Cabeças Colecionáveis escrita por Paramore


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

TRICK OR TREAT? MUAHAHAH!!!
Halloween chegou!



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No começo, ele gostava de assistir filmes de terror. Assistia repetidas vezes no cinema e assim que lançavam o DVD, ele comprava apenas para ficar assistindo de novo e de novo e de novo.

Tinha obsessão por decapitação nos filmes. Era tanta sua obsessão, que ele começou a praticar...

 

—_-_-

 

Mu era um jovem muito bonito e todos queriam namorar com ele. Mas no momento, ele não queria se envolver. Até que um rapaz de longos cabelos louros e olhos azuis lhe chamou a atenção. Os dois acabaram por assim por assim dizer, criando uma amizade. E com o passar do tempo, o louro o pediu em namoro e foi aceito.

 

Ambos se davam muito bem. Faziam o casal mais bonito daquela universidade. Mas...algo ficou estranho quando deram falta do jovem de pele pálida e belos cabelos pintados de lilás e de belíssimas esmeraldas. O louro em questão voltou a frequentar o local e quando lhe perguntavam sobre o jovem Mu, ele apenas dizia que terminaram o relacionamento e ele se mudou.

 

E assim foi até que o louro encontrou outra pessoa...

 

—_-_-

 

Aldebaran era um aluno de gastronomia. Não era bonito nem feio. Mas era atraente. E isso achou a atenção do louro mais uma vez. E assim como Mu, fizeram amizade, porém quando o mais baixo falou em namoro, foi recusado. E decidiram ficar apenas amigos. Ambos andavam juntos e até saiam juntos para almoçar ou jantar. 

 

Mas a amizade dos dois se desfez de uma hora para outra, com o sumiço do brasileiro. Algo que foi estranho para quem o conhecia.

 

—_-_-

 

Os sumiços despertaram a curiosidade de Dohko e também de Saga. Eles não haviam recebido nenhuma transferência dos alunos que simplesmente sumiram da universidade. E eles não eram os únicos que desapareceram. Alarmados, Saga comunicou à polícia, querendo saber respostas.

 

—_-_-

 

Assim que a polícia chegou, eles conversaram com dois e um policial chamou a atenção de Saga, por se parecer com um aluno de lá. Aluno esse que também parou de frequentar as aulas sem nenhum motivo. 

 

Dohko explicou a situação que desde que surgiu um aluno louro de nacionalidade indiana, alguns alunos desapareceram do nada. Aiolos comentou que quando seu irmão caçula começou a namorar, uns dias depois, ele sumiu sem dar vestígios. Aiolia comentou sobre conhecer um louro de cabelos longos e olhos azuis que mais pareciam duas safiras, mas que nunca lhe apresentou. E isso foi estranho.

 

Camus, que apenas ouvia os relatos, percebeu um jovem com essas feições, flertando com um rapaz de tez morera e cabelos enrolados. Seus cabelos eram tingidos de azuis e seus olhos eram da mesma cor da tinta de cabelo. Reconhecendo o rapaz, de um de seus amigos de infância, ele se afastou e foi chegando perto de Milo. O grego lhe sorriu e saiu de perto do louro que ficou falando sozinho. Irritado, deu as costas ao reparar no uniforme do ruivo de um sotaque francês. 

 

Foi nesse momento que ele foi abordado por um outro rapaz de uniforme de polícia. Era muito parecido com ELE. Lembrou-se de ouvir Aiolia falar de um irmão mais velho que era policial. Procurando se manter calmo, ele respondeu as perguntas do policial de forma cordial. Mas mesmo assim, ele dava um jeito de olhar Milo de rabo de olho, conversando com o ruivo de uma forma íntima.

 

Após as respostas, o policial se afastou, mas nunca deixou de reparar no jovem louro indiano suspeito.

 

—_-_-

 

Após o ocorrido, nenhum sumiço aconteceu. Apenas por um tempo...

 

O louro ainda tentava investir em sua próxima vítima, mas Milo sempre se esquivava, achando o jovem rapaz com uma áurea um tanto quanto misteriosa. Até que o louro pareceu finalmente se "esquecer" dele...

 

—_-_-

 

Mais algumas pessoas foram sumindo sem se quer chegar uma resposta plausível. Os polícias quebravam a cabeça até que uma pessoa entrou na delegacia, com uma das mãos em seu pescoço. Sua roupa estava cheia de sangue, e o líquido vermelho não parava de escorrer.

 

Ela relatou antes de desmaiar que havia sido agredido por uma pessoa de olhos azuis, mas seu rosto estava encoberto, não podendo ter a chance de ver quem tinha feito aquilo. Mas ela também revelou uma coisa, seu olhar era vazio. E acabou desfalecido, sendo socorrida logo após.

 

—_-_-

 

Após alguns dias, Camus implorou pela a ajuda de seu amigo. Ele e seu parceiro estavam na cola daquele louro de belíssimas safiras de um azul nunca vistos antes. Milo fazia de tudo para tirar a ideia da cabeça do seu amigo, alegando que não se sentia bem na presença daquele rapaz.

 

Mas de tanta insistência, o grego acabou por aceitar ajudar o ruivo. Mas ele teria que compensar. O francês apenas deu um sorriso sugestivo, dizendo que faria o que o ele pedisse. 

 

Com o plano no esquema, era só aceitar as investidas daquele louro estrangeiro. Mas não seria de um dia para o outro, e sim aos poucos...

 

—_-_-

 

Milo passou a conversar com o outro. Até trocou de número com ele. Número este que era monitorando vinte e quarto horas por dia. Não daria o seu pessoal, em hipótese alguma.

 

Os dois ficaram próximos o suficiente para que ele desse o primeiro passo. Um selinho nos lábios de Milo, que se segurou para não vomitar. Camus pagaria, e pagaria muito caro por isso! 

 

O beijo, o grego precisou se esforçar para dizer que gostou, quando na verdade, ele queria lavar seus lábios com sabão. Aquilo era diferente quando ele beijava por interesse. Shaina era seu primeiro amor e foi estranho quando ela deixou de frequentar a universidade. Os dois já haviam se beijado antes e era diferente daquilo. Ele gostava de ambos mas, não se denominava bissexual, Milo apenas curtia a pessoa que lhe interessava, porém sempre amou Shaina, e nunca lhe revelou...

 

A amizade foi forçada. Disso o grego não tinha dúvidas. Mas Camus iria lhe recompensar. Os dois trocavam mensagens normais, até o conteúdo ficar mais "pesado". Palavras chulas por parte do louro, e até tentativas de encontros mais...íntimos. Mas o grego dizia que era cedo. Dizia isso com certa ânsia. 

 

Os dias foram passando, e o louro sempre tentava algo com o outro. O grego fugia de qualquer investida. Mas ele precisou agir. Tinha a polícia ao seu lado. E então, marcaram um encontro na casa do de belos azuis e vazios. 

 

—_-_-

 

A casa dele era meio sombria. Um arrepio passou pela espinha do grego ao notar isso, mas disfarçou bem.

 

Apresentou alguns cômodos da casa. Um mais sombrio que o outro. E que para alguém indiano, onde as cores faziam parte de sua cultura, isso era algo que não existia ali. 

 

Os dois conversaram algumas coisas, até que uma bebida foi servida. E como o grego estava com uma escuta e fazia tudo o que os policiais diziam, ele acabou tomando um pouco. O gosto não era dos piores. Já havia bebido umas que só Zeus duvidava. Só que ele começou a ficar tonto. Mas não ao ponto de apagar. E quanto mais ele perguntava, mais um sorriso macabro se formava nos lábios do rapaz.

 

O outro se aproximou sorrateiramente e começou a passar a mão sobre o outro que tentava se afastar, em vão. Tinha medo do que podia lhe acontecer.

 

—_-_-

 

Gritos. Foram gritos de pavor que os policiais ouviam do grego que estava naquela casa. Eram gritos sofridos. Parecia que ele sentia dor. Camus ouvia seu melhor amigo gritar e aquela era a hora de agir. Ele e mais alguns policiais envadiram a casa do louro e vasculharam cada canto da casa. Ao chegarem no porão, a cena era grotesca! Haviam cabeças por todo o cômodo. A que chamou a atenção dos homens uniformizados, era uma daquelas cabeças se parecia muito com a do jovem de cabelos tingidos de lilás. Aliás, não apenas a de Mu, mas como a de Aldebaran e a de Aiolia estava ali. 

 

Já o jovem indiano não tinha mais como fugir. Descobriram seu passatempo favorito! 

Milo, que ainda gritava por socorro, estava preso numa mesa de tortura e seu pescoço escorria sangue. Nada o suficiente para que ele pudesse desmaiar ou morrer. Ele olhava para o amigo, implorando com os olhos que o tirasse de lá. 

 

Camus avançou para cima daquele jovem e o rendeu. Seus colegas correram para resgatar o grego de cabelos encaracolados, enquanto este olhava para o louro indiano que sorria perturbado por seu vício. 

 

—_-_-

 

No julgamento, ele respondia a tudo. Mas sempre muito calmo e sem qualquer expressão de arrependimento.

 

— O que te levou a cometer esses crimes?

 

— Nada em comum. É apenas um hobby meu, adquirido por eu ser um fã de terror.

 

— Fã de terror?

 

— Sim. Eu gosto de ver o terror e o pavor nos olhos das pessoas quando eu estou decepando suas cabeças. É lindo!

 

— Você é um doente! - Alguém gritou da plateia daquele julgamento. Algo que o juiz que não gostou e começou a pedir ordem.

 

— Um doente? É apenas o meu passatempo! Eu apenas fiquei com pena de ver nos olhos do Mu a carinha de pavor e medo quando eu comecei a...cortar seu pescoço depois que trasamos. Sabe, senhor juiz, o interior do Mu era quente e apertado. Seus gemidos eram músicas aos meus ouvidos.

 

— Depravado!

 

— Assassino!

 

Os gritos não paravam e ele apenas sorria, não se importando com nada. O juiz mais uma vez pediu ordem, ou iria pedir que todos da plateia se retirassem. Parentes do falecido se seguravam para não pular a proteção de madeira que os separavam do louro e matá-lo ali mesmo. 

 

Mais uma pergunta foi feita e ele respondeu sem alteração de voz.

 

— Mu era lindo. O que me chamou a atenção nele foi sua calma, seus cabelos tingidos e aqueles olhos verdes que mais pareciam duas esmeraldas. Sempre vi que ele era sempre muito cortejado e isso me causava irritação. Mu era meu. Sempre foi desde que eu coloquei meus olhos nele, tive a certeza disso. No começo, eu não pensava em matá-lo. Pelo o contrário, eu queria que ficasse comigo. Pensava que ele pudesse...me parar. Mas meu instinto foi mais forte. Começamos um namoro e decidimos levar aquele romance em outro patamar... - Ele foi cortado por alguém da plateia.

 

— Patamar? Qual patamar? O caixão? - Aiacos respirou fundo e pediu silêncio. Pois a próxima interrupção, ele iria pedir para saírem.

 

— Bom continuando, nós levamos para outro patamar. Nós transamos. Quando foi a minha vez de ficar por cima, cavalgando nele, eu peguei uma faca e passei a cortar seu belo pescoço. Ele começou a gritar, pedindo para que eu não fizesse isso, mas meu impulso foi mais forte! Eu acabei fazendo o que fiz. E guardei sua cabeça, me desfazendo de seu corpo em ácido. Confesso que as vezes, eu converso com a cabeça de Mu, dizendo o quanto eu o amo.

 

— Hipócrita!

 

— Seu doente mental!

 

— Você vai pro inferno!

 

Aquela foi a deixa para que o juiz mandasse todos se retirarem. A audiência seguia agora vazia. Nenhum familiar, amigos ou quem quer fosse das vítimas, iriam ficar ali...

 

—_-_-

 

Com aquela audiência vazia, as perguntas seguiam para o réu que respondia bem calmamente. Ele dizia o que fez com Aldebaran, Aiolia e com mais outras vítimas que tiveram suas vidas ceifadas por aquele louro belíssimo. 

 

Milo, que fora salvo por seu melhor amigo, estava presente. Ele foi o único que poderia ficar, já que o grego iria dar seu depoimento. O de cabelos tingidos, estava com seu pescoço enfaixado e Camus estava ao seu lado, como se lhe desse forças para o que estava para acontecer...

 

O grego jurou que falaria a verdade e apenas a verdade do que lhe aconteceu. Ele contou que no começo, escapava daquele jovem, apenas dizendo o essencial. Mas quando soube que precisava ajudar a polícia, ele hesitou. Mas que acabou sendo convencido por um amigo nas investigações. Contou tudo. Desde a amizade força, ao selinho que ele teve vontade de vomitar e também do aconteceu naquela casa sombria daquele louro indiano.

 

Aiacos ouvia aquela barbaridade com ganas de voar em cima daquele jovem e acabar ele mesmo com tudo aquilo! Mas precisava se conter e dar o veredito final. O júri estava perplexo. Onde que alguém faria aquilo tudo em sã consciência? Mas ele era um louco, um doente.

 

O juiz pediu um recesso de quinze minutos para dar a sentença final. Quinze minutos que durou a eternidade para Milo...

 

Ao final do tempo, o júri voltou a se reunir perante o juiz para dar o juramento. 

 

— Nós, o júri, condenamos Shaka Parvin culpado!

 

— Neste caso, eu, Aiacos, condeno o réu a prisão perpétua e mais cem de prisão por cada vítimaque voce ceifou a vida, e sem chances de liberdade condicional! Você não poderá voltar a sociedade. Morrerá na cadeia, pagando pelos crimes que cometeu! - Dado a sentença, Aiacos bateu o martelo, dando a palavra final.

 

O loiro não fez nada, apenas deu seu sorriso estranho e soltou a frase.

 

— Então é melhor me deixar em uma sela, separado dos outros presos. - Ele riu. - Pois, sabe, senhor juiz, cabeças são...colecionáveis... - E seguiu com os policiais para a sua mova morada, sem fazer qualquer objeção e dando risadas, com seu olhar vazio, e qualquer arrependimento... 


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Notas finais do capítulo

Descobriram em parte que era o Shaka o culpado?
Hehe fui!!



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