O Bando Vizinho escrita por Adnoka


Capítulo 29
ΑΩβ 28. — Resgatando sonhos.


Notas iniciais do capítulo

Um capítulo leve, peguei uma gripe ferrada e to muito mal então desde já peço perdão se não tiver ficado muito legal, ou se houver muitos erros. =/

Desejo uma boa leitura amores.



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Tempos depois.

O bando estava se organizando, na manhã seguinte tanto o Jinho quanto a Bookie tinham consulta no pediatra, era consulta rotineira, pois as crianças estavam esbanjando saúde, mas mesmo assim era muito importante e não seria deixado de lado por nada nesse mundo, mas como tudo em um bando, tinha que ser previamente planejado.

...

— O Lixie e eu só trabalhamos a noite, então nós podemos levar os bebês sem problema.

— Sim, Binbin, mas só os dois? Eu ficaria mais tranquilo se pelo menos mais um de nós fossemos junto.

— Eu já disse que vou, mas o Bin me dispensou

— Não dispensei Hannie, mas você tem prazos para cumprir amorzinho, pode deixar que o Lixie vai comigo e vamos ficar bem.

— Eu vou com eles, esquilinho não se preocupe, — O alfa com cheiro de chocolate e hortelã falou simplista e todos o encararam. — Vocês não estão nem aí para mim né? Amanhã eu não dou aulas tá, estarei livre o dia todo, então eu vou acompanhar meus amores na consulta.

— O dramalhão Jinnie em pessoa! — o Innie falou sorrindo.

— É claro que sabemos que você estará de folga meu anjo lindo, — O Changbin foi até o alfa e deixou selares pelo seu rosto — Mas é que sabemos que você odeia acordar cedo, e queríamos deixar você descansar, afinal é sua folga.

— E eu agradeço a preocupação e o cuidado, mas poxa, eu sou o pai também, né? Nem a pau que vou ficar dormindo e deixar vocês sem apoio.

— Alfas assim não se fabricam mais, tiramos a sorte grande!

A Jin-ah falou sorrindo, encarando seu bando com carinho.

— Bom, então estamos resolvidos? Amanhã, o Lixie, o Binnie e o Jinnie vão com os bebês ao médico e o restante de nós, trabalho! — O alfa líder sentenciou e todos concordaram. — Eu vou para o meu plantão em algumas horas, mas já sabem...

— Qualquer coisa avisar na mesma hora! Sim, sabemos Lino e pode ficar tranquilo, vai ficar tudo bem!

— O Minnie tem razão amor, eu vou pela manhã montar os móveis do casal que se mudou essa semana, mas assim que acabar lá eu venho para casa e preparo o almoço, vamos dar conta!

— Eu sei que vão Channie, afinal vocês são o meu bando, meus preciosos e perfeitos presentes.

...

Quinze dias depois

— Mamãe, mamãe!

— Oi amorzinho.

— O Jinho fica qui comigu pufavo?

— Se ele não estiver dormindo pode sim filha, vamos achar a mamãe Jin e ver se ela está com ele?

— Vamu!

— Então vamos, amorzinho.

O Channie pegou a Bookie pela mão e devagar eles foram até o quarto do Jinho, e entrando com cuidado ele foi olhando para a ômega.

— Oi fofinha, nosso menino está dormindo?

— Acabou de pegar no sono fofinho.

— Viu Bookie? O Jinhozinho está dormindo agora.

— Ta mimindu mamãe?

— Ta, sim, amorzinho.

A Jin-ah colocou o ômega no berço e fez um leve carinho na cabecinha dele.

— Quelu vê ele, possu?

— Claro que sim, meu amor. — A ômega pegou a Bookie no colo e a ergueu para que ela olhasse seu irmão que dormia no bercinho como um anjo.

— Ele é nindu! Muitu nindu mamães.

Os dois ali se olharam e sorriram, a alfa era super apegada ao seu irmão ômega, cuidava, admirava, era protetora (até demais) com ele e eles achavam que aquilo era também pelo instinto alfa.

— É sim, alfinha, nosso Jinho é muito lindo mesmo.

— Mamães!

A bebê olhou para eles que sorriram para ela automaticamente.

— Oi lindinha.

— Vamu bincar com o papai Innie? — A alfinha pediu tão empolgada que os fez sorrir.

— Será que ele já chegou Channie?

— Chegou sim, nós os vimos entrando quando estávamos vindo para cá.

— Ah, entendi, e ele já virou o alvo da nossa alfa.

— É... espero que ele não esteja muito cansado, pois ela está ligada no duzentos e vinte.

A Jin-ah colocou a Bookie no chão, ela já andava bem, na verdade, ela sempre queria correr, então eles tinham que ficar sempre por perto.

— Vamos até o papai Innie? — O Beta falou segurando em uma das mãos da alfinha.

— Vamu! — A bebê estendeu sua outra mãozinha para Jin-ah — Vem mamãe.

— Vamos amorzinho.

...

Naquela noite o silêncio reinava na casa do bando, a Bookie brincou tanto com seu papai Innie que agora ela dormia profundamente.

...

— Você é um perfeito esgota bateria de criança Innie! — A Jin-ah falou olhando para o beta e os dois olhavam a Bookie na caminha, após brincar horrores com seu papai Innie ela tomou seu banho, um tetê esperto (palavras do Innie) e adormeceu.

— Innie? Quem é esse babaca? Preciso me preocupar com algo perfeitinha?

A ômega sorriu, o jeito que ele levava a sério o uso de seu apelido era algo inexplicável para ela principalmente devido ao tempo que estão juntos, ele sempre se mantinha firme em relação a forma como a ômega o chamava.

— Pãozinho, eu disse pãozinho amor, não me ouviu não? — Ela sorria sendo abraçada pelo beta. — Sem cócegas, pão, ou vamos acordar nossa filhota.

— Hum... Que bom que você falou pãozinho, não vou precisar matar esse tal de Innie aí... — Ele beijou o pescoço da ômega se afundando um pouco ali para sentir melhor o cheiro dela que sorriu com o gesto. — Eu também sou um excelente esgota bateria de mamãe ômega sabia?

Ele falou aquilo sussurrando no ouvido da ômega que se sentiu arrepiar por inteiro.

 — É, eu sei bem que é pãozinho.

— Então vamos para o meu quarto? Dorme comigo hoje?

— Tenho uma ideia melhor, amor.

— Que seria?

— Vamos para nossa outra casa? Não quero quebrar o silêncio que está aqui.

— Então quer dizer que alguém espera que eu a faça gritar por toda a noite?

Ela encarou o beta e falou baixinho perto ao rosto dele.

— Se não for assim eu nem compareço ao evento. — Ela selou seus lábios ao dele de forma breve.

Ele sorriu largo, ele amava o jeitinho doce, brincalhão e safado da sua ômega.

— Vamos logo então, hoje você será toda minha!

...

Depois de alguns dias os padrinhos das crianças pegaram os bebês para passarem o dia com eles, era já um costume deles fazer assim, e o bando confiava de olhos fechados no trio, e de qualquer forma moravam no final da mesma rua, então qualquer coisa era só correr.

Isso significava que eles ficariam sozinhos e por ser final de semana o Han sugeriu que eles fizessem um piquenique juntos e a ideia foi unanimemente aprovada pelo bando, pois eram raros os momentos que estavam todos os nove em casa e o local onde fariam o piquenique era próximo também então eles ainda estariam perto das crianças caso houvesse emergências.

...

— A cesta está pronta? — O Hyunjin perguntou animado.

— As cestas estão, sim, lindão. — O Changbin que vinha com duas cestas grandes as colocou no porta malas do carro e depois deixou um selar nos lábios fartos do alfa.

— A gente come bem né? Olha isso, essas cestas são enormes.

— Sim, amor, comemos bem e vamos passar o dia todo por lá, então é melhor prevenir né?

— É sim coisa linda!

Os outros se aproximaram, estavam todos prontos para partir.

— Vamos definir os carros?

— O Lino vai descansar, ele voltou ontem do plantão então não vai dirigir hoje está bem?

— Por mim tudo bem, Minnie.

— Eu vou dirigindo, então vejam quem vem comigo. — O Channie pegou uma das chaves e foi até o carro que iria dirigir.

— Eu dirijo o outro. — O Changbin fez o mesmo, indo para o outro carro.

— Quem vai onde? — O Han perguntou.

— O Minnie, a Jin-ah e o Lixie vem comigo no carro do Channie, pois ele é maior. — O alfa líder falou. — E o Hannie, o Jinnie e o Innie vão no carro com o Binnie, pode ser? Todos de acordo?

Todos concordaram com um sonoro e sincronizado, sim, e sorrisos bobos foram direcionados ao alfa líder que sorriu involuntariamente de volta.

— Então estamos esperando o que mesmo? Vamos lá!

...

Uma viagem curta, eles ficariam nos campos, mas na parte mais baixa onde havia lugares lindos para fazer piqueniques, era como se fosse um parque andes de adentrar aos campos de verdade e por isso a viagem era mais breve.

...

— Chegamos!

A Jin-ah olhava atentamente pela janela, foram poucas às vezes que ela esteve ali desde que se mudou, mas todas foram muito incríveis, então ela estava ansiosa sobre como seria dessa vez.

— Terra para Jinzinha — O Felix tentava chamar a atenção da ômega já a um tempinho — Vamos vidinha acorde, nós chegamos!

— Ah, sim, desculpe vida, eu me perdi em pensamentos.

— Nós notamos, fofinha, espero que eu seja o alvo dos seus pensamentos, principalmente se eles forem felizes!

— Todos vocês sempre estão nos meus pensamentos mais lindos e felizes acreditem.

— Tão romântico meu bando! Senti falta de vocês!

— Também sentimos Lino gatão, e vamos mimar muito nosso alfa líder hoje!

— O Minnie tem razão, você vai até enjoar Linnoyah.

— Nunca! Jamais enjoaria dos amores da minha vida!

— Essa parte do bando vai fazer o piquenique aí dentro do carro mesmo? — O Changbin falou alto para chamar a atenção. — Se for assim deixem-me entrar também poxa!

— Estamos saindo Binbin!

...

Uma manhã extremamente agradável, o bando de fato estava todo atencioso com seu alfa líder, eles levaram a sério sobre mimar o alfa, este que por sua vez aproveitou ao máximo tudo que era direcionado a ele, e sempre encarava seu bando orgulhoso.

“Eu tenho o melhor bando do mundo.” Era seu pensamento quando a Jin-ah se aproximou dele.

— Tem mesmo! — Ela disse sendo abraçada pelo alfa líder.

— Agora você lê pensamentos gatinha?

— Pois é, e às vezes nem preciso dos meus dons, acredita? — Ela sorriu para o alfa — Fica estampado no semblante de vocês o que estão pensando.

— E os sentimentos compartilhados pela marca nada têm a ver com isso, não é moça bonita?

— Um pouquinho só, e bonito é você, aliás um lindo alfa líder!

— Assim eu acredito!

— Acredite gatão, pois eu nunca minto.

...

Mais afastados, os demais do bando admiravam a paisagem.

— Acho que estou apaixonado! — O Felix fala sorrindo.

— Ah é Lixie?

— Sim, Hannie, vocês me deixam assim o tempo todo!

— Tão lindinho, mas eu te entendo, olha só para nós, e olha aqueles dois ali — O Han fala apontando para a ômega e o alfa que estão mais afastados — Ta na cara que somos todos apaixonados uns pelos outros, e mais na cara ainda o quanto isso só aumenta com o tempo.

— Somos um lindo bando, eu concordo e amo demais todos vocês, mas agora vamos comer umas frutas e descansar um pouco, já, já vamos voltar — O Hyunjin se levantou e os outros o seguiram.

...

— Essas uvas estão perfeitas prova aqui Lino. — O Channie deu as uvas na boca do alfa líder e quando ele as mordeu ele fechou os olhos se deleitando com o sabor delicioso delas — Viu? Estão perfeitas né?

— Uhum, estão sim amor.

— Mas nada estava mais gostoso do que seu o empadão de frango amor, sério, que bom que deu tempo de você fazer.

— O pãozinho tem razão, estava divino, como sempre.

— E nós temos que honrar a história do empadão, afinal, foi com ele que conquistamos nossa ômega, ou vocês acham que ela veio só por nós?

O tom divertido do beta fez todos sorrirem.

— Ah, não foi pela gente não, Innie? — O Hyunjin falava sorrindo largamente, pois ele amava as brincadeiras do beta.

— Nem de longe amor, ela decidiu nos dar uma chance para ter acesso livre ao empadão do Lino.

A Jin-ah sorria sem parar.

— Calúnia pãozinho! Como você pode falar assim?

— Então foi por nós que você resolveu entrar no bando perfeição minha?

— Hum... não, — Ela fez uma careta — Foi pelo empadão mesmo, — Todos começaram a rir e protestar com a ômega — Ah, mas não só pelo empadão do Lino, — Eles a olharam e ela prosseguiu — Entrei também pelos brownies do Lixie, pela manutenção do jardim do Minnie, pelas pinturas do Jinnie, os brações do Binnie, para ter acesso à  montagem de móveis do Channie, pelas composições do Hannie e pelas consultas grátis no consultório do pãozinho, fora que todos vocês fazem excelentes refeições e massagens incríveis então eu não poderia deixar passar né?

Ela falava com uma carinha travessa, estava impagável para si ver a indignação fingida de seu bando.

— Eu não sei vocês, mas eu vou pegar essa ômega abusada e fazer tanta cosquinha nela que ela vai ter um troço.

A Jin-ah levantou e saiu correndo e o Innie foi logo atrás.

— Consultas grátis? É isso que sou para você perfeitinha?

— Não pãozinho, me desculpa.

Os dois corriam como loucos e as risadas gostosas que vinham deles faziam os demais sorrirem sem parar também.

— Olhem só esses dois! Duas crianças brincando de pega-pega.

Assim que o Minho disse isso, os demais se levantaram e se juntaram a eles.

— Vamos amor, sei que está louco para correr e pegá-la também. — O Changbin estendeu sua mão que foi logo pega pelo alfa.

— Jin-ah, quando eu te pegar você vai ter que se explicar! Como assim só pelo meu empadão?

E como nove crianças aproveitando o tempo livre, eles correram até que todos pegaram a Jin-ah e a fizeram confessar os reais motivos por ter entrado no bando Lee.

— Por amor! Ela falou tendo seu corpo estimulado pelas cócegas do líder. — E vocês sabem que foi por amor, — ela respirava ofegante e se abraçou ao alfa. — Foi divertido, amores, mas agora preciso dizer que, oito contra uma é injusto, eu cansei. — Ela respirava ofegante e todos eles sorriam com ela.

— Acho que estou ficando velho, pois cansei também. — Ele selou os lábios da ômega — Claro que foi por amor, todos nós nunca tivemos um pingo de dúvida gata.

— Precisamos arrumar as coisas, já, já vai anoitecer.

— O Jinnie tem razão, vamos meus amores, hora de voltar.

...

Na volta daquele passeio o Felix se lembrou de uma conversa que teve com a Jin-ah e de uma promessa mútua que fizeram, então, já em casa, ele conversou com os rapazes do bando enquanto ela se banhava.

...

— Reunião rápida, meus amores.

— Por que está falando baixo Lixie?

— Não quero que a Jinzinha nos ouça Lino.

— O que aconteceu estrelinha?

— Precisamos fazer a Jin-ah tirar a carta dela, ela não sabe dirigir, foi tolhida pelo ex babaca dela e nunca pôde tirar sua habilitação, eu tinha dito que a ensinaria, até cheguei a levar ela para dar umas voltas, mas isso acabou ficando de lado, eu vacilei assumo, mas tinha prometido a ela, falei até que o Binnie a ajudaria, mas acabei me esquecendo.

— Eu tô dentro! — O Changbin falou animado, foi ele que ensinou os mais novos do bando a dirigir, seria um prazer para ele ensinar a Jin-ah também. — Só me falar quando começamos.

— Vamos aproveitar isso e fazer uma surpresa para ela?

— No que está pensando Hannie?

— Vocês logo vão saber, mas agora ela está saindo do banho, parem de cochichar se quiserem mesmo pegá-la de surpresa.

— Lixie, você conta a novidade para ela já que isso foi algo entre vocês okay? E obrigado por se lembrar.

— Pena que demorei, mas ela também me deve, disse que tiraria a carta quando começou a trabalhar.

— Temos dois avoadinhos no bando, um alfa e uma ômega. — O Felix mostrou a língua para o Innie que sorriu e abraçou o alfa. — Não é uma crítica amor, eu acho fofo.

— Sobre o que vocês estão falando aí? — A Jin-ah vinha secando seus cabelos com um sorriso no rosto.

— Do quanto você é perfeita, linda, cheirosa e gostosa.

— Tá, agora a verdade pão.

— Não posso nem elogiar, credo.

— O Lixie quer conversar com você fofinha, nada de mais.

A Jin-ah ficou curiosa, que suspense todo era aquele?

— Pode falar vida, por favor, o que está acontecendo?

— Nada de mais vidinha, vem comigo para o meu quarto?

Ela o olhou semicerrando os olhos e todos riram.

— Não é bem isso florzinha, mas com jeitinho pode se tornar algo assim rapidinho.

— Minnie! — A Jin-ah ruborizou na hora. — Eu não pensei besteira, tá.

— Pensou sim, coração, nós pensamos, e olha que já sabemos do que se trata, imagine você que está no escuro.

Todos concordaram com o Han e a Jin-ah os encarou ainda mais curiosa.

— Vamos logo vidinha, estou curiosa.

— Vamos.

...

Ah Jin-ah seguia secando os cabelos com a toalha e o Felix sorriu ao encará-la.

— Você é linda sabia?

— Vida, não me enrola.

— Okay, está bem, — ele levantou os braços em rendição. — Primeiro eu quero te pedir perdão pela demora, mas com tudo que vivemos eu simplesmente esqueci, segundo eu quero puxar sua orelha por que se eu esqueci, você também e...

— É sobre eu tirar minha carta né?

— Sim vida! — Ele falou indignado — Como podemos ter deixado isso passar assim? Eu te prometi, você me prometeu e simplesmente deixamos de lado? Me perdoa?

— Só se você me perdoar também, — ela fez um biquinho que foi logo beijado pelo alfa, fazendo os dois sorrirem. — Eu deixei para lá de propósito vida, estou com medo de enfrentar isso.

— Dirigir? Ou o seu fantasma sobre isso?

— Os dois, não sei se dou conta de conduzir um carro, você já viu minha noção de espaço? É nula!

— Nada a ver amor, e nós vamos treinar muito antes de você ir para a autoescola, já fizemos isso só que paramos, então vamos retornar, e o Binnie topou te ensinar, então você terá aulas conosco até se sentir realmente confiante.

A Jin-ah sorriu, no fundo, aquilo a animou, apesar de ela também ter se esquecido por completo das promessas.

— Obrigada Lixie, sério amor, obrigada.

— Não me agradeça, teremos aulas nas suas folgas, está bem?

— Uhum, está sim.

— Ótimo, então se anime, vamos resgatar seus sonhos!

— Você não existe vida! — Ela o abraçou e os dois deram um beijo profundo. — Te amo demais.

— E eu te amo mais.

...

— Hoje é meu dia de dar banho nessas gracinhas! — O Han entrou no quarto do Jinho e a Jin-ah estava lá com eles.

— Papai Annie! — A Bookie correu para os braços dele, que sorriu a abraçando de volta.

— Oi, meu amor! Papai veio dar banho em vocês, você vai primeiro?

— Na nan papai, o Jinho pimeilo.

— Ah é? Então tá bom nosso ômega primeiro então. — Ele foi até o ômega que estava sentadinho e o pegou no colo. — Oi garotão, oi coração.

— Oi amor, precisa de ajuda com algo?

— Na verdade, o Channie já está vindo, só espere ele chegar e vá para sua primeira aula de volante com seus professores particulares.

— Essa sua carinha, — A Jin-ah apertou as bochechas do beta — não sei se me anima ou me assusta.

— Eles são ótimos, coração eu tô brincando só com você.

— Papai ta bincandu?

— Sim, lindinha, papai ta brincando só.

— PAPA! — O Jinho deu um gritinho e bateu no rosto do beta.

— Esse aqui é calmo e quietinho, mas tem a potência vocal do Binbin.

...

— Nervosa?

— Um pouco.

— Princesa não fique assim, aqui somos só o Lixie, você e eu, então ta tudo bem.

— É tá né? O máximo que pode acontecer aqui é eu atropelar o campo de flores.

Eles tinham ido para os campos, pois lá não tinha quase movimento, e seria melhor para a ômega relaxar.

— É, mas você não vai, confie no seu ômega, está bem?

— Está sim, Bin.

— Ótimo, primeiro vamos reconhecer o painel do carro, isso aqui praticamente não muda, às vezes vai do design do carro, mas as funções e objetivos não vão mudar.

— Certo.

— Okay, aqui temos o indicador de gasolina...

...

Após dar todas as instruções teóricas e tranquilizar a ômega que aquilo ela pegaria aos poucos, na prática, eles decidiram dar a primeira volta.

...

— Pé na embreagem, e vai soltando aos poucos o freio de mão.

O carro deu uns pulinhos e a Jin-ah ficou nervosa.

— Não fique nervosa, respire fundo e se não der na primeira vez faça de novo.

— Escute o Binnie vida, você vai se sair bem.

— Tá bom.

Ela fez como foi instruída e o carro foi saindo suavemente do lugar.

— Agora coloque a marcha e vamos devagar.

Ela fez, e o carro continuou andando.

— Agora só mantenha o prumo, tente seguir em linha reta.

Ela foi indo e a sensação daquilo estava sendo libertadora para si em muitos sentidos, e ficava ainda melhor quando ela recebia os elogios e os incentivos dos seus amores.

...

— Vida, você se saiu muito bem, é sério!

— Obrigada Lixie, mas eu deixei o carro morrer algumas vezes, não fui tão boa assim.

— Princesa não se cobre tanto, o Innie jogou a gente em cima das flores muitas vezes em sua primeira aula, você se manteve em linha reta o tempo todo amor, foi muito bem mesmo.

— Obrigada Binnie!

— Como se sente vidinha?

— Incrível! Parece que estou sonhando! — Ela parou e ficou olhando o Changbin dirigir — Será que um dia eu vou dirigir assim?

— Até melhor, eu não duvido nada.

— Concordo com o Binnie! — Os três sorriram, eles estavam satisfeitos pelo tempo que passaram ensinando a ômega. — Vamos tomar sorvete?

— Eu estava só esperando, claro que vamos tomar sorvete Lixie; tudo que nosso alfa quiser não é Jin?

— É sim!

...

A Jin-ah logo pegou o jeito e em pouco tempo ela já dominava bem o volante, eles passaram para estradas com curvas e ela se saiu muito bem, então quando se sentiu pronta ela se matriculou na autoescola e noventa dias depois ela pegou sua carteira de motorista.

...

— Parabéns Jin-ah, você passou com louvor em todos os exames! — O professor instrutor que acompanhou todo o processo falou enquanto lhe entregava a carteira. — E aqui está, agora você é uma ômega habilitada! Parabéns mocinha!

— Muito obrigada Joon!

...

Ela estava radiante, sua ideia era correr para casa para contar a novidade aos seu bando, uma vez que ela não disse nada sobre sua habilitação estar pronta, pois ela queria fazer uma surpresa para eles.

Então assim que guardou seu novo documento ela saiu da autoescola com um sorriso de orelha a orelha, porém uma expressão diferente tomou seu rosto assim que ela saiu de lá, e levando as mãos a boca ela encarou seu bando e seus filhos.

— Supesa mamãe! — A Bookie falou estando no colo do Hyunjin que sorria tamanha a fofura da alfa, abrindo os braços e encarando a Jin-ah.

— Mamã, mamã! — O Jinho batia palmas, sorrindo animado no colo do Seungmin.

Um carro no estilo SUV que era o estilo favorito da ômega estava ali com um laço vermelho enorme, ele era azul, a cor favorita da Jin-ah e foi um presente do bando para ela que sentiu lágrimas saltarem seus olhos e rolarem pelo seu rosto.

— Amores pelo amor de Deus! Que lindo!

— É o seu carro coração!

— Mas Hannie, não precisava disso sério, o bando já tem carros o suficiente.

— Mas esse é o seu carro gatinha, os do bando também são seus, mas esse monstrão aqui é só seu! Você merece meu amor, foi muito bem nos exames e também era um sonho seu que precisava acontecer!

— E só para variar um pouco, assim como tudo em minha vida, os meus amores fizeram acontecer... — Ela se abraçou ao alfa líder e o beijou — Obrigada, amor.

Ela repetiu o agradecimento a todos os membros do bando e todos a encheram de carinho.

— Bom, agora eu quero ser levado a um jantar romântico por você perfeitinha! Não tem mais desculpas.

— Mas eu já te levei a jantares românticos, pãozinho, só que fomos de táxi, ou você dirigiu.

— Agora quero que me leve! Eu não tenho medo de morrer, então será tranquilo.

— Innie! — A Jin-ah inflou as bochechas — Só de raiva você será o último que eu levarei a um encontro.

— Iiih se deu mal raposinha.

— Ela não falou comigo, falou com o tal do Innie, tô salvo da ira da nossa ômega.

A Jin-ah sorriu, era impossível ficar brava com o beta.

— Vamos? Temos reservas na cantina de sabores.

— Huum, gostei! Eu vou com a lindinha no carro dela!

— Certo, quem mais vai com ela?

— O Binnie e o Lixie podem vir comigo também?

— Claro que podemos princesa, e ai de você se não nos chamasse.

— Ótimo, coloquem as crianças nas cadeirinhas e vamos.

...

Eles jantaram e a noite deles em família foi muito agradável.

A Jin-ah se sentia realizada e feliz, ela nunca imaginou que sua vida poderia ser tão incrivelmente bela como estava sendo ao lado daquele bando, o seu bando, e ela só poderia ser grata por isso.

ΑΩβ


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Notas finais do capítulo

Quanto ao assunto da habilitação da Jin-ah surgiu eu acho que disse que não voltaria no assunto, (não tenho certeza) mas acabou que quando estava escrevendo esse capítulo o assunto só voltou, então achei melhor não ignorá-lo.

Pronto temos uma Jin-ah devidamente habilitada, e com um carro ao seu dispor.

Bom é isso amores, maios uma vez peço desculpas se não ficou muito legal, eu estou muito mal com essa gripe que me derrubou então mal consegui escrever direito.

Estou me cuidando, já já volto 100% então por favor se cuidem também tá?

Bebam muita água! Aproveitem o final de semana.

Beijokas da Adnoka!



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