A Mente escrita por Akemi Mori


Capítulo 60
Intrusa


Notas iniciais do capítulo

Oiii!! er... bem...
sei que eu sumi!! mas culpem a escola e as malditas provas! onde já se viu botar geo e mat seguidos?( digamos que eu não sou mto boa nisso...)
Ham... Um recadinho>
Criei uma nova história, e acho que vocês podem gostar:
Chama-se " Cristal" - http://fanfiction.nyah.com.br/viewstory.php?sid=95875
—-
Boa leitura!



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- Você não vai descer?

Hein?

Só estão eu olhei para baixo.

E me deu tamanha vertigem que rapidamente voltei o olhar para frente.

Digamos que eu estava tão acostumada a flutuar que nem tinha percebido que estava voando...

Eu tinha conseguido enxergar as cidades dali. Até as nuvens estavam distantes.

Em que altura eu estava?

Bom... eu não ia ficar lá por muito tempo.

Como eu descia?

Vejamos... Talvez se eu desse um impulso para baixo...

Foi!

Toquei aquela nuvem com o pé. E então eu já não estava mais no céu.

Estava naquela perfeita campina.

E de novo tive a sensação de deja vu.

É claro... Provavelmente eu já tinha sonhado com aquilo, afinal, com o que eu não sonhava?

Poderia muito bem ter sonhado o resultado da loteria... Seria ótimo!

Os lagos. As árvores. O cheiro... Era como se eu nunca tivesse...

Morrido...

- Confortável? – sussurrou Peter em meu ouvido, o que me fez ofegar.

Eu ainda tinha essas emoções mesmo morta? Estranho...

De costas para ele, eu conseguia ver a coisa mais absurda da minha vida.

Não havia horizonte.

Isso mesmo. Sem aquela linha que dividia o céu e a Terra. Era...

Bizarro.

O Sol estava lá. O mar também.

Mas de uma maneira que eu não consigo explicar, o horizonte não estava lá.

Infinito...

- E como... – respondi, olhando para uma borboleta que tentava realizar a façanha de ir até o fim daquela imensidão.

Admirei a coragem daquele simples inseto.

A mão dele foi para meu ombro, como em um consolo mútuo.

- Logo vamos voltar...- disse ele. Como assim voltar? Eu devia estar morta, não devia?- Relaxe!

- Certo...- fingi entender.

A verdade, por mais incrível e absurda que parece, era que eu queria ficar ali.

Ali era tudo mais tranqüilo, calmo... Numa paz absoluta. Sem guerras, elementos ou a Morte para me fazer recuar. Sem doenças ou algo do gênero.

O Paraíso.

“ Por mais que goste daqui, não pode ficar. Não quando se tem a possibilidade de voltar.”

Por que?

“ Porque sim.”

“ Porque sim” não é uma resposta!

“ Se não fosse uma resposta eu não a teria dado, então contente-se com isso!”

Droga... Eu era realmente assim tão chata?

- Você sente falta de lá?

Suspirei.

Para falar a verdade, sim... Eu ainda tinha vontade de voltar. Vontade de rever minha família, meus amigos...

Talvez fosse bom...

- Um pouco...- respondi. Hesitei um pouco antes de completar a frase.- Mas você está aqui comigo...

Nem a morte havia nos separado. E não ia ser agora que ia separar.

- Você me dá coragem...- disse.

Era a mais pura e simples verdade. Como a borboleta que tentou realizar o impossível. Por ele, eu voaria para o infinito no intuito de encontrar um fim.

Por ele, eu faria tudo.

Ele me abraçou pelas costas. Estremeci com o contato.

Mesmo no Céu, ele ainda despertava aquelas sensações em mim...

- Nós vamos vencê-la!- prometeu Peter.

E poderíamos. E iríamos! Se ela queria me tirar toda aquela alegria, que tentasse. Que ousasse.

Tamanha ironia seria se a Morte fosse a única a ser morta.

E então vieram as sombras.

Mas estávamos no céu! Não haviam nuvens acima de nós!

“ Idiota! Como ela conseguiu entrar?”

Quem conseguiu entrar?

“ Ela! Ela!”

Ela quem?

- Eu não teria tanta certeza disso, se fosse vocês...

Me virei com a velocidade de um relâmpago. Não... Não...

A capa negra destacando-se no branco total, a foice com sangue já seco na crosta, os ossos fúnebres e tétricos, o sorriso maldoso, e algo novo: ao invés de seus olhos vermelhos, não havia nada naquela parte da face; um buraco.

Destemida e corajosa mesmo em território inimigo, a Senhora dos Mortos avançou.


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