no Woo o deixando tonto.

— Você não tem escrúpulos, você vai morrer hoje seu bostinha.

Os tiros que o Hwang deu agora eram direcionados aos infectados e o Seungmin apenas sorriu pela precisão do falcão, logo se juntando a ele nos tiros contra os infectados já que o Woo não era mais o problema imediato.

— Me diz que trazer eles para cá foi ideia sua?

— Como sabe?

— Vi o rastro das rodas do carro de vocês, vocês não estavam aqui, vocês vieram para cá e não faz muito tempo.

— Uau, sim a ideia foi minha.

— Meu garoto, — Ele vira para o Chris que atirava certeiramente no meio da cabeça dos infectados — Segura as pontas aí lobo, vou pegar o Woo.

O Christopher até pensou em o impedir, mas não o fez.

...

O Woon estava cercado de infectados, mas um a um foi caindo e a visão que lhe foi revelada era a de um Hwang completamente lunático atirando em todos ali.

— Morram desiquilibrados de uma figa, morram porque aquele ali quem vai matar sou eu.

Todos caíram e o Hwang pode jurar que o Woon estava todo mijado.

— Não me mata cara, eu não fiz nada.

— Ah ele é inocente. — Ele deu um murro no rosto do Woon que apagou na hora. — Sua sorte é que eu respeito o lobo e o gafanhoto, senão te matava agora mesmo.

Ele o pegou pela gola da camiseta e saiu o arrastando o levando ao Seungmin.

— Antes de eu apagar ele disse ser inocente, façam o que quiser com esse imbecil eu vou matar mais uns descompensados.

Eles viram o Hwang se juntar ao Minho e ao Seo que estavam atirando certeiramente nos infectados ali fazendo um a um cair no chão e os que restaram sem serem mordidos do grupo do Woon estavam agora reunidos no centro de joelhos para o Seungmin o Crhistopher e o Yang.

— Olha só o que fizeram, seus amigos estão se transformando em monstros e a culpa é de vocês. — O Crhistopher tinha ódio em seus olhos, ele não gostou de ver pessoas que conviveu por esse tempo todo sendo perdidas para os infectados mesmo sendo quem eram. — E agora vocês ainda querem voltar a viver tranquilamente na Life Linne? Vão conseguir dormir tranquilos?

Enquanto ele falava o Woon foi despertando e sem que percebessem ele pegou sua arma e apontou para o Crhistopher, ele não tinha mais nada a perder e estava em pânico.

— Eu disse que se viesse você se arrependeria seu escroto de uma figa.

O Hwang teve apenas tempo de olhar para o Seungmin que percebeu a movimentação e um infectado pulou no Woon o mordendo o que fez ele apertar o gatilho pelo susto e o tiro pegou no ombro do Chris.

— Aaaaarrggghhh — O Woon gritou com a dor, assim que foi mordido ele sentiu o efeito do vírus correr rapidamente em seu corpo atingindo seu sistema nervoso deixando sua fúria o dominar, ele sentia queimar por dentro como se suas veias estourassem e seu sangue coagulasse dentro de si o fazendo querer mais sangue, ele estava descontrolado, mas ainda tinha um pouco de consciência e o sangue do Crhistopher o chamou a atenção o fazendo correr em direção do ferido.

POW!

A arma do Hwang disparou e o projétil que saiu dela atravessou a cabeça do Woon seu corpo veio ao chão.

— Falei para ficar longe dos meus.

Dezesseis foram os que cercaram o grupo do Seung, mas agora apenas sete deles estavam ali com vida e sem ferimentos.

— O que vamos fazer com esses idiotas? Precisamos voltar logo o Chris ta perdendo muito sangue.

E realmente estava, a bala que o atingiu não pegou nenhum órgão vital, mas estava muito perto de veias importantes o que o fazia sangrar muito e rapidamente e era o Yang que estava desesperado em ver seu amado daquele jeito que estava estancando a ferida como podia.

— Precisamos ir, temos que tirar a bala dele, matem esses idiotas eles nos traíram.

— A raposinha tem razão eles nos traíram...

— Falcão, descansar. — O Minho falou e o Hwang o obedeceu, se calando de imediato.

— Deixem-nos comigo, vou levá-los de volta e os deixarei na prisão.

— Binnie não.

— Lino, eles não me farão mal e o Hwang vai comigo para garantir.

— Binnie...

— Está decidido, voltem e cuidem do meu amigo.

Apenas os amigos ali sabiam o que isso significava e o Hwang teve uma breve ideia, então relutantes eles começaram a se arrumar para ir.

— Aonde pensam que vão com os meus amigos? — O irmão mais novo do Woon vinha com a So-hee como refém, uma arma apontada em sua cabeça e o rosto dele lavado de lágrimas pela recente perda. — Vocês mataram meu irmão! Eu vou matar essa daqui para igualar o jogo.

— So-hee não! —

O Seungmin fez que ia enfrentá-lo, mas um infectado os pegou e em seu ataque furioso derrubou os dois no chão, um tiro foi ouvido da arma do rapaz, mas não atingiu ninguém a não ser ele mesmo o que o matou na hora e na sequência o Hwang derrubou o infectado.

— Aqui está começando a ficar cheio de lesados, vamos ter que tomar mais cuidado ao sair.

O Seung correu até a So-hee que se levantava com dificuldade pois na queda machucou a perna.

— So-hee, amor, como você está?

Ela apenas o abraça.

— Vamos sair daqui Minnie.

Todos eles pegaram seus destinos, o Yang já tinha ido com o Chris a mando do Minho e do Seo, os carros que o Woon tinha pego em Life Linne agora pelo menos serviriam para que todos pudessem fazer o que era preciso.

— Vou seguir vocês dois — O Minho avisou ao Seo e ao Hwang e levou um olhar sério do seu amado. — Não estou pedindo Binnie, Seung volte com a So-hee, não parem para nada, vão com meu carro pois temos que salvar as carnes de caça.

A So-hee não conseguia andar então o Seung a levou no colo até o Jeep.

— Estou pronto para ir.

— Você nem sabe o que faremos Hwang.

— Vamos matá-los não é leão? Cortar o mal por completo? Por que se eles viverem vão querer se vingar, é uma bola de neve amigo rei da floresta, eu sei e você só falou que ia prendê-los para os outros irem embora despreocupados, não é?

— Não, nós vamos prendê-los Hwang.

— Não Minho, o Hwang está certo, falcão no três... — Ele mal terminou a contagem e os sete corpos jaziam sem vida no chão onde quatro deles foram acertados pela fluidez e precisão do Hwang. — Pode me odiar Minho, mas se não cortássemos o mal pela raiz as ervas daninhas iriam acabar com tudo que temos.

O Minho nada disse de imediato, ele precisava assimilar aquilo, tudo o lembrava de sua época no exercito e ele odiava tudo aquilo, mas ele sabia que o Changbin estava certo, e sabia também que não era fácil para seu amado fazer aquele tipo de coisa.

— Vamos voltar rapazes, isso tudo já deu para mim.

— Eu vou levar aquele carro de volta, vão os dois no que está com as coisas que pegaram na incursão e eu os sigo. — O Hwang sugeriu por ver que aqueles dois precisavam de um tempo a sós.

— Obrigado Hwang.

...

Todos já estavam de volta em Life Linne, e a noite era silenciosa ali, o Seo foi o encarregado para reunir a todos no anfiteatro para poder dizer o que houve já que o Crhistopher estava no soro após a retirada da bala e a transfusão de sangue que recebeu de seu irmão que também se encontrava no soro agora devido ao procedimento e como o Jisung não tinha participado do ocorrido o outro no comando se pronunciaria.

...

Discurso do Changbin aos de Life Linne

— Reuni todos aqui para falar sobre o Woon e seu grupo, eles nos seguiram e nos emboscaram, o plano deles era nos matar e tomar o controle de Life Linne, mas eu sei que todos aqui sabiam das reais intensões deles, inclusive haviam bem mais seguidores ao seu lado do que imaginávamos e sobre eles, estão todos mortos, uns foram mortos por nós durante o combate, outros foram pegos pelos infectados afinal estamos vivendo nesse mundo podre a quanto tempo? Ah sim mais de um ano e meio e contando então entendam de uma vez por todas que sair sem nenhum tipo de preparo seja para o que for vai resultar na transformação de quem se foi em um monstro daqueles que agora parecem estar mais rápidos e mais fortes, e os que restaram eu matei, — murmúrios começaram mas o Seo não se alterou nem um centímetro — Eu os matei e matarei qualquer um que resolver por ambição idiota se levantar contra o sistema que temos, vocês acham mesmo que é incrível para o Bang Kim Crhistopher estar a frente de tudo? Ele só está cuidando de cada um de vocês, cada um de nós nessa loucura que estamos vivendo. E se vocês acham isso ruim, vão lá fora, montem seu próprio forte, arrume sua própria comunidade, crie suas regras, cuidem dos seus e isso tudo enquanto mata infectados, teme por perder sua família e amigos pois são estes que estão indo atrás das provisões para todos que vivem com você, escutem as reclamações chulas de quem não entende que não estão aqui brincando de casinha e sim lutando dia após dia para não morrermos, e se depois de tudo isso vocês ainda acharem que somos ruins, ou que nos aproveitamos dos mais fracos, bom, você já vai ter seu próprio reino encantado então viva por lá e feliz.

Um silêncio ensurdecedor acometeu o lugar.

— Vou finalizar dizendo que quem quiser terá até amanhã de manhã para pegar um mês de provisão pessoal e se retirar daqui em paz, mas a todos que ficarem entenderemos que foi por entender e aceitar nosso sistema, então qualquer coisa que tiverem para falar, pedir, acrescentar, sugerir ou até mesmo questionar continuamos os mesmos e nunca os impedimos disso, temos reuniões para isso e sempre os ouviremos, porém nos prove novamente e saibam terão o mesmo destino dos que morreram hoje pois se algum de vocês se levantarem contra os meus saibam que posso até morrer nas mãos de vocês mas eu não morrerei sozinho, não, morrer sozinho é a única coisa que eu não farei. Estão dispensados.

...

O Felix e o Hwang ouviram tudo assim como os demais, mas o Hwang estava completamente admirado pela força e caráter do Changbin.

— Sabe Lince, nós matamos os que restaram, mas o leão não quis me expor e disse que apenas ele o fez.

— Isso foi um gesto e tanto Jinnie.

— Sim, foi sim amor.

— Jinnie.

— Fala meu lince.

— O Woon foi morto assim que mordido né?

— Sim, eu mesmo o matei e não demorou muito. — Ele tinha aquela expressão bagunçada entre o riso e a loucura que o Felix tanto amava.

— Meu assassino por natureza, tão lindo, mas assim; você acha que conseguimos pegar amostra de tecido dele?

— Ainda nisso lince?

— Não custa tentar amor.

— É não custa, posso fazer isso pra você, mas duvido que nos deixem sair sozinho.

— Relaxa eu vou com vocês. — O Jisung que estava junto ao Chris desde que ele chegou havia ido para ouvir o discurso de seu amigo e estava extremamente orgulhoso do que ouviu. — Vou ajudar o Dr. Lee do jeito certo agora então contem comigo.

...

O Seungmin também ouviu o discurso pois ele já tinha terminado seu soro então estava na porta do anfiteatro vendo o Seo falar e sua mente vagava em tudo que aconteceu naquele dia, a ideia de levar o grupo do Woon para onde tinham infectados havia sido dele afinal, mas se não fosse aquilo por serem um menor numero ele e os seus estariam mortos agora e todos esses pensamentos o estavam corroendo.

...

— Pare com isso Seung.

— Parar com o que Yang?

— Está se culpando pelo Woon e seu grupo que eu sei.

— Ah e você acha que o que fiz f...

— Fez o que tinha que fazer, foi um líder para mim e para todos os outros, se não tivesse feito estaríamos todos mortos e esse lugar agora estaria destruído ou você acha mesmo que o Jisung não ia matar geral se tivesse perdido o Channie? Sabe que o seu irmão é a âncora de juízo do nosso Ji e que sem ele tudo ruiria naquela mente.

— É, eu sei, mas me pergunto até quando vamos viver assim?

— Até quando? Seung essa é nossa realidade agora, não dá para fugir disso, e tem mais, se eu for mordido eu te imploro que me mate antes que eles me vejam transmutado.

— Você não é nem louco Yang Jeongin.

— Me prometa Seung.

— Fará o mesmo por mim?

— Sim irmão.

— Então prometa comigo.

Os dois colaram seus dedos igual faziam na infância e selaram sua promessa.

— Vá ficar com a So-hee Minnie, já já ela acorda e vai querer seu cachorrinho com ela.

— Eu vou, mas antes vou tomar um banho, eu estou exausto.

— Vai lá vou ficar com o Minho, ele está mais calado que o normal.

Os dois saíram dali cada um para seu destino.

...

— Meu coelho está tão quieto. — O Yang se aproximou do Minho o abraçando, quer falar com sua raposinha?

— Não tenho muito o que falar.

— Tem sim, e eu sei que o assunto é o Changbin, nosso leão corajoso.

— Ele quase morreu hoje Yang e ninguém viu, mas eu vi e eu paralisei e depois ele teve que matar aquelas pessoas, e eu sei o quanto isso o fere, mas ninguém mais sabe.

— Vocês conversaram?

— Não consegui, tive medo de deixá-lo pior.

— Ele está precisando da gente agora, vá ficar com ele, eu apareço no nosso dormitório mais tarde e fico com vocês está bem? — O Minho apenas concordou com a cabeça. — Ótimo, vai lá, vou dar uma olhada no Channie.

...

O Seo tomava um banho no vestiário do teatro e o Minho encostou na porta do banheiro e o ficou observando e depois de um tempo apenas se encarando ele decidiu falar.

— Sabe que eu não vou conseguir sem você, não é?

— E você? Sabe que se não for por você eu nem luto mais não sabe?

— Você quase foi mordido Binnie, e de novo, agora me diz como eu aguento isso se você virar um deles?

O Changbin o encara e faz sinal para que o Minho se junte a ele, e ele vai apenas tirando sua roupa no caminho até o box e assim que entra lá os dois se abraçam embaixo do chuveiro e sentem a água os molhar enquanto unem suas testas.

— Se eu virar um deles, você vai me matar antes que eu me transforme naquilo e vai continuar vivendo por mim.

— E-eu...

— Você vai sim, e quanto ao que fiz hoje está tudo bem Lino, foi preciso, os tempos são outros e eu vou ficar bem, principalmente se você estiver comigo.

— Eu estou, eu sempre estarei. — Eles se beijam e depois se apertam mais no abraço. — Só não morre por favor.

— Não posso prometer isso, mas juro me cuidar o máximo que puder.

— Melhor que nada.

— Vem, me deixe dar banho em você, depois eu quero ir pro quarto, preciso me deitar um pouco e quero muito carinho.

— O Yang disse que nos encontra lá mais tarde.

— Perfeito.

...

A So-hee estava com dor, mas estava também preocupada, hoje ela quase foi mordida e graças ao Hwang ela estava na enfermaria e não morta.

— Minha So-hee está bem?

— Minnie deu tudo certo? O Seo está bem?

— O discurso dele foi perfeito como sempre, mas ele não está nada bem.

— Eu vi de longe ele quase foi mordido.

— Ah por isso o Minho estava em choque, deve ter visto também.

— Sim, acho que sim.

— Hoje foi difícil So-hee, o Binnie, o Channie, o Woon e todos de seu grupo, você...

Ele a abraçou e deixou um selar no topo de sua cabeça.

— Ainda bem que temos o Hwang, ele é um maluco, mas é muito bom no que faz.

— Ele nasceu para matar, e esse cenário de mundo merda faz com que ele seja perfeito em seu propósito.

— Só estou aqui por causa dele, quase fui mordida.

— De novo So-hee, quase foi mordida mais uma vez.

— O cerco está apertando, tem mais infectados em Pound Creek.

— Você está certa, nosso mundo acabado está se acabando.

— E no que você está pensando agora?

— Vou falar com o Chan, acho que está na hora de trocar de lugar com ele.

— Assumir a liderança daqui?

— Sim, eu quero que ele fique bem e hoje quase perdi meu irmão.

— Entendo.

— Mesmo? Pensei que você ia me chamar de louco.

— Não Minnie, eu te entendo, e também acho que o Chan precisa descansar um pouco.

— Vamos ver, quando ele estiver melhor eu converso com meu velho.

— Chame ele assim e não vai conseguir nada com ele. — Ela sorria e o Seung a beijou com carinho.

— Eu sei minha princesa, vem vou te levar pro seu quarto o Dr. Jonin te liberou já.

— Vai me levar no colo Minnie?

— Claro que não, você pode andar sua folgada. — A So-hee deu um soco no ombro dele e ele sorrindo a pegou no colo. — Vamos minha manhosa, vou cuidar de você.

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